Zusammenfassung der Ressource
Adiponectina (APN)
- Dentre as proteínas secretadas
pelos adipócitos, é a mais
abundante, apresentando
ações fisiológicas no sistema
cardiovascular e endócrino,
envolvendo a sensibilização da
ação insulínica e regulação do
metabolismo energético
corporal.
- Apresenta efeitos anti-inflamatórios e ateroprotetores no
tecido vascular bem como na contenção do remodelamento
miocárdico.
- Em níveis vasculares, desempenha ação
anti-inflamatória, devido aos seguintes mecanismos:
inibição da ativação do fator de transcrição nuclear
kappa B (NF-kB), atenuação da expressão das moléculas
de adesão induzidas pelo TNF-α, indução da produção de
citocinas anti-inflamatórias como a IL-10 e o antagonista
do receptor IL-1 nos monócitos e macrófagos e a
supressão da produção de interferon alfa (IFN-α) pelos
macrófagos, estimulados pelo lipopolissacarídeo
bacteriano.
- Apresenta ainda ação sensibilizadora para a insulina nos
tecidos musculares esquelético e cardíaco bem como no
tecido adiposo, com ação importante no controle dos valores
glicêmicos e lipídicos.
- A APN inibe a expressão de scavenger receptors de classe A que, por
consequência, diminui o acúmulo intracelular de lipídios, promove
diminuição da ação da enzima acyl-CoA colesterol-aciltransferase1 e induz
a secreção de citocinas anti-inflamatórias como a IL-10, através dos
macrófagos
- Segundo Kumada et al. desempenha
ainda, papel na estabilização da placa
aterosclerótica
- Além disso, suprime a expressão do fator de crescimento tipo EGF de
ligação à heparina nas células endoteliais ativadas pelo TNF-α, o que
diminui a proliferação e migração das células musculares lisas.
- As concentrações séricas da APN estão alteradas
em várias enfermidades cardiovasculares,
podendo apresentar valor prognóstico.
- Os níveis circulantes de APN estão diminuídos
nas desordens cardiovasculares e metabólicas.
- A diminuição dos níveis de APN (hipoadiponectinemia) tem
sido descrita como preditor significativo de disfunção
endotelial em ambas as artérias coronárias e periféricas,
independente do índice de massa corporal, resistência à
insulina e dislipidemia. Dessa maneira, considera-se ela
importante biomarcador do desenvolvimento de doenças
cardiovasculares e distúrbios metabólicos.
- “À medida que as pesquisas
envolvendo a APN evoluem,
torna-se ainda mais fascinante
os mecanismos moleculares que
a ligam às desordens cardíacas.
Interessante estudo de Fujita et
al. demonstrou que a
angiotensina II promove fibrose
cardíaca em ratos com
deficiência de APN.” (PETTO et
al., 2015)
- As ações da APN são mediadas por dois tipos de receptores
específicos: o AdipoR1 e o AdipoR2.
- Os AdipoR1 são expressos
abundantemente no músculo
esquelético, enquanto os AdipoR2
apresentam maior expressão no
fígado.
- Evidências em ratos indicam que os AdipoR são
expressos fartamente no cérebro, especificamente
no hipotálamo, tronco encefálico e células
endoteliais.
- Os mecanismos biológicos e a expressão de receptores
de APN nos tecidos ainda não estão totalmente
elucidados e carecem de mais estudos.
- Estudos demostraram que além
dos adipócitos a produção e
secreção da APN ocorre em
outras células e tecidos, entre
eles: células fetais, miócitos,
cardiomiócitos, células
epiteliais das glândulas
salivares, células endoteliais
dos vasos porta e dos
sinusoides hepáticos.
- O gene que codifica a APN
em humanos está
localizado no cromossomo
3q27, possui três exons e
dois introns e é mais
abundantemente expresso
no tecido adiposo.