HISTÓRIA NATURAL DA COVID-19 ESUAS RELAÇÕES TERAPÊUTICAS

SARS-CoV-2 é da família Coronaviridae com RNA de fita positiva e aparência de coroa ao microscópio eletrônico.
1. A transmissão ocorre por meio de gotículas respiratórias (partículas> 5-10 μm de diâmetro) geralmente resultantes da tosse e espirros. A transmissão por aerossol também é possível em caso de exposição prolongada a concentrações elevadas de aerossol em espaços fechados, ou ainda por meio de superfícies contaminadas
  1. APRESENTAÇÃO CLINICA
    1. CASOS LEVES E MODERADOS
      1. 81% dos casos
        “síndrome gripal” sem necessidade de oxigenioterapia ou internamento hospitalar. Apresentam elevada carga viral em amostras do trato respiratório superior logo no início dos sintomas, sugerindo potencial para alto risco de transmissibilidade.
    2. CASOS GRAVES
      1. 14% dos casos
        Pacientes com pneumonia e hipoxemia que necessitam de hospitalização.
        A forma grave apresenta padrão bifásico representado por quadro clínico leve inicialmente, seguido por piora do quadro respiratório em torno do 10º dia de início dos sintomas, a despeito da redução ou ausência da carga viral em amostras de nasofaringe neste momento, o que sugere que o dano pulmonar, nesta fase, está mais associado com lesões imunopatológicas.
    3. CASOS CRÍTICOS
      1. 5% dos casos
        Falência respiratória (necessidade de ventilação mecânica), choque séptico e disfunção múltipla de órgãos.
  2. NÍVEIS DE PREVENÇAO E DETERMINANTES SOCIAIS
    1. PREVENÇÃO PRIMÁRIA
      1. PROMOÇÃO DA SAÚDE: Precede o COVID-19, toda ação destinada a manter a qualidade de vida dos indivíduos e da comunidade de modo a evitar o desenvolvimento de diversos processos patogênicos.
      2. PROTEÇÃO ESPECÍFICA: Conscientização da população sobre os meios de transmissão dos vírus e como evitá-lo. Inclui, também, o uso de mascaras, isolamento social e vacinação.
        Ambiente de trabalho: Grande parte da população foi obrigada a utilizar meios de transporte público lotados ainda durante os meses de quarentena, pois era necessário o deslocamento diário até seus locais de trabalho, determinando as classes sociais em que seria viabilizado o ISOLAMENTO SOCIAL.
    2. PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
      1. DIAGNÓSTICO PRECOCE E TRATAMENTO IMEDIATO: Objetiva detectar rapidamente possíveis processos patogênicos já instalado, antes do aparecimento dos sintomas.
        Condição Financeira: O diagnóstico precoce gratuito durante a pandemia do COVID-19 está condicionado ao tempo da ocorrência dos sintomas, ou seja, o teste-diagnóstico precoce é inexistente, visto que o usuário só tem acesso ao teste após 7(sete) dias com sintomas, enquanto isso qualquer pessoa poderia pagar para realizar o teste precoce por vias particulares, limitando as pessoas que tiveram acesso ao diagnóstico precoce.
      2. LIMITAÇÃO DO DANO: Medidas aplicadas nos casos em que o processo de adoecimento já está instalado. Tem menos impacto na população, mas são extremamente relevantes por limitar a extensão das lesões. Nesse nível estão incluídos, por exemplo, os hospitais de campanha.
    3. PREVENÇÃO TERCIÁRIA
      1. REABILITAÇÃO: Ações que buscam desenvolver o potencial residual do organismo após ser afetado pela doença.
        No caso do COVID-19, muitos dos pacientes entubados necessitam de atenção na retomada de suas vidas habituais, pois devido ao tempo prolongado de internamento pode haver dificuldades na fala, respiração e até mesmo no deslocamento.

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