AUDITORIA

AUDITORIA

Contratação pelo Conselho Fiscal
Preliminarmente apresenta:
1. Estatuto Social
2. Organograma
  1. Nome
  2. Breve Relato
3. Relatório Financeiro Aplicável
  1. Como são elaborados os Demonstrativos Contábeis
4. Manuais de Procedimentos: Controle Interno
Objetivos
1. Aumentar o grau de confiança nas Demonstrações Contábeis
A Auditoria não assegura:
1. Viabilidade futura da Entidade
2. Eficiencia ou Eficácia da Administração
3. Que não há Fraude ou Erro
  1. Somente pode dar uma segurança razoável
Deve ter Independencia
1. É a postura que permite a apresentação de Conclusões que não sofram efeitos de influencia que comprometa o julgamento profissional.
  1. Integridade
    1. Valores morais. Não se omite sobre erros e fraudes.
  2. Objetividade
    1. Aplicar os procedimentos de Auditoria elaborados pelo CFC
  3. Ceticismo profissional
    1. mente aberta e questionadora
2. Ameaçãs a Independencia
  1. Interesses Financeiros
    1. São a propriedade de títulos e valores mobiliários, ou qualquer tipo de investimentos mantidos pela entidade de auditoria, seus sócios, membros da equipe de auditoria ou membro imediatos (conjuge e todos os dependentes financeiros) da família dessas pessoas
  2. Operações de Crédito
    1. Um empréstimo ou garantia de empréstimo concedido por cliente de auditoria que é banco.
      1. Não é ameça se o empréstimo foi concedido segundo prazos e condições normais.
  3. Relacionamentos Comerciais
    1. As transações comerciais devem ser feitas dentro do curso normal de negócios e na mesma condição com terceiros.
  4. Relacionamentos familiares e pessoais
    1. AS funções ocupadas por pessoas próximas e seu relacionamento pessoal ou familiar que podem prejudicar a independência
      1. Exercem influência significativa sobre as políticas operacionais ou financeiras (presidente, diretor, gerente geral)
      2. Exercem influência nas Demonstrações Contábeis (controller, gerente de contabilidade)
      3. Pessoas que são consideradas sensíveis sob o ponto de vista da Auditoria (caixa, gerente de compras, vendas)
  5. Emprego em cliente da Auditoria
    1. Se um conselheiro ou diretor da entidade auditada ou um empregado que exerça influência sobre os Demonstrativos Contábeis foi anteriormente um membro da entidade de Auditoria ou um sócio desta.
      1. Auditoria deve mudar seus procedimentos regularmente
Declaração Formal
1. Declaração individual dos profissionais da entidade de auditoria da existência ou não de qualquer questão que possa colocar em risco a independência da Auditoria.
Carta de Concordância
1. Da administração que reconhece e entende a sua responsabilidade pela elaboração da Demonstrações Contábeis e pelos Controle Internos
Planejamento da Auditoria
1. O objetivo do auditor é planejar a auditoria de forma a realizar o trabalho de maneira eficaz e para o atendimento de prazos.
  1. Prazos
    1. Até 120 dias do término do Exercício a empresa deve realizar sua Assembléia Geral Ordinária (AGO)
      1. Ex. Exercício terminado em 31.12.2017, até + - 30/04/2018
    2. 5 dias antes da AGO devem ser publicados os Demostrativos Contábeis
    3. 30 dias antes da AGO - Disponibilização aos acionistas os Demonstrativos Contábeis
      1. Ex. + - 30/03/2018.
2. O Planejamento não é uma fase isolada da Auditoria, mas um processo contínuo e iterativo (constante) que muitas vezes começa logo após a Conclusão da Auditoria anterior, continuando até a conclusão da atual.
3. Atividades de Planejamento
  1. O Auditor deve estabelecer uma Estratégia Global de Auditoria para orientar o desenvolvimento do Plano de Auditoria.
    1. Estratégia Global: Equipe, se poderá contar coma Auditoria Interna, Especialistas etc.
      1. Deve-se documentar
    2. Plano de Auditoria: deve incluir a natureza, a época e a extensão dos trabalhos.
Documentação da Auditoria (Papéis de Trablaho)
1. É o registro dos procedimentos de Auditoria executados, da evidência da Auditoria obtida, e conclusões alcançadas pelo auditor.
2. O auditor é responsével pela sua guarda e sigilo. O período de retenção desses Papeis de Trabalho não deve ser inferior a 5 anos, contados do Relatório contendo a opinião do auditor.
  1. A quebra do sigilo somente através da autorização por escrito da Entidade Auditada, ou por decisão judicial.
3. Tudo deve estar nos Papeis de Trabalho, EStatuto, Manuais, Carta de Concordância, Planejamento, Contagem Física etc.
4. Papeis de Trabalho Correntes
  1. utilizados em apenas um exercício social. Ex. Contagem física, circularizações,, Planejamento da Auditoria.
    1. Circularizações: informações obtidas de terceiros. Ex. Bancos.
5. Papeis de Trabalho Permanentes
  1. utilizados por mais de um exercício social. Ex. empréstimos de longo prazo, manuais de procedimentos, estatuto social)
Evidências de Auditoria
1. Testes de Controle
  1. Durante os Testes de Controle o auditor vai verificar se os controles internos da empresa estão em funcionamento. É com base neles que o auditor vai definir a extensão de seus trabalhos.
  2. Procedimentos Obrigatórios
    1. Inspeção: contagem física, exame de registro etc.
    2. Observação: caixa (isolamento, comportamento, câmeras, acompanhamento dos trabalhos
    3. Recálculo: exame de exatidão aritmética
    4. Confirmação externa (Circularização): é a evidencia de auditoria obtida como resposta por escrito diretamente para o auditor de um terceiro, em papel, no formato eletrônico ou qualquer outro meio.
      1. Forma Positiva
        é aquela em que o auditor aguarda a resposta do circularizado
        Em branco: relação informada pelo circularizado
        em preto: relação informada pelo auditor.
      2. Forma Negativa
        é aquela em que o auditor não aguarda a resposta do informante (circularizado).
        Só pode ser em preto, e deve-se mandar por AR
    5. Reexecução: envolve a execução pelo auditor de procedimentos que foram originalmente realizadas como parte do controle interno da entidade.
    6. Procedimentos Analiticos: É a identificação de situações ou tendências atípicas.
    7. Indagação: consiste na busca de informações junto a pessoas dentro ou fora da entidade.
Comunicação de Deficiências no Controle Interno
1. O objetivo do auditor é comunicar aos responsáveis pela governança e a administração as deficiências de Controle Interno que o auditor identificou durante a auditoria. O auditor deve comunicar tempestivamente, por escrito as deficiências identificadas durante a auditoria.
2. Essa comunicação poderá ser verbal, porém não isenta o auditor de comunicá-las por escrito.
3. Essa comunicação deve descrever as deficiências encontradas, os seus possíveis efeitos, e também pode incluir nesta comunicação suas sugestões para medidas corretivas
Responsabilidade do auditor perante fraudes
1. Fraude é o ato intencional que envolva dolo para obtenção de vantagem injusta ou ilegal.
2. A responsabilidade pela prevenção e detecção de fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e sua administração
3. O auditor é responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de fraude.
4. Caso o auditor tenha identificado uma fraude deve comunicar tempestivamente a administração da empresa.
5. O auditor deve determinar se há necessidade de comunicar a fraude a um terceiro fora da entidade. Ex. S. A. para a CVM
6. Auditor sem condições de continuar o trabalho
  1. A entidade não toma a ação apropriada com relação a uma fraude, mesmo no caso em que a fraude não é relevante
  2. O auditor tem preocupação significativa quanto à competência ou integridade da admnistração ou dos responsáveis pela governança.
Riscos da Auditoria
1. Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uam opinião inadequada sobre os demonstrativos contábeis.
  1. Fatores a serem considerados na análise dos riscos:
    1. Envolvimento dos administradores
    2. Qualidade da administração da empresa
    3. limites de autoridade e responsabilidade
    4. Segregação de funções
    5. Qualidade dos controles internos da empresa
2. Risco inerente
  1. Ocorre por inexistência de controles internos, ou quando estes não estão em funcionamento
3. Risco de controle
  1. Ocorre quando os controles internos estão em funcionamento mas apresentam falhas
4. Risco de detecção
  1. É o risco de que os procedimentos executados pelo auditor não detectem uma distorção relevante
Amostragem em auditoria
1. Método de Seleção Estatística
  1. O auditor pode utilizar técnicas de amostragem na execução dos procedimentos de auditoria. Na determinação da amostra pelo método estatístico o auditor deve levar em consideração os seguintes fatores:
    1. População objeto da amostra
    2. estratificação da amostra
    3. Tamanho da amostra
    4. Erro tolerável (não relevante)
    5. Erro esperado (desvião padrão)
2. Método de seleção não estatístiica
  1. Seleção Aleatória
  2. Seleção Sistemática: é a seleção que observa um intervalo constante
  3. Seleção casual: é aquela baseada na experiencia do auditor.
Evidencias de Auditoria
1. Procedimentos Substantivos
  1. Inspeção
  2. Observação
  3. Confirmação Externa
  4. Recalculo
  5. Reexecução
  6. Procedimentos Analíticos
  7. Indagação
2. Representações Formais
  1. São informações necessárias que o auditor exige relativamente à auditoria das demonstrações contábeis da entidade
  2. É uma declaração escrita pela administrção, fornecida ao auditor, para confirmar certos assuntos ou suportar outra evidencia de auditoria.
  3. Não incluem as demonstrações contábeis, as informações nelas contidas ou livros e registros comprobatórios.
  4. O auditor deve solicitar à administração que forneça representação formal de que ela cumpriu a sua responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável e como estabelecido na Carta de Concordância com os Trabalhos da Auditoria
  5. O auditor deve se abster de emitir opinião no relatório sobre as demonstrações contábeis se:
    1. concluir que há duvida suficiente a respeito da integridade da administração, de tal modo que as representações formais exigidas não sejam confiáveis
    2. A administração não fornecer as representações formais
RELATÓRIO CONTENDO A OPINIÃO DO AUDITOR
1. Estrutura do Parecer
  1. 1ª Opinião
    1. Ordem obrigatória
  2. 2ª Base para opnião
    1. Ordem obrigatória
  3. Continuidade opercaional (quando aplicável)
    1. A administração da entidade auditada deve realizar uma avaliação da capacidade de continuidade operacional da empresa
    2. Ao avaliar se o pressuposto de continuidade é apropriado, deve levar em consideração toda a informação disponível sobre o futuro, não limitado aos 12 meses a partir da data do balanço.
    3. O auditor deve revisar a avaliação da administração, e verificar se existem eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa quanto a capacidade de continuidade operacional da entidade
  4. Principais assuntos (obrigat´rio para empresas listadas)
  5. Outras informações (quando aplicável)
  6. Responsabilidade da administração
  7. Responsabilidade do auditor
  8. Enfase (quanto aplicável)
    1. incluído no relatório do auditor referente a um assunto aproprieadamente apresentado ou divulgado nas demonstrações contábéis que, de acordo com o julgamento do auditor, é de tal importância que é fundamental para o entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis.
      1. Esse assunto abordado, não pode ser tal que exigisse que o auditor modificasse sua opinião
      2. O assunto não pode ter sido determinado como assunto principal de auditoria.
    2. Se o auditor espera incluir um parágrafo de ênfase ou de outros assuntos no seu relatório, deve-se comunicar com os responsáveis pela governança no que se refere a esta expectativa e à redação proposta desse parágrafo.
  9. Outros assuntos (quando aplicável)
    1. incluído no relatório do auditor que se refere a um assunto não apresentado ou não divulgado nas demonstrações contábeis e que, de acordo com o julgamento do auditor, é relevante para os usuários entenderem a auditoria, as responsabilidades do auditor ou o seu relatório
      1. não pode ser proibido por lei ou regulamento; e
      2. o assunto não tenha sido determinado como um principal assunto de auditoria a ser comunicado no relat´rio do auditor
2. Forma de Opinião
  1. Opinião não modificada
    1. sem ressalva, favorável, limpa
  2. Situações em que o auditor deve modificar sua opinião
    1. 1. Discordância do conteúdo dos Demonstrativos Contábeis.
      1. Relevante e não generalizada
        Opinião com ressalva
      2. Relevante e generalizada
        Opinião adversa
    2. 2. Limitação nos trabalhos
      1. Relevante e não generalizada
        Opinião com ressalva
      2. Relevante e generalizada
        Abstenção de opinião
3. Eventos Subsequentes
  1. São eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeisme a data do relatório do auditor independente e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data de seu relatório
    1. Ex: incendio, empréstimos de grande valor, venda de ativo de valor relevante
  2. Evento entre a data das demonstrações contáveis e o relatório do auditor
    1. O auditor deve executar procedimentos de auditoria para obter evidência da auditoria apropriada e suficiente de todos os eventos ocorridos entre a data das demonstrações e a data do relatório do auditor que precisam ser ajustados ou divulgados nas demonstrações contábeis foram identificados.
  3. Eventos que ocorreram após a data do relatório do auditor, mas antes da divulgação das demonstrações
    1. O auditor não tem obrigação de executar nenhum procedimento de auditoria, a não ser quando a administração altere as demonstrações contábeis, neste caso o relatório terá data dupla.
  4. Eventos que ocorreram após a divulgação das demonstrações, mas antes da AGO
    1. O auditor não tem obrigação de executar nenhum procedimento de auditoria, a não ser quando a administração altere as demonstrações contábeis, neste caso além dos procedimentos de auditoria, o auditor deve: revisar as providencias que a administração tomou para informar as alterações para aqueles que receberam as demonstrações e o relatório; incluir no novo relatório um Parágrafo de ênfase com referencia a nota explicativa que descreve a razão da alteração dos demonstrativos e do relatório.
Auditoria Interna
1. É a atividade de avaliação estabelecida ou fornecida como um serviço para a entidade
  1. Funções: Exame, avaliação, revisão das atividades operacionais, revisão da conformidade com leis e regulamentos e monitoramento da adequação e efetividade dos controles internos
    1. Também utiliza Papéis de Trabalho para documentar os trabalhos realizados
      1. Assessora a administração da entidade quanto a prevenção de fraudes e erros
        Pode ser utilizado pelos auditor independente, devendo este avaliar e executar os procedimentos de auditoria nesse trabalho para determinar a adequação para atender seus objetivos como auditor independente
        Testes de observância (aderência)
        Inspeção
        Observação
        Investigação e Confirmação
Trabalho de Especialistas
1. Não reduz a responsabilidade pela opinião do auditor
2. O auditor pode aceitar as constatações ou conclusões do ESpecialista em sua área de especialização
3. Constitui evidência de auditoria
4. Pessoa ou organização com especialização em área que não contabilidade ou auditoria, contratado pelo auditor para ajudá-lo a obter evidência de auditoria suficiente e apropriada.
5. REferência ao especialista do auditor no relatório
  1. Se o relatório contém opinião não modificada, não deve fazer referência ao Especialista
    1. Se fizer referência por considerar relevante, o auditor deve indicar no relatório que essa referência não reduz sua responsabilidade
  2. Se o Especialista é membro da equipe de trabalho, os Papéis de Trabalho deste especialista fazem parte da documentação da auditoria
  3. Se não for membro da equipe os Papéis de Trabalho pertecem ao Especialista

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