Created by Aline Viana
over 3 years ago
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Question | Answer |
Não é fácil entender a Psicogênese da Língua Escrita, teoria de Emília Ferreiro. Explicá-la a outras pessoas, tampouco. Mas, textos como "Emília Ferreiro e a Psicogênese da Língua Escrita", de Márcia de Oliveira Mello, "Evolução das conceptualizações infantis sobre a escrita", de Margarida Alves Martins e Antônio Quintas Mendes; e, especialmente, "Reflexões Sobre Alfabetização", da própria Ferreiro, nos colocam no início da trilha da compreensão dessa importante pesquisa que diagnostica os níveis de construção da escrita de crianças em alfabetização; teoria esta que não pode ser confundida com método, nem dispensa a necessidade de metodologias para intervenções pedagógicas direcionadas e sistematização do ensino da língua escrita. | |
Nos cards a seguir, você confere a descrição dos níveis psicogenéticos, ou seja, as fases da escrita estabelecidas por Emília Ferreiro na década de 1970, difundidas no Brasil nos anos 80. Para contextualizar o conteúdo, vamos imaginar crianças contando como entendem a escrita em cada etapa. | |
Nível Pré-silábico | NÍVEL PRÉ-SILÁBICO Sou o Victor, tenho 5 anos e estou na pré-escola. Já percebi que os adultos usam lápis para fazer registros no papel. Eles chamam isso de "escrever". Acho que quer dizer rabiscar ou desenhar coisas. Na minha cabeça, a escrita serve para desenhar as coisas que vemos. |
NÍVEL SILÁBICO SEM VALOR SONORO Meu nome é Rita, tenho 6 anos e estou no 1º ano do Ensino Fundamental. Percebi que números e letras são diferentes e que desenhar não é escrever. Para escrever os nomes das coisas, escolho letras que conheço. A professora disse que já entendi que as palavras são formadas por sílabas. Então, para cada vez que abro a boca para falar a palavra, coloco uma letra conhecida qualquer. | |
NÍVEL SILÁBICO COM VALOR SONORO Sou Rafael, de 6 anos e estudo no 1º ano do Ensino Fundamental. Para escrever as palavras, uso uma letra para representar cada sílaba, mas já descobri que devo escolher as letras de acordo com o som que escuto cada vez que abro a boca para falar a palavra. Acho que é assim: para cada sílaba, coloco uma letra que consigo perceber o som. | |
NÍVEL SILÁBICO-ALFABÉTICO Sou o Artur, tenho 7 anos e estou no 2º ano do Ensino Fundamental. Estou quase escrevendo palavras completas. Ainda troco algumas letras... Também acho um pouco difícil perceber todos os sons e anotar todas as letras que formam as palavras. A professora disse que é uma transição e que estou quase entendendo o sistema de escrita. | |
NÍVEL ALFABÉTICO Me chamo Luana. Tenho 8 anos e estou no 3º ano do Ensino Fundamental. Já conheço o alfabeto, os sons das letras e a sonoridade da maioria das combinações de letras. Entendi que escrever serve pra se comunicar em situações diferentes da vida; e que as palavras são formadas por sílabas, que são formadas pelas letras. Para escrever devo usar as letras para combinar os sons da fala; mas algumas coisas escrevemos diferente do jeito que falamos... Me confundo quando uma letra assume o som de outra em algumas palavras; mas a professora disse que isso é "ortografia", algo que vou aprender aos poucos. | |
A Psicogênese da Língua Escrita é uma teoria construtivista de sondagem dos níveis de alfabetização. As hipóteses da escrita estabelecidas por Emília Ferreiro não têm relação direta com a idade da criança, nem com o período/ano escolar; mas, com a interação possibilitada a cada criança com o universo das letras e sua própria leitura de mundo construída e desenvolvida em seus respectivos círculos sociais. Foram descritas apenas as características basilares de cada hipótese, sendo elas compostas por uma gama complexa de atributos. | |
FIM Esta atividade foi proposta pela professora Ana Paula Cavalcanti, com base nos textos estudados na 1ª etapa da disciplina "Laboratório Pedagógico Multidisciplinar de Aprendizagem III", da licenciatura em Pedagogia do Centro Universitário Newton Paiva. Aluna: Aline Cristina Viana Rocha | |
FONTE DAS IMAGENS 01: Site Faculdade Falec 02: Site Ninguém Cresce Sozinho 03: Livro "Para Casa ou Para Sala?", de Lourdes Eustáquio Pinto Ribeiro 04: Site Letras que Inspiram 05: Site Letras que Inspiram 06: Site Escola Educação 07: Site Escola Educação 08: Site Freepik 09: Site Wizard 10: Site Estudo Kids |
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