Pensamento moral iluminista - notas

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Anotações sobre o pensamento ético no iluminismo.
Daniel Vieira Inácio
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Daniel Vieira Inácio
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PENSAMENTO MORAL ILUMINISTA Abordaremos três característica: Cognitivismo Individualismo Universalismo
COGNITIVISMO (1) Defende: 1-que a razão, sendo capaz de desvendar as estruturas do mundo natural, também é capaz de descobrir os fundamentos do comportamento moral. 2-que a ética pode dispensar a religião revelada e, com isso, afirma não haver diferença entre o conhecimento do mundo empírico e o mundo moral.
COGNITIVISMO (2) Ao afastar o fundamento religioso busca-se um fundamento leigo, secular para a moral. Abordemos três fundamentos básicos: 1-natureza humana (jusnaturalismo) 2-interesse (empirismo) 3-razão (kantismo)
COGNITIVISMO (3): Jusnaturalismo O jusnaturalismo propõe a natureza humana como fundamento da moral. Por exemplo, Rousseau acreditava que a natureza gravou nos corações humanos os critérios de julgamento do bem e do mal, do justo e do injusto.
COGNITIVISMO (4): Empirismo O empirismo defendeu que a experiência é a fonte de todas as nossas ideias, inclusive as morais. As sensações estariam na origem das ideias de bom e mau, bem e mal, na medida em que associam ações com sensações de prazer e desprazer. Assim, moldando seus interesses e comportamentos.
COGNITIVISMO (5): Kantismo Immanuel Kant defende que a moral só pode obter fundamento da razão pura. A natureza é o reino do determinismo, enquanto a moralidade pressupõe liberdade. O interesse é a esfera da heteronomia, sendo externo à razão livre dos homens.
INDIVIDUALISMO (1) No iluminismo os homens são pensados como indivíduos, átomos na sociedade. Capazes de compor ou de isolarem-se do grupo social. Caberia aos homens a elaboração de acordos ou contratos para constituir a vida social.
INDIVIDUALISMO (2): primeira consequência Diferente das éticas antigas, o homem não se sente preso à comunidade e ao bem comum, estes ficam em segundo plano. Por vezes, buscam a eudemonia individual, a própria auto-realização. Por exemplo, através de uma grande paixão ou prazer sensual.
INDIVIDUALISMO (3): segunda consequência Enquanto ser isolado, o homem não tem o fundamento de suas ações na comunidade, mas em sua natureza, ou experiência, ou razão. O indivíduo sente-se à vontade para por-se acima da comunidade, ocupar uma posição central e fazer seu julgamento, pois o indivíduo é autônomo.
UNIVERSALISMO (1) O universalismo apresentava-se na defesa de dois pontos: 1° natureza humana universal e/ou 2° princípios universais de moralidade
UNIVERSALISMO (2): natureza humana Os homens seriam iguais em todos os aspectos naturais. Sendo movidos por desejos, tendo as mesmas disposições racionais ou os mesmos interesses.
UNIVERSALISMO (3): princípios de moralidade Para validar a ação moral defendeu-se três importantes princípios: o direito natural, a experiência empírica e a conformidade com a razão. O direito natural valeria em todas as épocas e sociedades. A organização psíquica para a experiência seria a mesma em todos os homens. O filtro do "imperativo categórico" kantiano não se limitava no tempo e no espaço.
UNIVERSALISMO (4): Como explicar as diversas formas culturais existente por todo o mundo? DICOTOMIA: natureza / costume O costume é o espaço da diversidade empírica. Entretanto, a variação dos costumes é limitada pelos princípios universais, que produzem normas invariáveis.
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