Bia Ferreira (Carangola, 19 de abril de 1993) é uma cantora, compositora e multi-instrumentista
brasileira. Iniciou as suas atividades musicais no ano de 2009, aos 15 anos de idade, na cidade de
Aracaju, Sergipe, onde foi criada pela sua família.
Filha de uma família tradicional evangélica, Bia estudava música desde criança. Sua mãe era cantora,
regente de coral e pianista. Aos 3 anos, começou a estudar piano e entrou posteriormente no
Conservatório Brasileiro de Música.
O piano foi a sua base musical até o começo de sua carreira, quando passou a adotar o violão. Bia
também domina outros 24 instrumentos musicais, tais como contrabaixo elétrico, cavaquinho,
atabaque, djembe e bateria.
Cota Não É Esmola” e “Não Precisa Ser Amélia” foram compostas em 2011 e se tornaram alguns de
seus maiores sucessos por envolverem temáticas ligadas ao então inédito sistema de cotas no SISU
(Ministério Da Educação, Brasil) que beneficiou crucialmente a população pobre, preta, parda e
indígena brasileira e a questões estreitamente ligadas à subalternidade das mulheres negras no
Brasil, que se tornaram mais críticas com o passar dos anos. Bia considera sua música como Música
de Mulher Preta (MMP), por ser um foco indispensável em seu material.
Entre 2015 e 2016, Bia deixa Aracaju com destino a São Paulo, visto que a cantora precisava investir
mais na divulgação de seu trabalho autoral. O sucesso veio em Março de 2018, quando foi lançado o
seu registro (acústico) de "Cota Não É Esmola" pela equipe brasileira do Sofar Sounds e que, hoje,
ultrapassa os 8 milhões de visualizações.
"Cota não é esmola" é o que afirma a música de Bia Ferreira, música esta que trata do preconceito que o
negro sofre. Tal música traz uma verdade, ou seja, a cota não é um favor e sim uma forma de inclusão,
uma forma de equidade. Afinal, as classes minoritárias que tem o direito de cota são inferiorizadas desde
os primórdios da sociedade brasileira, assim não se deve tratá-las com igualdade e sim com equidade
adaptando as oportunidades e deixando-as justas, a cota assume esse papel.
Faz com que qualquer pessoa se coloque no lugar do negro no Brasil.
Desmascara a realidade com a própria realidade.
Música voltada para a Terceira Geração do Romantismo.
Permite discutir questões de sexualidade, amor, racismo e protagonismo feminino utilizando-se de
gêneros musicais diferenciados e historicamente adaptados, como o RAP e a música brasileira. Bia
Ferreira utiliza-se do violão para cantar sua música que tem características do RAP americano.
Aborda temas como o preconceito racial.
Critica modos que não se orientam para os direitos de populações marginalizadas historicamente.