A pesquisa intervenção é uma metodologia de pesquisa, ela é utilizada para fazer uma intervenção em uma realidade social.
Dupla: Filipe Cezarinho
Vanessa Oliveira
ROCHA, Marisa Lopes da. Pesquisa-Intervenção e a produção de novas análises. Psicologia, Ciência e Profissão, v. 23, n. 4, p. 64-73, 2003.
REFLEXÃO SOBRE SUJEITO E GRUPO NO FAZER
EDUCATIVO
CONTRIBUE PARA TRANSFORMAÇÃO
DA ATUAÇÃO DOS
PROFISSIONAIS DA PSICOLOGIA
TRANSFORMAÇÃO
SOCIAL
HISTÓRICA
POLÍTICA
NOVO
OLHAR
COMPLEXAS REDES SOCIAIS
Para Rocha (2003), Lewin, nos EUA da
década de 1930, inaugurou o modelo de
pesquisa interativa, na qual o
pesquisador deixava de lado as
características do intelectual de
gabinete e emergia na realidade
concreta de atuação profissional dos
sujeitos
CONTRIBUIÇÕES
que foram importantes na ruptura da
noção de neutralidade e objetividade
na pesquisa científica.
CRÍTICA
seu empreendimento tinha como finalidade o
fortalecimento do modelo capitalista de produção,
contribuindo para a normatização dos indivíduos e
melhoramento na produtividade.
No caso da América-Latina, a pesquisa-ação
tomou caminhos distintos ao proposto por
Lewin, nos EUA. Efetivamente, a tendência era a
de transformação da realidade social, ou seja,
não um mero dispositivo de reprodução das
dinâmicas capitalistas, mas a junção dos saberes
para consciência e emancipação.
Na esteira desse programa, a autora situa os pesquisadores
da década de 1970, no Brasil, da seguinte maneira: “O
pesquisador, nessa nova visão, apresenta-se como um
intelectual orgânico às causas populares, e a pesquisa-ação
se traduz em um método potencializador na organização
de espaços de participação coletiva” (ROCHA, 2003, p. 66).
APRESE NTA
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
DISPOSITIVO DE
TRANSFORMAÇÃO
COMO A PESQUISA INTERVENÇÃO PODE SER TRANSFORMADORA?
A PESQUISA INTERVENÇÃO DEVE CONSIDERAR AS RELAÇÕES DE PODER
COTIDIANAS QUE ATRAVESSAM INDIVÍDUOS, GRUPOS E INSTITUIÇÕES. À
MEDIDA QUE SE RECONHECE A PLURALIDADE NOS INTERESSES SOCIAIS,
FAZ-SE IMPORTANTE CONSIDERAR QUE O MELHOR CAMINHO PARA
TRANSFORMAÇÃO SE DAR POR METODOLOGIAS COLETIVAS
CARACTERIZA
VALORIZAÇÃO DA PRÁTICA
PROPICIA
INTERAÇÃO COM O OBJETO
ANALISA
EM DIÁLOGO COM PRESSUPOSTOS FOUCAULTIANOS, TANTO OS GRUPOS QUANTO OS
INDIVÍDUOS SÃO SEMPRE PRODUZIDOS POR PROCESSOS DE SUBJETIVAÇÃO A NÍVEIS DA
MACRO E
MICROPOLÍTICA
A crítica é dirigida exatamente nos
eixos da completa autonomia do
indivíduo e na total passividade do
mesmo.
A transformação do existente não se limita à criação de condições
ou meios adequados à realização de um potencial, mas refere-se a
uma micropolítica que implica o intensivo, o plano dos processos
de constituição de realidades, que abre o atual à pluralidade das
formas de existência e qualifica a transformação enquanto criação
de possíveis (ROCHA, 2003, p. 70).
Rocha (2003) situa-se ao lado da perspectiva pós-estruturalista
na qual descentra o sujeito moderno lhe atribuindo sentidos
múltiplos e nunca estáveis.
DENOTA
UMA METODOLOGIA DE PESQUISA
PESQUISA PARTICIPANTE
NÃO SUGERE AÇÃO
“podemos considerar que a pesquisa participante se
constitui em uma metodologia com pressupostos gerais de
pesquisa, envolvendo diferenciados modos de ações
investigativas e de priorização de objetivos” (p. 66).
PESQUISA-AÇÃO
PESQUISA PARTICIPATIVA
CRÍTICA
A AUSÊNCIA DE AÇÃO INTERVENTIVA EM UMA REALIDADE SOCIAL
A pesquisa-intervenção recebe o
estatuto de engajamento político e
destitui qualquer possibilidade de um
olhar científico positivista e neutro.