Livre sem vacinação: Santa Catarina (livre em 2007, vacinação suspensa em 2000, ultimo foco 1993)
Livre com vacinação: Acre, Rondônia, Tocantins, Pará, Bahia, Sergipe, Espírito Santo, Minas
Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul
e do Distrito Federal; Maranhão, Paraíba, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas.
Zonas de risco: parte do Amazonas (médio risco), Roraima (médio risco) e Amapá (alto risco).
A infecção nos humanos pode ocorrer por leite cru ou
contato de secreções de animais infectados/materiais
contaminados
familia Picornaviridae, do
genero aphthovirus.
Sorotipos: A → O, B → A, C
(clássicos). SAT1, SAT2, SAT3,
ASIA1.
Menor vírus de que se tem conhecimento e possui 30 nanômetros de diâmetro; Não possui envelope e seu
genoma é constituído por uma fita simples de ácido ribonucleico - RNA, com cerca de 7.000 a 8.500 bases
circunscritas por quatro proteínas estruturais de modo a formar um capsídeo de forma icosaédrica. Alta taxa
de mutação; Alta resistência no ambiente. Sobrevive em pH 6-9.
Proteinas estruturais: VP1: proteina localizada no vertice do icosaedro e
responsavel pela imunogenicidade (altamente imunogênicos e induzem
níveis elevados de anticorpos neutralizantes); VP2 ;VP3; VP4: interna.
Proteinas não estruturais: 3ABC, 2B, 3A, 3D. Não estão na formula da
vacina, e quando constatadas em teste sorologicos indicam replicação
viral e não imunidade vacinal.
Patogenia: O vírus ingressa no hospedeiro
principalmente pelas vias respiratória e
digestiva, replicando-se no epitélio da porta
de entrada. Em cerca de 24 horas estará
formada a vesícula primária, imperceptível
clinicamente. Em 24 a 48 horas após esta
fase, o vírus se propaga pela corrente
sanguínea e já ocorre a ruptura da vesícula
primária e formação e ruptura das vesículas
secundárias, gerando lesões na mucosa
bucal, língua, tetos, zona coronária dos
cascos, tecido interdigital e órgãos,
incluindo o coração.
Sinais clínicos: febre 24 a 48 horas antes do aparecimento dos sinais característicos. Em bovinos,
frequentemente são observados sialorréia, claudicação, vesículas na região bucal, nasal e nos tetos de animais
em lactação e inflamação da banda coronária dos cascos, especialmente na área interdigital. Tais vesículas se
rompem facilmente, originando úlceras e erosões. Como complicações observa-se a infecção das lesões na língua,
deformação do casco, mastite, miocardite, aborto e acentuada perda de peso. Em suínos, observa-se intensa
claudicação em face de lesões na região podal, que, dependendo da extensão, podem ocasionar descolamento do
casco com perda do estojo ungueal e exposição da falange, com infecção secundária. Pode ocorrer aborto nas
fêmeas prenhes, ou mesmo alto índice de óbitos nos animais recém nascidos.
Diagnóstico (apenas Oficial): isolamento viral em cultivo celular (padrão ouro). Sorologia para pesquisa de anticorpo em caso de viremia.
líquido das vesículas intactas, epitélio das vesículas ou aftas no epitélio lingual, gengiva, espaço
interdigital do casco e de lesões nos tetos e úbere. Os materiais devem ser remetidos aos
laboratórios oficiais, acondicionados em frascos com solução tampão fosfato com glicerina,
denominada Líquido de Vallée.
Em casos onde há lesões e não há mais possibilidade de colheita de tecido epitelial, promove-se a
colheita de líquido esofágico-faríngeo – LEF, através da introdução do coletor de Probang. Ao
material colhido é acrescida igual quantidade de meio de transporte contendo solução tamponada e
antibióticos, como por exemplo o meio de Earle.
isolamento viral em cultura celular ou pesquisa de RNA viral pelas técnicas de PCR
Prova de VIA (imunodifusao em gel de agar -procura a proteina 3D-) → ELISA (procura a proteina
3ABC) → ITB (procura as proteinas 3ABC, 2B, 3A, 3B, 3D).
Diagnostico diferencial: Diarreia viral bovina, Estomatite papular bovina, Febre catarral maligna,
Língua azul, Peste bovina, Rinotraqueíte infecciosa bovina; Doença vesicular do suíno, Estomatite
vesicular, Exantema vesicular suíno.
Ultimos focos no Brasil: Paraná e Mato Grosso do Sul (2006).
Vacinação: semestral em animais de até 24 meses e anual em animais com mais de 24 meses (varia conforme a
região); Maio em todo o rebanho; Novembro em bovinos e bubalinos < 24 meses. Obrigatório para bovinos e
bubalinos.
vacina inativada, trivalente,
formulada com as cepas
virais A24 Cruzeiro, O1
Campos e C3 Indaial +
adjuvante oleoso.
conservada sob refrigeração
(2-8C); validade 24 meses.