4. Apesar do efeito anestésico, em comum, os efeitos colaterais são bem diferentes.
5. Administrar o O2, para eliminar o éter ou outros anestésicos.
6. A incidência dos efeitos adversos reduz-se caso seja administrado concomitantemente ao anestésico um agonista α2, como, por exemplo, a Dexmedetomedina.
7. Potência anestésica: Concentração necessária para impedir o movimento em resposta à estimulação cirúrgica. Para os anestésicos inalatórios, a potência é medida em unidades de CAM - concentração alveolar mínima necessária para impedir o movimento em resposta à estimulação cirúrgica em 50% dos indivíduos (CAM pode ser medida pela concentração expiratória final; Não há métodos eficientes para medir continuamente).
Definições
Anestesia
Depressão do SNC (Perda da percepção e da resposta aos estímulos ambientais)
Anestesia Geral
Perda dos reflexos protetores (reflexos homeostáticos normais), em especial, das vias aéreas
Analgesia
Percepção reduzida ao estímulo doloroso
Sedação
Anestesia sem a perca total dos reflexos
Inconsciência
Diminuição geral da atividade reflexa
Comprometimento da capacidade dos reflexos simpáticos e embotamento dos reflexos parassimpáticos
Relaxamento muscular
Comprometimento respiratório
Classificação dos anestésicos gerais
Intravenosos
Barbitúricos
Tiopental de Sódio
MAIS UTILIZADO ATUALMENTE
Metoexital
Mais potente
Tiamilal
1. O barbitúrico, em contato com soluções ácidas, precipita, por isso, outros fármacos só são utilizados quando os barbitúricos já foram eliminados do compartimento venoso
2. São eliminados, basicamente, por metabolismo hepático e excreção renal
3. Anticonvulsivantes
Derivados imidazólicos carboxilados
Midazolam
Propofol
Agentes dissociativos
Ketamina
Agonistas alfa-2- adrenérgico
Dexmedetomidina
Clonidina
Medetomidina
Analgésicos opióides
Fentanil
Voláteis
Sevoflurano
Isofurano
Óxido nitroso (N2O)
Causa hipoxia tecidual
É um indutor da anestesia
Desfurano
Efeitos
Hemodinâmicos
Redução da pressão arterial
Vasodilatação direta
Depressão do Miocárdio
Embotamento do controle barorreceptor
Diminuição generalizada do tônus simpático central
Etomidato e Cetamina: apresentam mínimas tendências hipotensivas
Respiratórios
O relaxamento muscular é importante para permitir o controle das vias aéreas
Entubação
Reduzem/eliminam o impulso ventilatório e os reflexos que mantêm a via desobstruida
Reflexo do vômito e estímulo da tosse inibidos
Redução do tônus do esfincter esofágico, podendo ocasionar regurgitação passiva
Para evitar a depressão respiratória o AINEs Cetorolaco é geralmente utilizado
Outros
Hipotermia
Vasodilatação
Exposição das cavidades corporais
Redução da taxa metabólica
Náuseas
Período pós operatório
São causadas pela ação do anestésico na zona de gatilho (Tronco cerebral) que é modulada por histamina, serotonina, acetilcolina e dopamina
Hipertermia maligna
Os barbituratos e todos os anestésicos locais não desencadeiam essa síndrome
Causada por anestésico parenteral e suxametônio
É tratada pelo uso de Dantroleno
"A hipertermia maligna (HM) é uma doença farmacogenética potencialmente letal que acomete indivíduos geneticamente predispostos. Manifesta-se em indivíduos susceptíveis em resposta à exposição a anestésicos inalatórios, relaxantes musculares despolarizantes ou atividade física extrema em ambientes quentes. Durante a exposição a esses agentes desencadeadores, há um aumento rápido e sustentado da concentração de cálcio mioplasmático (Ca2+) induzido pela hiperativação dos receptores de rianodina (RYR1) do músculo esquelético, causando uma alteração profunda na homeostase de Ca2+, caracterizando um estado hipermetabólico. "
Moleculares
Há um efeito direto nos receptores GABAérgicos e NMD. Além da ação nos canais de K+ de dois poros.
Ação no GABAérgico: os anestésicos aumentam a sensibilidade do receptor GABA, intensificando assim a neurotransmissão inibitória e deprimindo as atividades do SNC.
*Os anestésicos, principalmente, proporfol, neuroesteróides e barbituratos tem a capacidade de intensificar a atividade da glicina em ativar os canais de cloreto, papel importante para a neurotransmissão inibitória.
**Receptores nicotínicos podem mediar a analgesia e amnésia.
Fármacos que não apresentam atividade GABAérgica ou sobre a glicina: Cetamina , N2O, Ciclopropano e o Xenônio. Inibem o NMDA, canais controlados por glutamato.
Canais de K+ com domínios de dois poros são ativados pelos halogenados.
Fases
Estádio I (ANALGESIA): Analgesia, amnésia e euforia
Estádio II (EXCITAÇÃO): Excitação, delírio e Comportamentos de combate
Estádio III (ANESTESIA CIRÚRGICA): Inconsciência, Respiração regular e Movimentos oculares reduzidos
Estádio IV (DEPRESSÃO BULBAR): Parada respiratória e cardíaca.
Mecanismo de ação
Bloqueiam a transmissão sináptica, sem importância sobre condução axonal;
Diminuem a liberação pré-sináptica de neurotransmissores excitatórios (Glutamato, acetilcolina, serotinina);
Diminuem as respostas dos receptores excitatórios; (Inibem as respostas excitatórias e excitam as sinapses inibitórias).
Reduzem, em geral, a taxa metabólica cerebral e o fluxo sanguíneo cerebral. Assim como podem apresentar vasodilatação, seguida de aumento da pressão intracraniana.
Farmacocinética
Inalatórios
Absorção
São absorvidos por via pulmonar
Baixos índices terapêuticos
Para obter efeito no SNC é necessário uma Concentração Alveolar Mínima (CAM), que é a concentração ou pressão parcial alveolar mínima para inibir a resposta dolorosa padrão em 50% dos pacientes
*Quanto menor a CAM, mais potente é o anestésico inalatório.
Distribuição
Depende da solubilidade do anestésico no sangue (coeficiente de partição sangue: gás) e na gordura (coeficiente de partição óleo: gás);
Coeficiente de partição sangue - gás: Determina a velocidade da indução e da recuperação de um anestésico inalatório --> Quanto menor o coeficiente, mais rápida a indução e a recuperação anestésica
Coeficiente de partição óleo - gás: Determina a lipossolubilidade --> Maior potência, porém com maior tempo para a indução da recuperação
Embora a pressão parcial possa ser igual em todos os tecidos, a concentração em cada tecido será diferente
A anestesia é produzida quando a pressão parcial do anestésico no cérebro é igual ou maior que a CAM
Para os inalatórios com alta solubilidade no sangue e nos tecidos, a recuperação será em função da duração da administração do anestésico. Isso por que as quantidades acumuladas nas gorduras impedirão que as pressões parciais no sangue caiam rapidamente.
Grande parte do anestésico é eliminado através dos pulmões
Os que sofrem grandes transformações hepáticas podem gerar metabólitos tóxicos (Metoxiflurano, Halotano, Enflurano e Sevoflurano)
Parenterais
Hidrofobicidade
Os fármacos particionam-se preferencialmente nos tecidos altamente perfundidos e lipofílicos. Depois difundem-se para os tecidos menos perfundidos e, em uma taxa mais lenta, para o tecido adiposo
*Paciente com débito cardíaco apresentam uma maior taxa de perfusão no cérebro, desse modo, requerem doses mais baixas do anestésico.