O Helicobacter pylori (Hp) acomete a metade da população mundial. Sua prevalência, com alta variabilidade segundo a região geográfica, etnia, raça, idade, e fatores socioeconômicos, é maior nos países em desenvolvimento e menor no mundo desenvolvido. Em geral, no entanto, nos últimos anos pode-se perceber uma tendência decrescente na prevalência do Hp em muitas partes do mundo (HUNT et al. 2010)
H. pylori, ou Helicobacter pylori, é uma bactéria que se aloja no estômago ou intestino, onde prejudica a barreira protetora e estimula a inflamação, podendo provocar sintomas como dor e queimação abdominal, além de aumentar o risco para o desenvolvimento de úlceras e câncer.H. pylori, ou Helicobacter pylori, é uma bactéria que se aloja no estômago ou intestino, onde prejudica a barreira protetora e estimula a inflamação, podendo provocar sintomas como dor e queimação abdominal, além de aumentar o risco para o desenvolvimento de úlceras e câncer.
O Helicobacter pylori (Hp) acomete a metade da população mundial. Sua prevalência, com alta variabilidade segundo a região geográfica, etnia, raça, idade, e fatores socioeconômicos, é maior nos países em desenvolvimento e menor no mundo desenvolvido. Em geral, no entanto, nos últimos anos pode-se perceber uma tendência decrescente na prevalência do Hp em muitas partes do mundo.
Hp acomete a metade da população mundial. Sua prevalência, com alta variabilidade segundo a região geográfica, etnia, raça, idade, e fatores socioeconômicos, é maior nos países em desenvolvimento e menor no mundo desenvolvido. Em geral, no entanto, nos últimos anos pode-se perceber uma tendência decrescente na prevalência do Hp em muitas partes do mundo.
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Transmissão
A transmissão do Hp ocorre principalmente por via oral-oral ou fecal-oral. São muitos os fatores que intervêm na prevalência geral da infecção, como a falta do saneamento adequado, água potável segura, higiene básica, dietas pobres e superpopulação.
Helicobacter pylori possui mecanismos eficientes para locomoção e sobrevivência no estômago. O flagelo do bacilo permite que ele se movimente bem no muco viscoso e a urease que produz amônia e dióxido de carbono, faz o tamponamento do ácido gástrico. Todos estes fatores contribuem para a virulência da bactéria, sendo a associação etiológica mais importante com a gastrite crônica e consequentemente com a doença ulcerativa e o carcinoma gástrico.
Pie de foto: : Helicobacter pylori no estômago
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Fisiopatologia
O bacilo não invade a mucosa gástrica, mas causa respostas inflamatória e imune, ocorrendo aumento dos fatores pró-inflamatórios, como interleucinas IL-1, IL-6, fator de necrose tumoral (TNF) e IL-8. Estes fatores inflamatórios estão relacionados com a gastrite crônica e os pacientes com maior produção de IL-1β tendem a desenvolver pangastrite (mucosas do corpo e do fundo), enquanto os pacientes com menor produção dessa interleucina desenvolvem gastrite do tipo antral. Na gastrite antral ocorre maior produção de ácido e alto risco de fazer úlcera duodenal, e a pangastrite é acompanhada de atrofia multifocal com baixa produção de ácido gástrico e maior risco de desenvolver adenocarcinoma.
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Fisiopatologia
Úlcera duodenal (UD)
A inflamação do antro devido à gastrite antral causa a necrose de várias células D produtoras de somatostatina, que é responsável pela inibição da liberação de gastrina. Então ocorre uma maior produção de gastrina estimulando uma maior liberação de ácido clorídrico. Este aumento de ácido causa uma diminuição do pH no duodeno, ocorrendo uma metaplasia gástrica no mesmo capaz de ser colonizada por H. pylori e consequentemente ulcerada pelo suco gástrico.
Úlcera gástricas (UG)
Diferente da úlcera duodenal, na úlcera gástrica o estômago tem sua produção de ácidos normal ou reduzida, sendo causada não pelo menor pH do estômago, mas pela perda dos fatores protetores da mucosa. Tendo sua classificação de acordo com sua região
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Quadro clínico
Praticamente todos os indivíduos com infecção com H. pylori possuem gastrite crônica, que é a inflamação histológica da mucosa gástrica, porém apenas um pequeno percentual manifesta essa inflamação em sintomas. As principais queixas dos pacientes são:
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Quadro clínico
Dispepsia:
É um sintoma que o paciente tem após as refeições. Ele relata estar sentindo um desconforto epigástrico, como se estivesse cheio ou inchado
Dor epigástrica:
A dor epigástrica em queimação ou corrosiva pode estar presente na úlcera péptica. A associação dessa dor com intensidade, distribuição, náuseas e vômitos pode ser um indicativo de complicação. Hematêmese e melena associadas à dor epigástrica são sinais de alarme para úlcera com sangramento ou perfurada, ocorrendo com mais frequência em indivíduos com mais de 60 anos de idade.
A UD apresenta 3 tempos: Dói/ come/ passa a dor.
A UG apresenta 4 tempos: Não dói/ come/ dói / passa
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Diagnóstico
Os testes diagnósticos para detectar a infecção pelo Hp incluem métodos endoscópicos e não endoscópicos. As técnicas utilizadas podem ser diretas (cultura, demonstração microscópica do microorganismo) ou indiretas (usando urease, antígenos fecais, ou uma reação por anticorpos como marcador da doença).
Para a realização do diagnóstico é indicado a descontinuidade: do uso de inibidores de bomba de prótons (IBPs) duas semanas antes do teste, (exceto sorologia), uso de antibióticos e sais de bismuto quatro semanas antes. Para os pacientes com gastrite sintomática pode ser realizada a substituição dos inibidores de bomba de prótons por antiácidos, sucralfato e bloqueadores dos receptores H2 da histamina, por apresentarem mínima interferência com os testes.
Regimes de tratamento de terapia tripla: IBP + dois antibióticos: amoxicilina e claritromicina ou metronidazol e claritromicina
Utilizados e aceitos em nível mundial
A terapia padrão baseada em IBP falha para 30% dos pacientes; as taxas de erradicação caíram 70-85% nos últimos anos devido, em parte, ao aumento da resistência à claritromicina
Uma maior duração do tratamento pode aumentar as taxas de erradicação, essa ainda é uma questão controversa; os estudos sugerem um aumento a 14 dias, em vez de 7 dias
As considerações relativas ao custo e os problemas de aderência podem favorecer a terapia de 7 dias.
Alguns grupos sugerem o tratamento durante 10 dias.
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Tratamento
Terapia quádrupla: IBP + bismuto + dois antibióticos: amoxicilina + claritromicina ou metronidazol + tetraciclina
Pode ser mais barata que a terapia tripla
Mais difícil de ingerir que a terapia tripla
Taxas de erradicação equivalentes ou superiores
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Referências
-R.H. Hunt et al. Helicobacter pylori nos países em desenvolvimento. World Gastroenterology Organisation Practice Guidelines. 2010. Disponível em: https://app2.unasus.gov.br/UNASUSPlayer3/recursos/UFMS_0001_DOENCAS_AP_DIGESTIVO/2/res/complementares/u3_r2.pdf. Acesso em: 11 de outubro. 2021
- SANAR. Resumo: Helicobacter pylori | Ligas. LIAG. 2021. Disponível em: https://www.sanarmed.com/resumo-helicobacter-pylori-ligas. Acesso em: 11 de outubro. 2021
-ZANIN. T. O que é o H. pylori, como se pega e tratamento. Tua saúde. 2019. Disponível em: https://www.tuasaude.com/h-pylori/. Acesso em: 11 de outubro. 2021