Parte-se do quanto a submissão
da mulher frente ao homem foi
naturalizada ao longo do tempo
em nossa sociedade.
Karl Marx (1996) identifica pontos
cruciais da origem do trabalho
feminino, das relações de classe e
de gênero, dentro da ordem
capitalista.
“Maquinaria e Grande
Indústria”, e
consequentemente, da
apropriação de forças de
trabalho suplementares
pelo capital (trabalho
feminino e infantil)
Como também do
prolongamento da
jornada de trabalho,
entre outros aspetos.
A mulher sempre teve um papel
ativo nas sociedades
pré-capitalistas – “enquanto a
família existiu como unidade de
reprodução, as mulheres e as
crianças desempenharam um
papel econômico fundamental
Saffioti (2013) sinaliza
que fatores como sexo e
etnia funcionam como
válvula de escape para
aliviar as tensões sociais
geradas pelo modo
capitalista de produção.
Por isso, a compreensão de
como a mulher entra nesse
tipo de relação de produção,
a princípio quase
invisibilizada como ser
individual, é clarificada com o
trabalho sendo o guia para
análise de sua posição nas
sociedades competitivas.
A história das mulheres é a
história das classes, e a pergunta
que devemos nos fazer é se foi
transcendida a divisão sexual do
trabalho que produziu esse
conceito em particular”.
Cisne (2018) afirma que,
ao tratar a mulher como
coisa, o homem
também se coisifica, ao
passo que se
desumaniza
Este tipo de organização social
traz consigo uma forte relação de
violência ancorada na repressão,
que se dava principalmente na
produção, também transferida
para o seio familiar.