As abordagens Pedagógicas

Tradicional
1. Defendida por Snyders (1917-2011, Paris, França).
  1. Teoria empírica, centrada no professor e conteúdo.
    1. Homem tabua Rasa, receptor passivo e depósito.
      1. Transmitido pelo processo de educação formal e igreja e família como principais agentes reprodutores.
        A sociedade reprova o aluno quando não atinge média. A educação formal e hierarquização de diplomas exprime níveis de cultura.
        A inteligência é a capacidade de acumular e armazenar informações.
        A educação é um produto de modelos pre-estabelecidos, selecionados e organizados.
        Escola é uma agência sistematizadora da cultura complexa.
        Ignoram diferenças individuais; conteúdos adquiridos e modelos imitados
        Hierarquização vertical de ensino: professor detém o poder decisório e dependência do aluno a este.
        Aulas expositivas (maiêutica) e lições programadas sem considerações as especificidades.
        Avalia a absorção de conteúdos através das provas, exames e exercícios, notas como termômetro da aquisição da cultura.
        Restringe a educação a ação da escola, sem subjetividade e contextualização.
Comportamentalista
1. Controle
  1. Recompensa
    1. Competência
2. Representada por Skinner, criador do Behaviorismo Radical (1904 -1990, Pensilvânia, EUA).
  1. Ciências do Comportamento e origem empírica.
    1. Produto do meio
      1. Classe Social
        Cultura
        Conhecimento
        Experiência
        Transmissão Cultural
        Controle Social
        Planejamento e Estímulo
        Incentivo e desempenho
        Estratégia de Ensino
        Competência
        Avaliação
        Pré-Testagem
        Caminhar do processo
        Final do processo
        Ênfase na transmissão cultural na influência do meio e cristalização, não considerando a cooperação do aluno, mas a individualização do ensino
Humanista
1. Representada por Carl Rogers, criador abordagem centrada na pessoa (1902-1987,Illinois, EUA).
  1. O homem não é condicionado e não nasce com fim determinado.
    1. Autocohecimento
      1. Interno
      2. Psicológico
        Autoreealização
      3. Emocional
  2. Características
    1. Foco no Indivíduo
      1. Principal Elaborador de Conhecimento
  3. Escola
    1. Autonomia democrática
      1. Centrado no aluno
    2. Professor como facilitador da aprendizagem
      1. Cria Condições para Fomentar a aprendizagem do aluno.
        Não enfatiza técnica, padronizações ou métodos para facilitar aprendizagem.
        Não oferece instrução de validade empírica, planejamento e controle social. Teoria realizada para terapia.
Cognitivista
1. Representada por Jean Piaget (1896-1980, Neuchâtel, Suiça). Teoria do desenvolvimento cognitivo.
  1. internacionalista, a aprendizagem é mais que um produto do ambiente ou de fatores externos aos alunos.
    1. O mundo é um sistema aberto e o desenvolvimento do ser humano por fases que se inter-relacionam e se sucedem até atingir os estágios da inteligência.
      1. Sociedade permite mobilidade intelectual e afetiva. Os fatos sociais variam conforme o grupo. O debate grupal evita interesses egocêntricos. A democracia não é um produto, é uma conquista gradual praticado desde a infância.
        A educação é uma construção progressiva das noções e operações que devem ser vivenciadas pela criança intensamente cada etapa do seu processo.
        Escola deve despertar interesse intrínseco/endógeno e capacitar o aprendizado por si próprio, cooperação entre alunos e professores.
        O objetivo do ensino-aprendizagem é desenvolver a inteligência. Depende da esquematização presente, estágio atual e o relacionamento com o meio.
        O professor é orientador, investigador, pesquisador e coordenador. O aluno deve ser tratado conforme as características estruturais próprias da fase evolutiva, ensino mental e social.
        Não existe modelo pedagógico, mas a teoria do conhecimento. O ambiente deve ser desafiado para promover o desequilíbrio que favorece a motivação.
        A avaliação é realizada com parâmetros da própria teoria, não há pressão com níveis de desempenho padronizados como provas e notas.
        Difere de forma acentuada com a abordagem comportamentalista e cuidado especial com a educação pré-escolar
Socio-Cultural
1. Representada por Paulo Freire (1921-1997, Recife, Pernambuco).
  1. Surge após a II guerra mundial. Enfatiza aspectos sócio-político-culturais. Preocupação com a cultura popular. Nos países de terceiro mundo volta-se para as camadas socioeconômicos inferiores com a preocupação em alfabetizar.
    1. O homem e mundo é Interacionalista com ênfase no sujeito-objetivo com Ação, Reflexão, Transformação.
      1. A cultura é a aquisição criadora e crítica da experiência humana. O homem cria cultura integrando-se ao seu contexto, refletindo e dando resposta.
        A educação é de caráter utópico. Não ajustável. Deve-se refletir sobre homem e analisar o meio cultural para que se torne sujeito e transformar a educação/realidade/sociedade.
        A Escola é espaço social de um sistema maior, conscientização, crescimento mútuo do professor e dos alunos.
        Ensino-aprendizagem com foco na opressão, mitos (ideologias) e suas causas que mantem a estrutura dominante (alienação). Objeto de reflexão resultando no engajamento do homem na sua luta por liberdade superando relação homem-opressor.
        Relação horizontal, não imposta. Relação empatia: troca de papeis entre docente e discente ou vice-versa.
        Na metodologia utiliza-se situações vivenciais no grupo em forma de debate para transformação em ser ativo; dialógico e crítico. A técnica é pela redução e codificação (ação e reflexão). Freire desenvolveu o método de alfabetização e pós-alfabetização (ação cultural).
        Auto avaliação, avaliação mútua e permanente educativa entre professores e alunos.
        Contrapõe a abordagem tradicional e o ensino comportamentalista.

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