Os métodos encontrados na pesquisa fornecem dados
que auxiliam numa avaliação constante de tomada de
decisão em relação à estratégia organizacional.
O conhecimento, quando transferido nas organizações,
proporciona benefícios e soluções rápidas para clientes e
fornecedores, aguça o interesse de investidores e acionistas bem
como fortalece a imagem da empresa no mercado, pois agrega
valor aos resultados dos produtos e serviços prestados.
A mensuração de resultados é um processo que objetiva demonstrar se o que foi
inicialmente proposto no planejamento estratégico está sendo alcançado.
Mesmo sendo difícil identificar e avaliar os ativos intangíveis, é importante
mensurá-los, pois trazem benefícios para a empresa.
A mensuração de resultados na Gestão do Conhecimento é fundamental para que sejam
diagnosticadas as competências essenciais e desse modo analisado o vínculo entre desenvolvimento
de pessoas (competências empresariais).
Um dos motivos pelo qual se deve aplicar um modelo de mensuração
de resultado é descobrir o hiato entre o patrimônio líquido visível no
balanço patrimonial e o seu real valor de mercado.
Os métodos de avaliação de resultados procuram cobrir a lacuna
deixada pelos modelos tradicionais, na busca de alternativas para
quantificar as variáveis que não geram medidas nos relatórios das
organizações.
Aplicar modelos de mensuração nas organizações é importante para se ter
controle, minimizar o risco, melhorar continuamente, agir preventivamente e dessa
forma avaliar a gestão.
A mensuração de resultados é importante para se ter o controle dos processos, reduzir os efeitos
causados com as oscilações do mercado, ser possível uma auto-avaliação, poder estar sempre
melhorando e também avaliar a gestão que está sendo feita, além de ser possível agir
preventivamente às variações que a todo o momento ocorrem no ambiente em que a organização
está inserida. O que acontece é que a Gestão do Conhecimento, , ao dinamizar o capital intelectual
influencia os resultados das organizações e possibilita inúmeras transformações. Sendo que as
transformações mais eficazes tendem a aumentar o patrimônio da organização.
Dificuldade de fazer a mensuração
Por ser tratar de conhecimento intangível, a mensuração de resultados
deve ser um processo contínuo e sistemático, pois ao contrário dos bens
tangíveis que tendem a ter seu valor depreciado com o tempo, o
conhecimento cresce cada vez que é utilizado e deprecia quando não
utilizado.
As empresas encontram enormes dificuldades em fazer avaliação de
desempenho e mensuração de seus ativos intangíveis, pois não existe um padrão formal
e genericamente aceito.
Além disso, é difícil identificar os ativos intangíveis que agregam valor à atividade produtiva, já que
eles não são facilmente reconhecidos na estrutura organizacional.
Outro fator agravante na mensuração dos ativos intangíveis é que os
parâmetros até então existentes para avaliação dos ativos tangíveis em
uma empresa são muito menos complexos e de fácil visualização, pois seu
resultado pode ser observado no balanço patrimonial e na demonstração
de resultado de exercício (DRE) da organização.
Ou seja, os parâmetros anteriores dos ativos tangíveis não ajudavam em muito. Por se tratar de
ativos intangíveis, a mensuração de resultados deve ser um processo contínuo e sistemático, pois
assim, ao contrário dos ativos físicos (tangíveis) que tendem ter
seu valor depreciado com o tempo, o conhecimento cresce, cada vez que é utilizado, e deprecia-se
quando não utilizado.
Com esse novo desafio, as empresas percebem que há necessidade de acompanhar e
avaliar cuidadosamente o seu desempenho junto ao mercado, sendo importante
mensurar o retorno obtido com a Gestão do Conhecimento, para saber se o que foi
proposto no planejamento estratégico está sendo alcançado.
Essas preocupações incitam a superação dos modelos contábeis vigentes, por uma série de
limitações que esses apresentam.
Tais métodos devem ser adaptados às necessidades de cada organização, acarretando
benefícios para o financeiro e para seus relacionamentos, sejam eles internos ou externos.
Para que as empresas possam mensurar o resultado intangível é necessário que se desenvolva um
processo de Gestão do Conhecimento.
Após a organização reconhecer que o capital intelectual é o seu maior ativo, chamado ativo
intangível ou ativo do conhecimento, ela estará constantemente inovando e à frente dos
concorrentes.
Para acontecer a identificação, criação e maximização de conhecimentos, é necessário acompanhar
cada passo do processo, isto é, avaliar e medir os resultados obtidos, ponderar cada parte do
processo para re-definir os próximos passos.
Para que a organização saiba o real valor que os ativos intangíveis estão agregando a seus produtos
e serviços, é necessário mensurar o resultado, e uma ferramenta que vem sendo muito usada pelas
empresas nessa quantificação é o Balanced Scorecard, por ser mais amplo e flexível que os demais
modelos de mensuração.
Por isso, é necessário que se realize uma reflexão cuidadosa sobre as reais competências
empresariais, ou seja, aquelas que a diferenciarão da concorrência, assegurando à empresa
vantagem competitiva e bons resultados
Tipos de resultados que podem ser obtidos
Este processo surgiu no ambiente organizacional para reestruturá-lo, desenvolver valores
competitivos a partir da inovação e do aprendizado, e com isso possibilitar que cada colaborador
saiba o seu papel na empresa, desenvolva habilidades para as funções determinadas e amplie seu
potencial, possibilitando novos resultados para a organização.
Existem duas vertentes para mensurar resultados após a implementação da Gestão do
Conhecimento nas organizações, proposta por Terra (2001): uma se refere aos investimentos
efetuados em treinamentos e estratégias da empresa; outra mensura o quanto este conhecimento
adquirido reverte em valor de mercado, tornando-se contabilizado nas organizações.
O que pode ser feito com os resultados na perspectiva empresarial?
Medir os resultados é importante para a empresa, pois, quando a mensuração
acontece, as informações são mais precisas, a tomada de decisão é feita com
maior confiabilidade e as metas propostas alcançadas com maior excelência.
Ainda mais porque falar de mudanças no contexto organizacional é aprender a
lidar com a resistência que as pessoas têm à mudança.
A alta direção nem sempre está disposta a fornecer dados concretos e claros sobre o
que realmente se passa no centro administrativo de suas gestões e os demais
colaboradores, não raro, por medo de exporem suas fraquezas e lacunas ao
compartilharem seu conhecimento.
Além disso, a mensuração de resultados pode ajudar na minimização das possíveis lacunas
existentes entre o que se fala e o que se compreende, pois baseados em suas experiências
pessoais, tanto emissores quanto receptores, possuem histórias pessoais que determinam
suas interpretações.
Assim sendo é importante que o gerador da informação a faça de forma objetiva e clara, usando
todos os meios e canais de que dispõe para que se atinja o objetivo, qual seja, converter
conhecimento.
Quando a organização mensura com critério os resultados de sua Gestão do Conhecimento pode
dar um melhor feedback a seus funcionários, para que estes possam auto-saber seu desempenho na
participação e nos resultados da empresa, e assim, caso seja necessário, redirecionarem suas metas.
Quando há um procedimento efetivo de comunicação e do uso eficaz da tecnologia, pode-se
observar que o desenvolvimento nas relações das pessoas torna-se excelente.
Pode-se dizer que, de todos os recursos para compartilhamento e conversão de conhecimentos, a
comunicação se tornou um dos principais fatores de sucesso das estratégias organizacionais por
preservar e realçar a imagem da empresa, e principalmente por ser um fator indispensável e capaz
de agregar valor na busca constante pela competitividade, alinhando a empresa às exigências do
mercado
Para tanto, é necessário considerar, como preocupação do feedback, verificar características como
flexibilidade, criatividade, intuição, participação em trabalhos em equipe, entre outras. É importante
salientar que o feedback, ao necessitar da participação de todos os colaboradores de uma
organização, acaba por ser uma boa ferramenta para avaliar estratégias e auxilia na mensuração de
resultados da Gestão do Conhecimento.
Percebe-se no entanto que apenas o feedback não é suficiente para avaliar os ativos intangíveis, isto
porque, por mais necessário e importante que ele seja, está num âmbito restrito das relações
interpessoais. É necessário ir além das relações interpessoais quando se trata da Gestão do
Conhecimento. É preciso portanto lidar com indicadores que coloquem as organizações num
movimento mais dinâmico de troca com a sociedade.