Alemão, erudito de Görlitz, estudou teologia e medicina
Pesquisador,
observador sagaz da
diversificada
imprensa
informativa de sua
época, propôs a
primeira "teoria do
jornalismo" em um
tempo que ainda
nem se falava em
jornalismo
A imprensa floresceu no séc XVII, no
auge da grande Reforma, teve como
alguns principais fatores:
a) Desenvolvimento da
tipografia de Gutenberg;
b) Expansão da
indústria do papel;
c) Começou-se a ver a notícia como
uma mercadoria capaz de geral lucros;
d) Necessidade de
informações econômicas
alimentarem uma sociedade
capitalista em expansão;
e) O aumento dos
fluxos de informação
Com a Reforma
Protestante os crentes
tiveram que começar a
pensar por si mesmos
Devido a população ser pouco
instruída, supersticiosa e
muito religiosa as noticias
abusavam dos mesmos,
relatando assuntos absurdos
Os relatos noticiosos eram quase
sempre enquadrados na moral cristã
ou no prisma de aceitação divina
Algumas possuíam
periodicidade
A periodicidade variava de acordo
com a informação disponível
As primeiras eram anuais ou bienais,
passando a mensais, quinzenais,
semanais até chegarem as diarias
Não se sabe quando ao certo
apareceu o primeiro diário, a
relatos entre 1660 e 1700
Folhas Volantes:
1º tipo, mais
"sério", como
antepassado
do jornalismo
econômico,
quase
puplicitário
2º tipo, mais
noticioso mas
nem sempre
com propósito
informativo
Recupera uma tradição
noticiosa iniciada com as
Efemérides gregas e as
Actas Diurnas romanas
Frequentemente a informação servia
de pretexto à pregação moralista, ao
regozijo ou ao queixume (às vezes
em forma de poesia)
Usou como fonte outros teóricos que já
haviam pesquisado o tema e também
principalmente 3 autores do séc. XVII:
Christian Weise
Primeira reflexão sobre jornais baseada
numa análise de conteúdo (1685)
"Nucleus Novellarum ab Anno 1660 Usque 1676"
Ahasver Fritsch
Aborda a problemática do uso e abuso das notícias (1676)
"Novellarum Quas Vocant Neue Zeitung Hodierno Usu et Abusu"
Christophorus
Besoldus
Fala das notícias de um ponto jurídico
(1629)
"Thesaurus Practicus"
Tese doutoral de Peucer (29 capítulos)
Valoriza e aborda essencialmente a
vertente informativa dos jornais que
relatam acontecimentos, contam
novidades, em suma, dão notícias, onde
servem essencialmente para informar.
Preocupações centrais em torno
das quais se tenta construir uma
teoria de notícia e do jornalismo:
conceitos
de notícia e
de jornais;
relações entre
"jornalismo" e
história;
Fazer jornalismo é
essencialmente construir a
história da vida diária, fazer
uma historiografia dos
acontecimentos relevantes
contributo da retórica e
da evolução histórica para
a estrutura das notícias;
critérios de
noticiabilidade;
- coisas acontecidas recentemente;
- fatos históricos mais importantes;
- temas de interesse cívico; - o que
é insólito; - o que é negativo; - o que
se passa com as pessoas ilustres.
Constrangimentos
à produção de
informação...
"as notícias são relatos precipitados
e elaborados precipitadamente"
Tobias evidencia
5 características
das notícias:
1) pode haver
notícia sobre tudo;
2) as notícias referem-se a
acontecimentos atuais;
3) as notícias trazem/são
relatos/sinônimo de novidades;
4) as notícias
são úteis;
5) muitas notícias têm
sucesso porque satisfazem
a curiosidade humana.
As notícias segundo
Peucer, são relatos:
expositivos
e escritos;
selecionados entre vários
relatos possíveis segundo
a sua importância;
condicionados por
fatores como o
tempo e contidos;
sobre
singularidades;
que são novos, isto é,
oferecem novidades,
o que satisfaz a
curiosidades
humana.
que se orientam para
os acontecimentos;
Agendamento
Notícias relatadas são objeto de debate
público, são propagadas pela voz pública
O jornalismo tende a distanciar as
pessoas em termos de
conhecimentos. Embora seja útil a
todos são mais entendidos por
quem tem "um conhecimento da
geografia, dos negócios civis e
sobretudo das coisas do palácio"
Peucer aconselha para
agradar o leitor e
evitar uma notícia
confusa que se redija
as notícias de maneira:
Linguagem
pura
clara e
concisa
num tom nem oratório
e nem poético
sem palavras
obscuras e confusão
na ordem sintática
não exagerar na menção de
miudezas, banalidades e futilidades
Tomar cuidado com as
fontes, pois elas podem
deturbar os fatos
Aconselha aos
jornalistas, cautela na
divulgação de suas
notícias. Que tenha-se
menos menção as
fabulas falsas, as
desgraças humanas as
"coisas de pouco peso",
que se respeite a
origem dos fatos e o
que eles trazem