Inovar é encontrar soluções para pequenos ou grandes problemas. Não significa necessariamente “inventar a roda” ou ter uma ideia que cinco milhões de dólares a cada semana. Significa quebrar padrões. Encontrar novas maneiras de fazer algo que já é feito há muito tempo, sempre do mesmo jeito. É resolver problemas ou se antecipar a eles. É cuidar para que as organizações permaneçam competitivas, os negócios permaneçam vivos e o planeta mais sustentável.
A meu ver, estamos em um momento de transformação. Antes, inovação nas empresas era algo voltado para fora, para a criação de novos produtos ou serviços. Hoje é parte integrante das organizações e ganhou um novo significado. Inovar é um modo de operar, de pensar e de estar no mundo.
Claro que ainda há um longo caminho a percorrer. A primeira motivação ainda, em muitos casos, é ditada pela pressão do mercado. E não sou eu que estou dizendo isso. Segundo a ABDI, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, a decisão de inovar no segundo trimestre de 2013 esteve fortemente associada a três fatores: pressões adicionais de custo (68,2%), exigências dos clientes (66,1%) e busca por maior participação no mercado (60%).
Por onde começar?
Para criar uma cultura de inovação, o primeiro passo é identificar o que isso representa para a organização e que resultados são esperados.
A semente desse movimento deve nascer na alta direção, que deve apoiar mudanças, participar ativamente do processo e reconhecer adequadamente aqueles que promoverem atitudes inovadoras. Só assim, esse novo “modo de estar e operar das organizações” criará raízes.
Outra forma de propiciar o despertar dessa cultura é promover cursos, palestras e dinâmicas que prepararem, motivem e deem suporte aos colaboradores. A criação de comitês e campanhas de incentivo a ideias/projetos que possam gerar economias ou otimizar processos também são ótimas ferramentas.
Enfim, para que uma cultura de inovação de fato se consolide, é importante que haja tolerância a erros e margem de manobra frente aos riscos inerentes ao processo. Se a cada tentativa o time for penalizado, todo o investimento na disseminação dessa cultura cai por terra. O risco calculado deve ser acompanhado e estimulado para que o processo não se interrompa.
Grandes rupturas requerem tentativas, erros, liberdade de tempo e espaço. A pergunta que deixo para você, independente da cadeira que ocupa atualmente, é: você está pronto?
“Inovação é fazermos melhor o que fazemos hoje, de forma que se torne obsoleto.”
Akio Morita
cofundador da Sony Corporation