Deformidade complexa que envolve ossos, músculos, tendões e vasos sanguíneos
Quadro clínico
Sindrômico
ou
Neurogênico
Alterações no quadril
Pé torto equino varo unilateral
Um pé é menor
A perna é levemente mais curta
Perna têm diâmetro menor
89% ocorre encurtamento da tíbia.
43% encurtamento do fêmur.
Pé em flexão plantar, com inversão e adução da articulação talocalcânea e nas articulações do metatarso
atrofia panturrilha (gastrocnêmio e sóleo), contratura de gastrocnêmio e sóleo são responsáveis pelo equinismo e dos músculos tibiais anteriores e posteriores e dos ligamentos deltóides pelo varismo
Classificação
Idiopático
Defeito primário = subluxação medial e plantar do complexo articular talocalcaneo-naviculo-cubóide
Equino-varo-supinado = pé torto clássico
Etiologia
Teoria esquelética - deformidade óssea
Teoria muscular - alterações nas fibras musculares
Teoria neurológica - alteração nos nervos periféricos
Teoria vascular - anomalias vasculares
Teoria da "parada" do desenvolvimento - os pés permaneceram em seu estado embrionário
Fatores extrínsecos - por exemplo: Oligodrâmnio, aumento da pressão e intra-uterina.
Secundário
Postural
Teratológico - deformidade associada a alterações neuromusculares
Sindrômico - deformidade associada a uma síndrome bem definida
deformidade isolada sem acometimento de outras estruturas musculoesquieléticas
Conhecido como "falso pé torto"
Diagnóstico
Essencialmente clínico - feito através de exame realizado pelo médico
Tratamento
Cirúrgico
Conservador
Indicado quando correção com gesso não foi satisfatória
Realizado, normalmente, entre 3 meses e 1 ano
Existe possibilidade de recorrência com o passar do tempo
Liberação de partes moles posterior, medial e plantar
Utilização de fios de Kirschner - usados para posicionar melhor as estruturas ósseas
Complicações Cirúrgicas
Imediatas
Hemorragia
Necrose da pele
Infecções pós-operatória
Úlceras de pressão
Tardias
Queloides/retração cicatricial
Necrose isquêmica
Supercorreção
Equinismo de retropé
Deformidade óssea
Paciente recidivado
Método de Ponsseti
Talas de Brown
Mobilização e aplicação de ataduras de esparadrapo
Iniciar no período neonatal (pós a 1ª semana de vida)
Frequente, repetitivo e delicado
Objetivo é manter o pé em posição corrigida
O grau de correção pode ser modificado
MOBILIZAÇÃO = Puxa-se o pé em dorsiflexão e exercendo tração no sentido da supinação.
Tala notura
Tala utilizada após tratamento cirurgico e conservador
Pé em eversão e rotação externa
Tenotomia percutânea do tendão de aquiles
Utiliza o gesso - 5 a 7 dias
Manipulação (mais agressiva que mobilização) - as vezes realizada sob sedação pra puxar pé para a posição normal