Ditaduras são formas de governo
onde o povo não participa das
decisões políticas e tem os seus
direitos extremamente limitados.Nos
dias de hoje, alguns países ainda
vivem sob ditaduras, como é o caso
da Coreia do Norte, comandada pelo
ditador Kim Jong-un.
Nosso país passou por ditaduras no governo do marechal Floriano Peixoto (1891-1894) e durante o Estado
Novo, do presidente Getúlio Vargas (1937-1945)
Mais recentemente, o Brasil passou pelo seu mais longo período
ditatorial, que se estendeu de 1964 a 1985. Tratou-se de um dos
momentos mais autoritários da história recente do país.
Jânio Quadros, vencedor das eleições de 1960, escolheu uma vassoura como símbolo da sua
campanha: varrer a corrupção que afundava o Brasil.
Jânio Quadros teve um governo marcado por medidas
polêmicas e moralistas, como a condecoração do líder
cubano Che Guevara, o que desagradou os militares e seu
próprio partido, a UDN; a proibição do uso de biquínis
nas praias; e a proibição das rinhas (brigas) de galo.
No ano de 1961, após a renúncia de
Jânio Quadros criou-se um clima de
divisão política no país. De um lado,
os chefes das forças armadas
(Marinha, Exército e Aeronáutica)
posicionaram-se contra a posse de
Jango, acusando-o de comunista.
Jango desejava
transformar as
estruturas políticas,
econômicas e sociais do
Brasil. Por isso, lançou
uma proposta
conhecida como
Reformas de Base.
Os militares, com apoio de
setores da sociedade civil,
assumiram o poder com a
promessa de que aquela
intervenção seria breve, para
acabar com o comunismo e a
desordem do governo Jango.
As eleições para os cargos de presidente, governador,
prefeito de capital e municípios considerados áreas de
segurança nacional foram suspensas.
Os presidentes passaram a ser indicados pelo Exército. Durante duas décadas de ditadura
(de 1964 a 1985), foram cinco os militares que presidiram o Brasil, e todos eles foram
escolhidos entre generais das Forças Armadas.
Os governos militares:
Governo Costa e Silva (1967-1969) Período caracterizado
pelo aumento das manifestações de oposição ao
regime, em especial no ano de 1968. Costa e Silva
afastou-se da presidência por problemas de saúde.
Governo Médici (1969-1974) Ocorreu o chamado milagre
econômico brasileiro com forte crescimento do PIB e da
produção industrial no Brasil.
O governo utilizou disso e do
campo esportivo para realizar
uma forte propaganda do regime,
mas, por outro lado, foram os anos
de maior repressão, até por isso
conhecidos como os “anos de
chumbo”.
Governo Geisel (1974-979) Início do processo de retorno à
democracia, de forma "lenta, gradual e segura",
denominado de abertura política.
Aconteceram os primeiros casos
de punição aos militares da
chamada linha-dura envolvidos
com episódios de tortura.
Governo Figueiredo (1979-1985) O último presidente da Ditadura Militar
teve um governo marcado pela crise econômica com altos índices de
inflação e desemprego.
Aumento das manifestações pela
redemocratização, apesar das tentativas da
linha-dura de impedir esse processo.
No mês de abril, diversos
setores da sociedade
civil organizaram atos
públicos em
comemoração à
deposição de João
Goulart da presidência
da República. Esses atos
foram realizados em
diversas cidades do
Brasil e ficaram
conhecidos como
Marcha da Vitória.
Em 1968, como resposta ao
aumento da oposição, o governo
do general Costa e Silva decretou
o Ato Institucional nº 5o AI-5, o
mais repressivo de todos os atos
institucionais da Ditadura
Ele aboliu o direito de habeas corpus para os chamados crimes
políticos, proibiu qualquer tipo de manifestação, promoveu o
fechamento do Congresso, acabou com diversas garantias
constitucionais e endureceu a censura às artes e aos meios de
comunicação, entre outras formas de controle da liberdade.
anos de chumbo
Em 28 de março, durante uma manifestação
estudantil no Rio de Janeiro, o estudante Edson
Luís foi morto com um tiro disparado por
policiais militares.No dia seguinte, cerca de 60
mil pessoas participaram do cortejo que levou
o corpo do jovem para o cemitério São João
Batista, no bairro do Botafogo.