Segundo a FAO, praguicidas são produtos químicos ou quaisquer substâncias ou/e misturas
destinadas à preveção , à destruição ou ao controle de qualquer praga.
Inclui-se como praga os vetores de
doenças humanas ou de animais, que
causam prejuízo ou interferem na
produção, elaboração, armazenagem,
transporte ou comercialização de
alimentos, produtos agrícolas, madeira e
produtos de madeira.
Esse termo também inclui as
substâncias destinadas a serem
reguladoras do crescimento das
plantas, desfolhantes, dessecantes,
agentes para reduzir a densidade ou
evitas a queda prematura dos frutos, e
as substâncias aplicadas nas culturas,
antes ou após a colheita , para
proteger o produto durante o depósito
ou o transporte.
Usados principalmente na agricultura para combater
pragas, ervas daninhas ou doenças nas plantas e
também como agentes de controle de vetores nos
programas de saúde pública.
Podem ser administrados aos animais para
combater insetos, aracnídeos ou outras pragas
dentro ou sobre seus corpos.
Existem diferentes classes de praguicida baseadas nos padrões de uso e no
tipo de praga a ser afetada, são elas: inseticidas, herbicidas, fungicidas e
raticidas.
Na legislação brasileira substituiu-se o termo defensivo
agrícola, para agrotóxico, evidenciando a toxicidade
desses produtos para o ambiente e para a saúde humana.
Não se evidencia o potencial de toxicidade desses produtos
químicos e fertilizantes administrados em animais para estimular o
crescimento ou modificar o comportamento reprodutivo.
A EPA também agrupou os praguicidas em: químicos
(organofosforados, carbamatos, organoclorados,
piretróides, etc); biológicos (microbianos- bactérias,
protetores incorporados nas plantas por Engenharia
Genética, bioquímicos – feromônios) e
instrumentos/dispositivos para controle de pragas.
No Brasil, as intoxicações por praguicidas ocupam a terceira posição dentre os agentes casuais.
INSETICIDAS INIBIDORES DA COLINESTERASE
Os compostos organofosforados e os carbamatos são largamente utilizados
no controle e no combate a pragas, principalmente como inseticidas e como
acaricidas, nematicidas, fungicidas e herbicidas, no controle de parasitas em
fruticultura, horticultura, cultura do algodão, cereais, sementes e plantas
ornamentais.
Os inseticidas organofosforados são ésteres amido ou tiol-derivados
dos ácidos fosfórico, fosfônico, fosfotióico.
O grupo dos carbamatos é formado por derivados do ácido
N-metil-carbâmico e dos ácidos dos tiocarbamatos e ditiocarbamatos.
são absorvidos pela pele, trato respiratório e trato gastrointestinal, as principais vias de
exposição são a respiratória e a cutânea.
Os organofosforados e os carbamatos exercem sua ação principalmente por inibição
enzimática, o que determina a sua toxicidade.
As manifestações iniciais de intoxicação, relacionadas com o sistema nervoso
central, incluem cefaleia, tontura, desconforto, agitação, ansiedade, tremores,
dificuldade para se concentrar e visão turva. Podem ser seguidos de torpor,
ataxia, vertigem, confusão mental e dificuldade de mobilidade.
Tratamento: ATROPINA
INSETICIDAS PIRETRINAS E PIRETRÓIDES
Absorvidos por via oral, e pequena parte por via dérmica
Interagem com os canais de sódio no organismo
As manifestações de intoxicação mais comuns são: eritemas sensações de
queimação e ardor na pele, dor epigástrica, náusea e vômito.
Não há antídotos especifícos.
ORGANOCLORADOS
Foram ampamente utilizados no mundo na
agricultura, na silvicultura, na sáude pública e no
domicílio. Em 1970, amaioria foi proibida em muitos
países por apresentarem bioacumulação,
biomagnificação e persistência por várias décadas ,
com consequentes danos aos seres vivos e ao meio
ambiente
Podem ser absorvidos através da pele, do trato digestivo e do respiratório
Atuam alternando as propriedades eletrofisiológicas
da membrana dos neurõnios
Os sintomas inicias são náuseas, võmitos, desconforto
abdominal e diarréia. Podendo evoluir para óbito
Não há antídoto específico
REPELENTE DE INSETOSDIETILTOLUAMIDA (DEET)
Largamente utilizado como repelente de insetos , aplicação direta na pele e na roupa
Irritante para a pele e mucosas
HERBICIDA PARAQUAT
Amplamente usado na agricultura
Produzem lesões locais após exposições
orais, cutânea, respiratória, ocular e vaginal
Descamação, dermatite e lesões
HERBICIDA GLISOFATO
Usado no controle de uma ampla variedade de
ervas anuais, bienais e perenes
Irritante para pele e mucosas
Não existe antídoto
HERBICIDAS CLOROFENOXIACÉTICOS
"agente laranja"
Alguns sintomas da intoxicação são:
irritação da pele e mucosas, tosse,
dispnéia, náuseas, vômitos e tonturas
FUNGICIDAS
São amplamente utilizados
Dividem-se em ditiocarbamatos e os compostos
de cobre
RATICIDAS
Os sintomas iniciam-se 1 ou 2 dias após a ingestão
Indicados para o tratamento, a indução ao vômito e a
lavagem gástrica