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Abuso de autoridade
Bruno  Rafael
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Bruno  Rafael
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13.869/19
  1. Esta Lei define os crimes de abuso de autoridade, cometidos por agente público, servidor ou não, que, no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha sido atribuído.
    1. as condutas descritas nesta Lei constituem crime de abuso de autoridade quando praticadas pelo agente com a finalidade específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal.
    2. A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura abuso de autoridade.
      1. DOS SUJEITOS DO CRIME
        1. É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qualquer agente público, servidor ou não, da administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de Território, compreendendo, mas não se limitando a:
          1. servidores públicos e militares ou pessoas a eles equiparadas;
            1. membros do Poder Legislativo
              1. membros do Poder Executivo
                1. membros do Poder Judiciário
                  1. membros do Ministério Público
                    1. membros dos tribunais ou conselhos de contas
                  2. Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei,
                    1. todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função em órgão ou entidade abrangidos pelo caput deste artigo.
                    2. DA AÇÃO PENAL
                      1. Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada.
                        1. Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal
                        2. A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da data em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.
                        3. DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO E DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS
                          1. tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos;
                            1. a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos;
                              1. NÃO É AUTOMÁTICOS PRECISA DE REINCIDÊNCIA
                              2. a perda do cargo, do mandato ou da função pública.
                                1. NÃO É AUTOMÁTICOS PRECISA DE REINCIDÊNCIA
                              3. Das Penas Restritivas de Direitos
                                1. prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas
                                  1. suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens
                                    1. As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou cumulativamente.
                                    2. DAS SANÇÕES DE NATUREZA CIVIL E ADMINISTRATIVA
                                      1. As penas previstas nesta Lei serão aplicadas independentemente das sanções de natureza civil ou administrativa cabíveis.
                                        1. As notícias de crimes previstos nesta Lei que descreverem falta funcional serão informadas à autoridade competente com vistas à apuração.
                                          1. As responsabilidades civil e administrativa são independentes da criminal, não se podendo mais questionar sobre a existência ou a autoria do fato quando essas questões tenham sido decididas no juízo criminal
                                            1. Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar, a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito
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