Iniciou aos 6 anos, sua carreira como músico, utilizando um
Violoncelo adaptado ao seu tamanho
Aos 13 anos de idade, compõe seu primeiro trabalho, "Panqueca" (1900), peça para violão em homenagem à sua
mãe. Começa também a tocar em cafés e teatros, aproximando-se cada vez mais do gênero popular
conhecido como "choro".
Sua estréia como compositor profissional aconteceu no Rio de Janeiro, em 1915. O concerto não
foi bem visto pela imprensa, mas garantiu a Villa-Lobos o reconhecimento do público. Quanto mais
famoso se tornava, maior era a admiração que causava entre os colegas. Tornou-se amigo do
compositor francês Darius Milhaud e do célebre pianista Arthur Rubinstein, que passaram a
executar suas obras pelo mundo.
Villa-Lobos educador
Villa-Lobos, além de músico, era educador. Formulou um projeto de educação musical e o
apresentou a diversos políticos da época, em busca de patrocínio. Com o golpe de 1930, Getúlio
Vargas toma o poder e o faz viajar pelo Brasil, dando aulas e cursos especializados. O objetivo do
programa educacional apoiado por Vargas era, na verdade, reforçar o clima de exacerbado
nacionalismo vivido no país pós-30.
Villa-Lobos aproveitou o momento político e tornou o canto orfeônico um meio eficaz de
educação em massa. É célebre sua citação: "O canto orfeônico integra o indivíduo dentro da
herança social da Pátria; é a solução lógica para o problema da educação musical nas escolas, não
somente na formação da consciência musical, mas também como um fator de orgulho cívico e
disciplina social".
A convite da Secretaria de Educação do Rio de Janeiro, assume em 1932 a direção da SEMA
(Secretaria de Educação Musical e Artística). Nesse período, é instituído o ensino obrigatório de
música nas escolas. Como forma de contribuir com a nova lei, Villa-Lobos cria o Guia prático
(temas populares harmonizados) e organiza uma orquestra com fins cívicos e educativos.
Villa-Lobos carioca
Nasceu em 5 de março de 1887, no bairro de Laranjeiras, Rio de Janeiro/RJ
Seus pais são Noêmia e Raul Villa-Lobos
Raul era violoncelista amador
Aos 12 anos, Villa-Lobos perde o pai e se torna um autodidata. Passa a ler obras
de grandes mestres da música, como Wagner e Puccini, além de seus ídolos Johann Sebastian Bach e
Vincent d'Indy.
Villa-Lobos brasileiro
Fascinado por temas regionais, Villa-Lobos resolve viajar pelo Brasil afora. Queria conhecer a
fundo as tradições e costumes do país. Transformou-se num verdadeiro andarilho, garimpando a
cultura popular. Nessas idas e vindas, conhece a pianista Lucília Guimarães, com quem se casa em
1913.
"Sim sou brasileiro e bem brasileiro. Na minha música deixo cantar os rios e os mares deste grande
Brasil. Eu não ponho mordaça na exuberância tropical de nossas florestas e dos nossos céus, que
transporto instintivamente para tudo que escrevo"
Villa-Lobos viajante
Em 1893, Heitor Villa-Lobos viaja com a família para o interior de Minas Gerais, onde começa a receber
influência da música do sertão, modas de viola e canções folclóricas. Ao mesmo tempo, a tia Fifinha, que sempre le incentivava musicalmente, o
apresenta alguns trabalhos consagrados, como os prelúdios e fugas de "O cravo bem temperado", de
Bach.