Doença de Chagas

Description

Resumo sobre a Doença de Chagas, sua fisiopatologia, agente etiológico, vetor, manifestações clínicas e tratamento.
ALCIONE BARBOSA VIANA FILHO
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Helis Rejane Pereira Góis
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Resource summary

Doença de Chagas
  1. Formas de transmissão
    1. Vetorial através das fezes do barbeiro, após a picada da pele
      1. Contaminação acidental em laboratórios
        1. Através de transfusão sanguínea
          1. Transplantes de órgãos
            1. Ingestão de alimentos contaminados (açai, caldo de cana)
              1. Transmissão sexual é possível na fase aguda da doença, por meio de relações sexuais com eventual exposição ao sangue (coito anal, pouca lubrificação vaginal)
              2. Tratamento e prevenção
                1. Tratamento medicamentoso
                  1. Benzonidazol (Rochagan) - Aguda
                    1. Nifurtimox
                    2. Prevenção
                      1. Melhoria das condições de moradia
                        1. Controle do vetor e de reservatórios (gambás e morcegos)
                        2. Não Medicamentoso
                          1. Cuidado de suporte (paliativos)
                            1. Controle complicações tardias e digestivas
                              1. Melhoria da qualidade de vida dos pacientes
                        3. Vetores
                          1. Triatoma infestans
                            1. Principal espécie transmissora
                            2. Panstrongylus megistus
                              1. Triatoma brasiliensis
                                1. Triatoma sordida
                                  1. Hemípteros hematófagos (aqueles que se alimentam de sangue)
                                  2. Formas clínicas
                                    1. Fase aguda
                                      1. Fase crônica
                                        1. Forma indeterminada
                                          1. 60% dos infectados
                                            1. Assintomática, diagnosticada por sorologia
                                            2. Forma crônica propriamente dita.
                                          2. Agente etiológico
                                            1. Trypanosoma cruzi
                                              1. Protozoário flagelado da família Trypanosomatidae
                                                1. As principais formas do Trypanosoma cruzi são:
                                                  1. Epimastigota
                                                    1. Encontrada no T.G.I. vetor.
                                                      1. Tem forma fusiforme e apresenta o cinetoplasto junto ao núcleo.
                                                        1. Possui flagelo e membrana ondulante
                                                          1. Não é infectante para os vertebrados.
                                                            1. Precede o Tripomastigota Metacíclico, encontrado nas fezes
                                                              1. Dividem por fissão binária longitudinal.
                                                              2. Tripomastigota
                                                                1. Fase extracelular, circula no sangue (Tripomastigota sanguíneo).
                                                                  1. Presente na fase aguda da doença
                                                                    1. Forma infectante para os vertebrados (tripomastigota metacíclica).
                                                                      1. Apresenta flagelo, membrana ondulante e cinetoplasto na extremidade posterior.
                                                                        1. Incapazes de se dividir.
                                                                        2. Amastigota
                                                                          1. Pouco citoplasma e núcleo grande, redondo e excêntrico.
                                                                            1. Possui flagelo interno
                                                                              1. Está presente na fase crônica da doença.
                                                                                1. Fase intracelular (no hospedeiro)
                                                                                  1. Parasita alguma célula, tem afinidade às células cardíacas, musculatura lisa e do sistema nervoso
                                                                              2. Definição
                                                                                1. É uma doença infecciosa, e é causada pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruzi, que é transmitido pelo contato com as fezes dos insetos vetores.
                                                                                2. Fisiopatologia
                                                                                  1. A doença de Chagas é transmitida quando o Vetor pica uma pessoa ou animal infectado, que então pica outra pessoa. Enquanto picam, os insetos infectados depositam na pele as fezes contendo tripomastigotas metacíclicos.
                                                                                    1. Essas formas infecciosas entram pela lesão da picada ou penetram na conjuntiva ou nas membranas mucosas. Os parasitas invadem macrófagos no local de entrada, transformam-se em amastigotas que se multiplicam por divisão binária e são liberados como tripomastigotas no sangue e em espaços teciduais, de onde infectam outras células. Células do sistema reticuloendotelial, do miocárdio, dos músculos e dos sistema nervoso geralmente são as mais acometidas.
                                                                                  2. Sintomatologia Clássica
                                                                                    1. Febre, mal-estar, inflamação e dor nos gânglios, vermelhidão, inchaço nos olhos (sinal de Romanã) e aumento do fígado e do baço. Com a evolução pode haver cardiomegalia, megaesôfago e megacólon
                                                                                      1. Com frequência, a febre desaparece depois de alguns dias e a pessoa não se dá conta do que lhe aconteceu, embora o parasita já esteja alojado em alguns órgãos.
                                                                                        1. Diagnóstico
                                                                                          1. Indicações diferentes em cada fase
                                                                                            1. Clínico
                                                                                              1. Anamnese: região do paciente, transfusões, sinal de Romaña
                                                                                              2. Parasitológico
                                                                                                1. Pesquisa de parasitos (tripomastigotas sanguíneos) no sangue (gota espessa) fase aguda.
                                                                                                  1. Punção de linfonodo amastigotas (coloração com HE ou Giemsa)
                                                                                                    1. Xenodiagnóstico.
                                                                                                      1. Hemocultura.
                                                                                                      2. Imunodiagnósticos
                                                                                                        1. IgG alto em fase crônica
                                                                                                          1. IgM alto em fase aguda
                                                                                                          2. Imagem
                                                                                                            1. RX
                                                                                                            2. Moleculares
                                                                                                              1. PCR
                                                                                                      3. Doença de Chagas Crônica
                                                                                                        1. No T.G.I.
                                                                                                          1. A doença de Chagas no trato digestivo é caracterizada por lesão dos plexos nervosos intramurais em virtude do parasitismo das camadas musculares vizinhas
                                                                                                            1. Disfunção Nervosa e Motora
                                                                                                              1. Principalmente do esôfago e do cólon
                                                                                                                1. Fazendo com que a musculatura lisa desses órgãos responda com contrações desordenadas e hiperreativas, ou hiporreativas, na dependência do estímulo que é feito ao órgão. A desnervação resultante da lesão neural tem intensidade variável, irregular, imprevisível e acomete diferentes segmentos desses órgãos
                                                                                                                  1. Comprometimento esofágico
                                                                                                                    1. Megaesôfago Chagásico
                                                                                                                      1. Quadro clínico
                                                                                                                        1. Regurgitação
                                                                                                                          1. Disfagia progressiva
                                                                                                                            1. Perda de peso
                                                                                                                              1. Podem ocorrer após vários anos do diagnóstico sorológico e/ou do estabelecimento da lesão neuromotora
                                                                                                                                1. Dor retrosternal
                                                                                                                                  1. Aspiração traqueobrônquica
                                                                                                                                    1. Broncopneumonia
                                                                                                                                      1. Na fase aguda manifestações clínicas são raras
                                                                                                                                        1. Odinofagia
                                                                                                                                          1. Pirose
                                                                                                                                          2. Definição
                                                                                                                                            1. É uma patologia caracterizada pela incoordenação peristáltica do esôfago, relaxamentos ausentes, incoordenados ou incompletos do esfíncter inferior do esôfago (EIE) na deglutição, dilatação progressiva do órgão.
                                                                                                                                              1. Lesão por inflamação crônica do plexo nervoso relacionado a motilidade do T.G.I., que irá desencadear o crescimento do órgão
                                                                                                                                            2. Fisiopatologia
                                                                                                                                              1. Ausência ou diminuição acentuada dos plexos nervosos intramurais do esôfago
                                                                                                                                                1. Não ocorre transmissão adequada do estímulo da deglutição, fazendo com que haja contrações incoordenadas, simultâneas ou mesmo ausentes no corpo do esôfago (aperistalse)
                                                                                                                                                  1. O esfíncter inferior do esôfago não se relaxa adequadamente em resposta à deglutição
                                                                                                                                                  2. O risco de neoplasia
                                                                                                                                                    1. A estase alimentar promove agressão constante à mucosa em decorrência da fermentação alimentar e acidez local às custas de ácido lático
                                                                                                                                                      1. O paciente, habituado à disfagia de longa duração, não se apercebe da nova lesão
                                                                                                                                                        1. No esôfago dilatado, o longo tempo necessário para agravar a disfagia por obstrução do órgão certamente ocasionará diagnóstico de neoplasia avançada, de péssimo prognóstico
                                                                                                                                                          1. Predispõe ao câncer esofágico, sendo 4x a 6x mais frequentes em pacientes com ME
                                                                                                                                                          2. Diagnóstico
                                                                                                                                                            1. Anamnese (Área endêmica da doença) + EF
                                                                                                                                                              1. A reação de Guerreiro e Machado (fixação de complemento) e a de imunofluorescência têm sensibilidade de cerca de 90%
                                                                                                                                                                1. Estudo Endoscópico
                                                                                                                                                                  1. Dilatação endoscópica
                                                                                                                                                                  2. Exames
                                                                                                                                                                    1. Radiológicos
                                                                                                                                                                        1. Vários aspectos
                                                                                                                                                                          1. Desde o mais discreto distúrbio motor até grandes dolicomegaesôfagos
                                                                                                                                                                      1. A cintilografia de trânsito esofágico + manometria do esôfago
                                                                                                                                                                        1. Avaliar a sua função motora e identificar complicações iniciais da doença
                                                                                                                                                                      2. Principalmente pelo exame radiológico contrastado do esôfago
                                                                                                                                                                        1. +importante
                                                                                                                                                                      3. Tratamento
                                                                                                                                                                        1. Fundamentos do tratamento
                                                                                                                                                                          1. O fundamento de qualquer tratamento do megaesôfago é o de reduzir o tônus do esfíncter inferior do esôfago
                                                                                                                                                                            1. O Botox bloqueia a placa neuromuscular, mas seu efeito tem curta duração no alívio da disfagia, enquanto a dilatação rompe fibras e é mais duradoura. Algum teor de refluxo gastroesofágico é certo
                                                                                                                                                                              1. A toxina botulínica (Botox), injetada diretamente na região do EIE, através de procedimento endoscópico (100 unidades no total, com 12,5 unidades - 0,5 ml - aplicadas em cada um de oito quadrantes) alivia a disfagia por cerca de 6 meses
                                                                                                                                                                                1. Procedimento endoscópico
                                                                                                                                                                              2. Melhor ainda é a secção cirúrgica das fibras musculares da região (miotomia), associada à confecção de mecanismo antirrefluxo
                                                                                                                                                                              3. Nos graus I, II e III
                                                                                                                                                                                1. A cardiomiotomia com fundoplicatura é a melhor opção
                                                                                                                                                                                  1. Corrigindo a disfagia e a acalasia
                                                                                                                                                                                2. Nos graus III com dólico e IV
                                                                                                                                                                                  1. Opta-se pela Esofagectomia Subtotal (ES) com esofagogastroplastia transmediastinal posterior, mucosectomia ou cirurgia de Serra Doria, realizada nas contraindicações da ES.
                                                                                                                                                                                  2. Medicamentoso
                                                                                                                                                                                    1. Paliativo
                                                                                                                                                                                    2. Cirúrgico
                                                                                                                                                                                    3. Epidemiologia
                                                                                                                                                                                      1. Gênero Masculino (2-86 anos)
                                                                                                                                                                                        1. Maioria dos casos (29-40 anos)
                                                                                                                                                                      4. Reservatório
                                                                                                                                                                        1. Homem
                                                                                                                                                                          1. Alguns mamíferos
                                                                                                                                                                            1. Tatu
                                                                                                                                                                              1. Preguiça
                                                                                                                                                                                1. Capivara
                                                                                                                                                                                  1. Gambá
                                                                                                                                                                                Show full summary Hide full summary

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                                                                                                                                                                                Anatomia: sistema esquelético I
                                                                                                                                                                                Natália Abitbol
                                                                                                                                                                                Processo de Cicatrização
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                                                                                                                                                                                Anatomia Artérias
                                                                                                                                                                                Filipe Brito
                                                                                                                                                                                Regras NBRs
                                                                                                                                                                                Maria Clara Oliveira
                                                                                                                                                                                Anatomia membro inferior - Ossos, acidentes e movimentos
                                                                                                                                                                                vitorstoco
                                                                                                                                                                                SIMULADO - Casos Clínicos
                                                                                                                                                                                Rodrigo Gouvea
                                                                                                                                                                                AVALIAÇÃO TEÓRICA 13 DE MARÇO
                                                                                                                                                                                Residencia CM HBDF
                                                                                                                                                                                DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
                                                                                                                                                                                Vanessa Palauro
                                                                                                                                                                                Escala de Coma de Glasgow
                                                                                                                                                                                Vanessa Palauro
                                                                                                                                                                                Termos téc. Enfermagem
                                                                                                                                                                                Letícia Silva