VENTILAÇÃO MECANICA EM PEDIATRIA

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TRABALHO DESENVOLVIDO PELOS ALUNOS CARLA LIMA E LUCAS ORLINS COMO CRITERIO DE AVALIAÇÃO NA MATERIA DE FISIOTERAPIA NA SAUDE DA CRIANÇA.
Carla Lima
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VENTILAÇÃO MECANICA EM PEDIATRIA
  1. A ventilação mecânica (VM) garante oxigenação alveolar, poupando em graus variados o trabalho dos músculos respiratórios.
    1. Muitos pacientes pediátricos submetidos a procedimentos cirúrgicos têm-se beneficiado da assistência ventilatória no pós-operatório.
      1. FISIOLOGIA DA VENTILÇÃO
        1. Inspiração – um processo ativo em que a contração da musculatura respiratória gera uma pressão negativa intratorácica, deslocando o ar para dentro dos pulmões
          1. Constante de tempo (CT) é o tempo necessário para que as pressões entre as vias aéreas e os alvéolos se equilibrem, sendo representado pelo produto da resistência pela complacência.Uma CT varia de 0,15 segundo na criança.
            1. O volume corrente (VC) expressa o volume de ar que entra e sai dos pulmões a cada ciclo respiratório.
          2. Expiração – que acontece passivamente quando a força elástica dos pulmões e da caixa torácica movimenta o ar em direção à atmosfera.
            1. A capacidade residual funcional (CRF) é o ar que permanece dentro dos pulmões após uma expiração normal.
              1. E o volume de fechamento pulmonar (VFP) significa o volume a partir do qual começa a ocorrer colapso das unidades alveolares.
                1. Em crianças, o VFP costuma ser maior do que a CRF, o que favorece o colabamento dos alvéolos e a formação de atelectasia.
          3. VENTILADORES E SEUS MODOS VENTILATÓRIOS:
            1. O ciclo respiratório será composto de quatro fases distintas: início da inspiração (ou disparo), inspiração, virada para expiração (ou ciclagem) e expiração propriamente dita.
              1. Ventilação controlada - Neste modo, os ciclos são disparados a tempo e o ventilador não responde aos esforços inspiratóriosdo paciente. Assim, essa opção deve ser reservada aos pacientes sob anestesia geral (em apneia).
                1. Ventilação assistida - Na ventilação assistida, o disparo pode ser à pressão ou a fluxo, ou seja, os ciclos são iniciados pelo esforço inspiratório do paciente. Nesse modo, o paciente interage de forma mais intensa com o ventilador, controlando, inclusive, sua frequência respiratória.
                  1. Ventilação com pressão de suporte (PSV) - consiste em ciclos respiratórios disparados e limitados à pressão: o paciente apresenta esforço inspiratório, o aparelho detecta-o e fornece uma pressão constante no circuito. Paciente controla tempo inspiratório e volume corrente.
                    1. Ventilação de alta frequência (HFV) - pouco usual, ainda pode ser utilizada em cirurgias traqueais e brônquicas.HFOV: com pressão positiva, em jato e oscilatória, faz manutenção de vias aéreas abertas, troca gasosa com baixas pressões nas vias aéreas, estabilidade hemodinâmica e pouca alteração na produção de surfactante.
                2. Ventilação assistocontrolada - Este modo é uma combinação dos dois anteriores, podendo os ciclos ser disparados pelo esforço inspiratório do paciente. Contudo, caso este atinja um período de apneiapredeterminado, o ventilador respalda a ventilação com ciclos controlados. É especialmente útil em pacientes com variação do nível de consciência ou da força muscular.
                  1. Ventilação mandatória intermitente (IMV) – É semelhante ao modo controlado (embora o paciente possa respirar espontaneamente nos intervalos entre os ciclos mecânicos). Parainiciar um ciclo de forma espontânea, um fluxo é liberado pelo aparelho em resposta ao esforço do paciente.
                    1. Ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV) - similar à IMV, exceto pelo fato de que os ciclos controlados são disparados de maneira sincronizada aos esforços do paciente.caso o paciente não apresente ciclos espontâneos, o ventilador disparará um ciclo mecânico. Maior conforto na transição da anestesia para o despertar.
                3. AJUSTES DO VENTILADOR:
                  1. A frequência respiratória (FR) deve ser ajustada de acordo com a idade do paciente: ■ recém-nascidos: 30-40 irpm; ■ lactentes: 20-30 irpm; ■ pré-escolares: 15-25 irpm; ■ escolares: 12-20 irpm; ■ adolescentes: 10-15 irpm
                    1.  pressão inspiratória de pico (PIP) - não deve ultrapassar 30- 35 cmH2O. Pressão suficiente para produzir 6-8 mL/kg Paciente previamente submetidos à VM em decorrência da apneia induzida pela anestesia geral, inicia-se com PIP mais alta, ajustando o seu valor segundo parâmetros de oxigenação e capnometria.
                    2.  tempo inspiratório (TI) - possível ajustaralguns ventiladores. Quandonão for permitido, pode-se calcular o tempo de cada ciclo dividindo-se 60/FR. Referência inicial para o TI: recém-nascidos (0,4-0,6s); lactentes (0,5- 0,7s); pré-escolares (0,7-0,9s); escolares (0,8-1s); adolescentes (1-1,5s).
                      1.  A partir da relação I:E, consegue-se determinar o TI.  Nos modos em que os ciclos podem ser disparados pelo paciente, é necessário o ajuste da sensibilidade: de 2-3 cmH2O(para disparo à pressão) ou de 2-4 L/min (para disparo a fluxo).
                        1.  pressão positiva ao final da expiração (PEEP) - pode ser auxiliado pela análise da curva pressão versus volume(e dos valores de complacência). valores iniciais de 5 cmH2O.
                          1.  Os ajustes adicionais devem ser guiados pela avaliação clínica do paciente (exame físico, oximetria de pulso), pelos níveis de capnometria e por exames complementares (como a gasometria arterial).
                    3. COMPLICAÇÕES DA VENTILAÇÃO MECÂNICA
                      1. Barotrauma: relacionado à pressão inspiratória de pico, sendo raro quando ela é inferior a 25 cmH2 O;
                        1. Volutrauma: distensão pulmonar ocasionada por altas pressões nas vias aéreas, podendo gerar edema pulmonar, alterações da permeabilidade e lesão alveolar difusa;
                          1. Alterações de órgãos e sistemas: diminuição da perfusão cerebral por hiperventilação, redução do débito cardíaco secundário ao aumento da pressão intratorácica.
                            1. Toxicidade pelo oxigênio: diminuição da atividade ciliar e redução da depuração do muco das vias aéreas
                              1. Infecção das vias aéreas: sobretudo quando do uso prolongado de ventilação mecânica.
                                1. Hipoventilação: decorrente de volume-minuto insuficiente / Hiperventilação: devido à volume-minuto aumentado
                                  1. Atelectasia por reabsorção: geralmente associado a altas frações inspiradas de oxigênio
                      2. VENTILAÇÃO PROTETORA
                        1. Em situações especiais (como no caso de lesão pulmonar aguda ou doença da membrana hialina) ou mesmo nos casos comuns do dia-a-dia.
                          1. Tolera limites mais amplos de alguns valores (como de ETCO2, PaCO2, PaO2 e pH arterial)
                            1. Evitar complicações relacionadas a altos volumes, pressões e FiO2 (como barotrauma, pneumotórax e baixo débito cardíaco) e reduzir a incidência e a gravidade das lesões pulmonares agudas (LPAs) induzidas pela VM.
                              1. Hipercapnia permissiva tolera níveis de PaCO2 de até 50-55 mmHg (desde que com pH arterial > 7,2)
                                1. Hipoxemia permissiva, o uso de baixa FiO2 evita os efeitos tóxicos do oxigênio. Nessa situação, para garantir satO2 > 90% pode-se utilizar uma PEEP tão alta quanto 15 cmH2 O.
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