Combate a Incêndio Urbano IV

EPIs
1. Podem chegar a 27kg e reduzem a capacidade física do BM em até 30%
  1. Equipagem ideal em 1 min 30 seg.
2. Roupa de Aproximação
  1. CAMADA EXTERNA - proteção contra abrasão e contra cortes; contra as chamas e contra o calor radiado; (IRRADIAÇÃO)
  2. CAMADA INTERMEDIÁRIA - proteção contra a propagação convectiva do calor (maior parte da proteção térmica) - (CONVECÇÃO)
  3. CAMADA INTERNA - evita a entrada de vapor ou umidade externa e favorece o escoamento do suor e calor do corpo; (CONDUÇÃO)
  4. FAIXAS REFLEXIVAS - visualização noturna (favorecendo a segurança)
  5. GOLA, PUNHOS E SISTEMA DE FECHAMENTO - vedação e a permanecia da integridade do bolsão de ar.
  6. REFORÇOS EXTERNOS - amortecedores e protetores contra a abrasão.
  7. Não usar camadas de tecidos espessas, pois limitem a troca de calor por baixo da roupa de aproximação; é contra indicado o uso de gandola por baixo
    1. Importante não estar molhado, pois a água absorverá calor 25x mais rápido do que o ar
3. EPRA
  1. Proteção para ausência de oxigênio, ar demasiadamente aquecido, presença de gases tóxicos e asfixiantes
    1. Monóxido de Carbono (CO) - veneno asfixiante, inodoro e incolor; produto da combustão que mais mata em incêndios.
      1. Afinidade com a hemoglobina 200 a 300 x maior que o O2
    2. Dióxido de Carbono (CO2) - inodoro e incolor, não tóxico, mas asfixiante
    3. Ácido Cianídrico (HCN) -20x mais tóxico que o CO (produto da combustão de materiais sintéticos)
    4. Dióxido de Enxofre (SO2) - irritante muito forte
    5. Amônia (NH3O) - Irritante
    6. Ácido Clorídrico (HCl) e Ácido Bromídrico (HBr) Irritantes respiratório
    7. Ácido Sulfídrico (H2S) - tóxico com cheiro repugnante
    8. Em incêndios a concentração de O2 geralmente costuma chegar a 10 - 15% e pode causar asfixia
  2. Testes
    1. a. inspeção visual detalhada (tirantes, mangueira, cilindro, peça facial, conexões, manômetros)
    2. b. teste de vedação do sistema de alta pressão (abrir e fechar o registro do cilindro, verificar os manômetros)
    3. c. teste do sistema áudio alarme (abrir o registro e liberar o fluxo de ar - em 50 BAR o sistema deve apitar
    4. d. teste de vedação e exalação (vestir a peça facial, tamponar e succionar o ar)
  3. Sistema autônomo (cilindros); Sistema aberto (ar exalado é liberado para o ambiente); Pressão positiva (pressão na peça facial > ambiente).
4. Capacete - proteção principal - mecânica
Ventilação Tática (alta prioridade)
1. QOMIT
  1. Quente Opaca Móvel Inflamável Tóxica
2. Benefícios
  1. aumenta as chances de sobrevivência; protege as equipes; facilita a entrada; permite uma rápida progressão; diminui a possibilidade de propagação; reduz os danos
3. Movimentação da fumaça
  1. Corrente de convecção
  2. Pressão aumentada no compartimento incendiado - fumaça "foge" do foco, tende a se deslocar para compartimento não incendiados.
  3. Pressão diminuída em corredores e escadas (princípio de Bernoulli) - velocidade de fluido maior = menor pressão
  4. Sentido do vento natural: barlavento - DE onde sopra; sotavento - PARA onde sopra
4. NATURAL (manipulação do fluxo de ar aproveitando o movimento do vento e da fumaça pela realização de aberturas)
  1. Vertical
  2. Horizontal
5. MECÂNICA - utilização de ventiladores, exaustores ou jato neblinado
6. MECÂNICA HIDRÁULICA - trabalha-se no interior com jato neblinado para o exterior ( esgicho aprox. a 1m da abertura)
  1. Normalmente utilizada após e extinção do incêndio
7. MÊCANICA POR PRESSÃO NEGATIVA (VPN) - extração da fumaça com o uso de exaustores
8. MÊCANICA POR PRESSÃO POSITIVA (VPP) - insufla-se ar limpo com ventiladores de grande volume (aumento de pressão no ambiente)
  1. DEFENSIVA - objetivo pressurizar ambientes a fim de impedir a entrada de fumaça nestes
  2. OFENSIVA - objetivo a retirada da fumaça do ambiente sinistrado
  3. COMBINADA - defensiva + ofensiva
9. Configuração dos ventiladores
  1. SIMPLES: apenas um ventilador
  2. EM SÉRIE: aumenta aproximadamente 30% do volume de ar
  3. EM PARALELO: quando a abertura de entrada tem largura maior que o convencional
  4. EM V: formação um ângulo de 45º entre si e se cruzem na abertura de entrada (volume até 40% maior)
  5. EMPILHADOS: quando a abertura de entrada tem altura maior que o convencional
  6. COMBINADOS: unindo diferentes configurações
  7. Ventilação sequencial: fechar portas no interior do edifício, de modo a pressurizar um compartimento ou uma área de cada vez.
10. Aberturas de entrada e saída de ar
  1. Entrada a barlavento e saída a sotavento
  2. mais próximo possível do foco
  3. a abertura de saída deve ter de 1,5 a 2 vezes a área da abertura de entrada
  4. iniciar a abertura de cima para baixo
  5. Analisar dificuldade e tempo
11. IMPEDIMENTO
  1. foco não localizado: a localização do foco é imprescindível para a realização da ventilação tática
  2. quando o número de linhas de ataque estabelecidas não é suficiente para o número de focos
  3. impossibilidade de realização de abertura de saída: iniciar uma VPP sem realizar abertura de saída, pode gerar um refluxo da fumaça
  4. impossibilidade de combate ofensivo: caso o combate ofensivo não seja possível, realizar VPP irá alimentar o foco com comburente
12. PRINCIPAIS FALHAS
  1. abrir a entrada de ar antes da saída
  2. iniciar a ventilação tática antes de pressurizar as linhas de ataque
  3. realizar a abertura de saída em local errado
13. manipulação sistemática (planejada) e coordenada (equipe de abertura e ataque) do fluxo de ar, através de aberturas, jatos d'água, ventiladores e exaustores, a fim de retirar a fumaça e trocá-la por ar fresco.
14. Concentrações de O2
  1. 20,9% - normalidade
  2. 17% - redução coordenação motora e aumento da frequência respiratória
  3. 12% - vertigem, dor de cabeça e fadiga.
  4. 9% - Inconsciência
  5. 6% óbito por PCR
ESTRESSE/FADIGA PELO CALOR (PREVENÇÃO)
1. Métodos de arrefecimento corporal
  1. PASSIVO - retirada do EPI, hidratação e repouso à sombra
  2. ATIVO
    1. Sistema de Arrefecimento por convecção forçada - retirada de EPI + fluxo de ar direcionado por ventilador.
    2. Imersão de Mãos e Braços - resfriamento de áreas vascularizadas, 10 min em água de 10º a 20ºC
2. Capacidade Física ( reduz calor metabólico)
3. Aclimatação térmica - pelo menos 3 semanas
4. Hidratação (sede é um sinal tardia de desidratação)

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