Deve ser entendida como uma etapa puramente administrativa, é
a única a não ter ligação direta com a comunidade. Isto ocorre
porque o papel da aquisição no processo constitui-se em localizar e
assegurar a posse dos itens já escolhidos na etapa de seleção,
nesse sentido o foco deixa de ser a etapa em si e passa a focar na
forma como ela é realizada.
A atividade de aquisição é a candidata ideal para
iniciar a informatização da biblioteca; é, também, a
que maiores benefícios oferece quando efetuada
de maneira centralizada
Entre os procedimentos da aquisição, temos: obter informações
sobre o material desejado, manter e controlar os arquivos
necessários e administrar os recursos disponíveis para a aquisição
Modalidades de aquisição: COMPRA, PERMUTA,
DOAÇÃO E COMODATO.
COMPRA
Geralmente ocupa mais tempo do bibliotecário
por exigir atenção aos prazos, orçamentos e
prestação de contas.
Deve-se conseguir receita para realizar despesa.
A receita pode ser ser geradas através de doação, de
incentivos governamentais ou até mesmo por serviços
próprios tais como comutação bibliográfica, multas, taxas
de inscrição/renovação ou realização de eventos.
A despesa em instituições públicas pode
se dar:
Os fornecedores de itens
para o acervo geralmente
são:
PROCEDIMENTOS DE
COMPRA:
Encomenda; Recebimento;
Pagamento e Prestação de
contas.
DOAÇÃO
Segue o mesmo processo rígido de seleção que os itens
comprados. Deve existir uma política de doações,
incorporada à PDC que irá deixar explícitos os critérios para
doações, bem como conter o termo de doação, onde o
usuário deve cumprir esses critérios e ficar ciente que a
biblioteca poderá ou não incorporar o item no acervo,
podendo após a avaliação tomar a decisão que melhor se
adequar a biblioteca, seja descarte, doação à outra biblioteca
ou inclusão.
PERMUTA
Possibilita a aquisição de muitos materiais cuja posse não poderia
ser obtida por outros canais, principalmente por se tratarem, em um
grande número de vezes, de materiais esgotados.
Bibliotecas principalmente universitárias e especializadas utilizam
as atividades ligadas à permuta e intercâmbio de materiais.
Um programa de permutas é estabelecido, normalmente, por
instituições que editam publicações e, desta forma, firmam, entre
si, um convênio para intercâmbio das mesmas.
A permuta de duplicatas acontece de maneira mais informal, uma
biblioteca elabora uma lista de suas duplicatas disponíveis para
permuta e a envia para várias outras (normalmente, bibliotecas
afins); as receptoras da lista comparam-na com suas coleções e
aquelas que lhes faltam, e reencaminham a lista para a biblioteca
de origem. Deste modo o material será encaminhado.
COMODATO
Cedência temporária, que ao término de um
período de tempo, pode ser definitiva
MANUAL DE AQUISIÇÃO: Algumas bibliotecas fazem um documento dirigido
aos procedimentos de aquisição onde descrevem os critérios, regras,
elementos, etc relativos a atividade de aquisição, outras apenas incluem
esses critérios diretamente na PDC.
Entres os elementos dispostos no manual de aquisição está o
estabelecimento dos instrumentos auxiliares utilizados para a
obtenção de informações sobre os itens a serem adquiridos, tais
como: disponibilidade no mercado, autoria, preço, editora, ISBN,
etc.
DESBASTAMENTO
REMANEJAMENTO OU DESLOCAMENTO: Afim de que ocupem menor
espaço possível, são deslocados para lugares de menor acesso. Podemos
chamar de medida de racionalização! Se dá em algumas ocasiões, tais
como: adequar o espaço da biblioteca para que a informação com maior
demanda fique em lugares mais fáceis de acessar e as que são menos
acessadas possam ficar mais compactadas em outro local; as vezes
também testa o valor daquela informação para a comunidade, momento
em que a coleção fica sob observação para que sejam definidos
posteriormente se voltam a circulação normal ou são descartados.
DESCARTE: Retirada total e definitiva do acervo. No
caso de instituições públicas, é chamado de
desfazimento - Retirada definitiva de material
permanente que constitui patrimônio de uma
instituição pública.
CONSERVAÇÃO: Retirada do material para
recuperá-lo fisicamente - restauração.
ATENÇÃO: Na página 80 VERGUEIRO
evidencia que prefere que o
desbastamento fique antes da
avaliação no processo de
desenvolvimento de coleções.
AVALIAÇÃO
A avaliação da coleção é a etapa do processo a diagnosticar se o
desenvolvimento da coleção está ocorrendo da forma prevista ou não. Em
outras palavras: a avaliação permitirá ao bibliotecário verificar se as
etapas anteriores do processo, do estudo da comunidade ao
desbastamento, estão sendo realizadas de forma coerente. Permitirá,
ainda, efetuar as necessárias correções para que esta coerência seja
obtida o mais rapidamente possível
Objetivos: Identificar
pontos fortes e fracos
da coleção. Qualidade;
Obsolescência;
Interesses dos
usuários; Necessidade
de otimização de
recursos limitados, etc.
ABORDAGENS: QUANTITATIVA,
QUALITATIVA E FATORES DE USO.
QUANTITATIVA: utiliza-se de
dados estatísticos e fórmulas.
Livro Per Capita: 2 volumes – Public Library
Association; 2 a 3 volumes – IFLA;
Acréscimos anuais de 250 volumes por ano
para cada 1 mil habitantes.
QUALITATIVA
Métodos subjetivos (impressionistas, segundo
Evans) = opinião de especialistas de áreas do
conhecimento.
Métodos baseados em checagem de listas, catálogos,
bibliografias. Considerado um método arbitrário por muitas
vezes não manter relação com uma comunidade ou biblioteca
específica. Consiste em: 1. escolha da lista a ser utilizada como
parâmetro; 2. verificação dos itens, citados na lista, possuídos
pela biblioteca; e 3. elaboração de um relatório final. Cria-se
um padrão ideal de coleção baseado em uma lista de materiais
que a biblioteca deve oferecer.
FATORES DE USO: incluídos todos aqueles
estudos que têm como objetivo a avaliação
da coleção através de seu uso pela
comunidade. A partir de registros de
circulação (uso domiciliar, interno, entre
bibliotecas, etc.), procura-se avaliar a
adequação do acervo à comunidade que
deve servir. Em outras palavras: procura-se
definir se a coleção está atendendo
satisfatoriamente à demanda.