Estudos Culturais - as contribuições na tradição de Williams, Hogart, Hall e Thompson,
permitiram que o campo da comunicação retomasse a problemática do sujeito. (Fígaro, 2015)
Os estudos e pesquisas de recepção também buscaram fundamentos na análise do discurso, na
história das mentalidades e na antropologia, para propor uma abordagem diferenciada às
problemáticas tradicionais relativas à comunicação. Jesús Martín-Barbero, Guillermo Orozco Gómes
e Néstor García Clanclini têm sido importantes para dar vazão a uma série de pesquisas as quais se
ramificam num amplo espectro de outras afiliações teóricometodológicas. (Fígaro, 2015)
Autores e conceitos: Lévy, cibercultura e inteligência coletiva - André Lemos, ciberespaço - Alex Primo,
as formas de interação mediadas pelo computador - Eugenio Trivinho, questões pontuais ligadas à
internet relacionando-as ao cenário nacional - Henry Jenkins, convergência midiática - Martín-Barbero,
tecnicidade em correlação com outras mediações e conceitos - Castells, e a ideia de rede - Hall e a
identidade cultural e o processo de codificação/decodificação - Thompson, com reflexões sobre a
Mídia. Os mais utilizados: Martín-Barbero, seguido por García-Canclini, Orozco Gómez e Hall. (Schmitz,
2015)
Abordagens teóricas
Sociocultural: abarca uma visão ampla e complexa do processo de recepção dos produtos midiáticos
onde são consideradas múltiplas relações sociais e culturais. Mais do que o estudo do fenômeno de
recepção em si mesmo, pretendem problematizar e pesquisar, seja do ponto de vista teórico ou
empírico, sua inserção social e cultural. (Escosteguy, 2004 apud Schmitz, 2015, p. 111)
Sociodiscursiva: é a que trata o discurso dos sujeitos a partir de enfoques teórico-metodológicos que
se dedicam à análise dos discursos sociais, os quais emanam da Mídia e dos receptores. Incluem-se
aí a semiótica, a análise de discurso e de conteúdo de tipo qualitativo, a retórica, a linguística, a
teoria das representações sociais, entre outras possibilidades teóricas, cuja tarefa é abordar os
discursos dos sujeitos sobre suas práticas de recepção e sua relação com os conteúdos midiáticos.
(Schmitz, 2015, p. 111)
Comportamental: são entendidos como os estudos dos diferentes impactos derivados dos meios,
isto é, o produto midiático é considerado um estímulo que provoca diversas reações nos públicos.
(Escosteguy, 2004 apud Schmitz, 2015, p. 112).
Meios de comunicação
TV
Rádio
Internet
Jornais e revistas
Teatro, cinema, livros
O meio que o sujeito está inserido: escola, trabalho,
comunidade, igreja, família.
História
Anos 40: a escola de Columbia, sob a liderança de Paul Lazarsfeld,
postula uma autonomia relativa do indivíduo, do receptor diante das
mensagens da mídia. (Proulx, 2013 p. 85)
Anos 60: surgiram os centros de estudos culturais de Birmingham na Inglaterra, mas só entre 1973
e 1975 Stuart Hall, o líder dessa tradição de Birmingham, iria abalar essa tradição crítica dizendo
que, na verdade, a análise da função ideológica das mídias passa, também, por uma consideração
das práticas de recepção. (Proulx, 2013 p. 85)
As três gerações de pesquisa em recepção (Proulx, 2013)
1ª geração -
decodificação e da
interpretação das
mensagens: -
distinguir entre o
que as pessoas
dizem e aquilo que
elas fazem; -
perceber, em toda a
sua complexidade,
a relação entre o
texto e o leitor; - e
articular a recepção
com uma
pragmática, não
necessariamente
no sentido fi losófi
co, mas no sentido
de uma pragmática
da comunicação
2ª geração -
abordagens
etnográficas: Está
relacionada ao fato
de que alguns
pesquisadores
perceberam que os
trabalhos da
primeira geração
tinham seus limites.
A partir disso, os
pesquisadores que
iniciaram esta
segunda geração
pensaram que era
preciso, ao contrário,
fazer um trabalho de
descrição minuciosa,
etnográfica, dos
processos reais de
recepção.
3ª geração –
enfoques
construtivistas: os
pesquisadores
surgem com uma
reflexão sobre as
categorias com as
quais eles
pensaram a
recepção. Uma das
categorias que é
apresentada e
criticada é a
categoria de
público. O que é um
público, então?
Em tempos de web social e de um
crescimento da comunicação entre
pares em detrimento da comunicação
de massa, será que estamos diante da
emergência de uma 4ª geração de
trabalhos sobre recepção?
Na minha opinião ainda falta continuar a história, mais conceito e metodologia