Introdução: No governo de Carlos Magno, criou-se um novo estilo chamado de Românico,
que começou a surgir nos séculos XI e XII, na Europa!
Na corte de Carlos Magno, criou-se uma academia literária e desenvolveram-se oficinas para a produção de objetos de arte e
manuscritos ilustrados. As oficinas ligadas ao palácio e aos mosteiros desempenharam importante papel na evolução da arte após o
reinado de Carlos Magno.
O trabalho nas oficinas da corte de Carlos Magno levou os artistas a redescobrir a tradição cultural
e artística do mundo grego-romano abandonada durante a ocupação dos povos bárbaros.
Na arquitetura isso foi decisivo: levou, mais tarde, à criação de um novo estilo, adotado principalmente
na arquitetura das igrejas , o chamado estilo românico.
As igrejas românicas são grandes e sólidas, daí serem chamadas
"fortaleza de Deus". Elas podiam ser construídas com abóbadas de dois
tipos: de berço e de aresta.
A abóbada de berço era simples: consistia num semicírculo - o arco
pleno - ampliado lateralmente pelas paredes.
Apresentava duas desvantagens: o excesso de peso do teto de alvenaria , que podia
provocar desabamentos, e a reduzida luminosamente interna, resultante das janelas
estreitas. A abertura de grandes vãos era impraticável, por enfraquecer as paredes e
aumentar o risco de de desabamento.
Desenvolvida para superar as limitações da abóbada de
berço , a abóbada de arestas consistia na intersecção, em
ângulo reto, de duas abóbadas de berço apoiadas sobre
pilares.
Com isso, obtinha-se maior leveza e iluminação interna. Com esse tipo de abóbada
exige um plano quadrado de apoio, a nave central ficou dividida em setores
quadrados, correspondendo às respectivas abóbadas. Esse aspecto se refletiu na
forma compacta da planta de muitas igrejas românicas.
Embora diferentes, esses dois tipos de abóbada causa o mesmo efeito sobre o obervador: sensação
de solidez e repouso, dada pelas linhas semicirculares e pelos grossos pilares que anulam qualquer
impressão de esforço e tensão.
Durante a Idade Média, como ainda hoje, realizaram-se longas peregrinações a lugares
considerados santos. Muitas das aldeias que ficavam na rota desses lugares
construíram igrejas para acolher ps peregrinos
A basílica de Saint-Sernin, na cidade de Toulouse, era uma das
paradas obrigatórias dos peregrinos que passavam pelo treco
francês rumo a Santiago de Compostela.
Ou seja, para que os moradores da cidade pudessem assistir aos ofícios religiosos sem serem perturbados pelos peregrinos
em visita às relíquias locais, foi construído um corredor chamado de "deambulatório", que dava acesso às capelas onde
ficavam os objetos sagrados e as relíquias.
Em 910, foi fundada na cidade de Cluny, na França, uma abadia de beneditinos. Esse movimento cristão cresceu ao longo
dos séculos XI e XII e, ao final do século Xii, a congregação era constituída por mais de mil monsteiros, espalhados por
toda a Europa.
Em 1790, essa abadia, que tinha sido a maior igreja da Europa e sem dúvida uma obra-prima da arte românica, que foi
quase totalmente destruída, pouco sobrando de seus edifícios e tesouros artístico.
Diferentemente do restante da Europa, a arte românica na península Itálica não apresenta formas pesadas, duras e primitivas. Por
estarem mais próximos a exemplos de arquitetura grega e romana, os construtores italianos deram às suas igrejas um aspecto mais leve e
delicado. Também sob a influência da arte grego-romana, eles procuram usar frontôes e colunas. Um dos exemplos mai conhecidos dessa
expressão românica é o conjuto da catedral de Pisa.
O edifício mais conhecido do conjunto
da catedral de Pisa é o companário, a
famosa torre de Pisa, cuja construção
foi iniciada em 1174.
Os pintores românicos foram criadores de telas de grandes proporções, sendo verdadeiros muralistas. Essas decorações murais foram favorecidas
pelas formas arquitetônicas, como as abóbadas e as espessas paredes, que, com poucas aberturas, criavam grandes superfícies propícias aos
trabalhos
As principais características da pintura românica foram a deformação e o colorismo. A deformação traduzida os
sentimentos religiosos e a interpretação mística que o artista fazia da realidade. A figura de Cristo, por exemplo, era
sempre maior que do que as demais.