O Reino de Cuxe, também conhecido como Antiga Núbia, foi um reino africano da Antiguidade. Existiu,
aproximadamente, entre 2.000 a.C. e 350 d.C. Teve início na região sudeste do continente africano, mais
especificamente nos planaltos da Núbia (atual Sudão). A capital do reino ficava na cidade de Napata. A
palavra “Kush” era o nome que os egípcios davam para a região da Núbia. Muitos historiadores consideram
o Reino de Cuxe um dos mais importantes Estados da Antiguidade na África.
O poder político ficava concentrado nas mãos de um rei. Este era considerado uma espécie de
representante de deus para o povo. Vale dizer que a mãe do rei também possuía grande prestígio social e
importância política no Reino de Cuxe. - A exemplo de seus vizinhos egípcios, possuíam uma religião
politeísta (acreditavam na existência de vários deuses). Os deuses cuchitas eram antropozoomórficos
(seres humanos e animais misturados).
Rio nilo
O rio Nilo tem sua origem em dois grandes lagos: o lago Vitória, em Uganda, e o lago Tana, na Etiópia. Em
Uganda, o Vitória alimenta um grande afluente, o Nilo Branco. Já na Etiópia, o Nilo Azul (outro afluente) é
reforçado com as águas do Tana. Entretanto, uma nascente mais ao sul, em Ruanda, pode ser considerada o
início desse poderoso rio. Essa nascente localiza-se na floresta Nyungwe, o ponto mais meridional do lago
Vitória.
A foz do Nilo é em formato delta (semelhante à figura de um triângulo) e está no Egito, medindo 160 km
de comprimento e 250 km de largura. A foz de um rio é o local onde sedimentos acumulam-se e não são
levados pelas correntes marítimas, podendo ser férteis, zonas de aluvião, ou formar inúmeras lagunas —
espécies de depressões formadas por água salgada nos litorais. Com o Nilo não é diferente. Sua foz
apresenta essas características e é localizada próxima das cidades do Cairo (mais ao sul da foz) e
Alexandria (litoral norte do Egito). Quando o curso do rio cruza a cidade do Cairo, ele apresenta uma
bifurcação para atingir o mar Mediterrâneo. Essa bifurcação recebe dois nomes: o canal Roseta, a oeste, e o
canal Damieta, a leste.
Importância do rio Nilo O tamanho do Nilo está diretamente associado à sua importância para a sociedade
africana. Em termos históricos, ele foi essencial para o desenvolvimento de uma das civilizações mais
intrigantes e enigmáticas: a civilização egípcia. O clima árido e seco do Egito tornam a sua ocupação um
grande desafio, mas, graças ao rio e as suas cheias fertilizantes, o desenvolvimento egípcio conheceu
tempos de glória, riqueza e magnitude. Heródoto, grego conhecido como o “pai da história”, denominou o
Egito como uma dádiva do Nilo, em alusão à importância desse rio para o crescimento e consolidação dos
egípcios enquanto sociedade imperial. Suas cheias movimentam os nutrientes do rio, trazendo à tona,
durante o período de estiagem, grande quantidade de húmus e adubo natural. Por isso, as cidades mais
importantes dos países em que há o curso do Nilo estão em suas margens ou em áreas próximas. Estudos
históricos apontam que as margens do Nilo foram ocupadas desde o período Pal
O rio Nilo possui um regime de cheias periódicas ao longo de seu curso. Por ser perene, nos momentos de
estiagem, suas margens tornam-se extremamente férteis devido aos sedimentos ali depositados durante
a época das cheias. Em geral, o período de menor vazão do rio no seu baixo curso (mais próximo da foz) é
durante a primavera, em meados de setembro e outubro.