Continentes

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Mestrado GEOGRAFIA Note on Continentes, created by Alessandra S. on 17/07/2013.
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Principais Características dos Continentes

Continente AmericanoAlongado no sentido norte-sul, é cortado pela linha do Equador, pelos trópicos de Câncer (ao norte) e de Capricórnio (ao sul) e pelo Círculo Polar Ártico em sua porção setentrional. Limita-se a leste com o Oceano Atlântico e a oeste com o Oceano Pacífico, sendo ainda banhado pelas águas geladas do Glacial Ártico ao norte. São dois grandes blocos unidos por um istmo que corresponde à porção continental da América Central.

Continente EurasianoO maior dos blocos continentais é cortado pelo Círculo Polar Ártico, pelo Trópico de Câncer e pelo Equador (somente na parte insular — Malásia e Indonésia). Banhado a leste pelo Oceano Pacífico, a oeste pelo Atlântico, ao norte pelo Glacial Ártico e ao sul pelo Indico, este continente é circundado ainda por vários mares: Mediterrâneo, Vermelho, Arábico, Cáspio, Negro, de Bering e do Norte. Caracteriza-se pelo grande povoamento (Europa) e população absoluta (Ásia), incluindo áreas conhecidas como “formigueiros humanos”.Continente AfricanoApresenta-se isolado artificialmente da Eurásia pela abertura do Canal de Suez (1869), que liga os mares Mediterrâneo e Vermelho. Extenso, seus 30 milhões de quilômetros quadrados são banhados pelo Oceano Atlântico a oeste, pelo Índico a leste, e pelos mares Mediterrâneo e Vermelho. E o mais maciço dos continentes, sendo cortado simetricamente pelo Trópico de Câncer ao norte, pela linha do Equador ao centro e pelo Trópico de Capricórnio ao sul.Continente Australiano (Oceania)Considerado o menor dos continentes, tem no entanto uma área superior à do território brasileiro. Situa-se no Hemisfério Sul, na latitude do Trópico de Capricórnio e suas costas são banhadas pelo Oceano Indico (oeste) e pelo Pacífico (leste).Continente Antártico (Antártida)Recoberto por gelo, a quase totalidade de suas terras é contornada pelo Circulo Polar Antártico. E banhado pelas águas do Oceano Pacífico, Atlântico e Indico.

ORIGEM DOS CONTINENTESOs continentes, conforme se apresentam nos dias de hoje, foram, na verdade, originados de um processo de fragmentação e afastamento de terras emersas de um único aglomerado primordial, processo este que durou centenas de milhões de anos. Este aglomerado de terras continentais, chamado Pangeia, existiu há cerca de duzentos milhões de anos atrás. O afastamento de suas porções continentais foi gerado provavelmente a partir da atividade tectônica terrestre que, no período referido, encontrava-se em plena ação e em larga escala. Segundo consta nos estudos realizados, uma primeira porção continental teria sido separada das demais na região setentrional da Pangéia. A este primeiro grande fragmento deu-se o nome de Laurásia, originada por volta de cento e e trinta milhões de anos atrás.Os territórios que na atualidade formam a África e a América do Sul formavam dois fragmentos colados em suas regiões costeiras. Especula-se tal fato, inclusive, pela similaridade entre tipos de vegetação e terrenos encontrados nos dois continentes. Por outro lado, os territórios referentes ao atual continente da América do Norte talvez tenham tido, neste período, maior contato fronteiriço com relação aos territórios euro-asiáticos do que com a América do Sul. A porção referente à atual Austrália situava-se mais ao sul. A forma e a posição das porções continentais só passaram a aproximar-se de suas formas e posições atuais a partir de sessenta e cinco milhões de anos atrás. No entanto, outro fragmento, de características insulares, na região meridional, ainda não havia sido juntado: o território referente à atual Índia, porção insular que, mais tarde, juntou-se à porção continental asiática, resultando num grande choque entre terras. Algumas teorias remetem a este fato o próprio nascimento das cadeias montanhosas do Himalaia. Autoria: Carlos Abe

OCUPAÇÃO DOS CONTINENTESEm termos de ocupação, existe grande diferenciação entre os continentes. Dessa forma, convencionou-se uma denominação específica para cada um deles, a partir do tempo de sua ocupação pelo homem.• Velho Mundo ou Antigo Continente (Eurásia e África) — região de onde partiram os colonizadores.• Novo Mundo ou Novo Continente (América) região descoberta por Cristóvão Colombo no século XV e colonizada pelos europeus.• Novíssimo Continente (Austrália, Nova Zelândia e ilhas do Pacífico) — região ocupada pelos europeus a partir do século XVIII, é também denominada Oceania ou Continente Australiano. Dentro da linguagem geográfica também são empregados os termos Mundo Oriental e Mundo Ocidental, tomando-se como referência a longitude inicial de Greenwich.

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Europa

Europa Ocidental: Entre os países da Europa ocidental destacam-se a Espanha, França e o Reino Unido. Estes que possuem uma população de cerca de 196 milhões de habitantes, ou seja, trata-se de uma região muito populosa e povoada.Bélgica, Holanda e Luxemburgo compõem uma das regiões mais industrializadas do mundo, junto com esses países destaca-se Benelux. Nessa região além da indústria destacam-se a produção de energia, a extração de minerais, o cultivo de cereais e a atividade turística, com destaque para Mônaco.Europa Setentrional: A Europa Setentrional também tem a economia baseada na indústria, também destacando-se o minério de ferro, o grande potencial hidráulico para a produção de energia elétrica, e a grande produção de madeira de papel e celulose.Quanto a pecuária, o destaque é a criação de bovinos que não é muito desenvolvida na região por causa do clima frio; e, quanto as produções agrícolas, destacam-se o cultivo de cereais, batata e beterraba açucareira.Europa Oriental: A Europa Oriental tem também sua economia baseada na indústria, produção de energia e de minerais. Sendo que alguns países estão enfraquecidos por estarem passando por uma fase de transição entre o socialismo e o capitalismo.Os destaques da indústria oriental são a de Moscou e São Petersburgo.Na agropecuária a maior parte de seu espaço é ocupado por cereais, principalmente o trigo.Dentro da área agrícola destaca-se a criação de rebanhos bovinos, suínos e ovinos.Europa Central: Na Europa Central, em relação à economia, destaca-se a indústria de equipamentos em geral. É uma das áreas mais ricas em carboníferas, com forte concentração siderúrgica e mecânica, mas com grande destaque para a Alemanha, com industrias siderúrgica, maquinária, química, automobilística e eletrotécnica, sendo assim uma grande potência mundial e apresenta baixa produtividade agrícola, fato que vem se modificando.A agricultura da Europa Central tem como principal produção a de cereais e de beterraba açucareira. A pecuária dominante é a de bovinos, para a produção de laticínios, mas também se destaca a criação de suínos.Europa Meridional: A Europa Meridional também tem sua economia baseada na indústria, destacando-se a Itália, que tem grande potencial no setor petroquímico e siderúrgico com grande influência de outros países como o EUA.Na agricultura da Europa Meridional destaca-se o cultivo de cereais, trigo milho e beterraba açucareira.Nesta região a pecuária não é muito desenvolvida principalmente por causa do clima.Autoria: Krusty

POPULAÇÃO EUROPÉIAA população européia pode ser dividida em 3 grupos, são eles:- GERMÂNICOS: ocupam principalmente a parte central e norte da Europa. Entre eles estão os alemães, austríacos, holandeses, suecos, noruegueses, britânicos.- ESLAVOS: habitam predominantemente a Europa oriental (leste). São os russo, poloneses, ucranianos, eslovacos, sérvios.- LATINOS: habitam predominantemente a Europa mediterrânea. São os portugueses espanhóis, italianos, franceses, e romenos, que não são sulistas, mas são latinos.Existem também os finlandeses, húngaros e gragos. Alguns grupos lutam para formar países independentes, como os bascos na Espanha (ETA) e na França.Com a revolução industrial, no século XVIII, a população européia aumentou, pois, a urbanização, a melhoria das condições de higiena, o avanço da medicina fizeram com que as taxas de mortalidade baixassem, o que fez com que houvesse um crescimento populacional. Com o neocolonialismo, um grande número de pessoas emigrou para as colônias. A natalidade baixou, devido aos avanços e a informação. O que iniciou a chamada transição demográfica, ou seja diminuição do crescimento populacional, que hoje causa outro problema para a população européia, o envelhecimento da população. No século XX o acesso a informação, métodos anticoncepcionais, mulher no mercado de trabalho, educação fizeram com que as taxas de natalidade baixassem ainda mais.Depois da primeira guerra mundial, quase todos os países europeus desenvolveram uma política anti-natalista, com a propagação das idéias de Thomas Robert Malthus, que pregava que o aumento populacional seria inferior ao crescimento da produção de alimentos, o que geraria uma crise mundial, porém o que ocorreu em 1929, foi uma crise de abundância.Com o declínio populacional, a Europa vive um novo problema, o envelhecimento da população, e a diminuição da população economicamente ativa (PEA). Uma outra tendência é o alto custo de um idoso para a sociedade, em termos de saúde, higiene e cuidados. Esse problema está sendo revertido com o incentivo a imigração providos ex-países socialistas do leste europeu, o que muitas vezes causa conflitos sociais e étnicos.Os europeus afirmam que os países subdesenvolvidos devem controlar a natalidade. Eles temem que com uma explosão demográfica, os subdesenvolvidos possam invadir o território desenvolvido.Hoje, a população européia jovem tende a seguir os padrões de educação, conhecimento e qualificação que hoje existe, fazendo da Europa o grande centro mundial.Muitos países para controlar o déficit na previdência, adotam medidas de aumentar a idade mínima para a aposentadoria.OS NÚMEROS POPULACIONAISPOPULAÇÃO ABSOLUTA: 715 milhões de habitantes (menor apenas do que a Ásia)POPULAÇÃO RELATIVA: 69 habitantes por quilômetro quadradoMAIORES DENSIDADES DEMOGRÁFICAS: Mônaco (15.370 h/km2) - Malta (1.176 h/km2)ÁREAS MENOS POVOADAS OU DESPOVOADAS: norte da Noruega (muito frio) leste, nas vizinhanças do mar negro (aridez) altas montanhas ex: Urais (altitude, temperatura, neve) A população européia é predominantemente urbana, em decorrência do histórico e amplo desenvolvimento industrial e comercial (principalmente a partir da revolução industrial). A indústria concentra população devido a necessidade de mão de obra.A Bélgica é o país com maior porcentagem de população urbana da Europa.Outros como Portugal e Albânia são rurais, esses tem respectivamente 34 e 39% de população urbana.Com o neocolonialismo, muitas pessoas saíram da Europa, em direção as áreas colonizadas. A emigração aumentou com a devastação nas duas guerras. Após a segunda guerra, a Europa passou a ser um espaço de imigração (chegada de pessoas), atraídas pelas boas condições de vida.Com o plano Marshall, a necessidade de mão de obra fez com que os europeus estimulassem a imigração para a Europa. Os imigrantes faziam os trabalhos que o povo europeu não se prestava a fazer (trabalho braçais e considerados humilhantes para os europeus) e recebiam baixos salários.Com um mundo globalizado e informatizado, a Europa prefere comprar de outros países produtos de menor tecnologia, sendo assim, com a menor necessidade de mão de obra, o trabalhador estrangeiro é tido como um concorrente com os trabalhadores europeus no mercado de trabalho da Europa. Gerando assim, uma espécie de xenofobia (aversão aos estrangeiros imigrantes).A partir da década de 1950, na Europa, inicio-se um processo de migração interna, onde os habitantes de países mais pobres migram para outros mais ricos. Antes de crise do sistema socialista no leste europeu, essa região era alvo de imigrações vindas do terceiro mundo. Porém, depois da crise socialista e da desfrangmentação da união soviética (1991) fugiram para países da Europa ocidental (França, Bélgica, reino unido, etc). em 1993, a União européia foi implantada e facilitou a circulação de mão de obra nos países europeus e dificultou ainda mais o ingresso de não europeus.As migrações também geram conflitos étnicos pela ocupação de território e a prática de racismo em relação às etnias e/ou raças, que estão ligadas ao nacionalismo e aa xenofobia (rejeição aos estrangeiros).

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Ásia

Maior continente do mundo, com cerca de quarenta e quatro milhões e meio de quilômetros quadrados. É conhecido como parte integrante do chamado Velho Mundo, formando com a Europa o continente também denominado Eurásia. As terras do continente da Ásia representam cerca de um terço das terras emersas no mundo. Seus pontos extremos no eixo leste-oeste são, ao leste, o estreito de Bering, e ao oeste a Cadeia do Cáucaso e os Montes Urais que o dividem da Europa, além dos Mares Cáspio, Egeu, Negro e Mediterrâneo. Ao norte, a Ásia é banhada pelo Oceano Glacial Ártico e ao sul pelos Oceanos Índico e Pacífico. As terras da Ásia estão compreendidas entre as zonas tropical, subtropical, temperada e polar. Por sua imensa extensão no sentido longitudinal, a Ásia apresenta enormes diferenças de fuso horário em seu território. A Ásia é politicamente dividida em países como Afeganistão, Arábia Saudita (monarquia absoluta), Armênia, Azerbaijão, Bangladesh, Brunei (sultanato), Butão (monarquia constitucional), Camboja (monarquia constitucional), Cazaquistão, China, Cingapura, Coréia do Norte, Coréia do Sul, Emirados Árabes Unidos (federação de emirados), Geórgia, Iêmen, Índia, Irã (república islâmica), Iraque, Israel, Japão (monarquia constitucional), Jordânia (monarquia constitucional), Kuweit (emirado), Laos, Líbano (monarquia constitucional), Mongólia, Myanma (estado unitário), Nepal (monarquia constitucional), Omã (sultanato), Papua-Nova Guiné (estado da Comunidade Britânica), Paquistão (república islâmica), Palestina (território autônomo sob ocupação de Israel), Qatar (emirado), Quirguistão, Rússia (federação de repúblicas), Síria, Sri Lanka, Tadjiquistão, Tailândia (monarquia constitucional), Taiwan (governo republicano chinês em Formosa), Turcomenistão, Turquia, Uzbequistão e Vietnã.Os altos planaltos asiáticos compreendem as maiores altitudes do mundo: localizados na zona central da Ásia, os altos planaltos do Tibet, por exemplo, apresentam altitude máxima em cerca de cinco mil metros. Este planalto é cercado de um cinturão de cadeias montanhosas como o Himalaia, que contorna o Tibet, apresentando altitude máxima de oito mil, oitocentos e quarenta metros com o Monte Everest. O Himalaia apresenta cerca de três mil quilômetros em sua extensão. Acredita-se que o território correspondente àÍndia, outrora separado do restante da Ásia, aproximou-se da área continental, ocorrendo um choque que teria resultado nos dobramentos terciários de que o Himalaia é formado. Outros maciços de altitude considerável são o Hindu Kush e o Cáucaso. Os altos planaltos do Pamir, apresentando altitudes igualmente elevadas, são chamados como o “Telhado do Mundo”. Ao norte asiático há o Planalto Siberiano, que ao contrário dos planaltos descritos não apresenta grandes formações montanhosas e consiste em uma das mais antigas regiões da Terra quanto ao seu período de formação, apresentando solo amplamente desgastado. Na região do sul da Ásia há, ainda, os Planaltos da Arábia, do Irã e do Decan. Ainda na região leste da Ásia há a ocorrência de cadeias vulcânicas, em que a presença de muitos vulcões ainda ativos delimita parte da grande região da crosta terrestres conhecida como “Círculo de Fogo”, região que apresenta intenso vulcanismo. Entre as regiões de planície na Ásia cita-se principalmente aquela cujo aspecto histórico assume grande importância: a Planície da Mesopotâmia, abrigando os Rios Tigre e Eufrates, é considerada como o “berço da civilização” na antiguidade. O continente asiático apresenta uma grande variedade climática, desde desertos quentes como o Deserto da Arábia, até o clima frio ártico da Ásia setentrional. Ambas as áreas apresentam grandes vazios demográficos. Entre estes extremos tipos climáticos, há grandes variações: o clima equatorial que delimita uma pequena região como a da Indonésia e da Península Malaia: o clima temperado e seus subtipos, abrangendo áreas como a Ásia Central, além dos territórios como os da China, Japão, Sibéria e Coréia; o clima mediterrâneo ao oeste, restrito às cercanias dos Mares Egeu, Negro e região oriental do Mediterrâneo; enfim, o chamado clima de monções, que apresenta grandes períodos de seca em contraposição aos períodos chuvosos, ambos bastante definidos, resultantes respectivamente das monções continentais (deslocamento das áreas continentais para o oceano) e as monções marítimas (deslocam-se do oceano para o continente). O maior rio asiático em extensão é o Yang-tse Kiang, apresentando cerca de cinco mil e oitocentos quilômetros, trespassando todo o território chinês até desaguar no Mar do Leste da China. Dos rios que deságuam no Oceano Índico destaca-se, na Índia, o Ganges que, ao lado do rio Brahmaputra originado no Planalto do Tibete, forma o grandioso Delta do Ganges, o maior no mundo, que desemboca na Baía de Bengala. A população asiática representa mais da metade da população mundial. Seu crescimento é acelerado, sobretudo como ocorreu na China durante meados do século XX, sendo o país que entre todos apresenta maior população. Apesar de seu grande contingente populacional, a distribuição demográfica pelo território asiático é extremamente desigual, dadas as grandes regiões em que se apresentam vazios demográficos (deserto da Arábia, regiões frias ao norte), em contraste com regiões como no Japão, no leste da China e sul da Índia, que apresentam as maiores densidades populacionais do globo. A predominância étnica é dos amarelos, ao lado de grupos menores formados por brancos e negros. Entre as principais religiões encontradas na Ásia estão o Hinduísmo, o Islamismo, o Xintoísmo, o Budismo, o Confucionismo e uma minoria cristã.Autoria: Bernadete Warmling

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África

África deriva de avringa ou afri, tribo berbere que na Antiguidade habitava o norte do continente. Começa a ser usado pelos romanos a partir da conquista de Cartago para designar províncias a noroeste do Mediterrâneo africano (atuais Tunísia e Argélia).No século XVI, com o avanço dos europeus para o sul, o nome generaliza-se para todo o continente.Limites – Paralelo 37º norte (cabo Bon na Tunísia); mar Mediterrâneo (N); mar Vermelho (NE); oceano Índico (L) e Paralelo 38º8' sul no oceano Atlântico (S, O e NO).Área – 30,33 milhões de km² – 19% das terras emersas do planeta.Divisão – 53 países.População – 681,7 milhões de habitantes. Densidade média (hab./km²): 22,47. Características Físicas do Continente AfricanoÉ cortado pelo Equador e 75% do território situa-se entre os trópicos de Câncer e Capricórnio. É o continente mais tropical, embora possua faixas subtropicais nas extremidades norte e sul. Predominam altas temperaturas. Um terço do território é de áreas desérticas, 40% não têm rios. As terras aráveis somam 17,8% e as florestas, 31,5%. Detém 69% das terras áridas do planeta. O litoral é pouco recortado. As planícies são ocupadas por lagunas e pântanos. Apresenta cadeias de montanhas ao norte, os Atlas, na Tunísia, Argélia e Marrocos.Relevo - O relevo Africano predominante planáltico apresenta considerável altitude média de 750m.Ocupa as regiões central e ocidental, em sua quase totalidade, planaltos intensamente erodidos, constituídos por rochas muito antigas e limitados por grandes escarpamentos. Ao longo do litoral, situam - se as planícies costeiras, geralmente estreitas , salvo a oeste e nordeste, quando se estendem para o interior .Na porção oriental da África encontra-se uma de suas características físicas mais marcantes: falha geológica estendendo-se de norte a sul, em que se sucedem planaltos e depressões relativas.É nessa região que se localizam os maiores lagos do continente, circundados por algumas das mais altas montanhas: Quilinmanjaro (5 895 metros), Quênia (5199 metros) e Ruvenzori (5 109 metros).Podemos destacar ainda dois grandes conjuntos de terras altas, um no norte, outro no sul, do continente:- a Cadeia dos Atlas, que ocupa a região sentrional do Marrocos, da Argéria e da Tunísia. Chegam atingir mais de 4 000 metros de altura;- a Cadeia do Cabo, na África do Sul. É de formação antiga, culminando nos Montes Drakensberg com mais de 3 400 metros de altura.Completando uma visão do relevo africano, é possível observar ainda a existência de antigos maciços montanhosos em diferentes pontos do continente.O planalto dos Grandes Lagos assinala o início da inclinação do relevo africano.Hidrografia - Tendo suas regiões norte e sul praticamente tomadas por desertos, a África possui relativamente poucos rios. Alguns deles são muito extensos e volumosos, por estarem localizados em regiões tropicais e equatoriais; outros atravessam áreas desérticas, tornando a vida possível ao longo de suas margens.A maior importância cabe ao Rio Nilo, o segundo mais extenso do mundo. Nasce nas proximidades do Lago Vitória, percorre o nordeste africano e deságua no Mediterrâneo.Além do Nilo, outros rios importantes para a África possui alguns são o Congo, o Niger eo Zambeze.No que se refere aos lagos, a África possui alguns muitos extensos e profundos, a maioria situada no leste do continente, como o Vitória, o Niassa, o Rodolfo e o Tanganica.Vegetação - Florestas equatoriais – Ocorrem nas baixas latitudes, compreendendo a parte centro-ocidental da África. Como estão em áreas quentes e úmidas, possuem folhas largas (latifoliadas) e sempre verdes (perenes). As árvores podem ter até 60 m (castanheira). Apresentam grande variedade de espécies (floresta heterogênea). Os solos em geral são pobres. São conhecidas como autofágicas (que se alimentam de si mesmas) em função da grande quantidade de húmus proveniente das folhas, galhos e troncos.Savanas ou cerrados – Aparecem na faixa intertropical em locais onde ocorre uma estação seca (inverno), impedindo o aparecimento de florestas. São formações vegetais encontradas na larga faixa do centro da África, litoral da Índia. Têm plantas rasteiras (herbáceas), intercaladas por árvores de pequeno porte. No período de seca, as folhas caem para evitar a evaporação. No Brasil são chamadas de cerrado e na África, de savana.Desertos – Nas áreas desérticas, como no Saara, Kalaari, Arábia e Irã, não há vegetação permanente. Em alguns locais, surge uma "erva rasteira" após as chuvas. Nas regiões onde aflora o lençol freático (lençol subterrâneo de água) podem surgir oásis, com palmeiras (tamareiras). Quadro Humano do Continente AfricanoPequena população relativa e distribuição irregular - Apesar de ser o terceiro continente em extensão territorial, a África é relativamente pouco povoada. Abriga pouco mais de 600 milhões de habitantes e uma densidade demográfica de 20 habitantes por quilômetro quadrado.Essa pequena ocupação demográfica encontra explicações nos seguintes fatores:- grande parte do continente é ocupada por áreas desfavoráveis a concentrações humanas;- os índices de mortalidade são muitos altos;- a África é um continente que recebeu poucas correntes migratórias.A população africana caracteriza-se também pela distribuição irregular. O Vale do Nilo, por exemplo, possui densidade demográfica de 500 habitantes por quilômetro quadrado, enquanto os desertos e as florestas são praticamente despovoados.A quase totalidade dos países africanos exibe características típicas de subdesenvolvimento: elevadas taxas de natalidade e de mortalidade, bem como expectativa de vida muito baixa. Resulta desses fatores a preponderância de jovens na população, que, além apresentarem menor produtividade , requisitam grandes investimentos em educação e nível de emprego.Maioria negra e diversos grupos brancos - A maior parte da população africana constituída por diferentes povos negros, mas é expressiva quantidade de brancos, que vivem principalmente na porção setentriorial de continente, ao norte do Deserto do Saara.sudaneses: em sua maior parte habitam as savanas que se estendem do Atlântico ao vale superior do Rio Nilo. Vivem basicamente do agricultura ;bantos: habitam a metade do sul do continente e têm como atividades principais a criação gado e a caça;nilóticos: são encontrados na região do Alto do Nilo e caracterizam-se pela estatura elevada;pigmeus: de pequena estatura, vivem principalmente na selva do Congo e em seus arredores, onde baseiam sua subsistência na caça e na coleta de raízes;bosquimanos e hotentotes: habitam a região do Deserto de Calaari, distinguem-se como grandes caçadores de antílopes e avestruzes.Em correspondência com os três diferentes ramos étinico-culturais, encontram-se na África três regiões principais: o islamismo, que se manifesta sobretudo na África Branca, mas é também professado por numerosos povos negros; o cristianismo, religião levada por missionários e professada em pontos esparsos da continente; o animismo, seguindo por toda África Negra.Um continente de famintos - Adversidades climáticas somente ampliam a miséria de milhares de africanos, que vivem abaixo das condições mínimas de sobrevivência.Com a agricultura extensiva, matas são derrubadas e em seus limites o deserto avança.Outro problema é o descompasso existente entre o enorme crescimento populacional eo reduzido crescimento populacional e o reduzido crescimento, ou mesmo estagnação, da agropecuária.Conflitos de um continente mal dividido - A atual divisão política da África somente se configurou nas décadas de 60 e 70. Durante séculos, o continente foi explorado pelas potências européias - Inglaterra, França, Portugal, Espanha, Bélgica, Itália e Alemanha, em zonas de influencia adequadas aos seus interesses. Ao conseguirem a independência, os países africanos tiveram de se moldar às fronteiras legadas pelos colonizadores. Estas, por um lado, separavam de modo artificial grupos humanos pertences às mesmas tribos, falantes dos mesmos dialetos e praticantes dos mesmos dialetos e praticantes dos mesmos costumes, submetia-os, por outro lado, à influencia de valores europeus.A segregação racial assumiu formas rígidas e violentadas: bairros, meios de transporte, casa de comércios, igrejas etc. eram reservados para uso dos negros. as leis do aparheid - segregação racial institucionalizada - proibiam que os negros se candidatassem a cargos políticos, que concorressem com os brancos a um emprego, que freqüentassem quaisquer ambientes que não lhes fossem expressamente destinados.Regiões Geográficas do Continente AfricanoNorte da África - Abrangendo Egito, Líbia, Argélia, Tunísia e Marrocos, a região é fonte de preocupação para a Europa em virtude do crescente fluxo migratório desses países, em especial para a França e Alemanha. Durante as décadas de expansão econômica de 70 e 80 esse fluxo é bem recebido por facilitar a substituição dos trabalhadores europeus, mais qualificados e mais caros, por trabalhadores imigrantes nos serviços pesados e insalubres. A recessão do final dos anos 80 e a rápida elevação do desemprego tecnológico invertem a situação, já que os imigrantes passam a disputar vagas de trabalho com os trabalhadores europeus. Crescentes medidas restritivas são adotadas pelos países europeus para deter as migrações, agravando os problemas econômicos e sociais do norte da África.África Meridional - As mudanças ocorridas na África do Sul e as possibilidades de pacificação de Angola e Moçambique geram ações unificadas entre os países da região para integrarem seus mercados e enfrentar em melhores condições a competitividade do mercado internacional.África do Sul - As eleições multirraciais e multipartidárias de 1994, com a eleição de Nelson Mandela para presidente, abrem um novo capítulo na história do país, extinguindo totalmente a política do apartheid e estabelecendo direitos de cidadania para a maioria negra da população. O sistema de governo adotado, no qual todos os partidos com representação no Parlamento também estão representados no governo, necessita de um período de tempo para comprovar sua viabilidade. As tendências separatistas dos zulus e dos direitistas brancos permanecem presentes, embora a situação econômica tenha melhorado com o fim do bloqueio econômico e a retomada do fluxo de investimentos.Autoria: Marcio Moreira

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Oceania

A Oceania é formada por catorze países independentes e 16 territórios formados por milhares de ilhas espalhadas pelo Oceano Pacífico, pertencentes a vários países, como EUA, Reino Unido, França e um estado norte-americano (Havaí).

A Oceania pode ser dividida em três grandes grupos de ilhas: Melanésia, Polinésia e Micronésia.• Melanésia: são ilhas que se encontram mais próximas da Austrália, dentre as quais se destacam Nova Guiné, Ilhas Salomão, Nova Caledônia (dependência francesa) e Fiji. Em muitas ilhas da Melanésia, os habitantes ainda são coletores de produtos naturais; vivem do produto da caça e da criação de porcos selvagens, demonstrando, portanto, um estágio de vida ainda primitivo.• Polinésia: são ilhas situadas na porção mais meridional da zona tropical do Pacífico, entre o Equador e o Trópico de Capricórnio, como os arquipélagos de Samoa, Havaí, Kiribati, Marquesas, Cook e outros. São habitadas por elementos com características asiáticas, que vivem da caça, pesca e criação de gado.• Micronésia: são pequenas ilhas situadas a sudeste do Japão, entre a linha do Equador e o Trópico de Câncer, destacando-se as ilhas Marianas, Carolinas, Marshall e outras. Muitas dessas ilhas pertencem aos EUA e são utilizadas como bases navais e aéreas.A Oceania tem 38 milhões de habitantes e 5,0 hab./km2. As maiores cidades são Sidney e Adelaide (Austrália), Auckland (Nova Zelândia), Brisbane (Austrália), Honolulu (Havaí) e Melbourne (Austrália).As maiores concentrações demográficas estão na Nova Zelândia e no litoral oriental da Austrália. A Austrália e Nova Zelândia possuem 78% da população da Oceania. O grande Deserto Australiano (Vitória) é praticamente despovoado, sendo uma das maiores regiões despovoadas da Terra.De modo geral, a atividade econômica das ilhas da Oceania tem por base o turismo, a pesca, a produção de óleos vegetais, de frutas tropicais (banana, abacaxi, coco), sementes oleaginosas, cacau e café.Destacam-se, também, os recursos minerais explorados em Nauru (fosfatos), Nova Caledônia (níquel), Fiji (cobre e ouro), Ilhas Salomão (ouro, prata, cobre) e outros.O Meridiano de 180°, que corta o Oceano Pacífico e a Oceania, é utilizado como referência para mudança de data no planeta — é a Linha Internacional de Data.A Polinésia localiza-se na parte oriental da Oceania,) mais próxima desse meridiano. É a região do mundo onde são registradas as últimas horas de cada dia.A Micronésia e a Melanésia ficam na parte ocidental da, Oceania; são as áreas onde se inicia cada novo dia do planeta.Destaques da oceaniaA Micronésia é um país formado por 600 pequenas ilhas, com território montanhoso, clima tropical, sujeito a secas e tufões. A micronésia enfrenta escassez de água potável e depende dos EUA para o fornecimento de combustíveis, infra-estrutura e segurança.Nas lhas Marshall estão os atóis de Bikini e Eneuetak, onde os EUA realizam testes nucleares (1946 a 1958), tornando-os uma área de grande contaminação radioativa.Palau destaca-se pela sua riqueza coralígena e pela fauna marinha, uma das mais ricas do mundo, o que atrai muitos turistas da oceania.Nauru está com as suas jazidas de fosfato quase esgotadas. Após décadas de exploração predatória, 80% do país está inabitável e incultivável, com enormes crateras resultantes da atividade mineradora. Nauru importa alimentos, bens duráveis e até água. Em 2002 a OCDE inclui Nauru na lista de paraísos fiscais. Em 2002, Nauru recebe refugiados afegãos, para os quais a Austrália oferece assistência financeira, por não ter recebido esses refugiados. Nauru é a menor república do planeta e a população é 100% urbana.Papua Nova Guiné é um território montanhoso, vulcânico, clima equatorial e densas florestas tropicais. E o mais extenso e populoso país da Melanésia.Tuvalu é formado por 9 atóis de coral, Como nenhum ponto se situa a mais de 5 metros acima do nível do mar, Tuvalu corre o risco de submergir nos próximos anos por causa do aumento do nível dos oceanos em decorrência do efeito estufa.Ilhas Salomão apresentam cadeias montanhosas de grande altitude e vulcões ativos. A economia tem por base a agricultura de subsistência, além da exportação de madeira e da pesca.Tonga é um arquipélago formado por 170 ilhas vulcânicas e coralinas, cobertas por matas tropicais.Vanuatu localiza-se no Circulo de Fogo do Pacífico, tendo elevada freqüência de erupções vulcânicas, abalos sísmicos e maremotos, o que prejudica o turismo. 70% do PIB corresponde ao setor de serviços financeiros (paraíso fiscal).Fiji destaca-se pelos solos férteis, que favorecem o cultivo de cana-de-açúcar. O clima tropical e as águas claras atraem turistas.Fiji enfrentou em 2000/2001 forte tensão entre os nativos fijianos, proprietários das terras, e os descendentes de indianos, que têm o poder econômico, dominando o comércio e as indústrias de transformação da cana-de-açúcar.Para diminuir a dependência pesqueira, Kiribati desenvolve a agricultura e o turismo.O Kiribati é formado por 33 ilhas de coral e vários atóis. Em 1999, dois recifes de coral desabitados são encobertos pela água do mar, como resultado do efeito estufa e elevação do nível do mar.Em Samoa (antiga Samoa Ocidental), a ameaça de destruição das florestas tropicais levou ao desenvolvimento de programas de proteção ambiental nos últimos anos. Mapa da Oceania

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Antártida

O Tratado Antártico teve sua assinatura e aplicação já no contexto da Guerra Fria.Quando de seu estabelecimento, em 1959, apesar do desejo de alguns países na divisão do continente, a ocupação das áreas geladas da Antártida poderia servir como um pretexto para o acirramento das disputas entre as grandes potências, que já viviam na era nuclear. Além disso essa ocupação encontrava, como ainda encontra, sérios problemas, impostos pelo quadro natural adverso, somados. considerando a época da assinatura do Tratado, a restrições de caráter tecnológico maiores que as atuais.Apesar de seu aspecto aparentemente democrático e aberto, o Tratado Antártico, que, como vimos, condicionava a partilha do continente ao desenvolvimento de pesquisas i loco, excluía as nações tecnologicamente mais atrasadas.No entanto, o cenário geopolítico sofreu alterações no decorrer dos anos. A estratégia militar de ontem cedeu lugar à preocupação ecológica de hoje; como resultado disso. tivemos a Conferência de Madri de 1991, que condicionou a ação dos países presentes na Antártida ao campo científico, e, ratificada pelaECO-92, estabeleceu parâmetros para a ação do homem na região.A Antártida insere-se na questão estratégica global no ponto de vista tático, econômico, científico e ambiental.Do ponto de vista tático, era de interesse das potências militares dispor do continente antártico para a realização de testes nucleares e, ao mesmo tempo, agregar ao continente armas estratégicas fundamentais para o controle de posições importantes no hemisfério austral.Economicamente, o continente antártico situa-se numa posição estratégica dos transportes mundiais, pois a navegação oceânica ou aérea na região e/ou adjacências é de fundamental importância para os países do hemisfério sul e na ligação oriente-ocidente, excetuando-se as águas do Ártico e o canal do Panamá.Além dos transportes, as reservas naturais da Antártida constituem importantes recursos futuros, seja de água doce (90% das reservas mundiais), minerais metálicos e atômicos e combustíveis fósseis. Considere-se também o potencial alimentar das águas antárticas, como baleias, peixes e o krill. No campo científico, as pesquisas da comunidade antártica vêm-se revelando bastante importantes, contribuindo sobremaneira no estudo do clima, dinâmica das geleiras, paleoclima, evolução, astronomia, biologia, geologia, e em áreas relativas ao estudo da vida no planeta.O meio ambiente encontra na Antártida um campo de estudo amplo, em que destacamos os esforços para a compreensão da dinâmica do processo de glaciação e no acompanhamento da evolução dos danos provocados pelo homem na camada de ozônio.O Brasil na AntártidaCom vistas no Tratado Antártico, o Brasil, tardiamente, passou a integrar a comunidade científica estabelecida no continente.Em 1982, a primeira expedição científica brasileira atingiu o continente, composta de duas embarcações: o navio polar “Barão de Teffé” e o navio oceanográfico “Professor Wladimir Besnard”, e algumas dezenas de cientistas.A Base Comandante Ferraz, inaugurada em 6 de fevereiro de 1984, localizada na Ilha Rei Jorge, integrou o Brasil à comunidade instalada na Antártida, embora, por questões materiais e financeiras, as pesquisas brasileiras caminhem muito lentamente.Veja no mapa onde fica a base brasileira na AntártidaA diminuição da camada de ozônio e sua relação com a AntártidaA utilização dos clorofluorcarbonos (CFCs) e sua emissão na atmosfera foram estudadas pelos cientistas, que verificaram que esses compostos destroem a camada de ozônio que protege o nosso planeta da radiação ultravioleta.Os deslocamentos das correntes de ar fazem com que essa incidência venha ocorrendo de forma mais acentuada na Antártida (essa descoberta ocorreu em 1983 e desde essa época as pesquisas se acentuaram nesse sentido, buscando causas e conseqüências dos danos provocados a plantas, animais e enfermidades nos seres humanos: câncer de pele e catarata (problema nos olhos). Na ECO-92 (RJ) esse problema foi levantado e um acordo foi realizado para impedir a emissão do CFC.Estudam-se ainda os efeitos dessa diminuição da camada de ozônio na Antártida, sendo que, na Estação Palmer (EUA), descobriu-se que altos níveis de radiação ultravioleta podem danificar o pigmento clorofiliano, que é fundamental na realização da fotossíntese do fitoplâncton, e que reduz o crescimento das plantas. Teme-se que este fato afete a vida no continente gelado, comprometendo a cadeia alimentar, uma vez que ameaça o krill, um elo-chave na cadeia alimentar antártica.De acordo com os cientistas, “peixes, baleias, pingüins e aves voadoras dependem do krill e, se acontecer algo a ele, o sistema inteiro entrará em crise.”Tratado AntárticoA descoberta do continente antártico é controvertida. Atribui-se a Américo Vespúcio a navegação das águas antárticas já no início do século XVI. O inglês James Cook cruzou o Circulo Polar Antártico no final do século XVIII sem, no entanto, atingir o continente.Em 1820 três expedições atingiram o continente: a do russo Bellingshausen, a do britânico Bransfield e a do americano Palmer. Mas apenas em 1907 o explorador Roald Amundsen atingiu o Pólo Sul.Seguiram-se outras expedições e surgiram as primeiras reivindicações territoriais sobre o continente.Em 1944 foram estabelecidas as primeiras estações permanentes de pesquisa.A 1ª Conferência Antártida realizada em Paris no mês de julho daquele ano, que estabeleceu regras para a ocupação do continente, reuniu doze países.O Tratado Antártico foi assinado em 10 de dezembro de 1958 e passou a vigorar em 1961, estabelecendo que ao sul do paralelo 60, que encerra o continente Antártico, as nações interessadas poderiam utilizar, além do próprio continente, ilhas, oceanos e mares, apenas para desenvolvimento científico para fins pacíficos.No ano de 1991, o tratado propunha uma divisão do continente gelado entre os países que integrassem a comunidade científica antártica.Aos signatários originais do tratado aderiram Alemanha, Áustria, Brasil, Bulgária, Canadá, China, Coréia do Norte, Coréia do Sul, Cuba, Dinamarca, Equador, Espanha, Finlândia, Grécia, Holanda, Hungria, Índia, Itália, Papua Nova Guiné, Peru, Polônia, Romênia, Suécia, República Tcheca, Eslováquia e Uruguai.Por: Renan Bardine

A Antártida e sua importância geopolítica O continente antártico estende-se por 14 milhões de localiza-se na porção extrema meridional do planeta, limitado pelo Círculo Polar Antártico, ao sul dos oceanos Atlântico, Pacífico e Indico. Durante o inverno, acrescido de uma grande área de banquisa, o continente antártico chega a dobrar sua extensão, chegando a atingir 30 milhões de km2. Na Antártida o quadro natural mostra-se adverso à ocupação humana, onde as temperaturas, durante o ano, raramente superam marcas positivas, a vegetação escassa limita-se a algumas ilhas, enquanto na porção central do continente a calota de gelo pode atingir 4 mil metros de espessura, onde são freqüentes as rajadas de vento, o blizzard, que fazem enormes icebergs se deslocarem a velocidades perigosas à navegação. O continente gelado, que encerra 90% das reservas de água doce do planeta, tem seus poucos habitantes, integrantes da comunidade científica, ilhados em algumas bases de diferentes nacionalidades, cuja implantação remonta ao início da década de 1960, quando da assinatura do Tratado Antártico. Características gerais da Antártida A Antártida, que milhões de anos atrás constituía um antigo e vasto continente, unindo-se à América do Sul, Austrália e Nova Zelândia, separou-se devido à movimentação das placas tectônicas e deslocou-se para sul, encontrando-se hoje sob o Pólo Sul terrestre. Seu relevo é montanhoso e recoberto por uma camada de gelo (inlândsis). A parte ocidental caracteriza-se por ser uma área vulcânica, coberta de gelo, destacando-se o Erebus e o Terror.A região oriental, cujos terrenos são antigos (Escudos), apresenta relevo suave. As atuais condições climáticas apresentam baixíssimas temperaturas, mesmo nos meses de verão (dezembro e janeiro) quando a temperatura permanece abaixo de 0°C, mas no inverno pode chegar normalmente abaixo de -40°C. Porém, o estudo de seus fósseis permitiu reconstituir seu passado geológico, quando existiu extensa floresta e as temperaturas eram similares às das áreas subtropicais. Pelas condições atuais, a vegetação consiste em musgos e liquens nas áreas mais quentes e, nas demais, paisagem desolada. E no mar que há vida, por meio do plâncton (conjunto de plantas e animais microscópicos que servem para a alimentação de outros). Um exemplo desse fato é o crustáceo krill, típico do Oceano Antártico, que constitui urna fonte de proteínas para os grandes animais aquáticos. Fazem parte da fauna antártica a baleia-azul, a foca, o pingüim e os pássaros.No que se refere aos recursos minerais, em área ainda pouco explorada já foram localizados cobre, urânio, carvão. entre outros, sendo que há um acordo internacional para pesquisar e não retirar os recursos, até que seja estabelecido o processo de exploração. Quem tem direito à Antártida Território de todos (internacional) ou de determinados países? Em 1988, ano da realização da convenção de Wellington (Nova Zelândia), foram estabelecidas restrições à ação turística e econômica na Antártida. A Conferência de Madri, realizada em 1991, postergou por 50 anos conversações sobre uma possível divisão territorial da Antártida. e estabeleceu condições para a proteção ambiental, que inclui a camada de ozônio, bastante afetada sobre o continente restrições ao turismo, prevenção da poluição marinha e o monitoramento da emissão de dejetos.

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América

Cristóvão Colombo morreu em 1506 convencido de que, após cruzar o Atlântico, havia alcançado as Índias.

No entanto, os cientistas europeus da época já não tinham dúvidas de que o território descoberto constituía um continente desconhecido e extraordinariamente complexo, o Continente Americano.Coube ao cosmógrafo alemão Martin Waldseemüller batizar as novas terras com o nome de América, em homenagem ao navegador italiano Américo Vespúcio (Amerigo Vespucci), cujos relatos foram os primeiros a afirmar a existência do "Novo Mundo".Incluídas as ilhas, o Continente Americano tem uma superfície superior a 42 milhões de quilômetros quadrados, o que representa a maior massa continental do planeta depois da euroasiática. Entre o extremo setentrional (o cabo Barrow, 72o de latitude N) e o meridional (o cabo Horn, 52o de latitude S), medeia uma distância de mais de 14.000km, embora a disposição do território não siga a linha dos meridianos, porquanto a América do Norte se situa mais para oeste que a do sul. A linha do equador passa ao norte de Quito e atravessa a foz do rio Amazonas, o que significa que a maior parte da América encontra-se no hemisfério norte.Tradicionalmente distinguem-se dois grandes conjuntos territoriais, os subcontinentes norte-americano esul-americano, unidos pela série de istmos que compõem a América Central (região do golfo de Tehuantepec, no México, Guatemala, Nicarágua e Panamá) e pelo conjunto de arquipélagos do mar do Caribe. No extremo norte, o continente americano limita-se com o oceano Glacial Ártico; o estreito de Bering, a noroeste, separa-o da Ásia (85km no ponto mais próximo), enquanto a ilha da Groenlândia, a maior do mundo, constitui o limite da América do Norte em seu extremo nordeste. Os oceanos Atlântico e Pacífico separam o Novo Mundo, por leste e oeste, respectivamente, do resto das terras emersas do planeta.No Continente Americano, as costas do Ártico são as mais recortadas, e apresentam grandes baías (Hudson, Baffin), numerosas ilhas (Groenlândia, Banks, Victoria, Melville, Sverdrup, Ellesmere, Devon e Terra de Baffin, entre outras), cabos (Lisburne, Icy, Barrow, Príncipe Alfredo, Columbia e Chidley) e penínsulas (Boothia, Melville, Ungava e Labrador). O litoral do Pacífico, isolado por uma linha contínua de cordilheiras, do extremo norte ao sul, é alto e retilíneo, exceto nas áreas do Canadá (ilhas de Alexandre, Rainha Carlota e Vancouver) e da Patagônia (ilhas de Chiloé, Chonos, Wellington e Santa Inês), onde é possível apreciar as marcas deixadas pela erosão glacial. Outros acidentes costeiros são as penínsulas do Alasca, da Califórnia, e do Taitao; os golfos do Alasca, da Califórnia, do Panamá, de Guayaquil e de Corcovado; e os cabos de Mendoncino, San Lucas, Corrientes, Punta Pariñas, Punta Aguja e Punta Carretas.A costa atlântica do continente é recortada e profunda ao norte do cabo Hatteras (Estados Unidos), na Venezuela e na Patagônia, e arenosa e retilínea nas demais regiões. As ilhas mais importantes são Terranova, Bermudas, Bahamas, Antilhas e Malvinas. Entre as penínsulas destacam-se as da Nova Escócia, da Flórida e de Yucatán. Os golfos mais importantes são os de São Lourenço, do México, dos Mosquitos, de Darién, da Venezuela, de Bahía Blanca, de San Matías, de San Jorge e de Bahía Grande. Entre os principais estuários destacam-se o do Amazonas e o do rio da Prata. Entre os cabos mais significativos figuram o Hatteras, o Sable, o Catoche, o Gallinas, o de São Roque, o Santa María Grande, Punta del Este, o Tres Puntas e o Horn, que completam a linha costeira ocidental do continente americano.

Geologia e relevoOs primeiros terrenos formaram-se na era paleozóica, em conseqüência dos dobramentos caledoniano e huroniano; data dessa fase geológica o escudo canadense, então unido ao continente Norte-atlântico (Groenlândia, América do Norte, América Central e norte da Europa), e o escudo do Brasil e das Guianas, unido ao continente de Gondwana (América do Sul, África, Índia, Austrália e Antártica). O dobramento herciniano, na última fase da era primária, deu lugar à formação dos montes Apalaches, na região oriental dos Estados Unidos.Na era mesozóica ocorreu a separação do escudo sul-americano, que se tornou um continente independente. Na era geológica seguinte, a terciária, a América do Norte separou-se da Europa e o novo continente viu-se afetado pelos dobramentos da orogenia alpina, que deram lugar à formação das montanhas Rochosas, das cordilheiras da América Central e dos Andes.Na parte oriental da América do Norte, o escudo canadense apresenta uma superfície muito erodida, com marcas da ação glacial do quaternário e formações montanhosas baixas na direção nordeste-sudoeste; o monte Mitchel (2.037m) é a maior elevação dos Apalaches. Mais para oeste, no centro do subcontinente, estende-se uma região de grandes planícies, bacias fluviais e, em seguida, uma grande cadeia de montanhas orientada de noroeste a sudeste e constituída por diversos conjuntos. Ao norte acham-se as cordilheiras do Alasca e de Brooks e os montes Mackenzie, nos quais se verificam altitudes elevadas, como os montes McKinley (6.194m), Logan (6.050m) e St. Elias (5.489m). As montanhas Rochosas apresentam várias ramificações (cordilheira Costeira, serra das Cascatas, cadeia Costeira, serra Nevada e cordilheira Wasatch) e planaltos entre as montanhas (Fraser, Columbia, Arizona e Colorado), com alturas superiores a quatro mil metros (Whitney, 4.418m; Rainier, 4.392m; Wilson, 4.342m; Shasta, 4.317m; e Pikes, 4.301m). No México, estendem-se as serras Madre oriental, ocidental e do sul, que bordejam o planalto central mexicano e contam com cumes vulcânicos de grande altura, como o Citlaltépetl (5.610m), o Zinantécatl (4.567m) e o Popocatépetl (5.465m).Na América Central, a serra Madre do Sul prolonga-se, numa sucessão de planaltos e serras de origem vulcânica, de Oaxaca, no México, até o Panamá, passando pela Guatemala, El Salvador, Nicarágua e Costa Rica. As ilhas do Caribe são montanhosas, embora pouco elevadas; a sua Maestra cubana, com alturas próximas a dois mil metros, e a cordilheira central de La Española (pico Duarte, 3.175m) são as formas de maior destaque no relevo da região. As principais planícies dessas ilhas encontram-se, em geral, na zona costeira.O subcontinente sul-americano apresenta três grandes zonas estruturais. A parte oriental é constituída por planícies e montanhas muito erodidas: o planalto das Guianas, o planalto brasileiro e a Patagônia. A cordilheira dos Andes, a oeste, estende-se ao longo de todo o subcontinente em vários setores e com diversas ramificações. As cadeias andinas flanqueiam numerosos vales e extensos planaltos interiores, como o altiplano, situado a mais de 3.500m de altura, e a puna de Atacama. Entre os elevados cumes andinos, muitos deles de origem vulcânica, destacam-se o Aconcágua (6.959m), o Ojos del Salado (6.893m), o Huascarán (6.768m), o Llullaillaco (6.723m), o Tupungato (6.650m), o Sajama (6.520m), o Illimani (6.462m), o Coropuna (6.425m) e o Chimborazo (6.267m). Por último, cabe assinalar a presença de grandes extensões planas situadas entre os maciços orientais e as cordilheiras ocidentais. Essas terras baixas, constituídas por sedimentos terciários e quaternários, formam as bacias dos grandes rios sul-americanos: as planícies do Orinoco, a Amazônia e as planícies do Chaco, dos Pampas e da Patagônia.ClimaA extensão em latitude, as diferentes altitudes e a influência dos ventos e das correntes oceânicas determinam uma grande diversidade climática no continente americano. A partir da linha do equador, os diversos climas se sucedem de forma simétrica em ambos os hemisférios, com importantes variações locais devidas à disposição específica de cada unidade territorial.O clima equatorial, que apresenta temperaturas altas e constantes e um regime pluviométrico abundante e regular, caracteriza a ampla faixa constituída pela Amazônia e também pelas franjas do litoral sudeste brasileiro, a região oeste da Colômbia, o leste da América Central e as ilhas do Caribe, áreas que recebem a umidade trazida pelos ventos alísios. Nas regiões de planaltos e montanhas situadas ao norte e ao sul da bacia amazônica, nas costas orientais da América Central e nas ilhas do Caribe, aproximadamente entre os 5o e os 25o de latitude N e S, estende-se uma zona de clima tropical quente, com estação úmida no verão e seca no inverno devido à influência dos ventos alísios.As zonas desérticas do Continente Americano, muito secas e com grandes diferenças diárias de temperatura, localizam-se basicamente nas planícies costeiras e interiores da vertente do Pacífico; na cordilheira das Cascatas, nas montanhas Rochosas (América do Norte), no litoral norte do Chile e a noroeste e sudeste da Argentina os desertos são frios, enquanto os do planalto mexicano (Sonora, norte de Chihuahua, Coahuila), da península da Califórnia e do litoral peruano são de tipo tropical e subtropical, quentes e secos. Nas áreas de transição entre os desertos e as zonas de clima temperado e mediterrâneo, localizam-se grandes estepes, principalmente nas franjas ocidentais da América do Norte e da Argentina, que apresentam marcantes características de clima continental (aridez e forte oscilação térmica entre o dia e a noite). A região central da planície litorânea chilena, as zonas montanhosas do leste brasileiro e a costa setentrional da Venezuela e da Colômbia também apresentam condições climáticas semelhantes.O clima subtropical temperado, com inverno seco e verão chuvoso, ocorre em duas extensas zonas de ambos os hemisférios: no norte, na baixa bacia do Mississippi e a sudeste dos Estados Unidos, e ao sul, nas partes central e oriental da Argentina, no Paraguai, no Uruguai e no sul do Brasil. Nas costas do Pacífico situadas em torno dos 35o de latitude N e S, predominam os climas mediterrâneos da Califórnia e do centro do Chile, que se transformam em climas oceânicos temperados-frios nos litorais do noroeste dos Estados Unidos e do oeste do Canadá, no sul do Chile e na Terra do Fogo.O noroeste dos Estados Unidos e a maior parte do Canadá e do Alasca têm clima de tipo continental, mais frio, e com temperaturas muito baixas nas zonas setentrionais. A franja setentrional da América do Norte e toda a ilha da Groenlândia apresentam clima polar, muito frio e seco.Além dessa divisão geral em grandes domínios climáticos, cabe assinalar a existência de importantes variações locais determinadas pela altitude. Assim, na cordilheira dos Andes registram-se climas temperados em zonas próximas ao equador, climas áridos e de estepe nos planaltos e climas de montanha nas zonas mais altas. A cadeia das Rochosas e as cordilheiras mexicanas e centro-americanas também apresentam climas de montanha, mais frios que os das baixadas contíguas.HidrografiaO continente americano possui grandes bacias fluviais e extensos e numerosos depósitos lacustres. A disposição de suas cordilheiras, situadas principalmente na borda ocidental, determina um maior desenvolvimento das bacias para a vertente do Atlântico, enquanto que, na do Pacífico, os rios são em geral curtos, rápidos e mais irregulares.Os rios que desembocam no oceano Glacial Ártico são caudalosos, mas congelam-se durante o inverno, o que limita as possibilidades de navegação; entre eles destacam-se o Yukon e o Mackenzie, este último alimentado por vários lagos e, em menor escala, o Back e uma série de rios pequenos que desembocam na baía de Hudson: o Chesterfield, o Churchill, o Nelson, o Hayes, o Severn e o Albany.A vertente do Atlântico recolhe as águas procedentes das altas cordilheiras ocidentais (montanhas Rochosas, Andes), formando rios e lagos caudalosos. Na região dos grandes lagos norte-americanos nascem o São Lourenço, com grande capacidade hidrelétrica e de transporte, e o Hudson. O Mississippi, com 3.779km de extensão, recebe as águas da vertente oriental das Rochosas (Missouri, Platte, Arkansas, Canadian, Vermelho) e da vertente ocidental dos Apalaches (Ohio, Tennessee), o que configura um leito navegável de várias centenas de quilômetros. O rio Bravo, ou Grande do Norte, formado pela confluência dos rios Conchos e Pecos, constitui a fronteira natural entre os Estados Unidos e o México. Nesse último país e na América Central os rios são mais curtos. Destacam-se o Pánuco, o Papaloapan e o Usumacinta, no México; o Motágua, na Guatemala; o Patuca, em Honduras; o Coco, na fronteira entre Honduras e Nicarágua e o Grande, na Nicarágua.A vertente oriental da América do Sul beneficia-se da altitude dos Andes e do regime pluviométrico equatorial e tropical que domina a maior parte do território. O Magdalena (Colômbia) e o Orinoco (Venezuela) são os principais rios do norte desse subcontinente. Um pouco mais ao sul da linha do equador corre o Amazonas, maior rio do mundo em volume d,água e que apresenta também a maior bacia hidrográfica do planeta. Os rios Negro, Putumayo, Marañón, Purus, Madeira, Tapajós e Xingu são seus principais afluentes.O Parnaíba e o São Francisco constituem os principais rios do planalto Brasileiro, juntamente com o Tocantins (que desemboca no grande delta do Amazonas) e o Paraná, Paraguai e Uruguai, que formam o amplo e profundo estuário do rio da Prata. O leito do Paraná-Paraguai é navegável até Corrientes, onde os dois rios se unem. A cordilheira da Patagônia dá origem ao Colorado, ao Negro e ao Chubut.Ao contrário do que ocorre na vertente atlântica, na costa do Pacífico poucos rios alcançam um caudal ou uma extensão dignos de nota. Os mais importantes encontram-se na América do Norte: o Fraser, no Canadá; o Columbia e seu afluente, o Snake, e o Colorado, que percorre o Grande Canyon, nos Estados Unidos.Os depósitos lacustres são muito numerosos na América do Norte. No Canadá encontram-se os lagos glaciais do Urso, dos Escravos, o Athabasca, o Wollaston, o Reindeer, o Southern Indian, o Winnipeg e o Manitoba. Na fronteira entre o Canadá e os Estados Unidos situam-se os cinco grandes lagos, denominados Superior, Michigan, Huron, Erie e Ontario; em Utah (oeste dos Estados Unidos) encontra-se o Grande Lago Salgado. No México destaca-se o lago de Chapala e na América Central os de Nicarágua e Manágua, ambos na Nicarágua, e o de Gatún, no Panamá, atravessado pelo canal que liga o Atlântico ao Pacífico. No planalto andino encontram-se os lagos mais altos do mundo, o Titicaca (3.810m de altitude) e o Poopó (3.686m). Finalmente, o lago Mar Chiquita, na Argentina, e a lagoa dos Patos, no sul do Brasil, constituem as principais bacias interiores do cone sul do continente americano.Flora e faunaO isolamento da América em relação ao resto do mundo, durante milênios, determinou o desenvolvimento de numerosas espécies vegetais e animais autóctones, assim como a ausência de outras, que foram introduzidas após a colonização européia (o cavalo, o porco e o boi, entre outros).Na parte setentrional encontram-se a tundra, região de clima frio caracterizada por apresentar uma vegetação de bétulas e salgueiros anões, musgos e líquens e uma fauna de renas, raposas azuis, ursos polares e focas. A taiga, que se estende pela maior parte do Canadá, é composta principalmente por bosques de coníferas (pinheiros, ciprestes, abetos, cedros e lariços) e habitada sobretudo por mamíferos de grande porte, como o cervo, o urso cinzento e o alce.As zonas temperadas do leste norte-americano caracterizam-se pela presença de bosques de árvores caducifólias e coníferas, cuja densidade cresce nos setores leste e sudeste. A planície central do subcontinente é ocupada em sua maior parte por pradarias, com vegetação herbácea de gramíneas de baixa altura e habitada por uma fauna típica de bisões, cervos, pumas e roedores. No setor árido, a oeste, predomina a vegetação de cactos e de arbustos de deserto e de estepe, com diversas espécies de roedores, répteis e caçadores, como o coiote e a raposa.Nas zonas tropicais da América Central, das Antilhas, da América do Sul e, sobretudo, da bacia amazônica, estende-se a maior região de selva virgem do planeta, com uma vegetação exuberante de floresta tropical úmida. A fauna dessas regiões caracteriza-se pela menor abundância de mamíferos (onça, puma, anta) e pelo predomínio das aves (tucanos, papagaios), répteis e insetos.As planícies e os planaltos da Venezuela e do Brasil são o domínio das savanas de gramíneas e bulbosas, que se tornam mais áridas na caatinga brasileira (na ponta oriental do subcontinente) e nos litorais venezuelano e colombiano (plantas espinhosas, cactos e acácias). No Sul do Brasil, no Uruguai e no leste da Argentina estendem-se os pampas, região de vegetação estépica úmida que diminui progressivamente na direção oeste, até ser substituída pela vegetação desértica.A cordilheira dos Andes tem três tipos básicos de formação vegetal: o bosque úmido e denso da região equatorial, as punas e páramos dos planaltos centrais, onde vivem o lhama, a vicunha, a alpaca e o condor, e os bosques úmidos do centro e sul do Chile, com espécies de folhas perenes e caducifólias (araucária, faia, cedro). Nas zonas desérticas, como Atacama, e nos altos cumes das cordilheiras, cobertos por neves perpétuas, as formas de vida vegetal e animal são quase inexistentes. População do Continente Americano As principais características da estrutura demográfica do continente americano são a baixa densidade média de população e a forma desigual como se distribui. Durante o século XX, os habitantes do continente concentraram-se de modo crescente nas cidades, tanto na América do Norte quanto na Central e na do Sul, o que deixou grandes espaços interiores com escassa ou nenhuma população.A exemplo de outros aspectos históricos e humanos, a América do Norte e a Latina apresentam modelos demográficos muito diferenciados. Nos Estados Unidos e no Canadá o crescimento da população reduziu-se muito nas últimas décadas do século XX, em conseqüência da elevação do nível de vida e das restrições à imigração decretadas após a segunda guerra mundial. A população concentra-se principalmente nas cidades da costa oeste (Seattle, Vancouver, San Francisco, Los Angeles, San Diego), na região dos grandes lagos (Milwaukee, Chicago, Detroit, Cleveland, Buffalo, Toronto), nas extensas bacias do Mississippi e do Missouri (Minneapolis, Memphis, Kansas City, Saint Louis, Indianápolis) e, sobretudo, no litoral nordeste dos Estados Unidos, onde se encontra um conjunto urbano de aproximadamente mil quilômetros entre Boston e Richmond, com grandes cidades como Nova York, Filadélfia, Baltimore e Washington. As regiões frias do Canadá e do Alasca, as montanhas Rochosas e a grande planície dos Estados Unidos são as zonas menos povoadas do subcontinente; as cidades do sul e do sudeste (Houston, Nova Orleans, Atlanta, Miami) têm recebido grande número de imigrantes internos, a exemplo do que ocorre na costa da Califórnia.Na América Latina ocorrem taxas de crescimento vegetativo muito elevadas em virtude da conjugação de índices de natalidade muito altos com índices de mortalidade relativamente baixos, próximos aos dos países desenvolvidos. As densidades demográficas são, em geral, baixas devido à existência de grandes territórios quase desabitados (selvas virgens, montanhas, desertos e estepes áridas); além disso, a população tende a abandonar o campo e a se concentrar nas grandes capitais e nos centros urbanos regionais que, em muitos casos, abrigam a maior parte dos habitantes dos respectivos países. Tal fenômeno de "macrocefalia" ocorre principalmente no planalto mexicano (Cidade do México, Puebla, Guadalajara, Monterrey), na América Central (Guatemala, San Salvador, Tegucigalpa, Manágua, São José da Costa Rica, Cidade do Panamá), na região costeira da Venezuela (Caracas, Maracaibo), em vários conglomerados urbanos do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Recife, Porto Alegre) e no estuário do rio da Prata (Montevidéu e Buenos Aires).Outros núcleos urbanos importantes são Tampico e Veracruz, no golfo do México; Havana, em Cuba; Medellín, Bogotá, Quito e Guayaquil, na zona andina da Colômbia e do Equador; Callao e Lima, no Peru; La Paz, Sucre e Potosí, no planalto boliviano; Santiago, no Chile; e algumas outras cidades situadas no interior da América do Sul, como Manaus e Brasília, no Brasil, e Córdoba, Santa Fé e Rosário, na Argentina.A expansão acelerada da população urbana na América Latina, devido tanto ao crescimento natural das cidades quanto ao êxodo rural, tem causado graves problemas -- como o desemprego, o déficit habitacional, as deficiências alimentares e a carência de serviços sociais -- em muitos desses centros. A Cidade do México, o Rio de Janeiro e Buenos Aires são exemplos de um tipo de crescimento urbano desordenado que não conseguiu estabelecer uma relação econômica adequada com os territórios circundantes.EtnografiaDo ponto de vista etnográfico, a população americana é composta por três grandes grupos humanos: os ameríndios, divididos em várias sub-raças; os brancos, originários de diferentes pontos da Europa; e os negros, descendentes dos escravos procedentes da África.Os índios americanos constituem hoje uma minoria no conjunto do continente, embora hajam sobrevivido em estado puro ou com diversos graus de mestiçagem no Canadá, nas reservas dos Estados Unidos e em quase toda a América Latina.Cerca da metade da população canadense é de origem inglesa e aproximadamente trinta por cento de origem francesa; o restante é constituído por descendentes de imigrantes europeus de outras nacionalidades e por uma reduzida porcentagem de indígenas e esquimós. A maioria dos habitantes dos Estados Unidos são brancos, sobretudo de origem anglo-saxônica; os negros constituem cerca de 12,5% da população, que inclui ainda importantes minorias de hispânicos (principalmente latino-americanos), asiáticos e judeus.Índios e brancos coexistem no território mexicano, embora a maior parte da população seja composta por mestiços, com variáveis níveis de cruzamento entre as raças. A América Central é habitada por brancos, negros, índios e mestiços, à exceção da Costa Rica, povoada quase que exclusivamente por brancos. Nas Antilhas a população indígena desapareceu nos primeiros séculos da colonização; isso fez com que a maior parte da população atual seja composta por brancos, negros e mulatos.Apesar da mortandade maciça de índios, em conseqüência das epidemias trazidas do Velho Mundo e dos trabalhos forçados impostos pelos colonizadores, a população indígena e mestiça da América do Sul continua sendo majoritária na Colômbia (chibchas), no Equador, no Peru, na Bolívia (quêchuas e aimarás) e no Paraguai (guaranis), além de manter importantes redutos na Venezuela, nas Guianas, no Chile e na Terra do Fogo. A população negra e mulata é importante no Brasil e predomina nas Guianas, enquanto os brancos são maioria no Chile, na Argentina, no Uruguai e, em menor proporção, no Brasil.O Continente Americano se divide em duas grandes áreas lingüísticas: a América anglo-saxônica, constituída pelos Estados Unidos e pela maior parte do Canadá, e a América Latina (espanhola e portuguesa), que abrange desde o México até o extremo meridional da América do Sul. O espanhol é falado em vários pontos dos Estados Unidos (população de origem hispânica), no México, na América Central, nas principais ilhas do Caribe (Cuba, República Dominicana e Porto Rico) e em toda a América do Sul, à exceção das Guianas (que utilizam o inglês, o francês e o holandês) e do Brasil, onde se fala o português. O inglês é a língua oficial dos Estados Unidos e do Canadá, de alguns países da América Central e das Antilhas (Belize, Jamaica e diversas ilhas menores) e da Guiana. Além desses grandes grupos lingüísticos, cabe assinalar a presença de outros idiomas de menor uso: o francês, no leste do Canadá (Quebec e Nova Brunswick), no Haiti, nas Antilhas francesas e na Guiana Francesa; o holandês, no Suriname, e diversas línguas ameríndias no Canadá (esquimó e atapasco), Estados Unidos (sioux, atapasco etc.), México (náuatle e maia, principalmente), Colômbia (chibcha), Andes setentrionais e centrais (quíchua e aimará), Amazônia (aruaque, tupi-guarani), Paraguai (guarani) e sul do Chile (mapuche).ReligiãoPredomina no Continente Americano o cristianismo. A Igreja Católica está amplamente difundida em todo o continente, sendo a religião majoritária na América Latina; as diversas confissões protestantes dominam nas áreas de cultura anglo-saxônica, se bem que mescladas com numerosos grupos católicos. Além do cristianismo, nas zonas de forte população indígena e negra persistem os cultos ancestrais, indígenas ou trazidos da África, misturados em parte com elementos da tradição cristã e que dão lugar ocasionalmente a ritos sincréticos de manifestações singulares, como o vodu e o candomblé.

Economia do Continente Americano A América é um continente muito rico, embora grande parte de seus recursos ainda permaneçam inexplorados. Tal riqueza, no entanto, encontra-se repartida de maneira bastante desigual, tanto no interior de cada país, quanto no conjunto do continente. Os Estados Unidos e o Canadá, por exemplo, apresentam uma economia avançada e muito industrializada, enquanto grande parte da América Latina permanece em situação de subdesenvolvimento e dependência comercial e financeira. Os Estados Unidos, com enormes recursos minerais e energéticos, agricultura especializada, apurada tecnologia e avançada indústria, controlam os mercados mundiais de importantes produtos agrícolas, minerais e industrializados. Da mesma forma, o "colosso do norte" exerce tutela econômica sobre muitos países latino-americanos cujo comércio exterior baseia-se na troca de matérias-primas (agrícolas e minerais) por produtos industrializados.A atividade agropecuária apresenta níveis de desenvolvimento semelhantes no Canadá e nos Estados Unidos, embora a produção seja muito maior neste último país, devido tanto ao clima temperado que domina a maior parte de seu território quanto à qualidade dos solos, ricos em matéria orgânica, e ao caráter industrial das plantações, extensas e muito mecanizadas. Destacam-se, sobretudo, as grandes plantações de trigo (que proporcionam colheitas de primavera e de inverno), milho, algodão e, em menor escala, aveia, cevada, arroz, leguminosas, linho, soja, tabaco, hortaliças, frutas etc. Os rebanhos de ovinos e suínos alcançam grande rendimento nas fazendas americanas e canadenses, embora os maiores índices de produtividade pertençam ao gado bovino, criado de forma industrial no sudeste do Canadá e nas regiões centro, noroeste e sudeste dos Estados Unidos. A silvicultura e a pesca também constituem importantes fontes de matérias-primas para a indústria e para as exportações de ambos os países.Já na América Latina, as profundas distorções existentes na estrutura da propriedade agrária e as técnicas agrícolas antiquadas constituem sério entrave ao desenvolvimento e à diversificação da atividade agropecuária, o que obriga quase todos os países a importar grande quantidade de produtos alimentícios. O México, que exporta algodão e sisal, produz grandes safras de trigo, milho e outros cereais. Na América Central e nas ilhas do Caribe há grandes plantações de café, banana, cana-de-açúcar, cacau, tabaco, linho, soja, algodão e milho. As lavouras de produtos tropicais e de cereais também se estendem por vastas regiões do Brasil, Colômbia e Venezuela, enquanto a pecuária, principalmente bovina, ovina e eqüina, atingiu grande desenvolvimento nos campos do Brasil, Argentina, Venezuela, Colômbia, Chile e Uruguai. As colheitas de cereais do sul do Brasil e da Argentina encontram-se entre as mais importantes do mundo.O continente americano é excepcionalmente rico em fontes de energia e recursos minerais. O enorme potencial hidrelétrico de seus rios é explorado de modo crescente na América do Norte e com menor intensidade na América do Sul, onde Brasil, Colômbia, Bolívia, Argentina, Paraguai e Chile começaram a aproveitar os importantes rios da região andina e das bacias da vertente atlântica. A América produz grande parte do petróleo mundial, principalmente nas reservas dos Estados Unidos e, em menor quantidade, no México, Venezuela, Colômbia, Argentina, Brasil, Peru e Equador. O gás natural, muito abundante, localiza-se sobretudo no Canadá, Estados Unidos, México, Venezuela, Peru e Argentina. Além disso, há grandes jazidas de carvão mineral, principalmente hulha, nos Estados Unidos, e reservas secundárias no Canadá, México, Colômbia, Chile, Brasil e Argentina.Os principais recursos minerais do continente são zinco, extraído em numerosos centros produtores no Canadá, cobre, chumbo, ferro e estanho; os principais produtores são Estados Unidos, Canadá, México, Peru, Bolívia e Argentina. O México destaca-se por suas reservas de prata, o Brasil e o Peru por sua produção de ferro, o Chile pelo cobre e a Bolívia pelo estanho.A abundância de matérias-primas e de recursos minerais e energéticos, aliada à demanda de um amplo mercado interno contribuíram para o intenso desenvolvimento industrial dos Estados Unidos. Todos os setores produtivos acham-se representados no país, com destaque para ferro, aço e as indústrias mecânica, química, eletrônica, têxtil, naval e de papel. As grandes empresas americanas, cujos centros fabris concentram-se principalmente no nordeste do país -- por isso mesmo a região mais industrializada e urbanizada do planeta -- estendem sua influência por todo o mundo ocidental, tanto pelo investimento de capitais, quanto pelo controle de mercados em âmbito internacional.O Canadá ocupa o segundo lugar em desenvolvimento industrial no continente, com uma produção igualmente diversificada e de tecnologia avançada. Os países latino-americanos tentam competir com seus vizinhos setentrionais através da criação e do fomento de indústrias próprias, apesar de suas graves deficiências estruturais (comunicações precárias, grande dívida externa, escassez de capitais). Nesse grupo destacam-se o México (têxteis, papel, vidro, máquinas), a Venezuela, a Argentina, o Chile e, sobretudo, o Brasil (siderurgia e manufaturas). Nos demais países, onde a industrialização é bastante reduzida, a economia baseia-se fundamentalmente na atividade agropecuária ou na extração mineral. História do Continente Americano A América começou a ser povoada, segundo estimativas, entre 20.000 e 35.000 anos atrás (embora alguns pesquisadores proponham cinqüenta mil anos), quando a diminuição do nível dos oceanos -- provocada pela última glaciação -- possibilitou a comunicação terrestre entre a Ásia e o Novo Mundo através do estreito de Bering. A evolução cultural do homem pré-histórico americano acelerou-se entre 5000 e 4000 a.C., com o início de um processo de revolução neolítica em alguns pontos do México, da América Central e do Peru. Por volta do ano 3000 a.C. já se haviam consolidado as técnicas agrícolas (irrigação, fertilização e cultivos em terraços), enquanto as artes da cerâmica e da confecção de tecidos alcançavam alto grau de perfeição. A crescente complexidade da organização social e econômica propiciou a formação de centros urbanos dotados de poder político centralizado. Desse modo, entre 1500 e 1200 a.C. começaram a suceder-se várias civilizações no vale do México, na América Central e na cordilheira dos Andes.No México desenvolveram-se as culturas olmeca (1150-800 a.C.), de Teotihuacan (400 a.C.-650 da era cristã), tolteca (séculos X a XII) e asteca (séculos XIV a XVI). A civilização maia evoluiu a partir de 500 a.C. no sul do México, Yucatán, Guatemala e El Salvador, com distintas etapas culturais, cujo apogeu situou-se entre o século III a.C. e o início do século X da era cristã. Na região andina floresceram as culturas de Chavín e Paracas (1000-200 a.C.), Nazca e Moche (400-200 a.C.), Tiahuanaco e Huari (600-800 da era cristã), Chimú (séculos XIV e XV) e o império inca (séculos XV e XVI).No resto do continente os diversos povos ameríndios permaneceram em estágios culturais bastante atrasados. As atividades de caça e coleta subsistiram em muitas regiões até o descobrimento; mas algumas formas incipientes de agricultura já haviam começado a desenvolver-se, especialmente nas zonas próximas às grandes civilizações.As civilizações americanas conheceram o calendário, as formas pictográfica e ideográfica de escrita e atingiram alto nível de perfeição nas artes da arquitetura, da escultura e da cerâmica. Não chegaram, porém a desenvolver a metalurgia do ferro nem alcançaram importantes inventos e técnicas como a roda, a roda de oleiro, o arco e a abóbada (na arquitetura) e o vidro.A chegada de Cristóvão Colombo representou o descobrimento de um imenso território até então desconhecido para os habitantes do Velho Mundo. Os espanhóis, "proprietários", juntamente com os portugueses, das terras recém-descobertas, empreenderam a conquista das zonas civilizadas do México e do Peru (Hernán Cortés e Francisco Pizarro, respectivamente), e iniciaram a colonização de toda a América Central, das grandes Antilhas, Venezuela, Colômbia, cordilheira dos Andes e rio da Prata. A introdução do cristianismo e da língua castelhana, e a fusão e assimilação das civilizações indígenas com a cultura hispânica foram a contrapartida dos abusos e da exploração a que foram submetidos os índios americanos. Os portugueses, que chegaram ao Novo Mundo em 1500, com a expedição de Pedro Álvares Cabral, estabeleceram seu domínio colonial nas costas do Brasil, território que lhes cabia pelo Tratado de Tordesilhas.A partir do século XVII, os Países Baixos, a França e a Inglaterra começaram a introduzir-se no Cont, atacando as frotas espanholas carregadas de prata e fundando colônias nos territórios ocupados por espanhóis e portugueses. Os holandeses contentaram-se com a posse de alguns encraves de grande valor econômico e estratégico na Guiana e nas pequenas Antilhas, enquanto França e Inglaterra iniciavam um período de confrontos para obter o controle dos territórios norte-americanos. Finalmente, a superioridade militar e o maior número de colonos determinaram a hegemonia britânica sobre a América do Norte. A colonização, realizada em sua maior parte por calvinistas e protestantes radicais, caracterizou-se pela violência sistemática contra os índios, que foram expulsos de suas terras e exterminados em amplas áreas, à medida que os colonos avançavam para o oeste.Os interesses dos habitantes das 13 colônias norte-americanas entraram em conflito aberto com os da metrópole a partir de 1765, quando o governo britânico impôs um pesado imposto sobre documentos jurídicos, periódicos e transações comerciais. Em 1773 o motim do chá, em Boston, significou o início da guerra, formalmente declarada dois anos depois. Em 4 de julho de 1776 o Congresso de Filadélfia proclamou a Declaração de Independência dos Estados Unidos, inspirada nas idéias liberais de John Locke e Montesquieu; nela se formulavam pela primeira vez os direitos do homem. A guerra terminou em 1783 com o reconhecimento, pelo governo britânico, da independência do novo país; quatro anos depois foi promulgada a constituição americana, que estabelecia a divisão de poderes e assegurava o funcionamento de um sistema político baseado na participação dos cidadãos.Nos vice-reinos espanhóis, a elite dirigente era constituída por peninsulares, isto é, pessoas nascidas na Espanha. Os crioulos (descendentes dos conquistadores e dos primeiros colonizadores), imbuídos de idéias liberais, sentiram-se insatisfeitos com o caráter limitado das reformas levadas a efeito por Carlos III nas colônias espanholas e vislumbraram na independência americana e, pouco depois, na revolução francesa, um exemplo a ser imitado nos vice-reinos. A invasão francesa da península ibérica precipitou os acontecimentos. As juntas dos vice-reinos, criadas para administrar o território americano até a restauração da coroa espanhola, converteram-se em focos revolucionários e independentistas. A guerra civil entre "patriotas" (independentistas) e "legalistas" (partidários da unidade com a Espanha) recrudesceu após a volta de Fernando VII ao trono, mas finalmente os patriotas, comandados por generais como Simón Bolívar e José de San Martín, conseguiram alcançar o objetivo de separar-se da Espanha, embora não o de manter a unidade da América hispânica.O Brasil também obteve a independência em 1822, mas, ao contrário dos demais países americanos, a forma de governo adotada foi a monarquia, que se manteve até 1889.Ao longo do século XIX os Estados Unidos lançaram-se à conquista do oeste, incorporando novos estados, tanto pela compra ou cessão (territórios franceses e espanhóis do centro e do sudeste da América do Norte), quanto pela conquista (Texas, Novo México e Califórnia), ou pela ocupação efetiva (o far west, ou oeste distante). O regime político americano, resultado da contemporização entre os grandes comerciantes protecionistas do norte e os latifundiários livre-cambistas do sul, passou por um período de crise entre 1861 e 1865, quando os estados do sul, descontentes com a política antiescravista do presidente Abraham Lincoln, tentaram separar-se da união. Após a derrota dos sulistas, os Estados Unidos experimentaram intenso desenvolvimento industrial.Depois da primeira guerra mundial, em que a intervenção americana teve papel decisivo, os Estados Unidos converteram-se na maior potência econômica do mundo. O fim da segunda guerra mundial marcou o início de um novo período nas relações internacionais, o da chamada "guerra fria". Marcado pela rivalidade com o bloco socialista e pela influência política e econômica dos Estados Unidos na maior parte do mundo ocidental e dos países em desenvolvimento, essa situação perdurou até a desintegração do bloco socialista e o fim da União Soviética, no início da década de 1990.Ao contrário do que sucedeu nos Estados Unidos, a evolução histórica da América Latina durante os séculos XIX e XX caracterizou-se pela fragmentação e rivalidade entre os diversos países, por uma escassa evolução e pela instabilidade política, consubstanciada numa sucessão de golpes de estado, ditaduras e revoluções.Após uma primeira fase de domínio comercial e financeiro, os Estados Unidos procuraram impor maior presença no Continente Americano (a política do big stick, entre 1895 e 1918), que posteriormente se ampliaria com o controle dos organismos de cooperação pan-americana (Organização dos Estados Americanos, Organização dos Estados Centro-Americanos, Aliança para o Progresso etc.). Na segunda metade do século XX, entretanto, registrou-se um crescente esforço das nações latino-americanas para assumir atitudes de independência ante os Estados Unidos.Por: Adriano Carlos Yared Lima

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América do SulSubcontinente americano cuja extensão é de 17.819.100 km2, abrangendo 12% da superfície terrestre. Une-se a América Central, ao norte, pelo istmo do Panamá. Tem uma extensão de 7.400 km desde o mar do Caribe até o cabo Horn.

Em 1990, a América do Sul tinha aproximadamente 304 milhões de habitantes. Ela é composta pelos seguintes países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (departamento sob a jurisdição da França).Existem ilhas no oceano Pacífico que se localizam a grande distância do continente, como o arquipélago de Juan Fernández e a ilha de Páscoa, que pertencem ao Chile; e o arquipélago de Galápagos, pertencente ao Equador. Perto da costa atlântica está o arquipélago de Fernando de Noronha, que pertence ao Brasil, e muito mais ao sul as ilhas Malvinas, também conhecidas como Falkland, sob domínio britânico e que são reclamadas pela Argentina. A linha costeira da América do Sul é bastante regular exceto no extremo sul, onde se fragmenta em inúmeros fiordos e ilhas.ENTORNO NATURALA América do Sul tem sete grandes áreas geográficas: quatro regiões altas, que se estendem da costa até o interior, e entre elas, três regiões baixas. A faixa ocidental está marcada pelos Andes, a segunda em altitude das cadeias montanhosas do mundo. Grande parte da costa norte e oriental está margeada pelos extensos maciços das Guianas, o maciço brasileiro e os planaltos da Patagônia.A região mais extensa de terras baixas encontra-se na enorme bacia amazônica, na zona equatorial do continente, que é banhada pelo rio Amazonas. No norte, uma porção menor de terras baixas é drenada pelo rio Orinoco; ao sul localiza-se a bacia Paraguai-Paraná. O ponto mais baixo da América do Sul, 4 m abaixo do nível do mar, está no Pantanal Mato-grossense e o ponto mais alto é o Aconcágua.Os Andes se estendem desde a Venezuela, ao norte, até o Chile e a Argentina, no sul; na parte central, o sistema se abre em duas ou três cordilheiras ou cadeias paralelas. Na parte ocidental da Bolívia encontram-se os característicos planaltos de grande altura, ou punas. No noroeste das Guianas e no centro do Brasil, os maciços também apresentam extensos planaltos, de menor altura.No relevo do Brasil se destacam as montanhas que se encontram ao longo da costa (ver Serra Geral; Serra do Mar). Ao sul do continente, localiza-se o planalto da Patagônia. No extremo norte do continente se encontra a bacia do Orinoco, que compreende as vastas planícies dos Llanos. Ao sul da bacia amazônica encontra-se outra região de vales e planícies, formada pelo Grande Chaco e, mais ao sul, os Pampas que caracterizam grande parte da Argentina, o Uruguai e metade do Rio Grande do Sul, no Brasil. Grande parte das águas da América do Sul desemboca no oceano Atlântico através de três cursos fluviais: o Orinoco, o Amazonas e os rios Paraguai-Paraná. O rio Magdalena desemboca no mar do Caribe.Cerca de vinte rios andinos de menor extensão, que correm para o Pacífico como o Guayas, o Santa e o Bio-Bio, permitiram manter a atividade agrícola durante séculos nas regiões andinas. Os rios dos Andes, os das Guianas e os do maciço brasileiro possuem um considerável potencial hidrelétrico. O subcontinente tem também importantes lagos, dos quais os principais são o Titicaca e o Nahuel Huapí. Predominam regimes climáticos relativamente temperados. A América do Sul é atravessada pela linha equatorial e possui uma grande faixa tropical úmida, que muda gradativamente no norte e no sul, diminuindo a duração das chuvas.Essas zonas têm verões úmidos e invernos sem chuvas, com prolongadas secas. As regiões chuvosas e de clima úmido tropical, estendem-se ao longo da costa da Colômbia e do Equador sobre o Pacífico, com uma drástica transição no Peru e no norte do Chile, cujas costas são áridas. As áreas de clima temperado, ao sul do trópico de Capricórnio, apresentam grandes diferenças entre os litorais leste e oeste; o sul do Chile recebe intensas precipitações por causa das tormentas ciclônicas que vêm do Pacífico, que vão se reduzindo à medida que diminuem as latitudes, trazendo como resultado uma região de clima mediterrâneo.Essa região serve de transição para os desertos que se estendem ao longo da costa, como o de Atacama, um dos lugares mais áridos do mundo. No litoral atlântico não existem esses contrastes, e a transição entre a fria Patagônia e o Brasil tropical é gradual. Na parte ocidental da América do Sul, os Andes constituem a única região de clima frio do continente, além do extremo sul.Os tipos de vegetação estão estreitamente relacionados com as regiões climáticas. A área de clima tropical e úmido está coberta por florestas com uma densa vegetação; se estende desde a costa brasileira até o sopé dos Andes orientais, abrigando todo tipo de árvores de madeiras duras, samambaias arborescentes, bambus, uma grande variedade de palmeiras e cipós.No sul do Brasil as florestas se abrem para dar passagem às pradarias. Os Pampas, a leste da região central da Argentina, constituem as maiores extensões de pastagens da América do Sul. No centro, a transição é feita com o cerrado, enquanto ao norte da floresta amazônica os lavrados de Roraima continuam nos Llanos ou savanas venezuelanos. A América do Sul, a América Central, as terras baixas do México e as Antilhas podem ser consideradas como uma só região zoogeográfica, que se conhece como região neo-tropical.Encontram-se ali famílias de mamíferos que não existem em nenhuma outra região do mundo, como por exemplo as lhamas. Outros animais característicos do continente são: a vicunha, a alpaca, a onça ou jaguar, o caititu ou pecari, o tamanduá e o quati. A variedade de pássaros é ainda maior por causa do isolamento e singularidade. São conhecidas aproximadamente 23 famílias e 600 espécies de pássaros exclusivamente neo-tropicais, como os colibris ou beija-flores. A América do Sul tem diversos recursos minerais que ainda não foram explorados totalmente, embora alguns já fossem conhecidos pelas civilizações pré-colombianas.As jazidas estão distribuídas por todo o subcontinente, mas algumas zonas são particularmente famosas por suas riquezas, como as jazidas de ouro e cobre dos Andes. Na cordilheira central do Peru e na do sul da Bolívia é importante a produção de prata e mercúrio. O leste da região central do Brasil é especialmente rico em ouro e diamantes. Mesmo que a América do Sul continue sendo o maior produtor de chumbo, zinco, manganês e estanho, as grandes reservas de mineral de ferro de alto teor e as de bauxita são mais importantes para o emergente poder industrial do continente. No entanto, não dispõe de grandes reservas de carvão, que se encontram dispersas em pequenas jazidas nos Andes e no sul do Brasil. O petróleo, ao contrário, está muito bem distribuído. A maioria das reservas do combustível e de gás natural pode ser encontrada nas bacias estruturais que se encontram ao longo do sopé dos Andes, desde a Venezuela até a Terra do Fogo, e na plataforma continental atlântica, do Brasil às Malvinas.POPULAÇÃOO subcontinente tem mais de 300 milhões de habitantes. Com 12% da superfície terrestre, tem menos de 6% da população do mundo. No entanto, essa população tem aumentado gradativamente, registrando-se um alto índice de crescimento na população urbana. Desde 1930 a concentração demográfica dá-se na periferia das cidades, enquanto as regiões do interior vão ficando despovoadas.Embora existam distintas heranças étnicas, os principais elementos são constituídos pelos indígenas, os descendentes dos espanhóis, dos portugueses e dos negros africanos. O que mais caracteriza a América do Sul são os mestiços (mistura de população hispana e portuguesa com a ascendência indígena), sendo menos numerosos os mulatos (descendentes de hispanos e portugueses com população negra). A população dobrou entre 1960 e 1990. Quase a metade da população do continente mora no Brasil. O espanhol é a língua oficial de nove dos treze países do continente. No Brasil o português é o idioma oficial; na Guiana, o inglês; no Suriname, o holandês; e na Guiana Francesa, o francês.Os três idiomas indígenas principais são o quíchua, o aimará e o guarani, que são falados por um grande número de pessoas. Além disso, existem inúmeras línguas e dialetos próprios da Amazônia e no extremo sul do Chile e a Argentina. Quase 90% da população da América do Sul pratica a religião católica. Dos 11 milhões de protestantes, a maioria se encontra no Chile e no Brasil.ECONOMIAA América do Sul experimentou, a partir de 1930, um notável crescimento e diversificação na maioria dos setores econômicos. Grande parte dos produtos agrícolas e pecuários é destinada ao consumo local e ao mercado interno. No entanto, a exportação de produtos agrícolas é fundamental para o equilíbrio da balança comercial da maioria dos países. Os principais cultivos agrários são justamente os de exportação, como a soja e o trigo. A produção de alimentos básicos como as hortaliças, o milho ou o feijão é grande, mas voltada para o consumo interno. A criação de gado destinada à exportação de carne é importante na Argentina, no Paraguai, no Uruguai e na Colômbia.Nas regiões tropicais os cultivos mais importantes são o café, o cacau e as bananas, principalmente no Brasil, na Colômbia e no Equador. Por tradição, os países produtores de açúcar para a exportação são: Peru, Guiana e Suriname, sendo que no Brasil, a cana-de-açúcar também é utilizada para a fabricação de álcool combustível. Na costa do Peru, noroeste e sul do Brasil cultiva-se o algodão. Cinqüenta por cento da superfície sul-americana está coberta por florestas, mas as indústrias madeireiras são pequenas e direcionadas para os mercados internos. Nos últimos anos, no entanto, empresas transnacionais vêm se instalando na Amazônia para explorar madeiras nobres destinadas à exportação.As águas costeiras do Pacífico da América do Sul, são as mais importantes para a pesca comercial. A captura de anchova chega a milhares de toneladas, e também é abundante o atum, do qual o Peru é um grande exportador. A captura de crustáceos é notável, particularmente no nordeste do Brasil e no Chile. A industrialização e o processamento de alimentos é uma das atividades mais importantes do setor secundário. Outras indústrias se localizam nas proximidades das grandes cidades, como as refinarias de petróleo, as siderúrgicas de ferro e aço, cimento, manufaturas e fábricas de bens de consumo tais como tecidos, bebidas, carros, eletrodomésticos, equipamentos mecânicos e elétricos e plásticos.O comércio intercontinental da América do Sul se realiza prioritariamente com os Estados Unidos, a Europa Ocidental e o Japão. O petróleo e seus derivados constituíram um componente importante desse comércio internacional, mas nos últimos anos se desenvolveu a tendência ao auto-abastecimento, com o Brasil reduzindo suas compras no Oriente Médio e transformando-se no principal comprador desse combustível da Argentina e Venezuela. O comércio dentro do subcontinente foi promovido, a partir de 1960, por instituições regionais de integração, dentre as quais as mais importantes são a Associação Latino-Americana de Integração (ALADI), o Bloco Andino, e em especial o Mercosul, formado inicialmente por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, ao qual aderiram depois o Chile e a Bolívia.HISTÓRIAOs primeiros homens chegaram à América do Sul há pelo menos 13.000 anos, ainda que alguns pesquisadores sustentem que essa chegada se produziu em época tão recuada como 40.000 anos antes da nossa era. Recentes descobertas no Chile, no entanto, comprovam que os primeiros americanos já tinham chegado ao extremo sul do continente em torno de 12.000 anos atrás. São inúmeras as culturas locais desenvolvidas pelos índios, que atingiram a fase das civilizações urbanas em torno do ano 200 d.C.As mais importantes foram a de Tiahuanaco (a mais antiga, desenvolvida às margens do lago Titicaca), a Chibcha (na Colômbia) e a dos Incas, que chegou ao seu máximo esplendor poucos anos antes da chegada dos conquistadores europeus (ver Araucanos; Arqueologia; Peru; Arte e arquitetura pré-colombianas; Tupi-guarani). Depois da descoberta do Brasil, Espanha e Portugal se viram envolvidos na controvérsia relacionada com os direitos sobre as terras do Novo Mundo. A disputa foi resolvida pelo papa Alexandre VI, que deu a Portugal todos os novos territórios ao leste de uma linha, de norte a sul, situada a 300 léguas marítimas a oeste das ilhas de Cabo Verde.À Espanha foram atribuídos os territórios a oeste da divisa. A posição da linha divisória foi modificada depois pelo Tratado de Tordesilhas (1494) e ficou conhecida por esse nome. Em 1519, Fernão de Magalhães explorou o estuário do Prata, descobriu a passagem entre os oceanos Atlântico e Pacífico e morreu num combate nas Filipinas. Seu lugar-tenente, o espanhol Juan Sebastián Elcano, conseguiu voltar a Espanha através da rota da Índia e o litoral da África, tornando-se o primeiro homem a dar a volta ao mundo.Paradoxalmente, a exploração e a conquista sistemática do interior da América do Sul foi iniciada pelos alemães, quando os banqueiros Welser conseguiram que Carlos V lhes desse o direito a explorar as selvas venezuelanas em busca do mitológico Eldorado, como pagamento do dinheiro que tinham emprestado para suas guerras européias. A aventura dos alemães limitou-se a arrasar dezenas de aldeias e a torturar indígenas para que confessassem a localização do lago Guatavita, onde anualmente o rei índio mergulhava coberto de ouro em pó.Como a lenda dizia que se tratava de um ritual secular, os emissários de Welser esperavam encontrar toneladas de ouro no fundo da lagoa. No entanto, dizimados pelas febres tropicais e as flechas dos índios, poucos conseguiram voltar à Europa, sem uma pepita sequer. O primeiro europeu que alcançou o sucesso no subcontinente foi Francisco Pizarro. Estando no Panamá, obteve informações sobre um reino rico em ouro no sul, e não encontrou dificuldades em recrutar uma tropa de aventureiros, depois do retumbante êxito obtido por Cortês no México.Chegou às terras do Tahuantisuyo (Império das Quatro Regiões) quando os meio-irmãos Huáscar e Atahualpa disputavam o trono, o que facilitou a conquista, completada em 1532 com o assassinato do Inca Atahualpa. Depois de derrotar os incas, seu lugar-tenete Diego de Almagro conquistou o Chile, e em 1534 Sebastián de Benalcázar se apossou do reino de Quito. A conquista e colonização da região do Rio da Prata foi iniciada por Pedro de Mendoza em 1535, poucos anos depois dos primeiros estabelecimentos portugueses no Brasil (ver Capitanias hereditárias). Ao longo da primeira metade do século XVI, entusiasmados pela procura de ricas terras, pela aventura ou pelo interesse cristão de divulgar o evangelho entre os indígenas, milhares de imigrantes ibéricos chegaram em massa ao continente americano.Espanha e Portugal, as novas potências, receberam o apoio da Igreja para consolidar seus respectivos impérios coloniais, baseados na utilização do trabalho forçado de índios e de negros africanos (ver Escravidão africana; Escravidão indígena). Em fins do século XVII, os dois países dominavam toda a América do Sul, com exceção das Guianas, invadidas e divididas entre Grã-Bretanha, França e Holanda. As duas metrópoles, que desde o começo tinham estabelecido o monopólio do comércio em suas colônias (ver Pacto colonial), impunham restrições cada vez mais severas à economia colonial, o que agravou as dificuldades e provocou o descontentamento dos habitantes do subcontinente, levando a inúmeros levantes, especialmente no Paraguai, de 1721 a 1735; no Peru, de 1780 a 1782, em Nova Granada em 1781 e no Brasil em 1707, 1711 e 1788.As desigualdades sociais constituíam outro motivo de descontentamento entre a população das colônias.Os nascidos na metrópole, quando eram enviados às colônias, ocupavam os cargos públicos mais altos. Normalmente pertenciam à nobreza, mantendo uma atitude de desprezo para com os outros grupos sociais. Sua máxima aspiração era acumular riquezas nas colônias e depois voltar para a Europa. O grupo social que estava logo abaixo dos peninsulares era o dos brancos nascidos na América, chamados criollos nos países de língua hispânica. Mesmo que tivessem teoricamente as mesmas prerrogativas que os peninsulares, na prática esses direitos lhes eram negados e a maior parte deles era excluída dos cargos civis e eclesiásticos.Após três séculos de exploração econômica e de injustiça social e política, a invasão napoleônica na Espanha e em Portugal criou a oportunidade para a eclosão de um poderoso movimento revolucionário, que foi liderado pelos brancos nativos e era basicamente de caráter liberal. Entre as batalhas de Las Piedras (Uruguai, 1811) e Ayacucho (Peru, 1824), os exércitos espanhóis foram definitivamente derrotados e obrigados a sair da América do Sul, enquanto o Brasil obtinha sua independência (1822) quase sem violência, ao ser proclamada pelo filho do rei de Portugal, que se transformou no imperador Pedro I do Brasil (ver Francisco de Miranda; Simón Bolívar; José de San Martín; José Gervasio Artigas; Bernardo O'Higgins; Antonio José de Sucre). O sonho de Bolívar de construir uma grande federação de estados sul-americanos não conseguiu realizar-se. Poucos anos depois de sua morte a república da Grã Colômbia, que ele criara, se dividiu em três: Venezuela, Colômbia e Equador.Os problemas de fronteiras e a tendência centralizadora das antigas capitais coloniais levaram a vários conflitos armados entre as novas nações, que se somaram às guerras civis entre conservadores e liberais, unitários e federalistas. Ao longo do século XIX, os maiores conflitos foram a Guerra da Independência do Uruguai, a Guerra do Paraguai (1865-70), na qual o Paraguai teve que enfrentar as forças reunidas de Argentina, Brasil e Uruguai (ver Guerra do Paraguai) e a Guerra do Pacífico (1879-83), na qual o Chile lutou contra o Peru e a Bolívia, que perdeu sua saída ao mar. No século XX, o conflito de maior entidade foi a Guerra do Chaco (1932-35), entre o Paraguai e a Bolívia.Apesar da proclamação da Doutrina Monroe em 1823, as intervenções européias na América do Sul foram freqüentes no século XIX, particularmente as protagonizadas pela Inglaterra, que manteve sua posição de potência hegemônicas na região até a I Guerra Mundial. Depois, uma rápida transição deu esse papel aos Estados Unidos. A crise mundial de 1929 repercutiu duramente na América do Sul, onde as ditaduras militares assumiram posturas populistas que derivaram, anos depois, em movimentos políticos ligeiramente inspirados no fascismo, como o liderado por Getúlio Vargas no Brasil (ver Getulismo). A eclosão da II Guerra Mundial e a derrota do nazi-fascismo não significaram, no entanto, o fim desse modelo, que foi retomado mais tarde por Domingo Perón na Argentina, Alfredo Stroessner no Paraguai e Gustavo Rojas Pinilla na Colômbia.Os movimentos guerrilheiros surgidos na década de 60, inspirados na Revolução Cubana, tiveram como principal conseqüência a instalação de regimes militares na maioria dos países da região. Sem intervir diretamente, os Estados Unidos tiveram papel importante nos golpes de estado no Brasil (1964) e no Chile (1973). O fim desses governos ocorreu, na maioria dos casos, na década de 80, quando as sucessivas crises do petróleo e da dívida externa abalaram as economias da região. O retorno à democracia se fez em meio à deterioração das condições de trabalho, moradia, saúde e educação para a maioria da população sul-americana, cada vez mais concentrada em torno das grandes cidades. A partir de 1995, a criação efetiva do Mercado Comum do Sul (Mercosul) se transformou num elemento dinamizador da economia regional, que triplicou em poucos anos o comércio entre os estados membros e levou à adesão do Chile e da Bolívia. Outros países sul-americanos estão estreitando seus laços com o Mercosul, que deverá transformar-se no núcleo da projetada Área de Livre Comércio das Américas (ALCA).

América LatinaVamos percorrer alguns países que tem muitas coisas em comum com o nosso país. São os nossos vizinhos, que juntamente com o Brasil, formam a América Latina.Esse conjunto é assim denominado porque toda essa vasta área de Terra foi colonizada por povos latinos – principalmente portugueses e espanhóis.A América Latina abrange o México (na América do Norte), a América Central e a América do Sul.Os países Latino-americanos estão bastante ligados entre si por laços semelhantes de cultura: Línguas Faladas: Espanhol e Português; Principal Religião: Catolicismo; (cristã) Civilização: De origem européia, que se impôs aos motivos do Novo Continente. Estes países formam uma grande família, que vai desde o México (na América do Norte), passa pela América Central e termina no Extremo Sul da América do Sul.Para facilitar seu estudo, vamos dividi-la em: América Platina: Abrange os países que estão mais ligados à Bacia Platina (rios Panamá, Paraguai e Uruguai). América Andina: Abrange os países que estão ligados à Cordilheira dos Andes. Guianas: Localizadas ao norte da América do Sul. América Central: abrange o trecho do Istmo e as Antilhas. México. Brasil. A formação HistóricaO principal ponto de união entre os países que constituem a América latina é sua formação histórica, ou seja, o tipo de colonização a que foram submetidos, a partir do século XVI, por potências européias da época.A colonização da América Latina foi diferente da Que se deu na América Anglo-saxônica, isto é, nos Estados Unidos e no Canadá. Nestes dois países prevaleceu o que chamamos de colônias de povoamento, ao passo que na América Latina predominaram as colônias de exploração.A função das colônias, portanto, era a de fornecer abaixo do preço produtos minerais ou gêneros agrícolas. Como se tratava de produzir bens primários, isto é, produtos como o açúcar,ouro, prata, diamante, madeira, etc.- a baixíssimos custos o trabalho utilizado era aquele que recebia pouco e trabalhava bastante – Assim, escravizaram o indígena e, especialmente, e negro africano, para serem usados como mão de obra barata.Nas colônias de povoamento, que eram em número bem menor que as de exploração o objetivo era outro. Nesse caso, os colonizadores vinham para as novas terras, não para as novas terras não para se enriquecer e voltar para a metrópole, mas sim para em busca de uma nova pátria, de um novo lugar para moradia permanente.Características GeraisA América Latina estende-se desde o México até a Terra do Fogo, no extremo sul da América. Totaliza aproximadamente 20,5 milhões de Km, ou seja, 13,7 % das Terras emersas do Globo, com uma população de 350 milhões de habitantes.Paisagens Naturais Norte: Serra Madre Ocidental, Planalto Mexicano. Oeste: Cordilheira dos Andes. Leste: Planalto das Guianas e Planalto Brasileiro. Centro: Planície do Orenoco, Planície Amazônica, Planície Platina. HidrografiaBacia do Orenoco, Bacia Amazônica, Bacia Platina.Paisagens Clima-BotânicosA América Latina se situa na zona intertropical, predominaram os climas quentes, salvo no extremo sul (Argentina e Chile) e nas áreas montanhosas (Andes).Destacam-se as principais paisagens vegetais: Floresta Amazônica, Cerrado, Caatinga, Pampa ou Estepes e desertos (México, Atacama, Patagônia).População Latino Americanas Elevado crescimento vegetativo, devido à alta motarlidade. Predomínio de jovens, o que representa pesado encargo para os Estados Unidos. Predomínio de mestiços e população rural. Maiores concentrações demográficas: litoral brasileiro, estuário do Prata, Caracas, Santiago, Litoral do Pacífico de Bogotá a Lima, América Central. Principais vazios demográficos estão no interior da América do Sul, como Amazônia e trechos acidentados dos Andes e Patagônia. Economia Latino Americana A agricultura é a base econômica latino-americana, principalmente da América Central, Equador, Colômbia. A América Latina possui grandes riquezas do subsolo, destacando-se o Brasil, o México, e países Andinos. O desenvolvimento industrial vem se fazendo lentamente e de maneira desigual entre os diversos países. Brasil, México, Argentina,Venezuela, Chile estão na vandaguarda industrial. Os produtos agrícolas e minerais representam, em geral, mais de 90% do valor das exportações dos países latino-americanos. As importações são, principalmente, de produtos manufaturados. América Latina CientíficaA América Latina tem muito a oferecer para o processo da divulgação científica mundial.Esse foi o saldo da “8a Reunião da Rede de Popularização da Ciência e da Tecnologia para a América Latina e o Caribe (Red-Pop)”, que ocorreu simultaneamente ao “12o Congresso da Sociedade Mexicana para a Divulgação da Ciência e da Técnica (Somedicyt)”.Elaine Reynoso, presidente da Somedicyt, achou boa a participação do continente, mas lamentou a ausência de muitos representantes. Depois do México (156), o Brasil foi o país com maior número de participantes (20), seguido da Colômbia (10), Chile (4), Equador, Argentina e Espanha (3), e Estados Unidos (2). O congresso também contou com representantes do Uruguai, Bolívia, Venezuela, Guatemala, Costa Rica, Panamá, Bélgica, África do Sul, Austrália, Finlândia e França.O Brasil foi escolhido pela Scania para iniciar suas atividades na América Latina em 1957. Construída oficialmente como Scania-Vabis do Brasil Motores Diesel, produziu seu primeiro caminhão em 1958. No ano seguinte, saiu das linhas de montagem o primeiro motor a diesel brasileiro para caminhões.Em 1962, a fábrica da Scania foi transferida do bairro do Ipiranga, em São Paulo, para a cidade de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Em 1974, a Scania lançou no mercado os caminhões LK140, equipados com motor V8.O lançamento do modelo L111 para caminhões em 1976, marca a introdução da Série 1 no mercado brasileiro. Em 1989, a Scania lança a linha HW e EW para caminhões, equipados com motores de até 411 cavalos, os mais potentes do mercado brasileiro na época.No ano seguinte, a produção de caminhões Scania no mundo atinge a marca de 600.000 unidades. O veículo foi produzido no Brasil. Dois anos mais tarde, ocorre o lançamento da cabine modelo "Top Line", admirada por muitos fãs da marca. No ano seguinte, a Scania lança no mercado os veículos da Série 4. Com ela chegam também os motores eletrônicos de 12 litros. O bloco do motor foi fabricado pela Scania do Brasil. Em 2001, a Scania retoma a produção de caminhões equipados com motor V8 ao lançar o "Rei da Estrada", o mais potente do mercado brasileiro, com 480 cavalos.Em 2 de julho de 2002, a Scania comemorou 45 anos de atividades no Brasil.A agricultura, a pecuária e a extração dos recursos naturais, tanto minerais como vegetais, constituem atividades econômicas mais importantes para a maioria da população ativa em todas as nações Latino-Americanas. A independência Latino-americana e evolução políticaAs lutas pela independência durante o século XIX e a crise econômico-social fizeram com que se acentuas sem as diferenças entre os Estados Unidos, que no final do século já eram uma potência econômica, enquanto a América Latina ficava falada ao subdesenvolvimento no século XX.Embora a independência brasileira tem sido um processo mais rápido e com pouco derramamento de sangue, as lutas pela independência dos países da América espanhola penduraram por vários anos, muito sangrentas e levaram à desorganização da produção e da vida social.Os brancos formaram uma elite preocupada, acima de tudo, com a liberdade econômica, ascensão social e política os indígenas negros e mestiços, tiveram pouca participação no processo e continuavam inferiorizados.Os crioulos conseguiram fragmentar a América Espanhola em vários países que continuaram exportadores de matérias primas.Conseguira se livrar da dominação colonial da Espanha e caíram sob o domínio econômico inglês.Outro fator que facilitou a fragmentação pode ser buscado na própria política colonial espanhola, que já havia dividido a América em 8 partes.O território era dividido economicamente em áreas de agricultura tropical e de clima temperado e as de criação de gado.A população escassa e mal distribuída pelo território formava “ilhas de população” separadas por distâncias muito grandes. Devemos nos lembrar que a política da Inglaterra era favorável à divisão territorial, como forma de dominar as jovens nações.Fragmentação da América EspanholaO vice-reinado do prata dividiu-se no Paraguai, banda ocidental (Uruguai e a própria Argentina, que ficou ameaçada de subdividir em suas províncias logo após a independência).A antiga capitania geral do Chile conseguiu permanecer integrada, formando o Chile.Bolívia e Peru tentaram formar a confederação do grande Peru, o que despertou o medo do Chile e da Argentina de possuírem um estado muito poderoso em suas fronteiras.Isso facilitou a entrada em cena dos Estados Unidos, que estabeleceram a Doutrina Monroe, impedindo qualquer atividade recolonizadora européia em terras Americanas.A economia neocolonialCom a independência, a situação econômica latino-americana pouco se alterou durante os séculos XIX e XX.As metrópoles estabeleciam o livre comercio com os centros mais dinâmicos do capitalismo internacional: Inglaterra, França, e Estados Unidos.Em relação ao capitalismo internacional, a América Latina continuou desempenhado o papel de produtora e exportadora de matérias-primas e importadora de produtos manufaturados. Acrescenta-se ainda o recebimento de investimento de capitais excedentes da Europa e dos Estados Unidos.Os empréstimos fornecidos principalmente pela Inglaterra, a juros exorbitantes, ás novas nações, fizeram com que elas se tornasse individuais e, não podendo pagar os juros, procuravam novos empréstimos, fazendo com que a dependência aumentasse e perdurasse até hoje.A predominância do setor primárioA América Latina ficou dividida economicamente em: paises exportadores de produtos de clima temperado como a Argentina e o Uruguai (trigo, carnes e lã); os países exportadores dos produtos tropicais como o Brasil, Colômbia, Equador, Venezuela, México, e América Central (café, cacau, banana, cana e outros) e países exportadores de produtos minerais como o Chile (cobre, salitre), Bolívia (estanho), Peru (petróleo, prata) Venezuela (petróleo) e México (prata, petróleo).A grande propriedade monocultura predominava. As técnicas primitivas também. A mão-de-obra era basicamente escrava. Os trabalhadores agrícolas livres recebiam salários em espécie, pagos através de produtos dos armazéns do latifundiário, ficando sempre endividados. Para desempenhar o trabalho agropecuário não havia necessidade de instrução, resultando um altíssimo índice de analfabetismo.O comercio continuou nas dos antigos comerciantes das ex-metrópoles que, aos poucos foram sendo substituídos pelos comerciantes ingleses.Como as importações eram maiores que as exportações, os déficits de balança comercial iam se acumulando para pagar o exterior muitas vezes faltava moeda para o mercado interno, tendo os governos que emitirem moeda de pouco valor perpetuando a inflação.A organização socialEm um século, de 1800 a 1900, a população cresceu de 20 para 70 milhões de pessoas. A maior parte dela era rural, com poucas cidade importantes.Em alguns países, as campanhas de extermínio foram realizadas por parte dos colonos e dos exércitos nacionais, como o Chile e na Argentina. Concorreram ainda para a exploração indígena: os baixos salários, os trabalhos pesados nas minas e o analfabetismo.Com a abolição, os negros continuaram a desempenhar funções de baixa remuneração como trabalhadores rurais, estivadores ou trabalhadores domésticos, nas cidades.A América Subdesenvolvida A Dívida Externa na América LatinaEntre as características dos países subdesenvolvidos destaca-se a dependência que eles possuem em relação aos desenvolvidos.A dependência se dá em vários campos: Cultural , tecnológico e financeiro. Na prática, uma das formas de dependência é representada pelos investimentos realizados pelas empresas multinacionais e pelo empréstimos concedidos pelos governos e bancos dos países desenvolvidos.Os empréstimos mais os juros cobrados pelos governos e bancos do exterior recebem o nome de dívida externa.Os países Latino-Americanos devem somas consideráveis aos países desenvolvidos, estando algumas delas entre as maiores do mundo.A origem da dívida externa Latino-americanaQuando se tornaram independente politicamente já tinham dívidas com outros países, principalmente com a Inglaterra, não dispondo de recursos para promover seu desenvolvimento.Desta forma, ficava a questão: Como seguir o modelo de desenvolvimento dos países centrais, que tem por base a industrialização, sem dispor de recursos e de capital ?A saída encontrada pelos classes dirigentes dos países latino-americanos foi recorrer aos empréstimos externos.A dívida cresceu muitoBoa parte do dinheiro emprestado para promover o desenvolvimento das nações latino-americanas foi utilizada em obras de infra-estrutura:Construção de usinas hidrelétricas, rodovias, siderúrgicas, estradas de ferro, edifícios públicos, etc.É o caso do Brasil, que investiu grade parte dos recursos obtidos na rodovia Transamazônica e na ferrovia de Asso, por exemplo. Em 1990, na Transamazônica encontrava-se em estado de completa destruição, e a ferrovia do Asso, construída a um custo de cerca de 2,8 bilhões de dólares, tinha túneis e viadutos abandonados, devido a alterações em seu traçado.A partir da década de 70, o valor da dívida desses países aumentou consideravelmente .Os países endividados acabaram fazendo novos para pagar as parcelas da dívida ou apenas os juros que vão se acumulando. Em1989, por exemplo, 28 bilhões de dólares foram transferidos da América Latina aos países desenvolvidos, como pagamento da dívida.Explosão demográficaOs anos 50 marcaram o início de maior aceleração populacional. O crescimento vegetativo da população latino-americana era moderado, havia o chamado Equilíbrio Primitivo, isto significa, altas taxas de mortalidade compensando a elevada mortalidade. Isso estava associado a uma economia pouco desenvolvida, de tal modo que havia um equilíbrio entre a população e os recursos econômicos.Essa situação se alterou bruscamente em meados dos anos 50 e na década de 60. Os países latino-americanos passaram a receber dos países desenvolvidos uma expressiva ajuda no campo sanitário, tanto diretamente como através de organismos internacionais, como a ONU.Grandes laboratórios farmacêuticos estrangeiros instalaram-se em vários países da América Latina, desta forma poderiam produzir medicamentos a preços baixos, ao contrário dos medicamentos que eram importados.Com as conquistas médicas e sanitárias na América Latina houve uma melhora considerável nos padrões de saúde publica.Com a diminuição da mortalidade e a manutenção de taxas elevadas de mortalidade levaram a uma verdadeira Explosão demográfica . Ela atingiu o apogeu em meados da década de 1960, quando o crescimento da população da América Latina alcançou uma taxa anual de 3,3%.Segundo estudiosos, o forte crescimento demográficos e uma expansão relativamente baixa dos recursos disponíveis para a população seriam a raiz do subdesenvolvimento.A pobreza resultante da explosão demográfica seria responsável pela manutenção da alta natalidade, que por sua vez aceleraria o crescimento da população.Transição demográfica e subdesenvolvimentoDiante de tantos problemas, alguns países adotaram práticas de controle de natalidade, isto é, puseram em prática medidas para reduzir o número de filhos por casal.O declínio do crescimento natural da população começou a ocorrer de forma intrusa em alguns países, a partir da década de 70. Os efeitos do crescimento econômico de alguns países subdesenvolvidos em todo o mundo, sobretudo a urbanização, contribuíram para a redução da taxa de fecundade.Hoje em dia dizemos que muitos países do mundo subdesenvolvidos estão passando pelo processo de transição demográfica.Apesar do crescimento populacional mais baixo, esses países continuaram a apresentar as demais condições de subdesenvolvimento citadas anteriormente.Desemprego na América LatinaA questão central não é o desequilíbrio entre um forte crescimento da população e uma pequena expansão dos recursos econômicos, mas fundamentalmente a desigual destruição desses recursos.Países exportadores de produtos primários e industrializados: com a estrada da capital externa e das multinacionais, principalmente a partir da década de 50, alguns países alcançaram maior crescimento industrial. Os países latino – americanos são: O Brasil, o México e a Argentina.México: Devido ao processo de industrialização, que teve início logo após a Segunda guerra mundial, e às reformas em sua economia nos últimos anos na década de 80, o México é um dos países latino – americanos que vem apresentando rápido crescimento econômico. População: Com 83 milhões de habitantes (1990), os Estados Unidos mexicanos (nome oficial) é o segundo país mais populoso da América Latina, sendo superado apenas pelo Brasil. Economia: A abundância de prata, petróleo e outros minerais, aliado à expansão de produção de energia elétrica, das industrias petroquímicas, siderúrgicas, automobilísticas, favoreceu a construção de mais rápido crescimento do terceiro mundo. Agricultura: Por volta de 1910 a maior parte das terras agrícolas mexicanas estava dividida em cerca de 9000 latifúndios. Após a revolução mexicana, teve início o processo de reforma agrária (1934) democrática entre os camponeses . Os grandes latifúndios confiscados foram divididos em pequenas propriedades dominadas aldeias comunitárias. Nessas aldeias, cada família cultiva um a pequena parte da terra ou trabalha coletivamente, recebendo assistência financeira e técnica do governo. apesar disso, o espaço agrícola do país não é totalmente aproveitado, sendo necessário importar alimentos.Argentina: Durante a década de 40 até o início dos os anos 50, os argentinos gozaram de um elevado padrão de vida, comparado inclusive ao das nações mais desenvolvidas do globo. Na década de 60, viram esse padrão cair. Os problemas internos, como na administração pública corrupção e o aumento sensível de sua dívida externa, quase agravou nos anos 70 e 80, chegando a aproximadamente 60 bilhões de dólares em 1990. População: Com 32 milhões de habitantes, a Argentina possui a terceira maior população da América latina. Na sua composição étnica predominam os brancos de origem européia (97%) , principalmente espanhóis e italianos. Agropecuária: O território argentino subdivide-se em quatro regiões: Pampo, Chanco, Patagônia e região Andiano No Pampo encontra-se intensa atividade agrícola, sendo uma das mais desenvolvidas do globo, ao lado de uma excelente criação de bovinos e ovinos.América Latina - Línguas oficiaisExistem países no continente americano que, embora tenham como língua oficial o inglês ou o holandês, devem ser considerados pertencentes à América latina. È o caso da República da Guiana, de Trindade e Tobago, de Antiga e do Suriname.Em virtude de suas características, esses países se assemelham mais aos países da América Latina. Entre essas características, destacam-se seu passado colonial e o tipo de colonização neles implantado – A colonização de exportação.Esse tipo de colonização, caracterizou-se pela exportação de tudo que a terra pudesse oferecer para o enriquecimento do colonizador, pela introdução do negro africano para servir como mão – de – obra escrava e pela grande propriedade rural – o latifúndio, como uma agricultura comercial destinada exportação. Os países latino americanos ainda não se libertaram de outro tipo de dominação (econômica, cultural e política) exercida pelos países desenvolvidos e por suas classes dominantes. Essa dominação não deixa de ser um tipo de colonialismo.A fragmentação da América latinaEmbora existiam alguns territórios coloniais na América, como a Guiana francesa (América do sul) e diversas ilhas do Caribe (América central), e vários países só tenham se tornado independência mais recentemente, como:Belize, Jamaica ou Bahamas (América central), o fato é que a maioria dos países latino-americanos tornaram-se independentes já na primeira metade do século passado.A formação dos países americanosA partir do século XVIII e XIX, o que se na América é ao declínio da ocupação européia, pois esse correspondente exatamente ao momento em que a maior parte dos países americanos tornou-se independente.De certa forma, muito dos conflitos e disputas territoriais que estamos vendo acontecer hoje na África ou na Ásia, em conseqüência das fronteiras recentemente herdadas da colonização, aconteceram há mais tempo também na América. Só que quase todas essas questões já foram resolvidas, pois a maioria dos países americanos conquistou a independência até as primeiras décadas do século XIX.ConclusãoEstudando sobre a América Latina vimos que o Brasil é o país mais populoso seguido do México.Vimos que a urbanização latino-americana é muito elevada, quase todos os países do continente tem cerca de 50% da sua população vivendo nas cidades, o Uruguai está entre os mais urbanizados do mundo pois 91% da população vive em cidades.Na América-Latina predominam muito o trabalho forçado nas fazendas e engenhos. Eles trabalhavam também na produção e pecuária.A América Latina é um continente rico em minerais, durante o período inicial da colonização da América-Latina a Europa estava passando por um período histórico conhecido como capitalismo comercial.Durante esse período generalizou-as pelo continente a idéia de que a riqueza de um Estado dependia da quantidade de metais preciosos que ele possuía Essa fase foi chamada de metalismo.O continente latino-americano destaca-se também pelo modo de colonização que eles sofreram, foram colonizados por Europeus, que ao chegarem aqui introduziram religião, língua e modo de vida aos nativos desta forma tentando erradicar seus antigos costumes.Mas como vimos isso aconteceu pois os antigos costumes estão presentes até hoje, dessa forma os latino-americanos tem uma das culturas mais bonitas do mundo.Vimos também que a partir década de 50 houve uma explosão demográfica, ou seja, a população cresceu de forma acelerada. Graças a essa aceleração de crescimento populacional a América Latina, estava passando por exemplo:os remédios que eram importados de outros países (principalmente Europa) passaram a ser produzido aqui mesmo. Não só remédios mas também passaram a produzir produtos primários, hoje a América Latina é uma grande produtora de produtos perimamos, ou seja, vendem a mercadoria para outros países, quando chega lá,é passado por um processo seleção e classificação do produto. Eles vendem os produtos primários para outros países por um preço bem baixo, enquanto que os países que compram nossas mercadorias vendam os produtos de sua origem por ate três vezes mais do que o preço que compraram. Por: Jéssica Fernanda

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América CentralRegião do continente americano, é constituída por um istmo longo e estreito entre aAmérica do Norte e a América do Sul. Tem a extensão de 523.000 km2 e compreende os seguintes países: Guatemala, Belize, Honduras, El Salvador, Nicarágua, Costa Rica e Panamá.

AMBIENTE NATURALEm termos estritamente geológicos, a América Central vai desde o istmo de Tehuantepec, no sul do México, até o vale do rio Atrato, na Colômbia. É uma região montanhosa e uma das zonas do continente americano com maior número de vulcões ativos. O relevo sobe abruptamente da estreita região costeira do oceano Pacífico para as cristas das montanhas e desce gradualmente para uma vasta região que se estende ao longo do mar do Caribe. Existe uma passagem interoceânica no Panamá, o canal do Panamá. Uma outra passagem, bastante usada antes da construção do canal – particularmente durante a “corrida do ouro” nos Estados Unidos – é constituída pelo rio San Juan e o lago de Nicarágua; a última etapa, entre o lago e o oceano Pacífico, devia ser feita por terra. O inconveniente dessa via interoceânica é que só é praticável para embarcações de pequeno calado. Os rios de maior curso da América Central desembocam no Caribe, enquanto os menores deságuam no Pacífico. Há três grandes lagos: Nicarágua, Manágua e Gatún. A variação da temperatura é maior em relação à altitude do que à latitude. Distinguem-se três zonas climáticas principais: a chamada terra quente, que engloba regiões do nível do mar até a altitude de 910 m; a terra temperada, que abrange regiões de 915 m a 1.830 m; a terra fria, que abrange regiões de até 3.050 m aproximadamente. As costas caribenhas têm um regime de chuvas bem distinto do da costa do Pacífico. A secura relativa das encostas do litoral do Pacífico se deve à presença de ar frio estável, produzido pela corrente fria da Califórnia, que impede a absorção do vapor da água, reduzindo as possibilidades de precipitação. Já os efeitos da água temperada do mar do Caribe permitem que o ar absorva a umidade, que é transportada pelos ventos predominantes do leste. As terras baixas da floresta tropical das costas caribenhas e do Pacífico assemelham-se às selvas ou florestas tropicais da América do Sul. A vegetação apresenta semelhanças com a da América do Norte com altitudes entre 1.000 m e 1.600 m, com florestas de pinheiros e carvalhos. Na Costa Rica, a 3.100 m, crescem arbustos parecidos com os da cordilheira dos Andes. Já a fauna é mais parecida com a da América do Sul do que com a da América do Norte.POPULAÇÃOA maioria da população é indígena ou mestiça. A população da costa caribenha é predominantemente negra e mulata. Pelo menos metade da população de Belize é de origem africana. Em geral, o elemento indígena está menos presente no sul da Nicarágua, na Costa Rica e no Panamá. Em 1989, a região tinha uma população de 28,4 milhões de habitantes. A densidade demográfica chega a mais de 385 hab/km2 em algumas partes do planalto central da Costa Rica, mas fica abaixo dos 4 hab/km2 em extensas zonas do oriente hondurenho e nicaragüense. O espanhol é o idioma oficial de todos os países, exceto de Belize onde fala-se inglês. Muitas das populações indígenas utilizam o seu próprio idioma (ver Línguas indígenas das Américas). A religião católica é a predominante.ECONOMIANo início da década de 1990, os países da América Central tinham uma economia subdesenvolvida, em que a agricultura era a atividade econômica mais importante. A indústria manufatureira dedicava-se ao tratamento de matérias-primas exportáveis e a renda per capita anual era muito baixa. A agricultura é a base do desenvolvimento econômico. As culturas mais importantes para exportação são café, banana, cana-de-açúcar, cacau, borracha e mandioca. Esses produtos são cultivados extensivamente, enquanto os alimentos para o consumo interno provêm de pequenas propriedades agrícolas tradicionais. Nas regiões secas do ocidente centro-americano, pratica-se a agropecuária em grandes fazendas. A pesca e a exploração florestal são atividades menores na economia. A exportação de minerais é pequena. El Salvador, Honduras e Nicarágua produzem ouro, prata, chumbo, cobre e antimônio em quantidades limitadas. A Guatemala exporta também pequenas quantidades de petróleo bruto.HISTÓRIAA região compreendida entre o México e a Colômbia tem uma rica história de civilizações pré-colombianas. A mais importante foi a maia. Essa civilização indígena entrou em decadência por volta do ano 900 e seu povo foi conquistado pelos toltecas. O istmo foi habitado também por outros povos que não alcançaram o nível de desenvolvimento dos maias. Em 1502, Cristóvão Colombo tomou posse da América Central em nome da coroa espanhola. Em 1510, Vasco Nunes de Balboa fundou em Darién a primeira colônia produtiva da América. Pedro Alvarado consolidou o controle de todo o istmo. Os indígenas foram escravizados ou reduzidos à servidão pelos espanhóis, que implantaram uma sociedade agrícola baseada em instituições importadas da península Ibérica. Apesar de tudo, os costumes e as tradições indígenas se mantiveram. A América Central colonial foi dividida em duas jurisdições. O reino da Guatemala, que se estendia de Chiapas (atualmente estado do México) até a Costa Rica, era parte do Vice-reinado da Nova Espanha. O restante do território foi agregado à Nova Granada (atual Colômbia), inicialmente dependente do Vice-reinado do Peru. Em 1821, a classe crioula da Guatemala, imitando a do México, rompeu sua vassalagem com a Espanha. A zona passou a integrar o Império mexicano de Agustín de Iturbide até 1823, quando tornou-se independente do México e formou as Províncias Unidas da América Central. Chiapas continuou pertencendo ao México, enquanto o Panamá fazia parte da Grande Colômbia de Simón Bolívar. As Províncias Unidas embarcaram em um programa ambicioso, mas pouco realista, de reformas políticas e desenvolvimento econômico. A guerra civil foi o resultado do regionalismo exacerbado. Em 1838, com a revolta iniciada pelo líder guatemalteco Rafael Carrera, a federação começou a desintegrar-se e surgiram como repúblicas independentes a Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicarágua e Costa Rica. Nessa época, a Grã-Bretanha começava a substituir a Espanha como força dominante na região. O assentamento britânico de Belize tornou-se o principal centro de comércio de toda a América Central com o exterior. Em 1862, Belize tornou-se oficialmente colônia inglesa, com o nome de Honduras Britânica. Em 1903, movidos por seu interesse particular na construção do canal, os Estados Unidos pressionaram o Panamá para que obtivesse a independência, desmembrando-se do território colombiano.

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América do NorteSubcontinente que compreende o Canadá, os Estados Unidos e o México. Inclui também a Groenlândia, o departamento francês de ultramar de Saint Pierre e Miquelon e a colônia britânica de Bermudas. A América do Norte tem mais de 395 milhões de habitantes (segundo estimativas para 1997). Junto com a América Central, as Antilhas e a América do Sul, forma o continente americano. A definição de América do Norte algumas vezes inclui também a América Central e as Antilhas.AMBIENTE NATURALLimita-se ao norte com o oceano Ártico, ao leste com o oceano Atlântico, ao sul com o golfo do México e o istmo de Tehuantepec e a oeste com o oceano Pacífico. A superfície do continente é de aproximadamente 23,5 milhões de km2. A América do Norte pode ser dividida em cinco importantes regiões fisiográficas. A metade oriental do Canadá, a maior parte da Groenlândia e porções de Minnesota, Wisconsin, Michigan e Nova York nos Estados Unidos fazem parte do Escudo Canadense. A segunda região faz parte de uma planície costeira, que ocupa a maior parte do leste dos Estados Unidos e do México. Nos Estados Unidos, a planície costeira é limitada a oeste por uma terceira região, que compreende a cordilheira formada principalmente pelos montes Apalaches. A quarta região abrange a parte central do continente, que vai do Canadá meridional até o sudoeste do Texas e compreende uma extensa planície. A quinta região, que é também a mais ocidental e engloba grande parte do México, é uma área de orogenia ativa, formada por grandes cordilheiras (montanhas Rochosas e sierra Madre), planaltos (planaltos do Colorado e o planalto Mexicano) e bacias profundas (a Great Basin). Dois importantes sistemas de drenagem — o sistema dos Grandes Lagos e o rio São Lourenço e o sistema dos rios Mississippi e Missouri— dominam a hidrografia da América do Norte oriental e central. Do Canadá ocidental o rio Mackenzie flui para o oceano Glacial Ártico. Em direção ao golfo do México e ao mar das Antilhas correm os rios Bravo e Pánuco. No Pacífico deságuam os rios Colorado, Sonora, Yaqui, Balsas, Colúmbia, Fraser e Yukón. Embora a América do Norte possua uma considerável variedade de climas, é possível identificar cinco importantes regiões climáticas. Os dois-terços setentrionais do Canadá e do Alasca, da mesma forma que toda a Groenlândia, têm climas subártico e ártico. Uma segunda região climática abrange os dois-terços orientais dos Estados Unidos e do Canadá meridional. Essa região carateriza-se por um clima úmido em que as quatro estações são muito diferenciadas. A terceira região inclui o interior do oeste dos Estados Unidos e grande parte do norte do México. A maior parte dessa zona é desértica e montanhosa. A quarta região climática engloba uma estreita região ao longo do oceano Pacífico que vai desde o Alasca meridional até a Califórnia meridional. Tem invernos relativamente temperados, mas úmidos, e verões quase secos. A maior parte do sul do México possui clima tropical. A floresta mais notável é a taiga, ou floresta boreal, uma enorme extensão de árvores, em sua maioria coníferas, que cobre boa parte do Canadá meridional e central e se estende até o Alasca. No leste dos Estados Unidos, as florestas são mistas, dominadas por árvores caducifólias. Na parte ocidental do continente, as florestas estão associadas principalmente às cordilheiras montanhosas e nelas predominam as coníferas. Na Califórnia, a sequóia de madeira vermelha e a sequóia gigante são as espécies mais importantes. As florestas tropicais do México caraterizam-se por uma grande variedade de espécies. Destacam-se os grandes mamíferos, como os ursos, o carneiro canadense, o urso formigueiro, a jaguatirica, o veado, o bisão (que era característico da fauna do norte do México e dos Estados Unidos, e atualmente só se encontra em rebanhos protegidos), o caribu, o alce americano, o boi almiscarado e o wapiti. Entre os grandes carnívoros estão o puma, o jaguar (nas regiões mais meridionais), o lobo e seu parente menor, o coiote, e, no extremo norte, o urso polar. Os numerosos répteis, como a cobra coral, as víboras, o monstro de Gila e o lagarto de contas, habitam o sudoeste dos Estados Unidos e do México. A América do Norte possui enormes jazidas de grande variedade de minerais, entre os quais se destacam os seguintes: o petróleo e o gás natural no Alasca meridional, no Canadá ocidental e no sul e oeste dos Estados Unidos e do México oriental; grandes leitos de carvão no leste e no oeste do Canadá e dos Estados Unidos; e as grandes jazidas de minério de ferro do leste do Canadá, do norte de Estados Unidos e do centro do México.POPULAÇÃOCom exceção da zona central do México, os povos indígenas do subcontinente viviam dispersos geograficamente. Os europeus dizimaram-os e deslocaram-os. A maioria da população atual da América do Norte é de ascendência européia. Pelo menos 35% dos habitantes do Canadá são de ascendência britânica e cerca de 4% são de origem francesa. A população dos Estados Unidos de ascendência britânica ou irlandesa chega a 29% dos habitantes. Os negros constituem cerca de 12%, os alemães 23%, os hispanos 9% e os habitantes de origem asiática 2,9%. Os povos indígenas americanos e os inuit (esquimós) representam um contigente de cerca de 1,8 milhão nos Estados Unidos e de 400 mil no Canadá. Cerca de 55% da população mexicana é formada por mestiços. Da população restante, 30% são de origem indígena americana e 15% de origem européia. Em 1997, os Estados Unidos tinham 271,6 milhões de habitantes, o México 94,3 milhões de habitantes, o Canadá 29,9 milhões de habitantes e a Groenlândia (estimativas para 1995) 55.700 habitantes. A maior parte da população concentra-se na metade oriental dos Estados Unidos e nas adjacências de Ontário e Quebec, na costa do Pacífico dos Estados Unidos e no planalto central do México. No geral, a densidade populacional da América do Norte é moderada. No México é de 43 hab/km2, nos Estados Unidos de 27,2 hab/km2 e de 2,6 hab/km2 no Canadá. O inglês é a língua mais utilizada. A população hispânica dos Estados Unidos fala espanhol. O francês é falado por um-quarto da população canadense. Muitos dos povos indígenas dos Estados Unidos, do Canadá e da Groenlândia utilizam suas línguas tradicionais. O espanhol é a língua dominante no México. Porém mais de cinco milhões de mexicanos falam línguas indígenas.ECONOMIAA agricultura tem uma importância maior no México do que nos demais países da América do Norte e proporciona emprego a cerca de 25% da população ativa. A agricultura de subsistência ainda existe, principalmente no sul. A agricultura comercial desenvolveu-se, sobretudo, na planície central e no norte do país. Nos Estados Unidos e no Canadá, a agricultura é dominada por fazendas mecanizadas, que produzem imensas quantidades de produtos vegetais e animais. As Grandes Planícies do centro dos Estados Unidos e as províncias da pradaria canadense (Alberta, Manitoba, Saskatchewan) são importantes centros produtores mundiais de cereais, sementes oleaginosas e gado. A agricultura da Califórnia produz grande quantidade de culturas de irrigação. A silvicultura é um dos setores básicos da economia canadense. Importantes indústrias de produtos florestais prosperam também nos estados do oeste e do sudeste dos Estados Unidos. A pesca é a principal atividade econômica da Groenlândia. Há muito que a indústria vem sendo o principal setor econômico dos Estados Unidos. A maior concentração de fábricas ocorre no cinturão industrial que se estende de Boston a Chicago. Essa atividade econômica também é importante no Canadá e concentra-se nas cidades de Ontário, Quebec, Colúmbia Britânica e Alberta e atualmente é uma atividade em franco desenvolvimento na economia mexicana. Os Estados Unidos, o Canadá e o México são parceiros comerciais graças ao Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), que entrou em vigor em 1994, determinando a eliminação das barreiras comerciais entre esses três países.HISTÓRIAA ocupação humana da América do Norte começou no período quaternário, talvez há cerca de 50.000 anos. Provavelmente, povos de raça mongolóide alcançaram o subcontinente a partir da Ásia. Eric, o Vermelho, explorou e colonizou a Groenlândia. Depois, Leif Eriksson desembarcou em algum lugar situado entre Labrador e Nova Inglaterra. As explorações européias da América do Norte adquiriram importância com a viagem realizada em 1492 por Cristóvão Colombo. Em 1497, Giovanni Caboto, navegante a serviço da Inglaterra, percorreu as costas de Labrador, Terra Nova e Nova Inglaterra. Em 1519, Hernán Cortés chegou ao México e conquistou a região. O êxito surpreendente da ocupação deveu-se, em grande parte, às lutas que dividiam os povos indígenas. A divisão interna era especialmente grave no império asteca, que dominava com mão de ferro as outras etnias do centro do México. Os maias, outro grande povo mexicano, não foram capazes de oferecer uma resistência efetiva aos espanhóis, que os encontraram já em plena decadência. As colônias criadas pelos espanhóis na área do México agruparam-se no Vice-reinado da Nova Espanha. As autoridades espanholas completaram a conquista do México e ocuparam grandes áreas agora situadas ao sul dos Estados Unidos. A França explorou e colonizou o continente desde o Canadá até o sul. Em 1524, Giovanni da Verrazano, a serviço da França, percorreu a costa norte-americana desde o cabo Fear até o cabo Breton. O explorador francês Jacques Cartier explorou o rio São Lourenço. Em 1682, Robert Cavalier e Henri de Tonty navegaram pelo Mississippi e reclamaram a posse de todos os territórios banhados por esse rio. A coroa inglesa reivindicou os seus direitos sobre América do Norte com base na viagem de Cabot, mas durante quase um século não fez qualquer tentativa de colonização. Depois de 1607, os ingleses colonizaram progressivamente todo o litoral Atlântico entre a colônia francesa da Acádia e a espanhola da Flórida. Os principais assentamentos franceses fixaram-se no Canadá e próximo da desembocadura do Mississippi. As possessões inglesas consistiam em 13 colônias que se estendiam ao longo do litoral Atlântico. Como conseqüência de suas tentativas de expansão para o oeste, os ingleses acabaram entrando em conflito com os franceses. Em 1689, as duas potências começaram uma luta pela supremacia militar e colonial. Depois de quatro guerras, os franceses capitularam e cederam à Grã-Bretanha todas as suas possessões no Canadá e também a parte da Louisiana ao leste do Mississippi. A Guerra da Independência Norte-americana (1776-1783) fez nascer os Estados Unidos da América. O êxito das Treze Colônias em sua independência da Inglaterra teve repercussões nas colônias espanholas da América. O México tornou-se independente em 1821. No final do século XIX e início do XX, o Canadá também obteve total autonomia da Grã-Bretanha. A expansão territorial dos Estados Unidos foi marcada por uma guerra impiedosa contra os povos indígenas, que resistiram à invasão de suas terras. Não foram somente os conflitos armados que dominaram esses povos, mas também a assimilação pela força e a expropriação de suas terras. Nos Estados Unidos e no Canadá, a maioria dos povos indígenas americanos continuam vivendo em reservas. Além da compra de territórios contíguos, os Estados Unidos obtiveram outras regiões das Américas do Norte e Central: o Alasca, Porto Rico, a zona do Canal de Panamá e as ilhas Virgens norte-americanas. A hegemonia que os Estados Unidos exercem no subcontinente começou em 1823 com a Doutrina Monroe (“América para os americanos”), ainda que na prática ela não se aplicasse a América do Sul até depois da I Guerra Mundial. O único conflito sério depois da independência foi a Guerra México-Estados Unidos, na qual o primeiro perdeu metade do seu território. Durante o século XX, a tendência à hegemonia norte-americana, sob a forma de amizade mútua entre as nações americanas, tomou forma em 1910 com o estabelecimento da União Pan-americana. Em 1948 nasceu a Organização dos Estados Americanos, para executar o tratado do Rio de Janeiro e como sistema de segurança coletivo. As relações entre os Estados Unidos e o Canadá têm sido amistosas e cooperativas, desde a Guerra de 1812.

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