Criado por Gabriel Rosário
quase 6 anos atrás
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Questão | Responda |
Classificação das crises epilépticas quanto a topografia acometida. | Focais: limitadas a um hemisfério cerebral. Generalizadas: envolvem redes distribuídas por ambos os hemisférios cerebrais. Não classificáveis. |
Tipos de crises focais. | Crise focal sem manifestações discognitivas; Crise focal com manifestações discognitivas; Crise focal com generalização. |
Qualidade dos sintomas causados por crises focais. | Sintomas motores, autonômicos e psíquicos sem comprometimento da cognição. |
Sinais da crise motora focal sem comprometimento da cognição. | Movimentos involuntários, movimentos clônicos, postura tônica pura, movimentos anormais na face, anormalidades autonômicas (rubor, sudorese e piloereção). |
Sintomas da crise motora focal sem comprometimento da cognição. | Marcha Jacksoniana (avanço das partes acometidas por movimentos anormais), Paralisia de Todd (paresia localizada pós-ictal), Epilepsia parcial contínua (por horas ou dias), alucinações visuais, alterações do equilíbrio, sintomas psíquicos. |
Sintomas psíquicos presentes em crises focais sem manifestações discognitivas. | Sensação de odores incomuns, alterações na audição, sensação epigástrica, sentimentos singulares, micropsia e macropsia. |
Caracterização de crise epiléptica focal com manifestações discognitivas. | Comprometimento transitório da capacidade do paciente manter contato normal com o ambiente. |
Caracterização da fase ictal na crise epiléptica focal com manifestações discognitivas. | Precedida de aura, com início marcado por parada comportamental brusca (olhar vago e imóvel). Incapacidade de responder comandos visuais e verbais, memória ou percepção comprometida. Automatismos presentes. |
Caracterização da fase pós-ictal na crise epiléptica focal com manifestações discognitivas. | Paciente apresenta-se confuso, com recuperação completa durando segundos ou até uma hora. Amnésia retrógrada ou afasia podem estar presentes caso haja acometimento do hemisfério dominante. |
Comum área de acometimento de crise focal que sofre generalização. Fármacos utilizados. | Lobo frontal. Carbamazepina, fenitoína, lamotrigina ou valproato. |
Tipos de crise epiléptica generalizada. | 1- Ausência (típica ou atípica); 2- Tônico-clônica; 3- Clônica; 4- Tônica; 5- Atônica; 6- Mioclônica. |
Características da crise de ausência típica. | Lapsos de consciência sem perda postural, com duração de segundos e retorno súbito. Não há confusão pós-ictal. Sinais bilaterais sutis podem estar presentes (rápido piscar de olhos, movimentos mastigatórios, movimentos clônicos de pequena amplitude nas mãos). |
Incidência das crises de ausência típicas. | Na infância entre 4-8 anos ou com início na adolescência. Geneticamente determinada. |
Principais sinais das crises de ausência típicas na infância. | Devaneios inexplicados e piora do rendimento escolar. |
Manobra desencadeante da crise de ausência típica. Fármacos utilizados. | Hiperventilação. Etossuximida ou valproato. |
Caracterização das crises de ausência atípicas. | 1- Perda de consciência com início e fim mais insidiosos, porém com maior duração; 2- Sinais motores focais ou de lateralização mais evidentes; 3- Disfunção neurológica presente (deficiência intelectual); 4- Pior resposta a anticonvulsivantes. |
Características da fase inicial das crises tônico-clônica. | Fase Tônica: Pródromo distinto das auras; Início brusco; Contração tônica de todo o corpo; Grito ictal (mm expiração e laringe) ; Morde a língua (mm mandíbula); Aumento do tônus simpático (aumento da fc, PA e pupilas); Duração de 10-20 segundos. |
Características da fase clônica das crises tônico-clônica. | Fase Clônica: Superposição de períodos de relaxamento muscular; Aumento progressivo do relaxamento; Duração de 40-50 segundos. |
Características da fase pós-ictal das crises tônico-clônica. | Fase Pós-Ictal: Ausência de responsividade (recuperação gradual); Flacidez muscular; Salivação excessiva (respiração ruidosa, obstrução); Incontinência urinária e fecal. |
Características da crise atônica. | Perda súbita de tônus muscular; Não há confusão pós-ictal; Risco de traumatismo craniano; Duração de 1-2 segundos. |
Características da crise mioclônica. | Contração muscular súbita e breve, costumam coexistir com outras crises generalizadas, associam-se a distúrbios metabólicos, doenças degenerativas do SNC ou lesão cerebral anóxica. |
Características da Epilepsia Mioclônica Juvenil. | Distúrbio epiléptico generalizado; Causas poligênicas; Surge no início da adolescência; Abalos mioclônicos bilaterais; Frequentes no início da manhã, ao acordar; Provocáveis por privação de sono; Consciência preservada; Remissão completa é incomum. |
Características da Síndrome de Lennox-Gaustaut. | Ocorre em crianças; Tríade: múltiplos tipos de crise epiléptica, EEG com descargas em ponta-onda lentas e disfunção cognitiva; Prognóstico reservado. |
Considerações sobre o tratamento da Epilepsia. | Objetivo: controle das crises com a mínima dose possível e sem efeitos colaterais intoleráveis; Medicações: carbamazepina, fenobarbital, fenitoína ou valroato conforme disponibilidade; Iniciar com uma medicação na dose mais baixa; Aumento progressivo até controle completo. |
Fim da terapia antiepiléptica. | Ausência de convulsões nos últimos 2 anos; Redução da dose gradual ao longo de 4-6 meses. |
Terapia anticonvulsivante com fenobarbital. | Uma vez ao dia, antes de dormir; Crianças: iniciar com 2-3mg/kg/dia, manutenção de 2-6mg/kg/dia; Adultos: Iniciar com 50mg/dia, manutenção de 50-200mg/dia; Uso contínuo por 14-21 dias para dosagem sérica estável, não considerar crises desse período como falha terapêutica; |
Efeitos colaterais do fenobarbital. | Dose dependente: sonolência, letargia, hiperatividade (crianças). Idiossincráticos: rash, depressão da medula óssea, insuficiência hepática. |
Terapia anticonvulsivante com carbamazepina. | Mínimo de duas tomadas diárias, após a alimentação; Estabilidade sérica em 8 dias; Criança: iniciar com 5mg/kg/dia, manutenção de 10-30 mg/kg/dia; Adulto: iniciar com 100-200mg/kg/dia, manutenção de 400-1.400mg/dia. |
Efeitos colaterais da carbamazepina. | Reação alérgica cutânea (grave); Início com altas doses: visão embaçada, diplopia, ataxia e náuseas. |
Terapia anticonvulsivante com fenitoína. | Aumentar de 25-30mg por vez, risco de grande concentração sérica; Crianças: iniciar com 3-4mg/kg/dia, manutenção de 3-8mg/kg/dia, 2x/dia, máx.: 300mg/dia; Adulto: iniciar com 150-200mg/dia, manutenção de 200-400mg/dia, 1x/dia. |
Efeitos colaterais da fenitoína. | Dose dependente: sonolência, ataxia, fala arrastada, confusão mental, contratura muscular, alteração da estética facial, hiperplasia gengival e hirsutismo. Idiossincráticos: anemia, alterações hematológicas, reações de hipersensibilidade (cutâneas e hepatite). |
Terapia anticonvulsivante com valproato de sódio. | 2-3 Tomadas após alimentação; Crianças: iniciar com 15-20mg/kg/dia, manutenção de 15-30mg/kg/dia; Adulto: iniciar com 500mg/dia, manutenção de 500-2000mg/dia. |
Efeitos colaterais do valproato de sódio. | Sedação, tremor (dose dependente), queda de cabelo transitória (6 meses), aumento de peso e disfunção hepática (idiossincrático). |
Tratamento emergencial de paciente em convulsão. | Solução salina IV 30 gotas/min. + glicose, IV, 50 ml a 50% no adulto, 2-5ml/kg a 10% na criança (P.S.: alcoolista ou desnutrido); Diazepam, IV, 10mg lentamente (criança: 1mg/idade); Segunda dose de diazepam em 10 min. de convulsão; Máx.: 2 doses; Encaminhe a hospital. |
Tratamento emergêncial para paciente com crise de mais de 5 minuto; surtos sem recuperação da consciência ou irresponsividade ao diazepam. Suspeitar de Estado de Mal Epiléptico; | Assegurar via aérea, respiração e circulação; Adm oxigênio inalatório; Posição lateral de segurança; Fenobarbital 20mg/kg, IV, vel.<100mg/min. ou Fenitoína 20mg/kg, IV, acesso diferente do diazepam (solução cáustica), vel.<50mg/min. |
Tratamento em caso de persistência da crise e suspeita de estado de mal epiléptico. | Dose adicional de fenitoína 10 mg/kg, IV, linha diferente do diazepam; Monitorar por 30 min., risco de depressão respiratória. |
Caracterize crises epilépticas parciais simples. | Sintomas focais sem alteração de consciência; Sintomas sensoriais, psicoilusórios ou motores (pós-ictal pode estar marcado com paralisia de Todd); Fármacos empregados: carbamazepina, fenitoína, lamotrigina ou valproato. |
Caracterize crises epilépticas parciais complexas. | Inicia-se no lobo temporal ou frontal; Caracteriza-se pela alteração da consciência; Automatismos oroalimentares e movimentos repetitivos; Duração: 45-90 seg; Pós-ictal com confusão e desorientação; Fármacos utilizados: arbamazepina, fenitoína, lamotrigina ou valproato. |
Fármacos utilizados na crise tônico-clônica. | Carbamazepina, fenitoína, lamotrigina ou valproato. |
Fármacos utilizados na síndrome epiléptica mioclônica juvenil. | Valproato – pode associar o clonazepam. |
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