Desde o século XVI, na Europa,
cuidavam de crianças vítimas de
abandono e tempos mais tarde, pelo
ingresso das mulheres para o
trabalho precário, em regime de
carga horária excessiva, nas fábricas
No Brasil não foi diferente. Crianças, ainda
recém-nascidas, eram abandonadas na “Roda”,
normalmente de mulheres negras e índias
vítimas de exploração sexual. Essas, por sua
vez, eram amamentadas pelas “amas de leite”
e preparadas para o trabalho “barato”.
A mortalidade infantil foi
um dos principais motivos
para o crescimento de
instituições no Brasil
Na primeira metade do século
XX tivemos grandes epidemias
nas metrópoles por problemas
de infraestrutura urbana,
saneamento básico
Todo este cenário
caracterizou uma
concepção assistencial de
atendimento à criança
pequena, onde se buscava
diminuir o índice de
mortalidade e o problema
dos pobres.
As creches não foram
criadas para atender as
crianças e sim com
interesses para suprir o
mercado econômico com a
mão de obra feminina
Em 1943 com a CLT
Surge a ideia do espaço
apropriado para
“guardarem” seus filhos
durante o período de
amamentação
Por diversas vezes ouvimos que
as mães de hoje precisam
trabalhar e seus bebês vão bem
pequenos para escola
Pode ser, um dos motivos que algumas
pessoas acham que a creche é para
“guardar” a criança durante a ausência
das mães.
Será por isso que a expectativa que
algumas pessoas têm da creche de hoje é
de apenas alimentar, higienizar e dar
segurança à criança pequena?
Durante o Governo militar:
políticas foram criadas
acreditando que o atendimento
das crianças na creche poderia
compensar a ideia de
marginalidade das camadas
sociais mais pobres
Iniciando nesse momento
uma preocupação
educacional
Movimentos feministas: deram
apoio ao Movimento de Luta por
Creche resultaram na Constituição
Federal de 1988 em reconhecer a
creche como uma instituição
educativa de DIREITO DA CRIANÇA e
dever do Estado.
O direito constitucional da criança à educação desde bebê
foi reforçado mais a frente com a conquista do Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA) em 1990
Após, com uma estrutura mais sólida de propostas
educativas a partir da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDBEN) nº 9.394/96, a qual foi
considerada como o maior legado educacional do
século XX para a Educação Infantil (Saviani, 2004).