Fluxograma de Caroline Gumercindo Brandão e Karoline Cassiano - LEM II
DIMENSÕES DA COMPETÊNCIA
COMPETÊNCIA
"Totalidade que abriga em seu interior
uma pluralidade de propriedades, um
conjunto de qualidades de caráter
positivo, fundadas no bem comum, na
realização dos direitos do coletivo de uma
sociedade" (RIOS, 2006,p.93)
Toda ação docente possui
Dimensão técnica
"Maneira ou habilidade especial
de executar ou fazer algo" (CUNHA,
1982:759, apud, RIOS, 2006:94)
Desvinculada das outras dimensões torna-se vazia
(conhecer por conhecer) Ciências teóricas X Ciências práticas, poéticas (conhecer para agir)
Práticas ("estudam ações
que têm seu fim em si
mesmas (ética, política)"
(RIOS, 2006,p.95)
PRÁXIS
Poéticas ("estucam ações
cujo fim é produzir alguma
obra, algum objeto
(economia, artes)" (RIOS,
2006,p.94)
POIÉSIS
"Para que a práxis docente seja competente, não basta,
então, o domínio de alguns conhecimentos e o recurso a
algumas "técnicas" para socializá-los. é preciso que a
técnica seja fertilizada pela determinação autônoma e
consciente dos objetivos e finalidade, pelo compromisso
as necessidades concretas do coletivo e pela presença da
sensibilidade, da criatividade" (RIOS, 2006,p.96)
Capacidade de lidar com os conteúdos e a habilidade
de construí-los e reconstruí-los com os alunos
Dimensão política
"É com a instauração do ethos, configurado na polis, que se
instala a condição humana" (RIOS, 2006,p.104)
"[...] o homem é apolítico. A política surge no entre-homens" (RIOS, 2006,p.104)
Escolha = núcleo do gesto moral
"[...] se reveste de uma feição ética quando o indivíduo avalia não apenas segundo os valores que
lhe são colocados circunstancialmente, por um ou outro determinado segmento, mas leva em
consideração a perspectiva de realização do bem comum" (RIOS, 2006,p.104)
Bem comum - felicidade ligada à ideia de cidadania = TAREFA DA EDUCAÇÃO
Ética como "geradora" das outras dimensões de competência
Participação na construção coletiva da sociedade e ao
exercício de direitos e deveres
Dimensão estética
AESTHESIS
Percepção sensível da realidade
"[...] algo que vai além do sensorial e que
diz respeito a uma ordenação das
sensações, uma apreensão consciente da
realidade, ligada estreitamente à
intelectualidade (OSTROWER, 1986, apud
(RIOS, 2006,p.97)
sentimentalidade inteligente
potencial criador + afetividade
"Culturalmente seletiva,
sensibilidade guia o indivíduo
nas considerações do que para
ele seria importante ou
necessário pra alcançar certas
metas de vida" (RIOS,
2006,p.97).
Sensibilidade e criatividade não se
restringem ao espaço da arte.
Considerar o contrário disso "constitui uma maneira de encobrir a precariedade de condições
criativas em outras áreas de atuação" (OSTROWER, 1986:39, apud (RIOS, 2006,p.97)
"A ordem da subjetividade é
a ordem do coletivo"
(PEREIRA, 1997:142, apud
RIOS, 2006,p.98)
Coletivo afeta o sujeito e vice-versa
Competência "não se trata de uma
sensibilidade qualquer, mas de um
movimento na direção da beleza,
aqui entendida como algo que se
aproxima do que se necessita
concretamente para o bem social e
coletivo" (RIOS, 2006,p.99)
O que determina essa beleza?
As dimensões ética e política
Presença da sensibilidade e sua
orientação numa perspectiva
criadora
Dimensão moral/ética
Definições
ETHOS
Lugar humano de segurança social
O espaço da cultura, do mundo
transformado pelos seres humanos
"[...] ética passa a designar, historicamente, não
mais o costume, mas a reflexão sobre o costume, o
questionamento do costume, a busca de seu
fundamento, dos princípios que o sustentam"
(RIOS, 2006,p.101)
Criação de valores
Ponto de partida para a constituição do "nomos", regra.
MORAL
"[...] conjunto de normas, regras e leis destinado a
orientar a ação e a relação social e revela-se no
comportamento prático dos indivíduos" (RIOS,
2006,p.102)
"O ato moral pressupõe liberdade e responsabilidade. A questão fundamental é a questão
da escolha [...] Todo juízo moral consiste em compara "o que é" com "o que deve ser".
Ética e moral se qualificam diferentemente em cada sociedade, época, contexto.
A moral como mecanismo protetor
"Só mutuamente as pessoas podem estabilizar sua "quebra de identidade". Nenhuma pessoa pode
afirmar sua identidade por si só. Assim, há necessidade da moral como 'instituição que nos informa
acerca do melhor modo de nos comportarmos para resistir, mediante a consideração e o respeito, à
extrema vulnerabilidade das pessoas" (HABERMAS, 1991:105, apud RIOS, 2006,p.103)
A técnica assegura a subsistência humana
O laço político os salva
"contém e orienta nosso agir, mas é
também reproduzida e modificada por
ele" (NODARI, 1997:386, apud RIOS,
2006, p.102)
Orientação da ação, fundada no princípio do respeito e da
solidariedade, na direção da realização de um bem coletivo