Reconhecimento materno de prenhez

Descrição

Mapa Mental sobre Reconhecimento materno de prenhez, criado por Paula Nery em 11-05-2021.
Paula Nery
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Criado por Paula Nery aproximadamente 3 anos atrás
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Resumo de Recurso

Reconhecimento materno de prenhez
  1. O reconhecimento materno da gestação é o período em que o concepto sinaliza a sua presença para a mãe.
    1. Durante a gestação, ocorre uma série de eventos hormonais, envolvendo progesterona e prostaglandinas, sendo fundamental a função do corpo lúteo, uma glândula temporária formada a partir da ovulação de um folículo.
      1. O corpo lúteo produz a progesterona, esteroide envolvido tanto na ciclicidade ovariana quanto no estabelecimento e manutenção da gestação, na maioria dos mamíferos.
        1. RUMINANTES
          1. O período de pré-implantação, compreendido entre a fecundação do oócito e a implantação do concepto, é caracterizado por clivagens sucessivas do zigoto e estágios embrionários iniciais bem como por eventos morfogéneticos de compactação e cavitação, que culminam com a formação do blastocisto.
            1. Durante esse período, ocorrem complexas interações entre o ovário, o endométrio e o embrião, necessárias para que a gestação se estabeleça e o concepto permaneça viável.
              1. Existe uma proteína chamada de interferon-tau (INF), que tem função antiluteolítica comprovada e é associada ao reconhecimento materno da gestação em ruminantes.
                1. A fase de reconhecimento materno ocorre entre 12° e o 26° dia quando ocorre a secreção da proteína interferon-tau, com pico entre os dias 15 e 16.
                  1. Como resposta, a interferon-tau inibe a transcrição de receptores de estrógenos e a ocitocina no endométrio inibindo a lúteolise. Nesta fase ocorre o alongamento do embrião, que coincide com a máxima produção de interferon-tau.
                    1. O interferon-tau produzido pelo concepto tem um efeito parácrino no útero, inibindo a expressão dos receptores de estrógeno e de ocitocina no epitélio luminal do endométrio, evitando assim a liberação de PGF2 alfa, o hormônio responsável pela luteólise.
                      1. O interferon-tau também tem o papel de estimular a produção de E2, e aumentar a produção de diversas proteínas secretórias de origem uterina, que podem estar envolvidas na manutenção da viabilidade do concepto. Tal expressão do INF termina com a implantação, pois o contato do troflobasto com o endométrio inibe a sua produção.
                        1. O interferon-tau pode ser a redistribuição de prostaglandina F (PGF), produzida pelo útero, de modo que PGF e prostaglandina E acumulam-se no lúmen do útero, inibindo sua ação luteolitica.
                          1. Há evidencias de que nos ruminantes os níveis venosos útero-ovarianos de PGF alfa são reduzidos durante o inicio da prenhez, embora a capacidade do útero de produzir PGF permaneça inalterada.
                  2. O INF é classificado como interferon do tipo I, e são secretadas pelas células trofoblásticas dos ruminantes antes da implantação. Sua principal função é evitar o retorno à ciclicidade, preservando o funcionamento do corpo lúteo durante a gestação.
        2. É definido como o "período crítico'' do reconhecimento materno da gestão em um curto intervalo de 24-48 horas durante o início da gestação de espécies domesticas, quando o organismo materno reage ao embrião presente dentro do útero.
          1. O corpo lúteo pode ser descrito como uma glândula temporária, formada a partir da ovulação de um folículo, e a progesterona, sua principal secreção, é um esteroide necessário tanto para a ciclicidade ovariana quanto para o estabelecimento e manutenção da gestação na maioria dos mamíferos
            1. A progesterona induz a diferenciação do estroma uterino, estimula as secreções das glândulas endometriais, o acúmulo de vacúolos basais no épitelio glandular e modifica o padrão de secreção de proteínas pelas células endometriais. Essas proteínas proporcionam o ambiente uterino apropriado para o desenvolvimento do embrião.
              1. SUÍNOS
                1. O tempo médio de gestação de suínos é de 114 dias, sendo que na fase inicial de 0 a 21 dias, ocorre a fecundação e reconhecimento da gestação e formação da placenta;
                  1. O reconhecimento materno propriamente dito ocorre entre os dias 11 e 12 de gestação, quando o blastocisto apresenta uma forma ovoide, continua a dividir-se pelo processo de hiperplasia, expande-se de forma variada entre os embriões;
                    1. Ocorre um aumento da síntese de estrógeno pelo blastocisto e a quantidade de estrógeno vai variar de acordo com o estágio de desenvolvimento e número de embriões. É necessário que se tenha 4 embriões para se ter o reconhecimento da gestação e para que ela prossiga;
                      1. Nos suínos o blastocisto produz substâncias que retardam a regressão luteal quando entram no útero. Entretanto, os estrogênios produzidos pelos conceptos suínos reconhecidos como luteotróficos para a espécie de suínos;
                        1. No período de 10 a 12 dias da gestação, a síntese do estrógeno de origem embrionária irá promover uma mudança na direção da secreção da PGF 2 alfa de endócrina para exócrina (lúmen uterino), inibindo, assim, a luteólise, o que irá diferir entre o ciclo reprodutivo normal e a gestação nos suínos.
                          1. Paula Andresa da Silva Nery-04033820-8NMA/manhã.
              2. EQUINOS
                1. Desde a fecundação até o inicio do desenvolvimento embrionário no oviduto, os embriões entram no útero, iniciando-se a fase de blastocisto.
                  1. Os eventos ocorridos durante a fase da pré-implantação são importantes, pois antecedem o reconhecimento materno, implantação e placetação necessária para o crescimento placentário-fetal bem como para o desenvolvimento normal da gestação.
                    1. Os mecanismos de sinalização materna da gestação podem ser de origem luteotrófica, ou seja, uma ação hormonal diretamente sobre o corpo lúteo para manter a sua integridade estrutural e funcional, ou antiluteolítica que realiza uma manobra para inibir a liberação de prostaglandina que provoca a luteolólise.
                      1. Nos equinos, quando o embrião se move continuamente ao longo do corno uterino, há a supressão da liberação cíclica normal da prostaglandina F2 alfa pelo endométrio, que resulta na manutenção funcional do corpo lúteo
                        1. O concepto do equino pode inibir a produção de prostaglandina pelo endométrio uterino. A prostaglandina é um hormônio com ação luteolítica e durante o estro estral das éguas há um aumento de das concetraço~es no sangue venoso uterino e no útero, entre os dias 14° e 16° do estro, quando ocorre a luteólise e ocorre um declínio dos níveis de progesterona no plasma.
                          1. A concentração de PGF captada por receptores do corpo lúteo é máxima no 14° dia do ciclo estral e 18° dia da gestação
                            1. O corpo lúteo das éguas pode responder à PGF em circulação durante a gravidez, mas cabe ao embrião utilizar os mecanismos antiluteolíticos. Em éguas prenhes, há pouca PGF nos fuidos uterinos e na presença do concepto a produção de PGF endometrial é reduzida.
                              1. Em resposta à estimulação do colo do útero, há ocitocina exógena durante o início da prenhez;
                                1. Ocorre a inibição da PGF endometrial, de modo a proteger o corpo lúteo da luteólise. Entre os dias 8 e 20 da gestação, o embrião produz grandes quantidades de estradiol, para prolongar a vida útil do corpo lúteo.

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