Brasil Imperial é um período da história brasileira entre 7 de
setembro de 1822 (Independência do Brasil) e 15 de novembro de 1889
(Proclamação da República). Neste período, o Brasil foi governado por
dois monarcas: D. Pedro I e D. Pedro II.
Primeiro Reinado: Momento em que o Brasil deixou a condição de
colônia, quando a família real portuguesa saiu de Portugal após o
avanço das tropas napoleônicas sobre a Península Ibérica, entre os
anos de 1807 e 1808. Nesse contexto, o Brasil foi alçado à condição de
Reino Unido de Portugal e Algarves. A partir de 1808, portanto, teve
início no Brasil uma intensa eferverscência política que foi pautada,
sobretudo, pelas divergências entre portugueses (vindos com a Corte) e
brasileiros, bem como entre liberais e conservadores (disputa interna
entre os próprios brasileiros). A situação política do Brasil só foi
resolvida com a articulação e a instituição do Império. No início de
1820, quando começaram essas articulações, a América Latina e a
Europa estavam passando por grandes reviravoltas. O modelo
republicano era paulatinamente adotado pelos países vizinhos do
Brasil.
Ao longo do ano de 1821, os chamados “arquitetos” do império, como
José Bonifácio de Andrada e Silva, passaram a tramar a adoção do
modelo imperial no Brasil. Em 1822, D. Pedro, filho de D. João VI, optou
por permanecer no Brasil e declarou o país independente de Portugal,
tornando-se o primeiro imperador, sob o título de D. Pedro I. As
instituições do Império, entretanto, só foram efetivamente
estabelecidas e regularizadas com a Carta Constitucional de 1824, ou,
em outros termos, a Constituição de 1824. Uma das principais
características do Império Brasileiro foi tecida nessa Constituição, isto
é, o Poder Moderador, que consistia em um quarto poder que dava ao
imperador a autoridade de apreciar a decisão dos outros poderes.
Período Regencial: D. Pedro I abdicou do trono, na década de 1830, em favor de seu filho, então
com cinco anos de idade. Como a menoridade impedia o então herdeiro do trono de assumir o
cargo de imperador, o governo do Brasil ficou sob a responsabilidade de regentes. A regências
tiveram de articular uma nova configuração política para o Império, além de terem que enfrentar
várias revoltas que eclodiram após a abdicação de D. Pedro I.
Uma das manobras políticas mais ousadas da História do Brasil também foi efetuada no período
da regência: o Golpe da Maioridade, em 1839, que tornou D. Pedro II imperador com apenas 14
anos de idade.