Criado por Nayme Petrus Abi-Abib
mais de 6 anos atrás
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Buscar enxergar as situações da forma mais clara possível e não da forma como queremos, mas sim baseando nossas decisões na racionalidade e não na emoção.
Defender suas crenças tão veementemente, como um soldado, coloca novas ideias ou dados conflitantes ao que você pensa como inimigo. A especialista em racionalidade Julia Galef sugere adotar a mentalidade do batedor para examinar o mundo objetivamente, em vez de usar um modo defensivo. Usando o caso Dreyfus como uma história preventiva, Galef mostra o que acontece quando você aplica a "tendência cognitiva” em vez de ver o que está em sua frente de maneira imparcial. Nos faz refletir a manter uma mente aberta e resistir à tendência de antipatizar com aqueles com crenças diferentes.
No calor de uma batalha, um soldado experimenta fortes sentimentos de autoproteção e de agressão em relação ao inimigo. Batedores do exército, por outro lado, não atacam ou defendem, mas procuram compreender. Eles examinam o campo de batalha e mapeiam a paisagem com a maior precisão possível. O caso Dreyfus fornece um estudo de caso adequado. A descoberta de um pedaço de papel rasgado em um cesto de lixo do exército em 1894 levou os investigadores antissemitas do exército francês a acusarem Alfred Dreyfus, um oficial judeu com um registro impecável, de vender segredos para o inimigo. A comparação de caligrafia foi inconclusiva e a busca na casa de Dreyfus não conseguiu encontrar evidências de qualquer delito. Consideraram que Dreyfus poderia ser o espião, porque ele tinha conhecimento em línguas estrangeiras e uma excelente memória. Dreyfus recebeu uma longa pena de prisão na colônia penal Ilha do Diabo. Os investigadores realmente acreditavam em sua culpa para apoiar a sua condenação. Quando o coronel Georges Picquart teve interesse no caso de Dreyfus, ele percebeu que Dreyfus poderia ser inocente. Ele não deixou que seu antissemitismo influenciasse seu ponto de vista. Picquart descobriu evidências de que a espionagem continuou após a prisão de Dreyfus e que a caligrafia de um outro oficial era mais parecida. Mesmo após 10 anos e um período na prisão, Picquart eventualmente limpou o nome de Dreyfus. Sua busca pela verdade anulou seus preconceitos, a característica principal da "mentalidade do batedor". Batedores se esforçam para ver o mundo objetivamente, mesmo quando o que veem contradiz suas crenças. Eles são curiosos e entendem que mudar de ideia diante de novas informações, não significa que eles são tolos. Eles questionam tudo, incluindo as suas próprias crenças, e não têm medo de admitir quando estão errados. “Precisamos aprender a termos orgulho em vez de vergonha, ao percebermos que podemos estar errados. Precisamos aprender a nos sentirmos curiosos em vez de defensivos, ao nos depararmos com informações que contradigam nossas crenças.”
Na batalha, o soldado experimenta fortes emoções em relação ao inimigo. Batedores do exército, por outro lado, buscam compreender as condições de batalha. As mentalidades do soldado e do batedor servem como uma metáfora para a forma como as pessoas filtram e processam as informações. Em 1894, quando as evidências sugeriram que um espião tinha se infiltrado no exército francês, uma equipe de investigadores antissemitas condenaram o soldado Alfred Dreyfus, um oficial judeu com um registro limpo. Os investigadores do exército francês realmente acreditavam que Alfred Dreyfus fosse culpado, apesar de evidências escassas para apoiarem a sua condenação. Os investigadores agiram com base na “tendência cognitiva”, um fenômeno no qual você filtra a informação conforme as suas crenças subconscientes. Batedores, como o coronel Georges Picquart, que, eventualmente, limpou o nome de Dreyfus, se esforçam para ver o mundo objetivamente, mesmo quando o que eles veem contradiz as suas crenças. Eles questionam tudo e não tem receio de admitirem quando eles estão errados.
No que implicam a “mentalidade do soldado” e a “mentalidade do batedor”? Como essas mentalidades afetam a maneira como as pessoas processam a informação e fazem julgamentos? Como o caso Dreyfus serve como uma história preventiva?
GALEF, Julia. Por que você acha que está certo, mesmo quando está errado. TED, fev/2016. Disponível em <https://www.ted.com/talks/julia_galef_why_you_think_you_re_right_even_if_you_re_wrong?language=pt-br>.
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