Cantos d'Os Lusíadas e Mitificação do Herói

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Notas sobre Cantos d'Os Lusíadas e Mitificação do Herói, criado por Cristiano Jesus em 10-06-2014.
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Canto I Proposição (estâncias 1-3), o poeta apresenta o assunto da sua epopeia.Invocação (estâncias 4-5), dirigi-se às Tágides, pedido-lhes inspiração. (1ª Invocação)Dedicatória (estâncias 6-18), oferece a obra a D.Sebastião. Narração, in media res, quando a viagem dos portugueses ia a meio, "Já no largo Oceano navegavam" (Canto I, estância 19).Consílio dos deuses no Olimpo "Quando os Deuses no Olimpo luminoso,"  (Canto I, estância 20).Cilada de Baco em Quíola. Vénus intervém e afasta os navegadores da localidade Vasco da Gama chega a Melinde. Plano das considerações do poeta: Reflexão sobre os limites da condição humana - efemeridade e circunstâncias da vida.Mitificação do herói: (Canto I, est. 1-3), na qual o poeta menciona aqueles que se propõe cantar: "(. ..) o peito ilustre Lusitano, / A quem Neptuno e Marte obedeceram." "Cesse tudo o que a Musa antiga canta / Que outro valor mais alto se alevanta".  No Consílio dos Deuses no Olimpo (Canto I, est. 19-41), o herói nacional é enaltecido,  "(...) O padre Baco ali não consentia / (...) conhecendo / Que esquecerão seus feitos no Oriente / Se lá passar a Lusitana gente". É o receio de Baco que engrandece a gente lusa, conferindo-lhe um estatuto que culminará com a superação da própria condição humana realizada pelo "bicho da terra tão pequeno”, frágil e impotente perante as forças cósmicas.   Canto II Baco prepara uma embuscada em Mombaça aos Portugueses. Vénus intervém e os portugueses conseguem evitá-la. Suplicação do caminho certo a Deus por Vasco da Gama. Vénus dirige-se a Júpiter pedindo proteção e Júpiter profetiza futuras glórias aos portugueses. Mercúrio através de um sonho indica o caminho certo a Vasco da Gama. Os navegadores chegam a Melinde e o rei pede a Vasco da Gama que conte a História do seu país. Canto III Poeta invoca Calíope pedindo-lhe inspiração para continuar o canto. [2ª invocação (estrofes 1 e 2)] Vasco da Gama começa a contar a História de Portugal. Fala Sobre a fundação lendária do país (Luso e Viriato) e a I Dinastia (de D.Afonso Henriques a D.Fernando) Plano das considerações do poeta: O poder do amor que a todos toca a e transforma (Episódio de Inês de Castro) Canto IV Vasco da Gama continua a contar a História de Portugal ao rei de Melinde mas agora sobre a II Dinastia (desde os qnos que antecederam a subida ao poder D.João I até D.Manuel I). Descreve o momento da saída das naus com destino à Índia (Episódio das Despedidas em Belém) e o discurso de um velho que se opõe à viagem (Episódio do Velho do Restelo). Plano das considerações do poeta: Reflexão sobre a procura insensata da fama e a ambição desmedida, que trazem consequências dolorosas para a humanidade. Canto V Vasco da Gama prossegue o seu discruso ao rei de Melinde e relata-lhe os diversos perigos e dificuldades por que passaram:             -Fenómenos naturais do Fogo de Santelmo e da Tromba Marítima. "Contar-te (...) / Causas do mar, que os homens não emendem”', "Os casos vi (...)". "Vi, claramente visto (...)" e "Eu o vi certamente (...)             -Confronto com o Adamastor (Episódio do Adamastor)             -Epidemia de escorbuto que afetou a tripulação Fim da narrativa de Vasco da Gama ao rei de Melinde. Plano das considerações do poeta Reflexão sobre a desvalorização da poesia e da cultura pelos portugueses. Mitificação do herói (“Vejam agora os sábios na escrita / Que segredos são estes de Natura!” ‑ V, es. 22). Nestes episódios, a mitificação do herói reside na questão da superação do medo e no desvendar dos segredos da natureza. O discurso do Adamastor funciona como um elogio supremo aos nautas que inicialmente é ouvido com receio mas que depois mais tarde conseguem superá-lo, determinando a vitória dos humanos sobre a natureza. O sofrimento e a dor dos marinheiros que morreram devido ao escorbuto, outro elemento que contribui para a referida mitificação ‑ o homem que dá a sua vida pela pátria.  Canto VI A armada sai de Melinde em direção à Índia. Consílio dos deuses marítimo, Baco propõe dificultar o caminho aos Portugueses. Eolo lança ventos fortes e uma violenta tempestade afeta os Portugueses. [Episódio A Tempestade  (Canto VI, estrofes 70-91).]Vasco da Gama suplica ajuda a Deus. Vénus intervém com a ajuda das ninfas e a agitação termina e o ambiente acalma-se. Os marinheiros avistam Calecute e Vasco da Gama agradece a Deus. Plano das considerações do poeta Reflexão acerca do valor da fama e da glória e dos meios para as alcançar.  Canto VII Chegada da armada portuguesa a Calecute Plano das considerações do poeta: Elogio do espiríto de cruzada por parte dos Portugueses, censura aos outros países que não se dedicam à expansão da fé cristã com afinco. São recebidos pelo Catual e pelo Samorim. Catual visita a nau e pede a Paulo da Gama uma explicação sobre as figuras nas bandeiras. No final do canto o poeta invoca as ninfas do Tejo e do Mondego (Canto VII, estrofes 78-84) e dá-lhes a conhecer a sua tristeza por não ser reconhecido o seu mérito. Canto VIII Paulo da Gama esclarece o Catual sobre ao significado das figuras nas bandeiras. Baco interfere e em sonhos induz num sacerdote maometano a ideia de que os Portugueses se encontram na Índia com o objetivo de roubar. Catual chantagei-a os Portugueses, exingindo-lhe as fazendas que transportavam em troca de permissão para partir. Plano das considerações do poeta Reflexão sobre a traição pelo poder do ouro. Canto IX Inicia-se a viagem de regresso a Lisboa. Os Portugueses são confrontados pela Ilhas dos Amores (Episódio da Ilha dos Amores), preparada por Vénus para recompensar o esforço e a dedicação dos marinhos, tendo como prémio máximo o casamento com as ninfas. Plano das considerações do poeta Reflexão sobre o verdadeiro caminho para atingir a fama. Mitificação do herói "Os Deuses faz descer ao vil terreno / E os humanos subir ao Céu sereno". "As mãos alvas lhe davam como esposas" e onde "Divinos os fizeram, sendo humanos"O mito da Ilha dos Amores surge, assim, como algo que, de facto, não existe, mas que funciona ao nível do inconsciente colectivo, como a realização dos desejos humanos associados ao ideal de uma recompensa merecida, pois o mérito é real.  Canto X Os marinheiros desfrutam do banquete. O poeta invoca Calíope, pedino-lhe que ajude a terminar o canto (4ª invocação Canto X, estrofes 8 e 9) Tétis apresenta a Máquina do Mundo a Vasco da Gama, destacando os pontos onde os lusitanos ainda chegarão. Dão-se as despedidas e recomeça a viagem de regresso a Portugal. Plano das considerações do poeta Lamentações do poeta pela falta de reconhecimento pátrio e crítica amarga ao estado de decadência moral do país ("No gosto da cobiça e na rudeza / D'ua austera, apagada e vil tristeza."), exortação a D.Sebastião ao cometimento de novos feitos gloriosos e a disponibilidade para servir o país pelas armas e pela escrita. Mitificação do herói No Canto X, a ascensão dos heróis humanos na escala existencial é consumada, quando Tétis mostra a Vasco da Gama a máquina do mundo.

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