Willys de Castro (Uberlândia MG 1926 - São Paulo SP 1988). Pintor, gravador, desenhista, cenógrafo, figurinista, artista gráfico. Muda-se para São Paulo em 1941, onde estuda desenho com André Fort. Entre 1944 e 1945, trabalha como desenhista técnico e, em 1948, forma-se em química. Em 1950, inicia estágio em artes gráficas e realiza suas primeiras pinturas e desenhos abstrato-geométricos. No ano de 1953, passa a executar obras de cunho construtivista. No ano seguinte, funda com Hércules Barsotti um estúdio de projetos gráficos e participa do movimento Ars Nova, realizando poemas concreto-visuais apresentados no Teatro Brasileiro de Comédia - TBC. É co-fundador da revista Teatro Brasileiro, em 1955. Faz cenários, figurinos e peças para o Teatro de Arena e o Teatro Cultura Artística. Em 1957, recebe prêmio da Associação Paulista de Críticos Teatrais e trabalha como conselheiro-técnico da revista Vértice. Em 1958, viaja a estudo para a Europa e, no ano seguinte, ao voltar une-se ao Grupo Neoconcreto do Rio de Janeiro, ao lado de Hércules Barsotti, Ferreira Gullar, Franz Weissmann , Lygia Clark , entre outros. Entre 1959 e 1962, realiza a série Objetos Ativos, trabalhos que exploram o plano e o volume como elementos plásticos, questionando a utilização da tela enquanto suporte da linguagem pictórica. No início dos anos 1960, integra o Conselho Artístico da Galeria de Artes das Folhas e a Association Internationale des Arts Plastiques da Unesco, em Paris. É co-fundador e membro da Associação Brasileira de Desenho Industrial - ABDI e do Grupo Novas Tendências. De 1966 a 1967, projeta estampas para tecidos voltados a produção industrial. Na década de 1980, inicia pesquisa de construções em madeira, metal, inox e outros materiais, com efeitos de cor e movimento, os Pluriobjetos.
Willys de Castro realiza suas primeiras pinturas no fim da década de 1940 e, a partir de 1950, trabalha com abstração geométrica. Em 1954, funda com o artista Hércules Barsotti (1914) o Estúdio de Projetos Gráficos, no qual trabalha até 1964. Dedica-se à programação visual e a projetos de padronagens para tecidos. Nas décadas de 1950 e 1960 trabalha também na confecção de cenários e figurinos para teatro. A produção do artista, na segunda metade da década de 1950, relaciona-se à dos artistas do movimento concreto. Denomina suas obras simplesmente de Pinturas, numerando-as ou indicando tratar-se de segunda ou terceira versão. Trabalha com um número deliberadamente restrito de questões: equilíbrio, tensionamento e instabilidade.
Willys de Castro