Zusammenfassung der Ressource
Relações Interpessoais e
Disciplina em Contexto Escolar
- Modelo de Gordon
- Pretende fomentar uma boa relação entre professores e alunos, uma relação
aberta e transparente, uma relação assente: na preocupação pelo outro (caring),
na interdependência e na satisfação de necessidades mútuas, na demarcação
que permite ao outro crescer na sua individualidade, i.é., na auto-direcção,
auto-responsabilidade, autocontrolo, autodeterminação, auto-avaliação.
- O uso sistemático destas competências, por parte dos educadores,
permite que a criança ou o adolescente observe e participe em processos
de comunicação, que vai assimilando quer através de processos de
modelação, quer do treino que tais situações lhe oferecem.
- Baseado no Cognitivismo e na
Abordagem Centrada na Pessoa
- Pressupõe que o jovem se desenvolve num ambiente de empatia,
compreensão, afecto, aceitação e abertura; explorando os seus próprios
pensamentos e sentimentos e tomando as suas próprias decisões.
- Requer autenticidade, disponibilidade,
respeito pela privacidade
- Exige técnicas como: escuta activa, resolução
de problemas, confronto, resolução de
conflitos (ambos se envolvem na procura de
soluções aceitáveis), mensagens “eu”
- Deve expressar de que forma a
manutenção do comportamento interfere
com os direitos e liberdades do outro
- Etapas do processo:
- Definir o problema: Clarificar que se pretende encontrar nova forma de lidar
com a situação; Envolver só os alunos que são parte do problema; Assegurar
que alunos querem mesmo entrar no processo; Usar mensagens EU; Usar
escuta activa para que outros expressem suas necessidades.
- Em vez de frases Tu (e.g., pára de fazer
barulho), deve transmitir os sentimentos
pessoais do Eu (e.g., o barulho incomóda-me)
- Comportam riscos de revelação da intimidade e de
automodificação. Por vezes o próprio professor
tem de mudar ao fazer uma análise cuidada.
- Gerar possíveis soluções: Não avaliar as soluções propostas;
Encorajar participação de todos; Não pedir justificação das ideias.
- Avaliar as soluções: Começar com questões abertas; Riscar soluções que
alguém rejeita, incluindo o próprio; Escuta activa; Uso de mensagens do
eu; Encorajar a argumentação a favor das próprias propostas.
- Decidir que solução é a melhor: Não votar, procurar o
consenso; Testar soluções propostas; Escrever o acordo.
- Determinar como implementar a decisão: Escrever as
decisões sobre quem e como e quando faz o quê
- Avaliar quão bem a solução resolveu o problema
- Corrente de Gestão da Sala de
Aula - A Importância das Regras
e a Função dos Desvios
- O papel das regras e o comportamento normativo
do professor é o eixo central do bom clima na sala
de aula para a corrente Classroom Management
- Também a sociologia vê as
regras e o seu reforço, ao nível
microssociológico, como
expressão do Ethos da escola
- Burns (1985) considera que nas escolas com baixa disciplina há falta de
acordo entre os professores, inconsistência na aplicação de regras e falta de
comunicação de quais as regras que se espera que sejam cumpridas
- A inconsistência normativa do professor sobressai nos estudos
de opinião dos alunos sobre os problemas disciplinares
- Para Cullinford, ao deixarem o 1º ciclo as crianças já conhecem a fragilidade
e a necessidade das regras, e já aprenderam a manipular o professor
- Relações entre o sistema de regras e a produção pedagógica em sala
de aula: As funções pedagógicas dos comportamentos de indisciplina.
- Função de proposição: comportamentos com o
fim de mudar, suavizar, facilitar ou resistir à tarefa.
- Função de evitamento: permite que o aluno evite temporariamente
ou durante toda a aula a tarefa atribuida pelo professor.
- Função de obstrução: Traz um ruptura total ou
parcial do funcionamento afectando toda a turma
- Função de contestação: põe em causa directamente a autoridade do
professor. Exige deste uma posição de força ou de recuo.
- Função de imposição: visa não apenas contestar a organização
estabelecida mas impôr uma contra-organização.
- Os Problemas da Relação
- Independentemente dos factores relevantes em cada caso, os comportamentos
desviantes pretendem contestar valores, regras, exigências e práticas, e são
necessariamente diferentes da relação e interacção pedagógica.
- Toda a contestação exercida pelo aluno é contra aquilo que do seu ponto
de vista são as razões do seu insucesso e por isso deseja ver alterado.
- Agressão, Insulto e Grosseria é responsabilidade de "alunos-caso"
na relação com professores com baixa assertividade
- As réplicas à acçáo disciplinadora são comportamentos verbais e
não-verbais que exprimem insolência em resposta a avisos, chamadas
de atenção, reprimendas e castigos. Estes ocorrem habitualmente
depois de já terem ultrapassado os limites e são considerados por
professores e alunos como agravantes das situações anteriores.
- Desobedecer ao professor são os comportamentos que consistem na recusa
ou resistência ao cumprimento de ordens, e no incitamento à desobediência.
- O desvio ou dano da propriedade do professor ou da instituição é visto por professores e alunos como sendo de
extrema gravidade, sendo o número de alunos que se envolve neste tipo de problemas muito limitado. Também são
mais comuns em "turmas-caso" e com professores determinados. Só uma análise próxima e contextual permite
decifrar quer a falta de assertividade do professor, quer a necessidade do aluno de chamar a atenção.
- Os Bons e Maus Organizadores da Sala de Aula
- Alguns autores colocam em evidência o
planeamento dos primeiros dias,
sublinhando que os que se antecipam
aos problemas levam mais tempo a
estabelecer regras e a construir um bom
clima de grupo. Emer e Evertson (1984) e
Doyle (1986) caracterizam os professores
como bons e maus organizadores.
- Bons Organizadores
- Estabelecem bem as regras e dão
directivas precisas. Apresentam
claramente as expectativas quanto ao
comportamento. Respondem aos
comportamentos com consistência,
intervêm prontamente para parar
desvios e utilizam frequentemente as
regras para lidar com a indisciplina
- Maus Organizadores
- Utilizam regras vagas e não reforçáveis, e
dão directivas pouco precisas. Comunicam
ambiguamente as suas expectativas, são
inconsistêntes nas suas respostas,
ignoram comportamentos de indisciplina,
não evocam as consequências dos
comportamentos e são lentos na reacção.