MECANISMO DE DESENCADEAMENTO DO PARTO

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MECANISMO DE DESENCADEAMENTO DO PARTO
  1. O parto corresponde a expulsão de um ou mais conceptos a termo (com capacidade de sobrevivência fora do ambiente materno) resultante da ação conjunta neuro-hormonal e mecânica que prepara a mãe (via materna) para a expulsão do feto.
    1. No período que antecede o parto (pré-parto) ocorre a maturidade feto-placentária em sincronismo com a função glandular mamária garantindo a vida do recém nato.
      1. Quando este parto ocorre de forma natural ou fisiológica (eutocia) segue-se um pós-parto caracterizado por uma rápida involução uterina e um rápido retorno da atividade ovariana cíclica.
        1. No parto normal ou laborioso, pode ocorrer um atraso na involução uterina e retorno à ciclicidade normal.
    2. Existem várias teorias para explicar o desencadeamento do parto, no entanto, se aceita-se um desencadeamento dependente da maturação do eixo hipotámo-hipofisário-adrenal do feto que responde adequadamente ao estresse percebido por ocasião do fim da gestação produzindo cortisol que desencadeia uma cascata de eventos que culmina com a expulsão do feto.
      1. O estresse do feto é gerado pelo desconforto existente no ambiente uterino dado ao seu volume e o pouco espaço disponível.
        1. Fisiologicamente o feto responde ao estresse produzido e liberando o Hormônio de liberação de corticotrofina que age sobre as células corticotróficas da hipófise determinando a liberação de ACTH (Hormônio adrenocorticotrófico) que age sobre a adrenal fetal resulatndo no aumento de cortisol na circulação fetal.
          1. SUÍNOS
            1. Na espécie suína, a progesterona é o hormônio responsável pela preservação das contrações uterinas e manutenção da gestação a termo. A manutenção dos corpos lúteos e consequentemente produção da progesterona requer a contribuição de fatores luteotróficos, tais como LH e prolactina, bem como a prevenção da secreção de PGF2alfa, responsável pela luteólise.
          2. CANINOS
            1. Ocorre o aumento de cortisol fetal em um período de 8 a 24 horas antes do parto, além disso ocorre uma diminuição de progesterona horas antes do parto. A partir da presença do cortisol fetal ocorre a produção placentária de esteroides, que leva a liberação de prostaglandina F2 alfa em resposta ao cortisol fetal que leva a luteólise.
        2. Fatores hormonais: CRH, ACTH, cortisol, baixa de P4, alta de E2, PGF2 alfa, ocitocina e relaxina.
          1. Fatores mecânicos: contrações miométricas e abdominais, compressão de feto sobre a cervix.
            1. Fatores nervosos: são os estímulos originados na cervix que atigirem o hipotálamo.
            2. A medida que o parto se aproxima a concentração de cortisol cresce de forma gradual. O nível aumentado de cortisol na circulação ativa o sistema que converte a progesterona e pregnenolona até então produzidas pela placenta em estradiol.
              1. O aumento na concentração de Estradiol pela placenta inicia os eventos que vão levar a lise do corpo lúteo gestacional e preparar o útero para uma maior propriedade de contractilidade.
                1. Isso se faz pela estimulação no útero para a produção da luteolisina (PGF2 alfa) e pelo aumento na sensibilidade dos receptores uterinos a ocitocina.
                  1. Neste momento ocorre a ação hormonal da PGF 2 alfa que além de lisar o corpo lúteo tem propriedade mio-contrátil uterina determinando a compressão e lançamento do feto de encontro com a cérvix.
                    1. Isso leva o desencadeamento de impulsos nervosos que agem nos centros medulares espinhais e dalí são transmitidos ao Hipotálamo que responde produzindo e liberando grandes quantidades de ocitocina.
                      1. Para que se aumente as contrações uterinas ocorre o aumento de E2, diminuição de P4, aumento de ocitocina, receptores mais sensíveis e as tornam mais coordenadas e mais frequentes a medida que se aproximam do momento do parto.
                        1. Junto ao preparo do útero para garantir maior capacidade de contração ocorre o preparo do canal do parto com relaxamento da cérvix, dos ligamentos pélvicos e uma dilatação generalizada do canal do parto se faz evidente entre 1 e 2 dias antes do parto.
                          1. Deve ser considerado ainda a relaxina de origem ovariana que é produzida pelas células luteinizadas da granulosa, que tem sido implicada na regulação deste processo de relaxamento das partes moles, assim como o estrogêno e a PGF2 alfa.
                            1. Nos 15 a 20 dias que antecedem o parto, sob a ação do E2, PGF2 alfa e relaxina inicia-se o relaxamento dos ligamentos sacroisquiático e sacroilíaco, provocando uma parente elevação da inserção da cauda, além do aumento de volume da glândula mamária.
                              1. Um a dois dias antes do parto estes sinais se intensificam e os tecidos moles, vulva e vagina tornam-se aumentadas, edematosos, flácidos e relaxados.
                                1. EQUINOS
                                  1. A ocitocina aumenta progressivamente próximo do parto, então uma liberação maciça acionada por um estímulo mecânico que promove a síntese de PGF2 alfa. A ação conjunta desses hormônios resulta na expulsão do feto.
                                    1. Paula Andresa da Silva Nery-04033820-8NMA/Manhã.
                            2. RUMINANTES
                              1. O parto é iniciado pela luteólise induzida pela PGF2 alfa. O cortisol fetal estimula a liberação de PGF2 alfa no útero. E, ocorre outras trocas endócrinas como em ovinos e caprinos.
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