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O setor de serviços teve seu pior desempenho da história em 2020. A queda acumulada foi de 4,5%, destaque negativo pelo lado da oferta entre todos os segmentos do PIB do ano passado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao todo, o PIB recuou 4,1% em 2020.
Os serviços são especialmente importantes pelo peso que têm na economia do Brasil: representam mais de 70% de toda a atividade do país e empregam 55 milhões de brasileiros.
O resultado negativo registrado em 2020 é consequência direta do descontrole da pandemia da Covid-19, que impossibilitou o retorno à normalidade de atividades que demandam a presença física dos consumidores.
O confinamento para conter o vírus impactou principalmente os serviços prestados às famílias (restaurantes, bares e hotéis, entre outros), que tiveram queda de 35,6% no ano passado, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (que não inclui entre os serviços os dados do comércio, como acontece com o PIB).
Houve recuos significativos também em serviços profissionais, administrativos e complementares, de -11,4%, e em serviços de transporte, que recuaram 7,7% — com destaque para o subitem de transporte aéreo, que teve queda de 36,9% no período.
Economistas já revisaram os cálculos do PIB de 2021 em virtude do passo lento das vacinações e da retirada de programas de distribuição de renda. O setor de serviços, o mais dependente da imunização e também do poder de consumo do brasileiro, deve continuar sofrendo bastante no primeiro semestre.
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