Síndromes isquêmicas (tratamento)

Adjunto:

• Síndromes isquêmicas (Introdução)

1. Agda Mesquita e Luana Mendes - MedUespi35 - 2018.2
   1. Alteração enzimática (nos infartos)
      1. Mioglobia: primeiras 2h; pouco específica.
         1. Troponina: quase 100% de especificidade; são específicas do coração.
            1. Se eleva em 4-6h; mantém pico por 15 dias; é ruim para reinfarto.
            2. Paciente com dor típica precordial e troponina elevada já tem indicação para estratificação invasiva precoce.
            3. Paciente com dor típica com 45 anos DM, tabagista, HAS e/ou obeso + troponina e ECG normais -> NÃO LIBERAR
               1. CONDUTA: nitrato + O2 (se SpO2 < 90) -> se ECG e enzimas ainda inalterados, repetir a cada 6h
                  1. Se alterar nas primeiras 24h -> fazer estratégia invasiva precoce
                  2. Se não alterar nas primeiras 24h -> solicitar investigação não invasiva (cintilografia de perfusão e teste ergométrico).
            4. CK(MB) massa: 100% de especificadade.
               1. CK(MB): pico em 24h e normaliza em 4-6 dias.
                  1. Boa para diagnóstico de reinfarto!
               2. Se eleva em 4-6h do início; pico em 18h; normaliza em 48-72h.
         2. Tem pico às 4h e desaparece às 6h. OBS: no Medcurso -> pico 6-9h e normaliza 12-24h.
2. Infarto sem Supra de ST (subendocárdica) e angina instável

   Nota:

   • A diferença entre as duas entidades é apenas a alteração enzimática. Os níveis se alteram (se elevam) apenas no infarto sem supra de ST.
   1. Farmacológico
      1. NITRATO
         1. não altera sobrevida, apenas faz alívio da dor.
      2. AAS
         1. Inibe a COX. Diminui mortalidade. Uso OBRIGATÓRIO.
      3. Beta-bloqueadores
         1. Reduzem consumo de O2 pelo miocárdio e FC. Uso Classe I, evidência A.
   2. Suboculsão das coronárias.
3. Infarto com Supra de ST (transmural ou subepicárdico)
   1. Oclusão total das coronárias.
   2. REPERFUSÃO
      1. 1ª LINHA: Angioplastia (índice de reperfusão: 96%)
         1. Faz-se stent + dupla antiagregação.
            1. Stent farmacológico
               1. Reestenosa menos (1-2%), mas trombosa mais.
               2. Dupla antiagregação por ano -> AAS + clopidogrel -> depois mantém só com AAS.
            2. Stent não farmacológico
               1. Reestenosa mais (8%), mas trombosa menos.
               2. Dupla antiagregação por 1 mês (AAS + clopidogrel) -> depois mantém com AAS
      2. 2ª LINHA: Trombólise
         1. Outros fármacos: rtPA (mais específica para trombos coronários) e uroquinase.
         2. Estreptoquinase (índice de reperfusão: 50%)
            1. Intervalo terapêutico: só usar nas primeiras 12h! (mais eficaz nas primeiras 6h)
            2. Indicações: intervalo porta-balão > 90 min
            3. Contra-indicações: AVCH, úlcera gástrica, cirurgia de grande porte nas últimas 24h. Contraindicação relativa: > 75 anos.
            4. Se não reperfundiu, pode-se tentar angioplastia de resgate com stent.
      3. É mandatório usar Heparina junto com a angioplastia ou com a trombólise (obs: contraindicado se estreptoquinase + AAS)
      4. A reperfusão faz arritmias que podem evoluir para malignidade, por isso deve-se manter o pct monitorizado.
   3. MONAB
      1. Morfina
      2. O2: manter SpO2 > 90%; objetivo: reduzir área isquêmica.
      3. Nitrato: vasodilatador direto venoso; só diminui morbidade.
      4. AAS
         1. Usar o clopidogrel em conjunto -> dupla antiagregação.
      5. Beta-bloqueador
   4. Outros medicamentos para uso na fase precoce que diminuem mortalidade
      1. Estatinas
         1. Atorvastatina e Rosuvastatina.
         2. Diminui a produção de LDL e é antiinflamatório.
      2. iECA
         1. Previne remodelamento do miocárdio.
         2. Captopril e companhia.
      3. Bloqueadores do receptor AT1 (BRA)
         1. Previne remodelamento do miocárdio.
         2. Losartana e valsartana.