Situação de Falência do
sistema cardiocirculatório
Quando não se consegue manter
suficiente sangue circulando para
todos os órgãos do corpo
Condição de extrema gravidade, cuja a
identificação e o atendimento fazem
parte da abordagem primária
Uma vez atingido certo nível de
severidade, o paciente não será salvo
Todo esforço da equipe deverá ser feito para
identificar o choque, tomando medidas
necessárias e transportando a vítima
rapidamente ao tratamento definitivo no hospital
Vítima de trauma que recebe tratamento
definitivo no hospital em até uma hora após
sofrer a lesão tem maior chance de sobrevida
Mecanismo do choque
Quando há uma falha em qualquer um dos componentes
cardiovasculares poderá provocar falha na perfusão tecidual
(troca de nutrientes, gases e impurezas), levando ao choque
Pode estar relacionado a:
Coração - falha de bomba
Sangue - perda de sangue ou plasma
Dilatação dos vasos sanguíneos - capacidade
dos sistema circulatório muito maior que o
volume de sangue disponível para enchê-lo
Com a diminuição da perfusão tecidual, os
órgãos terão sua função prejudicada
Falha na circulação cerebral leva a diminuição da
consciência, nos rins diminuem o débito urinário e o
coração aumenta os batimentos, num esforço para
manter o fluxo de sangue para órgãos vitais
No agravamento do choque o músculo cardíaco
desenvolve bradicardia e parada cardíaca
Choque hipovolêmico
Tipo mais comum de choque
Diminuição acentuada do volume de sangue, que
causa débito cardíaco e reduz toda a circulação
Fatores: hemorragia interna e externa;
perda de plasma devido a queimaduras,
contusões e lesões traumáticas; perda de
líquido pelo trato gastrointestinal devido
a desidratação (vômito e diarréia)
Seu reconhecimento precoce e cuidado
efetivo pode salvar a vida do paciente
Seu tratamento definitivo
consiste em reposição de líquidos
(soluções salinas ou sangue)
Os sinais e sintomas podem variar e
não aparecer nas vítimas. O mais
importante é suspeitar e estabelecer os
cuidados antes que se desenvolvam.
São eles: Ansiedade e inquietação; náusea e vômito; sede, secura na
boca, língua e lábios; Fraqueza, tontura e frio; queda acentuada da
pressão (PA menor que 90mm/Hg); respiração rápida e profunda (no
agravamento se torna superficial e irregular); pulso rápido e fraco
em casos graves; Enchimento capilar acima de 2 segundos;
Inconsciência parcial ou total; Pele fria e úmida; palidez ou cianose
(pele e mucosas acinzentadas) e; olhos vitrificados, sem brilho e
pupilas dilatadas (sugerindo apreensão e medo)
Socorrista deve providenciar profissional
médico à cena do atendimento ou
transporte rápido para o hospital
Choque cardiogênico
Incapacidade do coração de
bombear sangue de forma efetiva
Ocorre em: infarto agudo do miocárdio;
Arritmias cardíacas; Tamponamento
pericárdio (restrição de expansão do coração)
Sintomas semelhantes ao choque
hipovolêmico, pulso pode estar irregular
Administrar oxigênio e, se necessário,
manobras de reanimação
Frequentemente respira melhor sentada
Neurogênico
Falha do sistema nervoso em
controlar o diâmetro dos vasos
Consequência de lesão na medula espinhal,
interrompendo a comunicação ente o cérebro e os
vasos sanguíneos, resultando em perda da
resistência periférica e dilatação da rede vascular
Com o leito vascular dilatado não existirá sangue
suficiente para preencher a circulação, havendo
perfusão inadequada de órgãos
Choque psicogênico
Mecanismo semelhante ao choque neurogênico,
aparece em condições de dor intensa,
desencadeado por estímulo do nervo vago
Característica principal é a braquicardia inicial
seguida de taquicardia na fase de recuperação
O paciente se recupera espontaneamente
se colocado em decúbito dorsal
Choque anafilático
Reação de algo que o paciente é
extremamente alérgico, ocorrendo
segundos ou minutos após contato com a
substância que o paciente é alérgico
Sinais e sintomas: Pele avermelhada
com coceira ou queimação; edema de
face e língua; respiração ruidosa e difícil
devido a edema de cordas vocais; e
queda de pressão arterial, pulso fraco,
tontura, palidez e cianose e até o coma
Necessita de medicação de
urgência administrada por médico
Cabe ao socorrista: Dar suporte a vida da
vítima (manter vias aéreas e oxigenação); e
providenciar transporte rápido ao hospital
que deverá ser comunicado antecipadamente
Choque séptico
Em uma infecção severa, que toxinas são
liberadas na circulação, provocando dilação
dos vasos sanguíneos e consequente aumento
da capacidade do sistema circulatório
Ocorre a perda de plasma pela
parede dos vasos, diminuindo
o volume sanguíneo
Ocorre em pacientes hospitalizados, sendo
excepcionalmente visto por socorrista de
atendimento pré-hospitalar