Enogastronomia aula 3 (N1)

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Enogastronomia Flashcards on Enogastronomia aula 3 (N1), created by fe ax on 28/09/2018.
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Question Answer
PORQUE O CARVALHO? Carvalho – madeira fina em língua celta. Flexível para a montagem de barris. Porosidade na medida certa Nível de taninos aceitável. Deve amadurecer por 36 meses sob sol e chuva para lavar os taninos duros. Procede hidrólise e oxidação ao ar livre. Traços aromáticos suaves. Se bem utilizado não macula o vinho, mas auxilia no melhoramento aromático.
POR QUÊ USAR O CARVALHO? 2000 ANOS DE HISTÓRIA MADEIRA MOLDÁVEL, RESISTENTE. CARVALHO-PROFUNDIDADE, COMPLEXIDADE, INTENSIDADE. ESTRUTURA TÂNICA. PESO ALCOÓLICO E EVAPORAÇÃO. PRESENÇA DE FENÓIS-AROMAS DE BAUNILHA, CHÁ, TABACO, DULÇOR.
DECOBERTAS RECENTES Coextração – necessidade de um cofator vindo do carvalho(ác.Gálico). Ác. Gálico – auxilia na extração de corantes, taninos e sabores. Carvalhos amadurecidos em estufas são de menor qualidade e liberam taninos mais adstringentes, cumarina(amargo), e são mais pobres em substâncias odoríferas como lactonas, eugenol, vanilla.
DECOBERTAS RECENTES 2 A tosta e o álcool liberam a lignina da madeira para o líquido. A Hemicelulose – São Polissacaríedos ligados à celulose por pontes de Hidrogênio. São 5 polissacarídeos: 3 Hexoses: glucose, galactose e monose. 2 pentoses: xilose e arabinose. Lignina: é um polímero com alto peso molecular e aromático. Aldeídos fenólicos derivam da lignina: vanilina(baunilha), guaiacol(defumado), eugenol(cravo).
AMADURECIMENTO Reações de Óxido-redução. Melhora na textura dos taninos. Microoxigenação. Alteração da palatabilidade. Interferência da madeira nos sabores e aromas do vinho.
ALTERAÇÕES FÍSICO-QUÍMICAS NO VINHO Presença do oxigênio reduz o tamanho das moléculas de taninos. Mistura dos componentes intracelulares das leveduras no vinho. Oxirredução – necessidade de oxigênio na medida certa para cada tipo de uva. Alterações de aromas e sabores.
TANINOS Moléculas de defesa da uva. Variações no tamanho da cadeia molecular. Moléculas maiores-maior sensação rasgante. Moléculas menores-mais agradáveis ao paladar.
MICROOXIGENAÇÃO Reações de oxidação lentas. Mudanças de aromas e textura. Agregamento de aromas terciários. Influência direta do tipo de carvalho.
CARVALHO FRANCÊS Quercus Pedunculata ou Robur(Limousin – menor qualidade) e Quercus Sessili(Vosges, Allier, Tronçais). Produção a partir de 150 anos. Maior quantidade de polifenóis(corpo e estrutura) e mais aromas. Menos poroso- menor troca gasosa.
CARVALHO AMERICANO Quercus Alba(leste dos EUA- Pensilvânia, Minnesota e Wisconsin) Produção a partir de 60 anos. Baixos índices Fenólicos(menor estrutura) e menos complexos aromáticos. Mais poroso- trocas gasosas mais acentuadas entre os vinhos e o meio. Usado para vinhos mais simples. Notas de coco, baunilha, manteiga e aromas adocicados.
CARVALHO HÚNGARO Usado muito em vinhos de Bordeaux. Agrega sensação de volume e textura ao vinho. Região da Eslavônia, localizada na Croácia é mais granuloso e maior micro-oxigenação. Aumenta a longevidade dos vinhos.
INFLUÊNCIA DO TIPO DE TOSTAGEM DO CARVALHO NO VINHO Tostagem mínima Tostagem média Tostagem alta
TOSTAGEM MÍNIMA (CARVALHO) Tempo de tosta: 5 min. Pouca influência aromática no vinho. Menor dulçor ao vinho. Usado para vinhos brancos leves. Envelhecimentos prolongados. Vinhos fortificados.
TOSTAGEM MÉDIA (CARVALHO) Mais utilizado. Variações de vinhos menos taninosos a mais taninosos. Usado para vinhos brancos. Variação no tempo de contato com carvalho.
TOSTAGEM ALTA (CARVALHO) Tempo de tosta: 20 min. Maior presença de açúcares. Maior sabor de defumados. Vinhos mais pesados suportam essa tostagem. Usado por curtos períodos.
TAMANHO DAS GARRAFAS ½ GARRAFA-375ML. 1 GARRAFA-750 ML. MAGNUM-1,5L. JEROBOAM-3L. MATUSALÉM-6L. SALMANAZAR-9L. BALTAZAR-12L. NABUCODONOSOR-15L. MELQUIOR-18L. SALOMÃO-20L.
INFLUÊNCIA DO TAMANHO DAS GARRAFAS NA QUALIDADE DO VINHO Menos trocas gasosas. Maior longevidade. Mais tempo para acertar taninos mais duros(desvantagem). Maior espaço para guarda. Não há adegas portáteis com espaço pra essas garrafas. Maior custo para guarda.
EMBALAGENS POUCO CONVENCIONAIS Bag-box. Latas de alumínio. Barris de metal.
EMBALAGEM BAG BOX Menor custo por ml. Maior facilidade de estocagem e transporte. Menor chance de quebra e perda do vinho. Maior durabilidade da bebida após aberto. Pode ser vendido em taças em restaurantes sem perda da qualidade do produto. O vinho não evolui dentro destas embalagens. Resistência do público em aceitar tais embalagens. Não tem o charme das garrafas.
EMBALAGEN- LATA Vinhos simples ou de uvas não viníferas. Vinhos não evoluem dentro desta embalagem. Baixo custo com embalagem. Vinhos doces e gaseificados. Bebidas mistas de vinho. Popularização da bebida.
ROLHAS Feitas de cortiça ou silicone. Sobreiro-Portugal. Características físicas-Expansão ao molhar. Bouchoné ou doença da rolha( fungo Armillaria Mellea) Parasita do sobreiro.
MELHORIAS TÉCNICAS DAS ROLHAS Atualmente: Menos de 1% das rolhas são contaminadas com TCA(2,4,6Tricloroanisol). 6 nanogramas de TCA por litro é capaz de contaminar um vinho.
SISTEMA NDtech Analisa a presença de TCA por cromatrografia. A partir de 0,5 nanogramas de TCA/litro já é percebido pelo processo. Investimento de 10 milhões de Euros.
SISTEMA DS 100 Cada rolha é inspecionada pelo aparelho e detecta desvios sutis. A empresa garante a compra do vinho caso ele se contamine com o TCA. 40 milhões de rolhas são feitas por ano em Portugal. 40 bilhões de garrafas são arrolhadas todo o ano no mundo.
CURIOSIDADE Alexandre Schmitt (consultor de vinhos e perfumista) desenvolve pesquisa sobre a influência de barricas de carvalho na formação do aroma do vinho. O objetivo é desenvolver uma referência molecular de como os aromas são transferidos ao vinho e dar ao produtor o direito de escolha das barricas pelo produtor. (REVISTA ADEGA. NUM. 111)
TÉCNICAS DE VINIFICAÇÃO Vinificação sem temperatura controlada. Vinificação com temperatura controlada.
PASSO A PASSO DA VINIFICAÇÃO Colheita > Desengaçamento > Prensagem > Mosto > Adição de leveduras > Fermentação > Remontagem > Trasfega > Controle de Temperatura > Vinho > Filtragem e clarificação > Trasfega > Amadurecimento > Engarrafamento > Guarda .
COLHEITA Ao amanhecer ou anoitecer. Transporte refrigerado. Colheita manual-Ideal. Pouco volume por vez. Grau Brix.
PRENSAGEM Apenas mosto flor. Prensas pneumáticas. Processo rápido. Pouco ou nenhum contato com o ar. Uso de sulfitos pra manter a sanidade.
OBTENÇÃO E ESTABILIZAÇÃO DO MOSTO Controle de temperatura. Inibição de leveduras indesejadas-sulfitos.
USO DE LEVEDURAS Leveduras selecionadas conforme o tipo de vinho a ser produzido. Saccharomyces cerevisae. Fermentação induzida pela temperatura. Produção de CO2 e álcool Controle de temperatura.
CONTROLE DE TEMPERATURA Tintos e Rosés- até 28ºC. Brancos –até 22ºC. Uso de Tanques de inox com cintas metálicas. Solução Hidro alcoólica.
OBTENÇÃO DO VINHO Após o período de fermentação ser completado, temos o vinho sem filtragem. Sedimentos turvam a bebida que deverá ser filtrada. Às vezes, por escolha do enólogo, não se faz a filtração por questão de estilo de bebida.
REMONTAGEM Movimentação do vinho de baixo pra cima. Aumenta a extração da cor. Melhora a oxigenação. Pode ser mecânica ou manual.
TRASFEGA Processo para a eliminação de partículas sólidas e clareamento natural do vinho. Pode ser feita várias vezes durante o processo. A qualidade final do vinho depende muito desse procedimento.
FILTRAGEM E CLARIFICAÇÃO CLARIFICANTES: Orgânicos: possuem carga +: A) De origem Animal: gelatina, caseína, albumina do ovo, albumina do sangue e ictiocola(cola do peixe). B) Origem vegetal: celulose, alginato de sódio e agar-agar. C) Origem biológica: enzimas e leveduras.
OUTROS FILTRAGEM E CLARIFICAÇÃO CLARIFICANTES: Clarificantes minerais: com carga negativa: bentonitas, sais de sílica, carvão, caolim( e terras diatomáceas e perlita. Complexos: mistura de vários clarificantes de origens diversas feitas pela indústria.
AMADURECIMENTO O vinho poderá ser armazenado em tonéis de carvalho para amadurecimento e estabilização por um período variável.
ENGARRAFAMENTO Mecanizado ou manual. Inserção de SO2 para o controle de sanidade. Uso de rolhas de cortiça, de metal rosqueáveis ou bag in box.
GUARDA As garrafas serão guardadas em temperatura constante, em local fresco e escuro, deitadas por um período variável de 6 meses a 8 anos.
EXPEDIÇÃO Acondicionamento em embalagens seguras para o transporte.
VINIFICAÇÃO EM BRANCO X ROSÉ X TINTO Colheita Prensagem Mosto Fermentação. Filtração Fermentação malolática ou não Estágio em Madeira ou não Engarrafamento
COLHEITA Diferencial: manuseio mais delicado uvas brancas sempre no início da manhã.
PRENSAGEM Idêntica em todos os processos. Prensa Pneumática.
MOSTO Obtenção de mosto com as cascas em todos os processos.
FERMENTAÇÃO Escolha de diferentes leveduras para os diferentes tipos de cepas, bem como em relação à temperatura de vinificação. De 6 a 18 hs em contato com as cascas nos vinhos rosés e contato total com as cascas até o fim do processo em vinhos tintos.
FILTRAÇÃO Semelhante em todos os processos. Possível não ser utilizado a filtragem quando se quer obter um vinho mais denso com aromas mais pronunciados.
FERMENTAÇÃO MALOLÁTICA Induzida pelo produtor. Uso de Bactérias láticas- Lactobacilos(micrococus malolacticus e Leuconostoc Oenos) Pode-se ou não utilizar esse processo nos 3 tipos de vinhos. Mais comuns em vinhos tintos. Às vezes usado em vinhos brancos mais pesados.
ESTÁGIOS EM MADEIRA Uso ou não de estágios por períodos variados em carvalho. Mais comuns em vinhos tintos. Taninos mais duros.
ENGARRAFAMENTO Uso mecanizado ou manual. Garrafas mais comuns- 750 ml. Uso de rolhas. Etiquetagem. Estágio variável em posição deitada. Expedição
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