DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR -
Abordagem Fisioterapêutica na dor
Orofacial
ETIOLOGIA
As DTM estão relacionadas à FATORES ESTRUTURAIS,
NEUROMUSCULARES, PSICOLOGICOS (ansiedade,
estresse), BRUXISMO (apertar, bater ou ranger os dentes
durante o sono e apertar os dentes em vigília), HÁBITOS
PARAFUNCIONAIS (roer unhas, morder objetos, mascar
chicletes, morder o lábio ou bochechas), LESÕES
TRAUMÁTICAS ou ainda DEGENERATIVAS da ATM.
O QUE É DTM?
O termo disfunção tempomandibular (DTM)
compreende uma série de alterações
funcionais que atingem os músculos da
mastigação, bem como a articulação
temporomandibular (ATM) e estruturas
orofaciais associadas.
PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA
A prevalência da DTM tem sido relatada entre 3,7% a
12%, com impacto significativo em fatores físicos e
psicossociais, SENDO TRÊS A CINCO MAIS FREQUENTE
EM MULHERES QUE HOMENS. A DTM tende a ocorrer
após a puberdade, com a maior prevalência
ocorrendo em mulheres de 20 a 40 ANOS. A sua
distribuição por sexo e idade sugere uma possível
ligação entre sua patogênese e o eixo hormonal
feminino. Estudos sugerem que os hormônios
sexuais podem predispor à disfunção da ATM.
CLASSIFICAÇÕES
As DTM podem ser classificadas como MUSCULARES ou
ARTICULARES. As ARTICULARES correspondem a
alterações no funcionamento do complexo côndilo-disco
(deslocamento do disco com e sem redução), artralgias
inflamatórias e não inflamatórias, desordens de
hipomobilidade (adesão, anquilose/aderência) e
desordens de hipermobilidade (subluxação). As DTMs
MUSCULARES por sua vez podem ser classificadas em
contraturas, mialgias, dores miofasciais (com
espalhamento ou com referência) e espasmos.
SINTOMATOLOGIA
Os sintomas mais frequentes das DTM referem-se à
DOR inespecífica na região temporomandibular,
amplitude de movimento limitada, e ruídos
articulares, além de sensibilidade muscular, cefaleia ,
zumbido, dor orofacial, dor durante a mastigação,
dores irradiadas para os ouvidos, dores no pescoço
e/ou rigidez, sensação de plenitude auricular,
tonturas e vertigens. A adição ou a exacerbação
desses sinais e sintomas pode limitar ou mesmo
incapacitar o indivíduo em suas atividades funcionais.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico precoce da DTM é fundamental para
prevenir a deterioração e formação da dor crônica,
com todas as suas consequências psicossociais e
funcionais. O mesmo se baseia no exame clínico,
na história da doença e em outros métodos, como
questionários de pesquisa. Além disso o
diagnóstico deve incluir uma inspeção palpação
cuidadosa de músculos e da ATM.
TRATAMENTO
O tratamento fisioterapêutico aplicado no projeto se baseia, de uma
forma geral, em exercícios, liberações miofasciais, liberações de
pontos gatilho de dor, termoterapia, alongamentos, técnicas de
mobilização articular, osteopatia, reeducação postural, reeducação
respiratória, acompanhamento e orientações gerais aos pacientes. A
FISIOTERAPIA MOSTRA-SE EFETIVA na redução da dor muscular,
aumento da amplitude de movimento, reeducação postural,
diminuição da inflamação e redução da sobrecarga muscular na ATM,
recuperando função e fortalecendo o sistema musculoesquelético.
A DTM é um problema de saúde pública significativo, pois afeta
uma elevada proporção da população. É a segunda condição
musculoesquelética que mais afeta a população, seguida após dor
lombar crônica, resultando em dor e incapacidade ao indivíduo.