Fisiologia do sono Sono REM / Sono Não-REM 2 anos:
Sono noturno ! Ciclos repetitivos 4 -5 ciclos por noite
90-120 minutos / ciclo Estágio 1(sonolência)
-2-3-4-3-2-REM = 1 ciclo
Adulto Jovem: - Estágio 1: 5-10% do total do sono noturno - Estágio 2:
50% - Estágio 3: 10% - Estágio 4: 10% - REM: 20-25%
Sono Não-REM : 4 fases de crescente
aprofundamento no sono Maior dificuldade de
despertar FC e FR regulares Ausência de
movimentos oculares Manutenção de
movimentos corporais Distúrbios do despertar
são originados neste tipo Primeiro 1/3 da noite.
Sono REM: Alta atividade cerebral,semelhante a vigília( EEG) Movimentos oculares de alta amplitude
isolados ou em surtos Rara movimentação corporal FC e respiratória irregulares SONHOS e PESADELOS
Hormonal: CIRCADIANOS - Secreção de cortisol regulariza entre 2-4 meses de idade - GH: pico no 1/3 inicial
do sono - Melatonina: o “hormônio do escuro” - Núcleo supraquiasmático ==> Ritmo circadiano - Níveis
normais com 1-3 anos de idade - Ação em 30-40 minutos, meia-vida de 40-60 minutos.
SONOLENCIA EXCESSICA: Incapacidade de permanecer alerta e acordado durante a maioria dos momentos do dia ==> Lapsos Não
intencionais de sono Frequentemente é confundida com cansaço físico ou fadiga Pode haver divergência entre a descrição e as
medidas da sonolência subjetiva e objetiva Pacientes com insônia sentem-se sonolentos, mas não conseguem dormir nos testes de
latência múltipla
Induzidas Doenças Primárias Doenças Secundárias Insuficiência de Sono SAOS Neurológicas Álcool /
Drogas Narcolepsia Psiquiátricas Hipnóticos Infecciosoas Metabólicas Endócrina
Avaliação
Sonolência Subjetiva: Autoavaliação
Escala de Stanford Diário de Sono
Sonolência Objetiva: Autoavaliação
Questionário de Epworth
Teste de Latência
Múltipla do Sono Teste
de manutenção de
Vigília Polissonografia
Classificação
1)Dissonias 2)Parassonias 3)Distúrbios do
sono médico/psiquiátricos 4)Distúrbios do
sono propostos
DISSONIAS
• São distúrbios que levam à sonolência
excessiva ou dificuldade em iniciar e
manter o sono. 1.1) Distúrbios intrínsecos
do sono : Narcolepsia, síndrome da apnéia
tipo obstrutiva do sono 1.2) Distúrbios
extrínsecos do sono: por uso de alcool ou
sedativos 1.3) Relacionados ao ritmo
circadiano ( plantões, viagens)
NARCOLEPSIA: • Ataques de sono súbito, de
3-4 ataques irresistíveis, principalmente em
atividades monótonas. • A maioria são de
despertar fácil. • Condição em geral crônica
• Encurtamento da latência do início do
sono para sono REM, inicia sono REM em 20
minutos ( normal 90 minutos) • Sonolência
diurna excessiva
Narcolepsia: - Podem ter paralisia do sono e alucinações hipnagógicas
concomitantes – tetrade narcoléptica - Pico entre 10 - 30 anos - Sugere-se
degeneração dos neurônios produtores de hipocretina - Tratamento:
estimulantes 1- Perda das Células Hipocretinérgicas no Hipotálamo 2-
Diminuição de hipocretina-1 no LCR na Narcolepsia com cataplexia
Diagnóstico: Anamnese direcionada Escala de Sonolência de Epworth
(ESE) Polissonografia (PSG) Teste das Múltiplas Latências do Sono
(TMLS) Pesquisa do Alelo HLA - DQB1*0602 Dosagem da hipocretina no
LCR
Cataplexia: - Episódios súbitos de perda de tono muscular em
determinado segmento do corpo ou global, precipitado por emoções
intensas, riso, medo, raiva ou surpresa. - Duração de poucos segundos,
manutenção da consciência durante o episódio, levantando a seguir. -
Pode ocorrer paralisias faciais ou de mãos. - 2-4 ataques/dia, em geral a
tarde ==> 3 Meses - Tto: ADT ( Imipramina ==> 1 mg/kg - Max.: 25 - 50 mg/
dia)
SAOS- Síndrome da Apnéia do Sono: - Apnéias múltiplas durante o sono, em geral associadas a ronco - É a 2ª
causa mais comum de sonolência diurna excessiva. - Dificuldade de aprendizado, irritabilidade - Ronco, estridor
inspiratório intermitente, tiragem intercostal e supraesternal, sudorese cefálica excessiva e despertares
breves.
Pausa na passagem de Ar ==> Sono - Tempo ≥ 10 seg - < da Oxihemoglobina - Tipos: - Obstrutiva -
Central - Mista - Roncos
Complicações: Aumento de Acidentes Automobilísticos HAS e Hip Pulmonar Impotência Sexual
Irritabilidade Comprometimento Cognitivo Distração e TDA
Tipos Obstrutiva: tipo mais comum. Ocorre esforço respiratório, estridor inspiratório intermitente. Em
geral supraglótica Central: sem esforço respiratório Mista
Síndrome de Down, hipotireoidismo, hipertrofia de amígdalas e adenóides´, obesidade mórbida,
Prader-Willi
Tratamento: Modafilina + CPAP ==> SE
Narcolepsia SAOS que permanece SE mesmo
com uso de CPAP
Parassonias
• Alterações que invadem e comprometem o processo de dormir
2.1)Distúrbios do despertar parcial : Sonambulismo Terror noturno.
2.2)Distúrbios da transição sono-vigília: Distúrbios do movimentos
rítmico Sonilóquio
Parassonias associadas geralmente ao sono
REM: Pesadelos Paralisia do sono Distúrbio
comportamental do sono REM 2.4) Outras:
Ranger dentes ==> Bruxismo Enurese
Síndrome da morte súbita infantil
Paralisia do SonoParalisia do Sono: - Ocorre na transição
sono-despertar. - Paciente acordado mas com
incapacidade de se mover ou falar por hipotonia
generalizada. - Duração de segundos a minutos. Termina
espontaneamente ou ao estímulo tátil. - Paralisias focais
são menos comuns. - 2/3 dos paciente com
narcolepsia/cataplexia tem paralisia do sono 1-2
vezes/semana. - Pode ser ocasional, isolados.
Alucinação hipnagógica: -
Experiência vívida semelhante ao
sonho, assustadora, percepções
visuais( mais frequentes) e
auditivas, no início do sono ou ao
despertar - Sensação de “sonhar”
acordado - Fragmentos do sonho, na
transição vigília-sono - Duração de
alguns segundos. Menos de
1xsemana. - Pode estar
acompanhada de paralisia do sono.
SONILÓQUIO: - Fala durante o sono, emissão de palavras ou sons
com significado durante o sono, sem haver reconhecimento
subjetivo simultâneo e crítico. Murmúrios, palavras até discurso
completo e coerente. - Infância, adolescência e adulto jovem - 1:10
crianças, 1x semana ou mais - Voz monótona, mais afetiva quando
no sono REM - Maior ocorrência no sono NREM - 33% - estágio 1;
35% - estágio 2, 17% estágio 3, 8% estágio 4 e somente 7% no sono
REM
NREM: mais relacionados a eventos recentes das
atividades diárias - REM: mais elaborados, expressando
medo, sofrimento físico ou moral , mostra conflitos
internos. - Alguns reagem a perguntas, respondendo,
apesar de dormir - Se despertado após o episódio, no
sono NREM, não há lembrança do sonho - Se
despertado no episódio no sono REM, sensação de estar
usando as palavras no sonho - Benigno, auto-limitado,
não necessita tratamento
Distúrbios do despertar
: Sonambulismo Pesadelos Fatores precipitantes: febre, doenças
sistêmicas, necessidade de urinar, uso de medicações depressoras
do SNC, acordar forçadamente, dormir fora de casa. História
familiar positiva Em geral não há lembrança.
Sonanbulismo: - Distúrbio do sono NREM - Duração em
torno de 10´ - Acomete 30% das crianças de 3-10 anos
de idade ( prevalência 5-15% nessa faixa etária) - Pré
adolescentes: prevalência 5% - Inicio antes dos 15 anos e
mais de 50% iniciam na infância precoce
- Inicia nas primeiras horas de sono ( NREM- est.
3 e 4) - S e i n i c i a d u r a n t e uma r e a ç ã o d
e superficialização do sono NREM, geralmente
antes do primeiro período REM, mas pode ser
visto 1-3 horas após início do sono noturno.
O indivíduo faz inspeção visual do ambiente, mas não
responde a chamados. • Face inexpressiva, olhos abertos
• Difícil despertar durante o episódio. • Amnésia do
episódio • Mais frequente enurese primária idiopática
concomitante • Adultos, surgimento após 20 anos: alt
emocionais e tensão
Pesadelos: - Prevalência: 30% das crianças aos 5 anos de idade
com aumento até 40% aos 10 anos. - Leve predomínio no sexo
feminino. - Adolescência : resposta normal à tensão - Ocorrem
no sono REM, memória preservada. - Terço médio ou final do
sono.
- Pode ser acompanhado de sonilóquio ou vocalização - Não tem descargas
autonômicas intensas, próprias do terror noturno. Desperta sem confusão
mental e com lembranças detalhadas do episódio. - Av. psicológica: se
mesmos temas, persistentes. • Em adultos, relacionado a uso de alguns
antidepressivos
Polissonografia – pouco utilizada,
pouco ajuda, somente em casos onde
pode haver mais de um tipo de
parassonia junto.
TRATAMENTO
Tratamento • Explicar aos pais o caráter
benigno do distúrbio. • Rotinas de sono
regulares e adequadas, levando a aumento
do sono NREM. • Evitar fatores
precipitantes, cuidados com o ambiente •
Higiene do sono • Acalmar a criança e
esperar resolução espontânea do
episódio, evitando acordar a criança •
Medicação em casos especiais: clonazepan
em baixas doses( por curto período de
uso) e Imipramina. Alguns estudos com
inibidores seletivos da recaptação de
serotonina.
Melatonina: boa resposta(80%) em
estudos com pacientes com PC,
sindrômicos, autistas, deficiência
visual, mental. • Dose de 0,3 a
20mg/dia, 20-30 min antes de
dormir. Interação com VPA(
intervalo de 1 h entre eles)
Narcolepsia : • 2“sonecas” de 15 minutos
durante o dia. • Modafinila- • Primeira
escolha • Dose adulto 200mg / 1 x manhã
Metilfenidato • > Efeitos colaterais • > Tolerância !
Feriado terapêutico • 20 – 60 mg/dia (2 – 4 x ao dia) •
LA - Concerta
Higiene do Sono Horário regular para atividades
diárias e para o horário do sono Evitar privação de
sono Cochilos prolongados de 15-20 min - 2-3 x ao
dia Evitar Álcool - Café - Medicamentos sedativos
Evitar situações de risco