Diabetes insulina e tratamento

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Notas sobre Diabetes insulina e tratamento, criado por Bruna M em 01-09-2018.
Bruna M
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Resumo de Recurso

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Glicose normal: até 100. Diabético: Acima de 125 ( feita em jejum) Tipos Tipo I: É auto-imune, as células betas são destruídas. O controle se dá por meio da utilização de insulina. Sintomas: Urina bastante, muita cede. Muita fome, cansaço, perda de peso. Teste de glicose: É necessário a medição 3 vezes ao dia, antes das refeições. Tipo II: Doença silenciosa, pâncreas produz pouca insulina, ou a insulina produzida não faz a sua função. 30% utilizam a insulina para controlar a glicemia. Teste de glicose: É necessária 1 medição ao dia. Causa: Obesidade Gravidez: Não se utiliza hipoglicemiantes, somente se usa insulina.   Sintomas do diabetes: Polidipsia ( sede intensa) Poliúria ( urina em excesso) Polifagia (fome exagerada) Perda de peso Os portadores de diabetes são mais vulneráveis a infecções de pele (bacterianas, fúngicas e virais)   Complicações: Hipoglicemia Coma diabético Cetoacidose diabética Sindrome hiperosmolar Angiopatia diabética Doenças vasculares periféricas Retinopatia diabética Nefropatia diabética Pé diabético Neuropatia diabética   Medicamentos Insulinas: Efeitos adversos a insulina: Hipoglicemia Lipodistrofia (tem que alterar os lugares de aplicação), Reações alérgicas ou inflamatórias com eritema (rara) Hipopotassemia (uma das ações da insulina é colocar potássio dentro da célula- a hipopotassemia pode causar arritmias) Perda temporária da acomodação visual.   Interação medicamentosa: Medicamentos hipoglicemiantes: antidiabéticos orais, AINEs, salicilatos em altas doses, antidepressivos inibidores da MAO (selegilina - Niar), androgênicos (hormônios masculinos), anabolizantes, betabloqueadores, rifampicina. Álcool. Medicamentos hiperglicemiantes: Corticoides, diuréticos tiazídicos, noradrenalina, estrogênios e anticoncepcionais contendo estrogênios, hormônios da tireoide. Os betabloqueadores (propranolol, atenolol), por sua ação antiadrenérgica, também causam hipoglicemia. Eles antagonizam os efeitos da adrenalina , mediador químico que prepara o organismo para situações nas quais seja necessária uma resposta imediata e para isso a adrenalina libera glicose para a corrente sanguínea (hiperglicemiante)   IMP: Se for administrar a NPH e a regular, é necessário aspirar a regular primeiro.   INSULINAS DE AÇÃO RÁPIDA: Sem adição de substâncias que retardam sua ação. Seu início de ação é entre 15 min e 1hora após administração com efeito máximo entre 2 e 4 horas. A duração da ação é de 6 a 8 horas. Regular: Humulin R, Novolin R, Aspecto: Liquido e transparente. Lispro: Humalog Insulina Asparte: Novorapid Insulina glulisina: Apidra   INSULINAS DE AÇÃO INTERMEDIÁRIA: NPH: Humulin N, Novolin N, Humalog Mix 25 Inicio de ação ocorre entre 1 a 3 horas, efeito máximo entre 6 a 12 horas, duração de 18 a 24horas. Aspecto: Leitosa   AÇÃO PROLONGADA: Inicio de ação entre 1/2 e 1 hora, duração de 20 a 24 horas, Lantus: glargina - administrada uma vez ao dia, no mesmo horário. Levemir: detemir   Cuidados com a insulina: Nunca congelar; Não expor ao sol e locais muito quentes A insulina em uso pode permanecer em temperatura ambiente por 28 dias.     MEDICAMENTOS HIPOGLICEMIANTES ORAIS:   SULFONIRURÉIAS Mecanismo: Estimula as células beta do pâncreas a liberar insulina. Quando as sulfoniluréias se ligam as células beta, ocorre um bloqueio dos canais de potássio, fazendo com que a célula se despolarize e uma abertura de canais de cálcio. Isso promove um influxo de cálcio (contração da célula)  que promove a liberação da insulina. Não promove a síntese de insulina, apenas a sua liberação. Clorpropamida (diabinese), glibenclamida (daonil),  glipizida (minidiab), glicazida (diamicron, azukon), glimepirida (amaryl) Possui alta taxa de ligação as proteínas plasmáticas. Efeitos colaterais: hipoglicemia (maior risco de hipoglicemia do que outros grupos de fármacos, especialmente em idosos). Atravessa a placenta, causando hipoglicemia fetal, não deve ser utilizada por grávidas. Reações alérgicas na pele, alterações das células sanguíneas (leucopenia, agranulocitose, anemia aplástica). Náuseas, palpitações, sede, rubor, dores abdominais, vertigens, astenia (fraqueza), fadiga, paresterias, aumento de peso, danos hepáticos. Fazer uso 30 minutos antes das refeições.  A glimepirida ou glipizida podem causar arritmias cardíacas ou até parada cardíaca pois também agem no músculo cardíaco. Indicado no DM tipo 2 não obeso.   Contraindicação: Pacientes com problemas hepáticos ou renais, infecções severas, alergia a sulfas   Interação medicamentosa Digoxina, diuréticos tiazídicos, corticoides, anticonvulsivos, anticoncepcionais, AINES, anticoagulantes, medicamentos para arritmias cardíacas (betabloqueadores) Hipoglicemia : AINEs, betabloqueadores, anticoagulantes Hiperglicemia: corticoides, anticoncepcionais, anticonvulsivantes, diuréticos tiazídicos.   GLINIDAS (análogos da meglitinida -ou estimulantes da secreção de insulina não sulfonilureia) Mecanismo: Mesmo das sulfoniluréias, porém agem em receptores diferentes nas células betas, tem início de ação rápido e tempo de ação curto. Isso facilita um controle dos picos glicêmicos e previne a hipoglicemia entre as refeições. Repaglinida (prandin, novonorm), nateglinida(starlix, starform). Contraindicação: gravidez, lactação e situações que podem ocorrer cetoacidose. Efeitos colaterais: Hipoglicemia, em menor incidência. Altera as enzimas hepáticas ou as células do sangue. Cautela na presença de problemas cardíacos.   BIGUANIDAS Mecanismo: Promove o aumento da sensibilidade à insulina nos tecidos periféricos (melhor aproveitamento da insulina), reduz a absorção da glicose no intestino e reduz a produção de glicose no fígado (gliconeogênese). Também reduz os níveis de triglicerídeos (TG), VLDL e LDL-colesterol. Indicação: Diabetes tipo 2, não complicado por cetoacidose, de pacientes com sobrepeso ou obesos. Deve ser administrada com as refeições, para evitar intolerância gastrintestinal e gosto metálico da medicação. Metformina, glifage, glucoformin Contraindicada: Insuficiência renal ou hepática, diabetes tipo 1, gravidez, lactação, insuficiência cardíaca, infarto agudo do miocárdio, alcoolismo, grandes cirurgias, traumas. Efeitos colaterais: náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, flatulência  Durante ou após as refeições. Reduz cálcio e vitamina 6. Interação medicamentosa: com outros hipoglicemiantes e hiperglicemiantes. Álcool potencializa para elevação dos níveis de ácido latico   Associação de sulfonilureia e a metformina é racional, a primeira estimula a liberação da insulina e a metformina facilita sua utilização. Usada após as refeições.   GLITAZONAS (tiazolidinadionas) Mecanismo: estimular receptores PPAR-Y no núcleo da célula para aumentar a sensibilidade da célula a insulina e fazer com que os transportadores de glicose glut-4 aumentem a captação de glicose para dentro da célula. Rosiglitazona(retirada do mercado por causar problemas cardiovasculares), pioglitazona(Actos). Efeitos colaterais: cautela no caso de doenças cardiovasculares, aumento do volume plasmático, aumento da pressão arterial, edema, ganho de peso(devido ao edema), anemia leve, e alterações do tecido cardíaco, hepatotoxicidade, parestesia (dormência).   INCRETINAS - gliptinas Mecanismo: Aumento de atividade das incretinas( hormônios gastrintestinais que estimulam a secreção de insulina em resposta a ingestão de alimentos). Substâncias produzidas pelos intestinos para regular o metabolismo da glicose. Consiste em inibir a enzima DPP-4 que degradaria as incretinas naturais GLP-1 e GIP. Aumento da liberação de insulina, diminuição da gliconeogênese. Reduz a secreção de glucagon. Sinagliptina (januvia) ou vildagliptina (galvus), saxagliptina(onglyza) Efeitos colaterais: faringite, náuseas, cefaleias. Dor abdominal, diarreia, dores nas costas, infecção do trato respiratório superior e queda nos níveis sanguíneos da vitamina B12.   ANÁLOGOS DAS INCRETINAS: As incretinas são hormônios liberados pelo intestino em resposta a ingestão de alimentos, aumentando a secreção de insulina. GLP1: aumenta a secreção de insulina, redução da secreção de glucagon (apenas quando a glicemia está aumentada), melhora da função das células beta do pâncreas  e o retardo do esvaziamento gástrico, causando sensação de saciedade. Porém a GLP1 (incretina) tem meia vida muito curta, pois a enzima DPP-4 a degrada, inativando-a. Exenatina (Byetta) e liraglutida (victoza), ambos injetáveis. Não devem ser utilizados em diabetes tipo 1. Pode ser utilizado junto com metformina ou uma sulfoniluréias. Efeitos adversos: náuseas, diarreia, constipação, dor abdominal, azia, redução do apetite, risco de pancreatite. Podem afetar a absorção de medicamentos orais, pois prolonga o esvaziamento gástrico. Interação que exige cuidado: anticoagulantes (varfarina), digoxina, paracetamol, anticoncepcionais orais, lovastatina, lisinopril.   INIBIDORES DA ALTA-GLICOSIDADE Mecanismo: inibir a enzima alfa-glicosidade, responsáveis pela quebra da glicose em moléculas menores, não sendo absorvidas pelo intestino delgado. Desta forma a digestão dos carboidratos da alimentação é retardada. Desta forma, a acarbose atenua a hiperglicemia pós-prandial. Acarbose (glucobay) Efeitos colaterais: diarreia,  flatulência, distensão abdominal. Indicação: diabetes tipo 2, isolada ou associada a metformina e sulfoniluréias. Administrada: Imediatamente antes das refeições (por atuar sobre os carboidratos). Interação: A acarbose pode se ligar a colestiramina, que é excretada. Hiperglicemiantes: diuréticos tiazídicos, corticoides, simpaticomiméticos (adrenérgicos), anticoncepcionais.   Fármacos recentes: Análogo de insulina de longa duração e inibidores da reabsorção da glicose pelos rins Degludeca (tresiba): Injetável. baixo risco de hipoglicemia e permite até 40horas de intervalo entre as doses. Dapaglifozina (forxiga) e canagliflozina (invokana): Reduz a glicemia independentemente da secreção ou ação de insulina - age impedindo a reabsorção da glicose nos rins atraves da inibição dos receptores SGLT2 nos rins. A glicose não é reabsorvida, sendo eliminada na urina (causando um efeito diurético). Pode haver redução da pressão arterial e discreta perda de peso. Baixa possibilidade de causar hipoglicemia e não induzem ganho de peso. Relatado risco de infecção do trato urinário e genitais, e risco de desidratação, pelo aumento da eliminação de água.

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