Calibração Cruzada

Descrição

Calibração Cruzada de Câmara de Ionização de Placas paralelas.
André  Luís Secco Mattesco
Notas por André Luís Secco Mattesco, atualizado more than 1 year ago
André  Luís Secco Mattesco
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Resumo de Recurso

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Qual o motivo e a importância de se realizar a calibração Cruzada? O motivo para realizar a calibração cruzada é a necessidade de se ter uma câmara de placas paralelas calibradas para elétrons. Atualmente no Brasil não estão mais calibrando câmara de placas paralelas em feixes de cobalto. Essa opção era realizada a tempos atrás, entretanto devido a alta demanda e ao fato de que realizar a calibração cruzada também era uma boa opção, optou-se por deixar somente este método disponível. A calibração cruzada é importante pois existe uma necessidade de se verificar a calibração dos feixes de elétrons num departamento de radioterapia que utiliza esses feixes, apesar de ser possível realizar a dosimetria de elétrons com alguns feixes em uma câmara cilindrica, essa opção não é totalmente válida quando a qualidade dos feixes de elétrons não permite essa opção.

Qual a energia recomendada para realizar a calibração cruzada? O TRS-398 recomenda energias cujo R50> 7g/cm². Entretanto quando essa opção não é válida, é possível realizar a calibração cruzada no feixe de maior energia disponível no departamento.  

Quais as posições de referência durante a calibração cruzada para ambas câmaras, a de referência e a de placas paralelas. Placas Paralelas: Zref Cilíndricas: 0.5*Rcilindrica abaixo de Zref;

Como deve ser realizada a calibração cruzada? Explique o procedimento. Primeiramente deve-se levar em conta o conhecimento da PDP do feixe em que sua câmara será realizada. A qualidade da energia desse feixe é comumente chamdo de Qcross (Qualidade de "cruzamento"). Portanto o ideal é realizar o levantamento da sua PDP para encontrar as posições chave de calibração, como por exemplo Zref. Após realizada a PDD e encontrada as posições de referências é necessário realizar algumas medidas na posição de referência. Deve-se realizar leituras na profundidade de referência com valores de -300 V, +300 V e -150 V. Com SSD a 100 cm. Realizar também medidas de pressão e temperatura para corrigir a leitura final.  Logo a leitura final é escrita como sendo: 

Onde, Mi é a leitura inicial, hpl é o fator de escalonamento para a água, Ktp é o fator de correção de temperatura e pressão, Kele é o fator de correção do eletrômetro, Kpol é o fator de correção da polarização, Ks é o fator de recombinação Iônica. Após realizada essas medidas deve-se realizar a troca das câmaras e então realizar as mesmas medidas com a câmara de ionziação cilindrica na mesma qualidade do feixe. Portanto a leitura final da câmara de ionização cilíndrica de referência deve ser algo parecido com:    

Após realizada as medidas é necessário encontrar o Coeficiente de calibração da câmara de placas paralelas para essa qualidade do feixe na água. A equação para determinar esse coeficiente leva em conta as medidas já encontradas e o coeficiente de calibração da câmara de ionização cilíndrica. Além disso, devido às perturbações de diferentes qualidades de feixes envolvidos no procedimento é necessário realizar essas correções.

Portanto já temos as medidas realizadas na câmara de referência na qualidade de cruzamento, e as medidas realizadas na câmara de placas paralelas na mesma qualidade. O coeficiente de calibração da câmara de referência já é dado pelo instituto de calibração na qual a câmara foi calibrada. Falta encontrar o fator de correção da qualidade do feixe para a câmara de ionização cilíndrica. Esse fator Kqcross,qo é uma relação entre os fatores de correção da qualidade do feixe. Ele é determinado a partir da equação abaixo:

O fator de correção Kqcross, qint é o fator que relaciona a qualidade do feixe no qual a câmara esta sendo calibrada (cruzamento) e um feixe de qualidade intermediária. Ja o fator kqo, qint é o fator que relaciona a qualidade do feixe na qual a câmara cilíndrica foi calibrada e o fator intermediário. Esse fator intermediário existe pois assim evita uma tabela grande de dados que relacionasse a qualidade do feixe de cruzamento com a qualidade do feixe em que a câmara foi calibrada.  Os dados desses fatores de correção podem ser encontrados na tabela 19 do TRS-398.  

A tabela 18 do TRS relaciona o fator de correção de qualidade do feixe para o Cobalto 60.  

Portanto, dessa forma é possível realizar as correções na equação da determinação do coeficiente de calibração da câmara de placas paralelas e utilizar o coeficiente para realizar a dosimetria de outros feixes em qualidades diferentes.

Após determinado o coeficiente de calibração da câmara de placas paralelas como utilizá-lo na dosimetria de outros feixes? Após a determinação do coeficiente, as medidas dose absorvida na água é determinada de forma tradicional. A equação para determinação está abaixo:

Nessa equação o fator de correção de qualidade de feixe é parecido com aquele ja citado anteriormente e necessita corrigir a qualidade do feixe em que está se realizando a medida e a qualidade do feixe no qual foi realizada a calibração cruzada. Observe que, se o feixe de dosimetria é o mesmo feixe de calibração, esse fator se resume a 1.  Caso contrário é necessário utilizar a tabela 19 para buscar os dados utilizando a qualidade de feixe intermediária.  

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