Gametogênese ou formação dos
gametas é o processo de formação e
desenvolvimento das células
germinativas especializadas, os
Gametas (ovócitos e
espermatozoides). Durante ela o
número de cromossomos é reduzido
pela metade e forma das células é
alterada.
O espermatozoide e o ovócito são células
sexuais, altamente especializada e cada
uma delas contém a metade do número de
cromossomos.Esse número de
cromossomos será reduzido durante a
Meiose.
Meiose é um tipo especial de divisão celular
que envolve duas divisões meióticas. Nelas
as células germinativas diploides dão
origem aos gametas haploides. Na primeira
divisão o número de cromossomos é
reduzido de diploide para haploide, a
segunda é semelhante a uma mitose
normal porém o número de cromossomos
é haploide.
A espermatogênese é a sequência de
eventos pelos quais as
espermatogônias são
transformadas em espermatozoides
maduros. Esse processo só começa
na puberdade após varias divisões
mitóticas elas crescem e sofrem
modificações são transformadas em
espermatócito primários e
secundários onde sofrem a segunda
divisão e formam quatro
espermátides haploides que
gradualmente serão transformadas
pela espermiogênese em quatro
espermatozoides maduros.
Os espermatozoides maduros são
células moveis formadas por uma
cabeça e uma cauda. Na cabeça contém
o núcleo e dois terços anteriores dela
são cobertos pelo acrossoma, uma
organela em forma de capuz que
contém enzimas capazes de facilitar a
penetração durante a fecundação na
ampola da tuba uterina.
A cauda do espermatozoide é formada por
três partes: a peça intermediaria, a peça
principal e a peça terminal. A intermediaria
contém as mitocôndrias que produzem
energia responsável pelos movimentos em
chicote da cauda.
A Ovogênese é a sequência de eventos pelos
quais as ovogônias são transformadas em
ovócitos. Esse processo se inicia no período
fetal, mas não se completa até a puberdade.
Durante a vida fetal a ovogônia se prolifera por
mitose e aumenta de tamanho formando os
ovócitos primários que depois do nascimento
completam a primeira divisão meiótica
chamada de prófase. Até a puberdade eles
permanecem na prófase e só após a ovulaçao o
ovócito orimário completa a primeira divisão
meiótica. Assim é possível perceber que a
divisão citoplasmática é desigual
O ciclo ovariano são alterações cíclicas nos
ovários causadas pelos hormônios FSH E
LH, essas alterações desenvolvem folículos
ovarianos e formação do corpo lúteo.
Durante esse ciclo o FSH promove o
crescimento de diversos folículos
primários. Somente um deles geralmente
se desenvolve em folículo maduro e se
rompe, expedindo o ovócito.
O desenvolvimento folicular ovariano
é caracterizado por: Crescimento e
diferenciação do ovócito primário,
proliferação de células foliculares,
formação da zona pelúcida,
desenvolvimento de uma cápsula de
tecido conjuntivo envolvendo um
folículo.
O hormônio folicular estimulante
(FSH): estimula desenvolvimento dos
folículos ovarianos e a produção de
estrogênio pelas células foliculares. O
hormônio luteinizante (LH): serve
como um gatilho para a ovulação e
estimula as células foliculares do
corpo lúteo a produzirem
progesterona.
No início da ovulação as células foliculares se dividem
ativamente produzindo uma camada estratificada ao redor
do ovócito, espaços repletos de líquido aparecem ao redor
das células foliculares, as quais coalescem formando o antro
que é uma cavidade única que contém o líquido folicular.
Com a formação do antro o folículo ovariano passa a ser
chamado de folículo secundário e continua a crescer e logo
forma uma protuberância onde aparece o estigma um ponto
oval e avascular. Esse processo da ovulação dura ate 24
horas após uma certa quantidade de produção de LH, essa
estimulação é causada pelo alto nível de estrogênio no
sangue causa a ruptura do estigma e coloca para fora
ovócitos secundários juntamente com o líquido folicular.
Depois de expulso o ovócito secundário é envolto pela zona
pelúcida.
Na ovulação o núcleo do ovócito
secundário começa a segunda divisão e
progride apenas ate a metáfase. Ele
recebe quase todo o citoplasma enquanto
o primeiro corpo polar recebe muito
pouco e assim se degenera em um curto
período. A segunda divisão meiótica só se
completa se o ovócito secundário for
fecundado por um espermatozoide, assim
um segundo corpo polar será formado. O
ovócito secundário é envolvido por uma
cobertura conhecida como Zona Pelúcida
que é formada por células foliculares
chamada de corona radiata.
Após a ovulação o folículo ovariano colapsa e
sob a influência do LH as paredes do folículo
se desenvolvem em uma estrutura glandular,
o corpo lúteo que secreta principalmente
progesterona mas também um pouco de
estrogênio. Se o ovócito é fecundado o corpo
lúteo aumenta de tamanho e forma um
corpo lúteo gravídico e sua produção
hormonal cresce, sua degeneração é
impedida pela gonadotrofina coriônica
humana (hCG). Se o ovócito não for
fecundado o corpo lúteo degenera-se de 10 a
12 dias após a ovulação passa a ser chamado
de corpo lúteo da menstruação.
O ciclo menstrual é o período em que o ovócito
amadurece, é ovulado e entra na tuba uterina. O
estrogênio e a progesterona produzido pelo
folículo ovariano e pelo corpo lúteo causam
alterações cíclicas no endométrio do útero, essas
alterações mensais no revestimento uterino
constituem o ciclo menstrual, que dura cerca de
28 dias e o dia 1 é quando a menstruação começa.
Ele é um processo contínuo que normalmente
continuam até a interrupção permanente da
menstruação, a menopausa, que geralmente
ocorre entre 48 e 55 anos de idade. O ciclo
menstrual esta dividido em três fases: A fase
menstrual corresponde ao primeiro dia da
menstruação; A fase proliferativa coincide com o
crescimento dos folículos ovarianos e é
controlada pelo estrogênio secretado pelos
folículo; Fase lútea ou secretória coincide com a
formação, função e crescimento do corpo lúteo.
Transporte de
gametas
Trasporte do Ovócito ocorre durante a ovulação quando
a franja da tuba uterina se aproxima do ovário e as
fímbrias se movimentam para a frente e para trás sobre
o ovário. Com essa varredura das fímbrias e as
correntes do líquido produzido por ela varrem o ovócito
secundário para o infundíbulo da tuba. O ovócito passa
então para a ampola da tuba, principalmente como
resultado das ondas de peristaltismo movimentos da
parede da tuba caracterizados por processos de
contração e relaxamento alternados.
O transporte dos espermatozoides ocorre durante a
ejaculação quando são rapidamente transportados
do seu local de armazenamento no epidídimo para
a uretra por meio de contrações peristálticas do
ducto deferente. Passam lentamente através do
canal cervical pelo movimento de suas caudas, uma
enzima produzida pelas glândulas seminais que
recebem o nome de vesiculosidade coagula parte
do sêmen e forma um tampão vaginal evitando sua
saída pela vagina. As prostaglandinas no sêmen
estimulam a mortalidade uterina e ajudam a
mover os espermatozoides através do útero até a
tuba uterina.
Na primeira semana de
desenvolvimento temos o zigoto que
é formado pela união entre um
espermatozoide e um ovocito, ele é
uma célula totipotente altamente
especializada que contém
cromossomos e genes derivados da
mãe e do pai. O zigoto se divide
diversas vezes e vai se
transformando progressivamente
em um ser humano multicelular por
meio de processos celulares.
A fecundação é uma sequência complexa de
eventos moleculares coordenados que se iniciam
com o contato entre um espermatozoife e um
ovócito. Ocorre na ampola da tuba uterina e
termina com o entrelaçamento dos cromossomos
maternos e paternos na metafase da primeira
divisão meiótica do zigoto.A fecundação é dividida
nas seguintes fases: Passagem do espermatozoide
através da corona radiata do ovócito; Penetração do
espermatozoide na zona pelúcida; Fusão das
membranas plasmáticas do ovócito e do
espermatozoide; Finalização da segunda divisão
meiótica do ovócito ; Formação do pró núcleo
masculino; Ruptura das membranas pronucleares.
A fecundação estimula o ovócito secundário a completar a segunda
divisão meiótica, restaura o número de cromossomos para diploide
no zigoto, com a mistura de cromossomos maternos e paternos a
fecundação torna-se responsável pela variação a espécia humana ,
determina o cromossomo sexual do embrião e causa a ativação
metabólica do ovócito, dando início a clivagem do zigoto. A clivagem
do zigoto consiste em repetidas divisões mitóticas, fazendo com que
o número de células aumentem rapidamente, passando a serem
chamadas de blastômeros. Ela se inicia aproximadamente 30 horas
depois da fecundação e a cada divisão esses blastômeros tornam-se
menores. Após o estágio de oito células os blastômeros alinham-se
firmemente uns contra os outros, esse fenômeno recebe o nome de
compactação ele pode ser mediado por glicoproteínas de adesão da
superfície celular, possibilita melhor interação entre as células e é
um pré-requisito para a segregação das células internas que formam
a massa celular.
Quando ha de 12 a 32 blastômeros passa a ser
chamado e mórula, suas células internas chamadas
de embrioblasto são envolvidas por uma camada de
blastômeros achatados formando o trofoblasto, ele é
uma proteína imunossupressora secretada pelas
células trofoblásticas.Após a entrada da mórula no
útero o líquido uterino passa através da zona
pelúcida para formar a cavidade blastocística, que é
um espaço no interior da mórula repleto de líquido,
esse líquido aumenta e os blastômeros são
separados em duas partes: Trofoblasto que são
células externas delgadas que originam a parte
embrionária da placenta, e o Embrioblasto um
pequeno grupo de blastômeros que são os
primórdios do embrião. Neste estágio o embrião é
chamado de blastocisto, enquanto o embrioblasto se
projeta para a cavidade blastocística e o trofoblasto
forma a parede do blastocisto.
Aproximadamente 6 dias após a fecundação, o
blastocisto adere ao epitélio endometrial e o trofoblasto
começa a proliferar rapidamente e se diferenciar em
duas camadas: uma interna que chamamos de
Citotrofoblasto e a externa que consiste em uma massa
protoplasmática multinucleada que chama-se
Sinciciotrofoblasto. Ao final da primeira semana o
blastocisto está superficialmente implantado na camada
compacta do endométrio e retira seus nutrientes do
tecido materno. O sinciciotrofoblasto produz enzimas
proteolíticas permitindo que o blastocisto se insira no
endométrio. No final desse processo da primeira semana
uma camada de células chamada de hipoblasto aparece
na superfície do embrioblasto.
A segunda semana se inicia com a implantação do
blastocisto que completa seu processo, fazendo
com que ocorra mudanças produzindo um disco
embrionário bilaminar ou seja ele possui duas
camadas o epiblasto que é a camada mais
espessa formada por células cilíndricas e o
hipoblasto que é uma camada mais delgada
formada por células cúbicas e pequenas
adjacentes. Esse disco embrionário é responsável
pelas camadas germinativas que formam todos
os tecidos e orgãos do embrião. As estruturas
extraembrionárias que se formam durante a
segunda semana são a cavidade amniótica, o
âmnio, o vesícula umbilical e o saco coriônico.
O primórdio da cavidade amniótica aparece no
embrioblasto e em pouco tempo as células
formadoras de âmnio chamadas de amnioblastos
se separam do epiblasto e se organizam para
formara uma membrana fina, o âmnio que vai
envolver a cavidade amniótica. O epiblasto forma
o chão da cavidade amniótica e o hipoblasto forma
o teto da cavidade exocelômica e é continuo com
as células que migram do hipoblasto pra formara a
membrana exocelômica que que envolve a
cavidade blastocistica e reveste a frente interna do
citotrofoblasto. Essa membrana e a cavidade logo
tornam-se modificadas para formar a vesícula
umbilical primária, para que o disco embrionário
repouse entre ela e a cavidade amniótica. O
mesoderma extramebrionário é a camada mais
externa da vesícula umbilical.
O final da segunda semana é caracterizado pelo
surgimento das vilosidades coriônicas primárias,
proliferação das células citotrofoblasticas
produz extensões celulares que crescem no
interior do sinciciotrofoblasto. Essas
proliferações celulares formam as vilosidades
coriônicas primárias. O crescimento dessas
extensões citotrofoblasticas são induzidos pelo
mesoderma extraembrionário que juntamente
com as duas camadas do trofoblasto formam o
córion que da origem a parede do saco
coriônico.
A terceira semana ocorre durante a ausência
do período menstrual, isto é 5 semanas depois
do primeiro dia após o período menstrual, ou
seja a interrupção da menstruação é a
indicação de que a concepção ocorreu. O
processo inicial é a gastrulação que dá início a
moforgênese desenvolvimento da forma e
estrutura de vários orgãos e partes do corpo.
Na gastrulação o disco embrionário bilaminar
é convertido em um disco embrionário
trilaminar
Outra característica do início da terceira semana é o
aparecimento da faixa linear espessada do epiblasto
a linha primitiva, que é o resultado da proliferação e
migração de células do epiblasto para o plano
mediano do disco embrionário. O nó primitivo é
formado pela proliferação da extremidade cranial,
simultaneamente um estreito sulco primitivo se
desenvolve na linha primitiva que termina em uma
pequena depressão no nó primitivo chamado de
fosseta primitiva. Sob a influência de vários fatores
de crescimento embrionário as células do epiblasto
migram através da linha primitiva pelo sulco
primitivo formando o endoderma e o mesoderma.
Algumas células mesenquimais migram cefalicamente
do nó e fosseta primitivos, formando um cordão
celular mediano, o processo notocordal que cresce
cefalicamente entre o ectoderma e o endoderma até
alcançar a placa precordal ,uma pequena área circular
de células que é um importante organizador da região
cefálica. A notocorda é um bastão celular que define o
eixo do embrião, dando-lhe uma certa rigidez , serve
como base para o desenvolvimento do esqueleto axial
e indica a futura área dos corpos vertebrais.
Os processos envolvidos na
formação da placa neural e pregas
neurais e no fechamento destas
pregas para formar o tubo neural
constituem a neurulação. Com o
desenvolvimento da notocorda o
ectoderma embrionário acima dela
se espessa formando uma placa
alongada de células
neuroepiteliais chamada de placa
neural, ela da origem ao sistema
nervoso central e a outras
estruturas .
Rebeka Crystina
Silva Santos
Turma: E07
Este mapa mental foi
baseado no livro de
Embriologia Básica do autor
Keith L. Moore