EMBRIOLOGIA (Desenvolvimento Humano)

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Baseado no Livro Embriologia Básica de Keith L. Moore ( 4ª edição)
Rebeka Crystina
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Rebeka Crystina
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EMBRIOLOGIA (Desenvolvimento Humano)
  1. Gametogênese ou formação dos gametas é o processo de formação e desenvolvimento das células germinativas especializadas, os Gametas (ovócitos e espermatozoides). Durante ela o número de cromossomos é reduzido pela metade e forma das células é alterada.
    1. O espermatozoide e o ovócito são células sexuais, altamente especializada e cada uma delas contém a metade do número de cromossomos.Esse número de cromossomos será reduzido durante a Meiose.
      1. Meiose é um tipo especial de divisão celular que envolve duas divisões meióticas. Nelas as células germinativas diploides dão origem aos gametas haploides. Na primeira divisão o número de cromossomos é reduzido de diploide para haploide, a segunda é semelhante a uma mitose normal porém o número de cromossomos é haploide.
      2. A espermatogênese é a sequência de eventos pelos quais as espermatogônias são transformadas em espermatozoides maduros. Esse processo só começa na puberdade após varias divisões mitóticas elas crescem e sofrem modificações são transformadas em espermatócito primários e secundários onde sofrem a segunda divisão e formam quatro espermátides haploides que gradualmente serão transformadas pela espermiogênese em quatro espermatozoides maduros.
        1. Os espermatozoides maduros são células moveis formadas por uma cabeça e uma cauda. Na cabeça contém o núcleo e dois terços anteriores dela são cobertos pelo acrossoma, uma organela em forma de capuz que contém enzimas capazes de facilitar a penetração durante a fecundação na ampola da tuba uterina.
          1. A cauda do espermatozoide é formada por três partes: a peça intermediaria, a peça principal e a peça terminal. A intermediaria contém as mitocôndrias que produzem energia responsável pelos movimentos em chicote da cauda.
        2. A Ovogênese é a sequência de eventos pelos quais as ovogônias são transformadas em ovócitos. Esse processo se inicia no período fetal, mas não se completa até a puberdade. Durante a vida fetal a ovogônia se prolifera por mitose e aumenta de tamanho formando os ovócitos primários que depois do nascimento completam a primeira divisão meiótica chamada de prófase. Até a puberdade eles permanecem na prófase e só após a ovulaçao o ovócito orimário completa a primeira divisão meiótica. Assim é possível perceber que a divisão citoplasmática é desigual
          1. O ciclo ovariano são alterações cíclicas nos ovários causadas pelos hormônios FSH E LH, essas alterações desenvolvem folículos ovarianos e formação do corpo lúteo. Durante esse ciclo o FSH promove o crescimento de diversos folículos primários. Somente um deles geralmente se desenvolve em folículo maduro e se rompe, expedindo o ovócito.
            1. O desenvolvimento folicular ovariano é caracterizado por: Crescimento e diferenciação do ovócito primário, proliferação de células foliculares, formação da zona pelúcida, desenvolvimento de uma cápsula de tecido conjuntivo envolvendo um folículo.
              1. O hormônio folicular estimulante (FSH): estimula desenvolvimento dos folículos ovarianos e a produção de estrogênio pelas células foliculares. O hormônio luteinizante (LH): serve como um gatilho para a ovulação e estimula as células foliculares do corpo lúteo a produzirem progesterona.
              2. No início da ovulação as células foliculares se dividem ativamente produzindo uma camada estratificada ao redor do ovócito, espaços repletos de líquido aparecem ao redor das células foliculares, as quais coalescem formando o antro que é uma cavidade única que contém o líquido folicular. Com a formação do antro o folículo ovariano passa a ser chamado de folículo secundário e continua a crescer e logo forma uma protuberância onde aparece o estigma um ponto oval e avascular. Esse processo da ovulação dura ate 24 horas após uma certa quantidade de produção de LH, essa estimulação é causada pelo alto nível de estrogênio no sangue causa a ruptura do estigma e coloca para fora ovócitos secundários juntamente com o líquido folicular. Depois de expulso o ovócito secundário é envolto pela zona pelúcida.
                1. Na ovulação o núcleo do ovócito secundário começa a segunda divisão e progride apenas ate a metáfase. Ele recebe quase todo o citoplasma enquanto o primeiro corpo polar recebe muito pouco e assim se degenera em um curto período. A segunda divisão meiótica só se completa se o ovócito secundário for fecundado por um espermatozoide, assim um segundo corpo polar será formado. O ovócito secundário é envolvido por uma cobertura conhecida como Zona Pelúcida que é formada por células foliculares chamada de corona radiata.
                  1. Após a ovulação o folículo ovariano colapsa e sob a influência do LH as paredes do folículo se desenvolvem em uma estrutura glandular, o corpo lúteo que secreta principalmente progesterona mas também um pouco de estrogênio. Se o ovócito é fecundado o corpo lúteo aumenta de tamanho e forma um corpo lúteo gravídico e sua produção hormonal cresce, sua degeneração é impedida pela gonadotrofina coriônica humana (hCG). Se o ovócito não for fecundado o corpo lúteo degenera-se de 10 a 12 dias após a ovulação passa a ser chamado de corpo lúteo da menstruação.
              3. O ciclo menstrual é o período em que o ovócito amadurece, é ovulado e entra na tuba uterina. O estrogênio e a progesterona produzido pelo folículo ovariano e pelo corpo lúteo causam alterações cíclicas no endométrio do útero, essas alterações mensais no revestimento uterino constituem o ciclo menstrual, que dura cerca de 28 dias e o dia 1 é quando a menstruação começa. Ele é um processo contínuo que normalmente continuam até a interrupção permanente da menstruação, a menopausa, que geralmente ocorre entre 48 e 55 anos de idade. O ciclo menstrual esta dividido em três fases: A fase menstrual corresponde ao primeiro dia da menstruação; A fase proliferativa coincide com o crescimento dos folículos ovarianos e é controlada pelo estrogênio secretado pelos folículo; Fase lútea ou secretória coincide com a formação, função e crescimento do corpo lúteo.
              4. Transporte de gametas
                1. Trasporte do Ovócito ocorre durante a ovulação quando a franja da tuba uterina se aproxima do ovário e as fímbrias se movimentam para a frente e para trás sobre o ovário. Com essa varredura das fímbrias e as correntes do líquido produzido por ela varrem o ovócito secundário para o infundíbulo da tuba. O ovócito passa então para a ampola da tuba, principalmente como resultado das ondas de peristaltismo movimentos da parede da tuba caracterizados por processos de contração e relaxamento alternados.
                  1. O transporte dos espermatozoides ocorre durante a ejaculação quando são rapidamente transportados do seu local de armazenamento no epidídimo para a uretra por meio de contrações peristálticas do ducto deferente. Passam lentamente através do canal cervical pelo movimento de suas caudas, uma enzima produzida pelas glândulas seminais que recebem o nome de vesiculosidade coagula parte do sêmen e forma um tampão vaginal evitando sua saída pela vagina. As prostaglandinas no sêmen estimulam a mortalidade uterina e ajudam a mover os espermatozoides através do útero até a tuba uterina.
              5. Na primeira semana de desenvolvimento temos o zigoto que é formado pela união entre um espermatozoide e um ovocito, ele é uma célula totipotente altamente especializada que contém cromossomos e genes derivados da mãe e do pai. O zigoto se divide diversas vezes e vai se transformando progressivamente em um ser humano multicelular por meio de processos celulares.
                1. A fecundação é uma sequência complexa de eventos moleculares coordenados que se iniciam com o contato entre um espermatozoife e um ovócito. Ocorre na ampola da tuba uterina e termina com o entrelaçamento dos cromossomos maternos e paternos na metafase da primeira divisão meiótica do zigoto.A fecundação é dividida nas seguintes fases: Passagem do espermatozoide através da corona radiata do ovócito; Penetração do espermatozoide na zona pelúcida; Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozoide; Finalização da segunda divisão meiótica do ovócito ; Formação do pró núcleo masculino; Ruptura das membranas pronucleares.
                  1. A fecundação estimula o ovócito secundário a completar a segunda divisão meiótica, restaura o número de cromossomos para diploide no zigoto, com a mistura de cromossomos maternos e paternos a fecundação torna-se responsável pela variação a espécia humana , determina o cromossomo sexual do embrião e causa a ativação metabólica do ovócito, dando início a clivagem do zigoto. A clivagem do zigoto consiste em repetidas divisões mitóticas, fazendo com que o número de células aumentem rapidamente, passando a serem chamadas de blastômeros. Ela se inicia aproximadamente 30 horas depois da fecundação e a cada divisão esses blastômeros tornam-se menores. Após o estágio de oito células os blastômeros alinham-se firmemente uns contra os outros, esse fenômeno recebe o nome de compactação ele pode ser mediado por glicoproteínas de adesão da superfície celular, possibilita melhor interação entre as células e é um pré-requisito para a segregação das células internas que formam a massa celular.
                    1. Quando ha de 12 a 32 blastômeros passa a ser chamado e mórula, suas células internas chamadas de embrioblasto são envolvidas por uma camada de blastômeros achatados formando o trofoblasto, ele é uma proteína imunossupressora secretada pelas células trofoblásticas.Após a entrada da mórula no útero o líquido uterino passa através da zona pelúcida para formar a cavidade blastocística, que é um espaço no interior da mórula repleto de líquido, esse líquido aumenta e os blastômeros são separados em duas partes: Trofoblasto que são células externas delgadas que originam a parte embrionária da placenta, e o Embrioblasto um pequeno grupo de blastômeros que são os primórdios do embrião. Neste estágio o embrião é chamado de blastocisto, enquanto o embrioblasto se projeta para a cavidade blastocística e o trofoblasto forma a parede do blastocisto.
                      1. Aproximadamente 6 dias após a fecundação, o blastocisto adere ao epitélio endometrial e o trofoblasto começa a proliferar rapidamente e se diferenciar em duas camadas: uma interna que chamamos de Citotrofoblasto e a externa que consiste em uma massa protoplasmática multinucleada que chama-se Sinciciotrofoblasto. Ao final da primeira semana o blastocisto está superficialmente implantado na camada compacta do endométrio e retira seus nutrientes do tecido materno. O sinciciotrofoblasto produz enzimas proteolíticas permitindo que o blastocisto se insira no endométrio. No final desse processo da primeira semana uma camada de células chamada de hipoblasto aparece na superfície do embrioblasto.
                  2. A segunda semana se inicia com a implantação do blastocisto que completa seu processo, fazendo com que ocorra mudanças produzindo um disco embrionário bilaminar ou seja ele possui duas camadas o epiblasto que é a camada mais espessa formada por células cilíndricas e o hipoblasto que é uma camada mais delgada formada por células cúbicas e pequenas adjacentes. Esse disco embrionário é responsável pelas camadas germinativas que formam todos os tecidos e orgãos do embrião. As estruturas extraembrionárias que se formam durante a segunda semana são a cavidade amniótica, o âmnio, o vesícula umbilical e o saco coriônico.
                    1. O primórdio da cavidade amniótica aparece no embrioblasto e em pouco tempo as células formadoras de âmnio chamadas de amnioblastos se separam do epiblasto e se organizam para formara uma membrana fina, o âmnio que vai envolver a cavidade amniótica. O epiblasto forma o chão da cavidade amniótica e o hipoblasto forma o teto da cavidade exocelômica e é continuo com as células que migram do hipoblasto pra formara a membrana exocelômica que que envolve a cavidade blastocistica e reveste a frente interna do citotrofoblasto. Essa membrana e a cavidade logo tornam-se modificadas para formar a vesícula umbilical primária, para que o disco embrionário repouse entre ela e a cavidade amniótica. O mesoderma extramebrionário é a camada mais externa da vesícula umbilical.
                      1. O final da segunda semana é caracterizado pelo surgimento das vilosidades coriônicas primárias, proliferação das células citotrofoblasticas produz extensões celulares que crescem no interior do sinciciotrofoblasto. Essas proliferações celulares formam as vilosidades coriônicas primárias. O crescimento dessas extensões citotrofoblasticas são induzidos pelo mesoderma extraembrionário que juntamente com as duas camadas do trofoblasto formam o córion que da origem a parede do saco coriônico.
                      2. A terceira semana ocorre durante a ausência do período menstrual, isto é 5 semanas depois do primeiro dia após o período menstrual, ou seja a interrupção da menstruação é a indicação de que a concepção ocorreu. O processo inicial é a gastrulação que dá início a moforgênese desenvolvimento da forma e estrutura de vários orgãos e partes do corpo. Na gastrulação o disco embrionário bilaminar é convertido em um disco embrionário trilaminar
                        1. Outra característica do início da terceira semana é o aparecimento da faixa linear espessada do epiblasto a linha primitiva, que é o resultado da proliferação e migração de células do epiblasto para o plano mediano do disco embrionário. O nó primitivo é formado pela proliferação da extremidade cranial, simultaneamente um estreito sulco primitivo se desenvolve na linha primitiva que termina em uma pequena depressão no nó primitivo chamado de fosseta primitiva. Sob a influência de vários fatores de crescimento embrionário as células do epiblasto migram através da linha primitiva pelo sulco primitivo formando o endoderma e o mesoderma.
                          1. Algumas células mesenquimais migram cefalicamente do nó e fosseta primitivos, formando um cordão celular mediano, o processo notocordal que cresce cefalicamente entre o ectoderma e o endoderma até alcançar a placa precordal ,uma pequena área circular de células que é um importante organizador da região cefálica. A notocorda é um bastão celular que define o eixo do embrião, dando-lhe uma certa rigidez , serve como base para o desenvolvimento do esqueleto axial e indica a futura área dos corpos vertebrais.
                            1. Os processos envolvidos na formação da placa neural e pregas neurais e no fechamento destas pregas para formar o tubo neural constituem a neurulação. Com o desenvolvimento da notocorda o ectoderma embrionário acima dela se espessa formando uma placa alongada de células neuroepiteliais chamada de placa neural, ela da origem ao sistema nervoso central e a outras estruturas .
                          2. Rebeka Crystina Silva Santos Turma: E07
                            1. Este mapa mental foi baseado no livro de Embriologia Básica do autor Keith L. Moore
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