HbA1c: < 7%; 7,5-8,5% em idosos a depende da
condição de saúde.
MEDIDAS COMPORTAMENTAIS
EDUCAÇÃO EM DIABETES
Comer saudavelmente;
Praticar atividade física;
Vigiar as taxas; Tomar os
medicamentos; Adaptar-se
saudavelmente; Resolver
problemas; Reduzir riscos.
EXERCÍCIO FÍSICO
O exercício físico regular é uma medida
promotora de saúde, indicada de
rotina em diabéticos, sendo ainda
mais importante no DM 2 por ajudar
no controle da obesidade, da
hipertensão e aumentar a
sensibilidade à insulina. Os pacientes
que usam insulina ou hipoglicemiantes
requerem cuidados extras para evitar
hipoglicemia causada pelo exercício:
reduzir a dose de insulina e injetá-la no
abdome ou membro menos
exercitado; carregar consigo um
alimento contendo carboidrato para
ser usado em eventual hipoglicemia;
estar alerta para sintomas de
hipoglicemia durante e após o
exercício; e ingerir um alimento
contendo carboidrato se a glicemia for
inferior a 100 mg/dL. Para os
diabéticos, a recomendação de
atividade aeróbica diária, ou pelo
menos 3 dias da semana sem
permanecer mais de 2 dias sem
realizá-la.
DIETA
Hoje em dia o guideline da
ADA recomenda que a
composição da dieta seja
individualizada, de modo a
prover as necessidades
específicas de cada
paciente considerando,
inclusive, suas preferências
pessoais. O álcool deve ser
desencorajado, por
aumentar tanto o risco de
hipoglicemia, em usuários
de insulina (o metabolismo
do álcool inibe a
gliconeogênese hepática),
quanto o risco de
hiperglicemia (no caso de
bebidas adocicadas).
TRATAMENTO NO DM 1
O uso de insulina é imprescindível no
tratamento do DM1 e deve ser instituído
assim que o diagnóstico for realizado. A
dose varia de 0,5 a 1 U/kg/dia. A dose
diária depende da idade, do peso
corporal, do estágio puberal, do tempo
de duração e da fase do diabetes, do
estado do local de aplicação de insulina
(presença de lipodistrofias), da ingestão
de alimentos e sua distribuição, do
automonitoramento e da HbA1c, da
rotina diária, da prática e da intensidade
da atividade física e das intercorrências.
O tratamento intensivo clássico é o
que utiliza duas doses de insulina
NPH (antes do café da manhã e
antes de dormir), com três doses
de insulina regular (antes do café
da manhã, do almoço e do jantar).
TRATAMENTO NO DM 2
Se o paciente não alcançar a meta
glicêmica em 1 a 3 meses com as
medidas não farmacológicas, deve-se
prescrever biguanidas (metformina) e
continuar as medidas não
farmacológicas. A escolha dessa
medicação como primeira opção
terapêutica deve-se ao seu perfil de
segurança a longo prazo, efeito neutro
ou até mesmo de redução do peso,
ausência de hipoglicemias e sua
capacidade de reduzir eventos
macrovasculares.
Se as metas de controle não forem
alcançadas após 3 a 6 meses de uso de
metformina, deve-se associar uma
sulfonilureia.
Se o controle metabólico não for alcançado após o uso de
metformina em associação com uma segunda medicação
por 3 a 6 meses, deve ser considerada uma terceira
medicação. Inicia-se com uma dose de NPH pela noite,
caso não alcance a meta entre 3-6 meses, associa-se outra
dose de NPH pela manhã. Metformina e sulfoniluréia são
mantidas, pois assim as doses de insulina podem ser
menores.
Nos pacientes com DM2 em tratamento,
combinando fármacos orais e insulina basal,
cujos controles estejam inadequados,
deve-se partir para a insulinização plena, na
qual vários esquemas podem ser utilizados
– desde o convencional até o intensivo ou de
múltiplas doses.
A dose pode ser calculada de acordo com o
desejo do paciente de aprender, ou não, a
realizar a contagem de carboidratos. Em caso
positivo, pode-se iniciar com 1 UI de insulina
para cada 15 g de carboidratos, ajustando essa
relação de acordo com a glicemia pós-prandial
ou de acordo com a glicemia pré-prandial da
refeição seguinte. Caso o paciente não deseje
aprender o método de contagem de
carboidratos, pode-se iniciar com 2 a 4 UI de
insulina rápida ou ultrarrápida antes da
principal refeição ou antes das 3 principais.
A dose inicial recomendada para iniciar
insulina basal em DM2 é de 10 a 15 U ou
0,2 U/kg/dia nos pacientes mais obesos. O
ajuste da dose de insulina pode ser feito,
de preferência, pelo próprio paciente, em
aumentos de 2 ou 4 U (dependendo do
valor das glicemias capilares do jejum, se
consistentemente maiores que 130 ou 180
mg/dl, respectivamente) a cada 3 dias, até
alcançar o alvo de glicemia de jejum
menor que 110 a 120 mg/dl, desde que
não ocorra hipoglicemia noturna.
A insulina pode ser escolhida como
segundo agente terapêutico também
quando a HbA1c estiver > 8,5%, após a
dose máxima de metformina, ou se o
paciente estiver apresentando
sintomas de hiperglicemia. A
terapêutica com insulina também
deve ser iniciada quando o paciente
apresentar sintomas de hiperglicemia
graves e significantes, ou níveis de
glicose muito elevados (> 300 mg/dl),
ou perda de peso significante ou
presença de cetonúria.