Instrumentos de Planejamento e Orçamento da CF (PPA, LDO E LOA)

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DANIEL VILARINS
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Resumo de Recurso

Instrumentos de Planejamento e Orçamento da CF (PPA, LDO E LOA)
  1. 1 . Plano Plurianual - PPA

    Anotações:

    • É o instrumento de planejamento do Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Retrata, em visão macro, as intenções do gestor público para um período de quatro anos, podendo ser revisado, durante sua vigência, por meio de inclusão, exclusão ou alteração de programas.
    • Segundo o § 1o do art. 165 da CF/1988: “§ 1o A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada”.
    • Segundo o ADCT, a vigência do PPA é de quatro anos, iniciando-se no segundo exercício financeiro do mandato do chefe do executivo e terminando no primeiro exercício financeiro do mandato subsequente. Ele deve ser encaminhado do Executivo ao Legislativo até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício, ou seja, até 31 de agosto. A devolução ao Executivo deve ser feita até o encerramento do segundo período da sessão legislativa (22 de dezembro) do exercício em que foi encaminhado.
    1. 1.1 Deve ser elaborado de forma regionalizada

      Anotações:

      • Um grande desafio do planejamento é promover, de maneira integrada, oportunidades de investimentos que sejam definidas a partir das realidades regionais e locais, levando a um desenvolvimento mais equilibrado entre as diversas regiões do País. O desenvolvimento do Brasil tem sido territorialmente desigual. As diversas regiões brasileiras não possuem as mesmas condições para fazer frente às transformações socioeconômicas em curso, especialmente aquelas associadas ao processo de inserção do País na economia mundial. Tais mudanças são estruturais e demandam um amplo horizonte de tempo e perseverança para se concretizarem, motivo pelo qual devem ser tratadas na perspectiva do planejamento de longo prazo. O papel do Plano Plurianual nesse contexto é o de implementar o necessário elo entre o planejamento de longo prazo e os orçamentos anuais. O planejamento de longo prazo encontra, assim, nos sucessivos planos plurianuais (médio prazo), as condições para sua materialização. Com isso, o planejamento constitui-se em instrumento de coordenação e busca de sinergias entre as ações do Governo Federal e os demais entes federados e entre a esfera pública e a iniciativa privada.
      1. 1.2 Diretrizes

        Anotações:

        • São normas gerais, amplas, estratégicas, que mostram o caminho a ser seguido na gestão dos recursos pelos próximos quatros anos.
        1. 1.3 Objetivos

          Anotações:

          • Correspondem ao que será perseguido com maior ênfase pelo Governo Federal no período do Plano para que, a longo prazo, a visão estabelecida se concretize. O objetivo expressa o que deve ser feito, refletindo as situações a serem alteradas pela implementação de um conjunto de iniciativas, com desdobramento no território.
          1. 1.4 Metas

            Anotações:

            • São medidas do alcance do objetivo, podendo ser de natureza quantitativa ou qualitativa, a depender das especificidades de cada caso. Quando qualitativa, a meta também deverá ser passível de avaliação. Cada objetivo deverá ter uma ou mais metas associadas.
            1. 1.5 Despesas de capital

              Anotações:

              • São aquelas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como, por exemplo, a pavimentação de uma rodovia. O termo “e outras delas decorrentes” se relaciona às despesas correntes que esta mesma despesa de capital irá gerar após sua realização. Despesas correntes são as que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como as despesas com pessoal, encargos sociais, custeio, manutenção etc. Neste mesmo exemplo, após a pavimentação da rodovia, ocorrerão diversos gastos com sua manutenção, ou seja, gastos decorrentes da despesa de capital pavimentação da rodovia. Assim, tanto a pavimentação da rodovia (despesa de capital) quanto o custeio com sua manutenção (despesa corrente relacionada à de capital) deverão estar previstos no Plano Plurianual.
              1. 1.6 Programas de duração continuada

                Anotações:

                • São aqueles cuja duração se estenda pelos exercícios financeiros seguintes. Se o programa é de duração continuada, deve constar do PPA. Logo, as ações cuja execução esteja restrita a um único exercício financeiro estão dispensadas de serem discriminadas no PPA do Governo Federal, porque não se caracterizam como de duração continuada.
                1. “§ 1o Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade”.

                  Anotações:

                  • Investimento, na linguagem do dia a dia, refere-se normalmente a uma aplicação ou aquisição que proporciona algum retorno financeiro. Exemplo: ações na bolsa de valores. Na linguagem orçamentária, portanto em todo o nosso conteúdo, é diferente: investimentos são despesas com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. Exemplo: construção de um prédio público.
                  1. 1.7 Programas temáticos

                    Anotações:

                    • Retratam no PPA a agenda de governo organizada pelos Temas das Políticas Públicas e orienta a ação governamental. Sua abrangência deve ser a necessária para representar os desafios e organizar a gestão, o monitoramento, a avaliação, as transversalidades, as multissetorialidades e a territorialidade. O programa temático se desdobra em objetivos e iniciativas.
                    1. 1.7.2 Iniciativas

                      Anotações:

                      • Declaram as entregas à sociedade de bens e serviços, resultantes da coordenação de ações orçamentárias e outras: ações institucionais e normativas, bem como da pactuação entre entes federados, entre Estado e sociedade e da integração de políticas públicas.
                      1. 1.7.1 Objetivos

                        Anotações:

                        • Expressam o que deve ser feito, refletindo as situações a serem alteradas pela implementação de um conjunto de iniciativas, com desdobramento no território.
                      2. 1.8 Programas de gestão, manutenção e serviços ao Estado

                        Anotações:

                        • São instrumentos do plano que classificam um conjunto de ações destinadas ao apoio, à gestão e à manutenção da atuação governamental, bem como as ações não tratadas nos programas temáticos por meio de suas iniciativas.
                        1. 1.9 Planos e Programas Nacionais Regionais e Setoriais

                          Anotações:

                          • Os programas nacionais, regionais e setoriais muitas vezes têm duração superior ao PPA, porque são de longo prazo, como o Plano Nacional de Educação (10 anos).
                        2. 2. Lei de Diretrizes Orçamentárias
                          1. Surgiu por meio da CF/88 para ser o ele entre PPA e LOA
                            1. Segundo o § 2 do art. 165 da CF/88 a LDO Compreenderá as metas e prioridades da Adm Pública Federial
                              1. Incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente
                                1. Orientará a elaboração da LOA
                                  1. Disporá sobre as legislações tributária
                                    1. Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento
                                    2. O prazo para o encaminhamento da LDO ao Legislativo é de oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e a devolução ao Executivo deve ser realizada até o encerramento do primeiro perído da sessão legislativa (17 de julho)
                                      1. A LDO não pode criar, aumentar, suprimir, diminuir ou autorizar tributos, o que deve ser feito por outras leis.
                                      2. 3. Lei Orçamenária Anual
                                        1. O projeto da LOA deverá ser encaminhado ao Legislativo quatro meses antes do término do exercício financeiro (31 de agosto), e devolvido ao executivo até o encerramento da sessão legislativa (22 de dezembro) do exercício de sua elaboração.
                                          1. Segundo o § 5º, I, II e II, do art. 165 da CF/88
                                            1. Conterá o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público
                                              1. Educação
                                              2. Conterá o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público
                                                1. Saúde
                                                  1. Previdência
                                                    1. Assistência social
                                                    2. Conterá o orçamento de investimento das empresas (estatais) em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto
                                                    3. A CF/1988 veda o início de programas ou projetos não incluídos na LOA. Também veda a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos do orçamento fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive daqueles que compõem os próprios orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e da seguridade social. Ainda, proíbe a consignação de crédito com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada.
                                                      1. Lei 4.320/64
                                                        1. Segundo os §§ 1º e 2º também do art. 2º deve integrar a LOA
                                                          1. Sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do Governo
                                                            1. Quadro demonstrativo da receita e da despesa segundo as categorias econômicas
                                                              1. Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação
                                                                1. Quadro das dotações por órgãos do Governo e da Administração
                                                                2. Segundo os §§ 1º e 2º também do art. 2º da Lei 4.320/64 acompanharão a Lei de Orçamento
                                                                  1. Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos especiais
                                                                    1. Quadros demonstrativos da despesa
                                                                      1. Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Governo, em termos de realização de obras e de prestação de serviços
                                                                      2. Segundo o art. 22 a Proposta Orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo deve conter
                                                                        1. Mensagem: conterá exposição circunstanciada da situação econômico- -financeira, documentada com demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de créditos especiais, restos a pagar e outros compromissos financeiros exigíveis; exposição e justificação da política econômico-financeira do Governo; justificação da receita e despesa, particularmente no tocante ao orçamento de capital.
                                                                          1. Projeto de Lei de Orçamento
                                                                            1. Tabelas explicativas sobre receitas e despesas de vários anos, em colunas distintas e para fins de comparação
                                                                              1. Especificação dos programas especiais de trabalho custeados por dotações globais, em termos de metas visadas, decompostas em estimativa do custo das obras a realizar e dos serviços a prestar, acompanhadas de justificação econômica, financeira, social e administrativa
                                                                                1. Constará da proposta orçamentária, para cada unidade administrativa, descrição sucinta de suas principais finalidades, com indicação da respectiva legislação
                                                                                2. Os arts. 23 a 26 tratam das previsões plurienais. As receitas e despesas de capital serão objeto de um Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital, aprovado por decreto do Poder Executivo, abrangendo, no mínimo um triênio. O referido quadro será anualmente reajustado, acrescentando-se-lhe as previsões de mais um ano, de modo a assegurar a projeção contínua dos períodos. O Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital abrangerá:
                                                                                  1. As despesas e, como couber, também as receitas previstas em planos especiais aprovados em lei e destinados a atender a regiões ou a setores da Administração ou da economia
                                                                                    1. As despesas à conta de fundos especiais e, como couber, as receitas que os constituam
                                                                                      1. Em anexos, as despesas de capital das entidades referidas no Título X desta lei, com indicação das respectivas receitas, para as quais forem previstas transferências de capital

                                                                                  Semelhante

                                                                                  Lei de Responsabilidade Fiscal
                                                                                  Carolina Duboc
                                                                                  AFO - Administração Financeira Orçamentária
                                                                                  fe.r.m
                                                                                  AFO 1 - AFE, PPA, LDO e LOA
                                                                                  Pedro Rodrigues
                                                                                  Princípios Orçamentários
                                                                                  lupleao88
                                                                                  PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
                                                                                  claudioufpr
                                                                                  Lei de Diretrizes e Anexos
                                                                                  Lavs Agah
                                                                                  AFO - AULAS 1.1/ 1.2/ 1.3/ 1.4 - CERS MTE
                                                                                  michelegraca
                                                                                  Princípios
                                                                                  thaismessora
                                                                                  AULA 5(1) - RECEITA PÚBLICA CLASSIFICAÇÕES
                                                                                  Mila Waltrick